Questões de Concurso
Sobre português
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“Apesar da negativa de Nunes e Vitória, os ataques continuaram, e a jovem cometeu suicídio.”
Assinale a opção que apresenta a afirmação que pode substitui-la corretamente, sem alteração semântico-discursivo, na ideia construída no texto.
(__)No período "Eu não sei se você chegará a tempo", a oração "se você chegará a tempo" é uma oração subordinada substantiva objetiva direta, assim como na oração em destaque no período "Foi dito que o homem era inocente".
(__)A palavra Debate na frase "O debate acontecerá ainda nesta semana" é formada pelo processo de derivação regressiva.
(__)A palavra QUE em "O aluno que concluir a tarefa poderá sair mais cedo" é um pronome relativo.
Após análise, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA dos itens acima, de cima para baixo:
Fonte:https://periodicos.ufes.br/conel/article/view/2014/1526
Em seus escritos, Mikhail Bakhtin (1997) focaliza sua reflexão:
Nesse contexto, qual figura de linguagem predomina neste trecho: "A árvore genealógica de nossa família está exposta no museu da cidade"?
Fonte: https://periodicos.ufes.br/conel/article/view/2014/1526
Nessa concepção, o enunciado é visto como a unidade:
Acerca dessa temática é INCORRETO afirmar que:
Qual vício de linguagem consiste na utilização de termos coloquiais (gírias e palavras de baixo calão) ou de expressões informais, por exemplo: "Somos irmãos do peito. (expressão popular que designa a cumplicidade entre as pessoas)"?
Marque a alternativa correta sobre a função da pontuação na frase:
"Pedro, venha aqui!"
Leia atentamente o texto a seguir, escrito pelo cronista brasileiro Paulo Mendes Campos, para responder à questão.
Professores de melancolia
É bem possível, segundo já afirmaram, que a tristeza dos homens vá aumentando à medida que se inventem novos instrumentos de conforto. Não porque esses instrumentos determinem por si um acréscimo de melancolia, mas sim porque a presença deles revela a presença de novas exigências na alma humana, novas insatisfações, novos cansaços em busca de esquecimento.
O homem é um animal triste – eis uma frase que podemos adicionar sem brilho e sem desdoiro a centenas de afirmações semelhantes. Os sábados, por exemplo. Todos nós já vivemos muitos domingos. Sabemos que nada acontecerá e que nenhum milagre nos espera. Mas chega o dia de sábado e somos levados na corrente enganosa. O sábado é um dia essencialmente infiel e mentiroso. Promete absurdos. Deixa na gente uma expectativa, uma apreensão nervosa que demora a encontrar o caminho do sono. A noite de sábado é um túnel. Mas chega o domingo, sem alumbramentos, as mesmas caras, as mesmas decepções, a mesma vontade de tomar um trem ou um navio e essa consciência lúcida de sentir a inutilidade dos gestos.
Às vezes, arriscamos mais. Alguma coisa inexprimível e fatigada nos conduz a uma festa. Não vamos: somos levados. Há infalivelmente uma pessoa que não está. A dolência de um blues nos invade sub-reptícia, descolando as paredes de nossa alma, umedecendo de romantismo as dobras de nossa alma. Vem uma vontade grande de beber qualquer coisa forte. Daremos um berro? Diremos para a senhorinha que está ao nosso lado: ‘Não, senhorinha, não estou dizendo propriamente que o filme de Esther Williams foi ótimo; quis dizer somente que não vale a pena, ouviu; que o mundo vai mal, os homens vão bem e eu vou como posso’? Não, não diremos. Sorriremos com uma precisão matemática que assustaria nossos amigos íntimos.
Teremos todas as respostas e perguntas devidamente catalogadas no bolso, sem certo ar de indiferença que assusta a nós mesmos, uns tímidos. Voltamos para casa. Os pés cansados, mas os pés importam pouco. O coração cansado. Isto já é mais grave. E, aos poucos, das massas turvas da nossa melancolia começa a escorrer uma sombra indigna que inunda a nossa vida inteira. Mais um domingo que nos traiu. A culpa, entretanto, é do sábado.
(“Professores de melancolia”, por Paulo Mendes Campos, com adaptações)
Leia atentamente o texto a seguir, escrito pelo cronista brasileiro Paulo Mendes Campos, para responder à questão.
Professores de melancolia
É bem possível, segundo já afirmaram, que a tristeza dos homens vá aumentando à medida que se inventem novos instrumentos de conforto. Não porque esses instrumentos determinem por si um acréscimo de melancolia, mas sim porque a presença deles revela a presença de novas exigências na alma humana, novas insatisfações, novos cansaços em busca de esquecimento.
O homem é um animal triste – eis uma frase que podemos adicionar sem brilho e sem desdoiro a centenas de afirmações semelhantes. Os sábados, por exemplo. Todos nós já vivemos muitos domingos. Sabemos que nada acontecerá e que nenhum milagre nos espera. Mas chega o dia de sábado e somos levados na corrente enganosa. O sábado é um dia essencialmente infiel e mentiroso. Promete absurdos. Deixa na gente uma expectativa, uma apreensão nervosa que demora a encontrar o caminho do sono. A noite de sábado é um túnel. Mas chega o domingo, sem alumbramentos, as mesmas caras, as mesmas decepções, a mesma vontade de tomar um trem ou um navio e essa consciência lúcida de sentir a inutilidade dos gestos.
Às vezes, arriscamos mais. Alguma coisa inexprimível e fatigada nos conduz a uma festa. Não vamos: somos levados. Há infalivelmente uma pessoa que não está. A dolência de um blues nos invade sub-reptícia, descolando as paredes de nossa alma, umedecendo de romantismo as dobras de nossa alma. Vem uma vontade grande de beber qualquer coisa forte. Daremos um berro? Diremos para a senhorinha que está ao nosso lado: ‘Não, senhorinha, não estou dizendo propriamente que o filme de Esther Williams foi ótimo; quis dizer somente que não vale a pena, ouviu; que o mundo vai mal, os homens vão bem e eu vou como posso’? Não, não diremos. Sorriremos com uma precisão matemática que assustaria nossos amigos íntimos.
Teremos todas as respostas e perguntas devidamente catalogadas no bolso, sem certo ar de indiferença que assusta a nós mesmos, uns tímidos. Voltamos para casa. Os pés cansados, mas os pés importam pouco. O coração cansado. Isto já é mais grave. E, aos poucos, das massas turvas da nossa melancolia começa a escorrer uma sombra indigna que inunda a nossa vida inteira. Mais um domingo que nos traiu. A culpa, entretanto, é do sábado.
(“Professores de melancolia”, por Paulo Mendes Campos, com adaptações)
Leia atentamente o texto a seguir, escrito pelo cronista brasileiro Paulo Mendes Campos, para responder à questão.
Professores de melancolia
É bem possível, segundo já afirmaram, que a tristeza dos homens vá aumentando à medida que se inventem novos instrumentos de conforto. Não porque esses instrumentos determinem por si um acréscimo de melancolia, mas sim porque a presença deles revela a presença de novas exigências na alma humana, novas insatisfações, novos cansaços em busca de esquecimento.
O homem é um animal triste – eis uma frase que podemos adicionar sem brilho e sem desdoiro a centenas de afirmações semelhantes. Os sábados, por exemplo. Todos nós já vivemos muitos domingos. Sabemos que nada acontecerá e que nenhum milagre nos espera. Mas chega o dia de sábado e somos levados na corrente enganosa. O sábado é um dia essencialmente infiel e mentiroso. Promete absurdos. Deixa na gente uma expectativa, uma apreensão nervosa que demora a encontrar o caminho do sono. A noite de sábado é um túnel. Mas chega o domingo, sem alumbramentos, as mesmas caras, as mesmas decepções, a mesma vontade de tomar um trem ou um navio e essa consciência lúcida de sentir a inutilidade dos gestos.
Às vezes, arriscamos mais. Alguma coisa inexprimível e fatigada nos conduz a uma festa. Não vamos: somos levados. Há infalivelmente uma pessoa que não está. A dolência de um blues nos invade sub-reptícia, descolando as paredes de nossa alma, umedecendo de romantismo as dobras de nossa alma. Vem uma vontade grande de beber qualquer coisa forte. Daremos um berro? Diremos para a senhorinha que está ao nosso lado: ‘Não, senhorinha, não estou dizendo propriamente que o filme de Esther Williams foi ótimo; quis dizer somente que não vale a pena, ouviu; que o mundo vai mal, os homens vão bem e eu vou como posso’? Não, não diremos. Sorriremos com uma precisão matemática que assustaria nossos amigos íntimos.
Teremos todas as respostas e perguntas devidamente catalogadas no bolso, sem certo ar de indiferença que assusta a nós mesmos, uns tímidos. Voltamos para casa. Os pés cansados, mas os pés importam pouco. O coração cansado. Isto já é mais grave. E, aos poucos, das massas turvas da nossa melancolia começa a escorrer uma sombra indigna que inunda a nossa vida inteira. Mais um domingo que nos traiu. A culpa, entretanto, é do sábado.
(“Professores de melancolia”, por Paulo Mendes Campos, com adaptações)
Leia atentamente o texto a seguir, escrito pelo cronista brasileiro Paulo Mendes Campos, para responder à questão.
Professores de melancolia
É bem possível, segundo já afirmaram, que a tristeza dos homens vá aumentando à medida que se inventem novos instrumentos de conforto. Não porque esses instrumentos determinem por si um acréscimo de melancolia, mas sim porque a presença deles revela a presença de novas exigências na alma humana, novas insatisfações, novos cansaços em busca de esquecimento.
O homem é um animal triste – eis uma frase que podemos adicionar sem brilho e sem desdoiro a centenas de afirmações semelhantes. Os sábados, por exemplo. Todos nós já vivemos muitos domingos. Sabemos que nada acontecerá e que nenhum milagre nos espera. Mas chega o dia de sábado e somos levados na corrente enganosa. O sábado é um dia essencialmente infiel e mentiroso. Promete absurdos. Deixa na gente uma expectativa, uma apreensão nervosa que demora a encontrar o caminho do sono. A noite de sábado é um túnel. Mas chega o domingo, sem alumbramentos, as mesmas caras, as mesmas decepções, a mesma vontade de tomar um trem ou um navio e essa consciência lúcida de sentir a inutilidade dos gestos.
Às vezes, arriscamos mais. Alguma coisa inexprimível e fatigada nos conduz a uma festa. Não vamos: somos levados. Há infalivelmente uma pessoa que não está. A dolência de um blues nos invade sub-reptícia, descolando as paredes de nossa alma, umedecendo de romantismo as dobras de nossa alma. Vem uma vontade grande de beber qualquer coisa forte. Daremos um berro? Diremos para a senhorinha que está ao nosso lado: ‘Não, senhorinha, não estou dizendo propriamente que o filme de Esther Williams foi ótimo; quis dizer somente que não vale a pena, ouviu; que o mundo vai mal, os homens vão bem e eu vou como posso’? Não, não diremos. Sorriremos com uma precisão matemática que assustaria nossos amigos íntimos.
Teremos todas as respostas e perguntas devidamente catalogadas no bolso, sem certo ar de indiferença que assusta a nós mesmos, uns tímidos. Voltamos para casa. Os pés cansados, mas os pés importam pouco. O coração cansado. Isto já é mais grave. E, aos poucos, das massas turvas da nossa melancolia começa a escorrer uma sombra indigna que inunda a nossa vida inteira. Mais um domingo que nos traiu. A culpa, entretanto, é do sábado.
(“Professores de melancolia”, por Paulo Mendes Campos, com adaptações)