Questões de Concurso Sobre pronomes relativos em português

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Q698447 Português
O FUTURO NO PASSADO
1   Poucas previsões para o futuro feitas no passado se realizaram. O mundo se mudava do campo para as cidades, e era natural que o futuro idealizado então fosse o da cidade perfeita. Mas o helicóptero não substituiu o automóvel particular e só recentemente começou-se a experimentar carros que andam sobre faixas magnéticas nas ruas, liberando seus ocupantes para a leitura, o sono ou o amor no banco de trás. As cidades não se transformaram em laboratórios de convívio civilizado, como previam, e sim na maior prova da impossibilidade da coexistência de desiguais.
2  A ciência trouxe avanços espetaculares nas lides de guerra, como os bombardeios com precisão cirúrgica que não poupam civis, mas não trouxe a democratização da prosperidade antevista. Mágicas novas como o cinema prometiam ultrapassar os limites da imaginação. Ultrapassaram, mas para o território da banalidade espetaculosa. A TV foi prevista, e a energia nuclear intuída, mas a revolução da informática não foi nem sonhada. As revoluções na medicina foram notáveis, certo, mas a prevenção do câncer ainda não foi descoberta. Pensando bem, nem a do resfriado. A comida em pílulas não veio - se bem que a nouvelle cuisine chegou perto. Até a colonização do espaço, como previam os roteiristas do “Flash Gordon”, está atrasada. Mal chegamos a Marte, só para descobrir que é um imenso terreno baldio. E os profetas da felicidade universal não contavam com uma coisa: o lixo produzido pela sua visão. Nenhuma previsão incluía a poluição e o aquecimento global.
3  Mas assim como os videntes otimistas falharam, talvez o pessimismo de hoje divirta nossos bisnetos. Eles certamente falarão da Aids, por exemplo, como nós hoje falamos da gripe espanhola. A ciência e a técnica ainda nos surpreenderão. Estamos na pré-história da energia magnética e por fusão nuclear fria.
4  É verdade que cada salto da ciência corresponderá a um passo atrás, rumo ao irracional. Quanto mais perto a ciência chegar das últimas revelações do Universo, mais as pessoas procurarão respostas no misticismo e refúgio no tribal. E quanto mais a ciência avança por caminhos nunca antes sonhados, mais leigo fica o leigo. A volta ao irracional é a birra do leigo.
(VERÍSSIMO. L. F. O Globo. 24/07/2016, p. 15.)
“A ciência trouxe avanços espetaculares nas lides de guerra, como os bombardeios com precisão cirúrgica que não poupam civis” (2º §). Abaixo foram feitas alterações na redação da oração adjetiva do período transcrito acima. Das alterações, aquela em que o emprego do pronome relativo está INCORRETO, pelas normas da língua culta, é:
Alternativas
Q696388 Português
Texto 1
Por que você ainda se lembra das coisas embaraçosas que fez na infância (e se sente péssimo)?
Acredite, isso serve para que você não faça coisas bizarras novamente
Você está andando na rua e, de repente, lembrase de algo bizarro que aconteceu quando você tinha 13 anos! Fique tranquilo, esses flashbacks são extremamente normais e têm até nome: “memória involuntária”. A psicóloga Jennifer Wild, do Centro de Oxford para Transtornos de Ansiedade e Trauma, disse ao BuzzFeed que esse tipo de comportamento é extremamente comum. “Depois de um trauma ou um evento embaraçoso, a maioria das pessoas tem essas lembranças”.
Já ouviu o termo memória seletiva? Segundo o professor Chris Brewin, do Instituto de Neurociência Cognitiva da UCL, nossos cérebros retêm as informações sobre eventos traumáticos e todos os sentimentos associados a isso. É uma espécie de sistema de punição e recompensa. “Seu cérebro lembra-se de experiências importantes – de perigo ou humilhação – para impedi-lo de fazer a mesma coisa novamente”, diz Brewin.
Você aprende associando experiências com os resultados. Esta é a psicologia clássica. Ivan Pavlov, famoso psicólogo russo, costumava tocar um sino antes de alimentar seus cães. Eventualmente, os cães começaram a salivar na expectativa de alimentos apenas ao ouvir o som do sino.
A mesma coisa acontece com memórias traumáticas ou socialmente embaraçosas. Seu cérebro traz de volta sensações desagradáveis – medo e/ou vergonha – quando ele se encontra em uma situação semelhante à do evento original. “Nessas situações, ficamos cheios de adrenalina e isso aumenta a nossa consciência”, diz Wild.
É comum que essas memórias involuntárias ocorram alguns dias após o ocorrido, mas essas lembranças podem te acompanhar por um bom tempo.
Para a maioria das pessoas, as memórias involuntárias são apenas mais um modo de se sentir envergonhado e constrangido. Mas essas memórias também podem resultar em doenças cognitivas mais  graves, como depressão e fobia social. Segundo Wild, se você não se sente à vontade para sair de casa após uma dessas lembranças, procure um especialista. 

Retirado e adaptado de: <http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Neurociencia/noticia/2015/04/por-que-voce-ainda-lembra-das-coisas-embaracosas-que-fez-na-infancia-e-se-sente-pessimo.html>.

Em “lembra-se de algo bizarro que aconteceu quando você tinha 13 anos!”, o termo em destaque
Alternativas
Ano: 2016 Banca: COMPERVE - UFRN Órgão: UFRN Prova: COMPERVE - 2016 - UFRN - Enfermeiro |
Q694596 Português
Mas há a teoria divertida: nos anos 60, o matemático Freeman Dyson escreveu que uma civilização alienígena suficientemente avançada precisaria de tanta energia que desenvolveria a tecnologia para cercar uma estrela inteira com coletores solares. Essa megaconstrução hipotética passou a ser chamada de Esfera de Dyson.
Sobre o trecho em questão, considere as afirmativas a seguir.  Imagem associada para resolução da questão Das afirmativas, estão corretas 
Alternativas
Q693943 Português

Os estilhaços amorosos de Roland Barthes


Apaixonado e autorreprimido, o escritor, sociólogo e semiólogo francês encarou-se no espelho de maneira corajosa, angariando admiradores e acusadores ao destrinchar a linguagem do amor, a epistemologia por trás do sentimento.


O olhar do francês Roland Barthes, o homem das fotos e vídeos – o olho que nos vê –, é sempre terno e até mesmo um pouco triste. Já o olhar de Roland Barthes, o teórico dos livros e artigos – o olho que nos lê –, esse é cortante como um caco de vidro. Barthes foi uma incansável usina de ideias, que, entre as décadas de 1950 e 1980, produziu reflexões capazes de revolucionar diversas áreas do conhecimento que sondam a linguagem (essa misteriosa matriz organizadora da consciência): fotografia, semiologia, ciências sociais, comunicação, filosofia, literatura, linguística e, até mesmo, o amor. Afinal, foi um Barthes recém-sexagenário que decidiu investigar a linguagem do amor, escrever seu vocabulário, investigar a epistemologia por trás de um sentimento tão complexo, lindo e perigoso. Ele dedicou seu seminário na École Pratique des Hautes Études (Ephe), entre 1974 e 1976, aos sonhos e fantasmas, aos dramas e delícias que devastam a alma dos apaixonados. Do seminário nasce o livro Fragmentos de um discurso amoroso, publicado em 1977.


A obra imediatamente causou alvoroço. Muitos acusaram Barthes de ser um aventureiro nas terras altas da filosofia, um incendiário de ideias, um pistoleiro pós-estruturalista. Isso porque Fragmentos de um discurso amoroso é um livro construído por meio de empréstimos de outros pensadores, também de amigos, inimigos, escritores e poetas. Sequenciado como um dicionário de palavras, frases e verbetes típicos do discurso amoroso, o livro é vibrante em intertextualidades (essa lascívia sádica que arrebata todo e qualquer escriba). “É o best-seller de Barthes”, explica Claudia Amigo Pino, professora de Literatura Francesa da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, da Universidade de São Paulo: “Os Fragmentos não são um discurso sobre o amor, mas uma forma de produção do amor”.


Mais do que falar sobre o amor, Barthes queria produzir esse sentimento em quem lesse o livro. Segundo Claudia, essa estratégia fazia parte de um projeto experimental, mais achegado à literatura e profundamente biográfico, ao qual ele passou a se dedicar a partir de 1973. “Esse projeto, no entanto, não era desprovido de uma base teórica. A partir, sobretudo, da leitura de Émile Benveniste (1902-1976) e Jacques Lacan (1901-1981), Barthes não pensa mais a linguagem, nesse momento, como uma forma de falar sobre a realidade, mas como uma forma de produção de uma realidade”, conta Claudia. Para isso, ele permitiu que seu texto dialogasse diretamente com Goethe, Lacan, Muller, com anedotas de compadres, com Heine, Proust, com frases de seus alunos ou de seu editor e também com citações suas. Assim como os estilhaços de um espelho, Barthes refletiu o idioma do amor através de um discurso fragmentário. “A fragmentação também tem outro papel: nesse livro, há uma história secreta, um minotauro que precisa estar bem escondido nesse labirinto de fragmentos e referências. Quando, no final, o leitor encontra o monstro, ele se vê impelido a cair no mesmo abismo do qual ele tinha escapado no início. E essa é a grande história de amor do livro”, explica a estudiosa.

             

                                               Fonte: http://www.livrariacultura.com.br/. Trecho.Acesso em: 29/05/2016

Considerando o contexto de uso, em qual das alternativas abaixo a alteração do item coesivo em destaque alterou o sentido da frase? 
Alternativas
Q693769 Português

Leia a sentença abaixo, retirada do Texto 3, e analise as afirmativas a seguir com base na norma padrão escrita.

“A melhor notícia impressa que você já recebeu na sua vida.”

I. A expressão “melhor notícia” pode ser substituída por “notícia melhor” sem alteração no sentido na sentença.

II. O termo “impressa” corresponde ao particípio passado de imprimir.

III. Os termos “você” e “sua” estão na função de pronome reflexivo e possessivo, respectivamente.

IV. O termo “que” está desempenhando a função de pronome relativo.

Assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas
Respostas
1211: A
1212: B
1213: B
1214: A
1215: E