Brasil assume protagonismo na discussão sobre o
uso do grafeno
Inmetro amplia debate e Grupo de Trabalho apresenta
importantes avanços
Foi realizada em 24 de março de 2023, com transmissão
online, a primeira reunião de 2023 do Fórum Grafeno
Inmetro, grupo de trabalho formado por especialistas
para discutir de forma geral as aplicações do grafeno, um
dos materiais mais pesquisados do mundo, que irá
revolucionar a indústria nos próximos anos. O encontro
representa um marco para o país, com impacto em
diversos setores da indústria brasileira, que passa a
contar com apoio do Instituto para utilização do material
em seus produtos.
Joyce Araujo, pesquisadora da Divisão de Metrologia de
Materiais, do Inmetro, abriu as manhãs de discussão,
que reuniu grandes players do mercado, entre
empresários, academia, cientistas e estudiosos. "A
discussão é importante para propiciarmos a confiança
que as empresas e indústria precisam, a começar pela
normalização, e seguirmos com a agenda do grafeno,
como a caracterização e as questões tarifárias",
comentou.
Diego Piazza, da UCS Graphene, apresentou os
"aspectos tributários, envolvendo a comercialização de
produtos à base de grafeno", quando ele expôs o passo
a passo do percurso para viabilizar a comercialização do
produto dentro de bases tributárias seguras.
"Classificado como grafite artificial, passíveis de
tributação desde que em matéria prima majoritária",
comentou.
Segundo Marco Colósio, da General Motors, o Brasil tem
a oportunidade de liderar uma discussão global, que já é
muito forte na Inglaterra e começa a ganhar corpo na
China, e ter um diferencial competitivo internacional.
Primeira norma em 2023 - O pesquisador do Inmetro,
Erlon Ferreira, traçou um panorama da normalização no
país, e destacou a importância da primeira norma
brasileira sobre caracterização de grafeno (ABNT ISO/TS
21356-1), publicada em 2023, pela Associação Brasileira
de Normas Técnicas (ABNT), um passo importante para
a homologação de produtos à base de grafeno. Foram
discutidas, ainda, a "Rede de apoio em inovação para
produção e controle de qualidade industrial em
aplicações de grafeno", por Oleksii Kuznetsov e
"Metrologia de grafenos para a indústria", apresentação
de Luis Gustavo Cançado (UFMG) e Cassiano Rabelo
(FabNS).
Foi apresentada, também, uma iniciativa inovadora: a
"Fabricação de um resistor padrão a partir de
masterbatches poliméricos baseados em grafeno e
nanotubos de carbono aplicados a dispositivos e
sensores de termoplásticos, termofixos e elastômeros",
por Claudemir Gracino, da Skintech Tecnologia & Comércio Ltda.
Por fim, foi apresentado o Projeto Inova Grafeno, que
prevê o "desenvolvimento de material de referência de
óxido de grafeno para certificação de produtos
industriais" e definido um calendário de ações e reuniões
no ano.
Mas o que, afinal, é grafeno? O grafeno é uma das
formas cristalinas do carbono, assim como o diamante, o
grafite, os nanotubos de carbono e fulerenos. O termo
grafeno foi proposto como uma combinação de grafite e
o sufixo -eno por Hanns-Peter Boehm. Foi ele quem
descreveu as folhas de carbono em 1962.
Retirado e Adaptado de: MINISTÉRIO DA ECONOMIA. Brasil assume
protagonismo na discussão sobre o uso do grafeno. Gov.Br. Disponível
em: summe--ppoagonismmoo-n-discusssaao-sobbeeooussodoo-gafen
oo
cias/brasil-assume-protagonismo-na-discussao-sobre-o-uso-do-grafeno
Acesso em: 06 mai., 2023.