Questões de Concurso
Sobre crase em português
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O emprego do acento grave indicativo de crase está correto em:
Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.
asdasdPrometi escrever mais sobre a descriminalização das drogas. Começo com uma observação: é complicado liberar a venda e o consumo de drogas em um só país pobre como o Brasil, que em pouco tempo se tornaria – mais do que já é – um entreposto do tráfico internacional. Mas talvez não: se a droga fosse um produto comercializável como qualquer outro, sua circulação para fora do país estaria sujeita a controles alfandegários regulares, centralizados pelo Governo Federal, e não mais pelo crime organizado.
asdasdHá um argumento moral contra a legalização. [Mas] não é possível proibir o uso de droga por razões morais com uma mão ao mesmo tempo em que se cultiva a atitude subjetiva típica das drogadições com a outra. É difícil convencer um adolescente de que o uso de drogas vai prejudicar sua vida quando a única porta que a sociedade oferece para sua entrada na vida adulta é a porta do consumo – não de objetos, mas sobretudo de imagens, todas elas associadas a sensações alucinantes, emoções avassaladoras e prazeres transgressivos. Alguns anúncios de automóvel dirigidos a adolescentes não “vendem” as vantagens legais de andar de automóvel. Vendem a velocidade acima dos limites, a farra da galera e o prazer sacana de deixar os outros para trás. Vendem exibicionismo, exclusão (do outro), transgressão e “barato”. Várias propagandas de cerveja, de vodca e das novas Ices vendem, sem nenhum pudor, as alucinações ligadas ao consumo de álcool. Que moral tem uma sociedade assim para coibir a droga?
asdasdOutro argumento é de saúde pública. A droga pode matar. O vício pode inutilizar muita gente para os estudos e para o mercado de trabalho. Mas o mercado de trabalho não aproveita nem metade das forças a sua disposição e a rede pública escolar deixa de fora milhares de crianças e jovens que nunca se drogaram. O tráfico emprega e paga bem. A revista Reportagem de janeiro publicou pesquisa do Instituto Brasileiro de Inovações em Saúde Social (IBISS) mostrando que o tráfico nas favelas do Rio de Janeiro emprega hoje mais de 12 mil jovens de até 18 anos, contra pouco mais de 3 mil ocupados no mercado regular de trabalho. Para essas pessoas que estão sempre sobrando, o tráfico e o crime organizado não são um problema: são a grande solução. E a ilegalidade faz das drogas um produto de luxo, aumentando os lucros e o poder paralelo dos traficantes, além de alimentar as conexões do tráfico com outros setores do crime organizado.
asdasdPor fim, a criminalização da droga faz com que outras pessoas, que não o usuário, arquem com as consequências da drogadição nacional. É claro que os abusos no uso das drogas são um problema de saúde pública. Mas são casos-limite. Hoje, morre muito mais gente na guerra do tráfico – inclusive inocentes, crianças e trabalhadores atingidos por balas perdidas – do que de overdose. Há muito mais vidas de brasileiros desperdiçadas nos presídios, de onde poucos saem sociabilizados, do que nas clínicas de recuperação de drogados. O crime e o tráfico no Brasil são problemas de saúde pública. Mas também o alcoolismo, perfeitamente legal. E o abuso de cigarros.
(KEHL, Maria Rita. O Globo, Rev.Época : 31/03/2003, p. 28.)
Na tentativa de reescrita do termo destacado em: “...todas elas associadas A SENSAÇÕES ALUCINANTES...” (§ 2), usa-se obrigatoriamente o acento grave no A de:
Linguistas preveem que metade das mais de 6 mil línguas faladas no mundo desaparecerá em um século – uma taxa de extinção que supera as estimativas mais pessimistas quanto ______ extinção de espécies biológicas. Há até conexão entre a diversidade linguística e a biodiversidade: os países com a maior diversidade biológica têm em geral também a maior diversidade linguística. Tanto que a UNESCO propôs, por analogia com a palavra “biosfera”, o termo “logosfera” para o conjunto de línguas do mundo.
Segundo a entidade, 96% da população mundial fala só 4% das línguas existentes. E apenas 4% da humanidade partilha o restante dos idiomas, metade dos quais se encontra em perigo de extinção. Entre 20 e 30 idiomas desaparecem por ano – uma média de uma língua a cada duas semanas.
A menos que cientistas e líderes políticos façam um esforço mundial para deter o declínio das línguas locais, provavelmente 90% da atual diversidade linguística da humanidade se extinguirá.
A perda de línguas raras é lamentável por várias razões. Em primeiro lugar, pelo interesse científico que despertam: algumas questões básicas da linguística estão longe de estar inteiramente resolvidas. E essas línguas ajudam ______ saber quais elementos da gramática e do vocabulário são realmente universais, isto é, resultantes das características do próprio cérebro humano.
A ciência também tenta reconstruir o percurso de antigas migrações, fazendo um levantamento de palavras emprestadas, que ocorrem em línguas sem qualquer parentesco. Afinal, se línguas não aparentadas partilham palavras, então seus povos estiveram em contato em algum momento.
Quando uma língua morre, perde-se para sempre uma peça desse intrincado quebra-cabeça. Perde-se também o saber específico de uma cultura e uma visão de mundo única. Um comunicado do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) diz que “o desaparecimento de uma língua e de seu contexto cultural equivale a queimar um livro único sobre a natureza”. Afinal, cada povo tem um modo único de ver a vida.
http://revistalingua.com.br/textos/... - adaptado
Assinalar a alternativa que preenche as lacunas do texto CORRETAMENTE:
Texto para as questões de 1 a 7.
1 __ Na era da informação e de uma economia cada vez
mais global, as novas descobertas tecnológicas se superam
em uma velocidade sem precedentes na história. Nesse
4 cenário, os desafios e as exigências que o mercado apresenta
aos profissionais de radiologia e às instituições de saúde
requerem flexibilidade e capacidade de absorção rápida
7 das inovações do setor. Assim, o técnico em radiologia deve
investir no constante aprendizado para o manejo das novas
tecnologias, levando em consideração a evolução
10 permanente dos processos na medicina diagnóstica. Nesse
contexto, a aquisição de expertise na radiologia digital é
fundamental, já que a substituição do filme radiográfico pela
13 representação computadorizada facilita o trabalho do
profissional em diversas vertentes, tais como: a possibilidade
de ajustes (contrastes) ou ampliação de imagens; o
16 armazenamento das imagens em nuvem, que permite sua
visualização por meio de qualquer dispositivo com acesso à
Internet; e o compartilhamento das imagens digitalizadas
19 entre outros profissionais (mesmo que estejam fora das
instituições), que facilita o processo de tomada de decisão.
Além disso, os avanços tecnológicos na área da radiologia
22 favorecem a redução significativa da dose de exposição dos
pacientes à radiação, a diminuição de custos, devido à
eliminação de filmes radiográficos, a diminuição dos danos
25 socioambientais provocados pelo uso do filme e de
reveladores químicos e a redução do tempo de espera para a
emissão de laudos e para a realização de diagnósticos. A
28 tecnologia permite ainda a elaboração de laudos por
reconhecimento de voz e a organização automática na
distribuição de equipamentos e salas ociosas (benefícios dos
31 sistemas de gestão, geração de laudos, armazenamento e
compartilhamento de imagens).
Internet: <http://www.mv.com.br/>(com adaptações).
No que diz respeito ao emprego do sinal indicativo de crase no texto, assinale a alternativa correta.
Texto para as questões de 01 a 10
Sobre vacas, bernes e política
ERA UMA vez uma vaca feliz, saudável e bonita. Mas nem tudo é perfeito. A vaca tinha hóspedes. Alguns bernes se hospedaram nela e alimentavam-se da sua carne. Mas os bernes eram poucos e pequenos... A vaca e os bernes viviam em paz.
Aconteceu, entretanto, que os bernes começaram a se multiplicar. Os bernes aumentavam, mas a vaca não aumentava, confirmando a lei de Malthus que disse que os alimentos crescem em razão aritmética enquanto as bocas crescem em razão geométrica. O couro da vaca se encheu de calombos que indicavam a presença dos bernes.
Mesmo assim a vaca continuava saudável. Ela tinha muita carne de sobra. Foi então que uma coisa inesperada aconteceu: alguns bernes sofreram uma mutação genética e passaram a crescer em tamanho. Foram crescendo, ficando cada vez maiores, e com uma voracidade também cada vez maior.
Os vermes magrelas ficaram com inveja dos vermes grandes e trataram de tomar providências para que eles crescessem também. O corpo da pobre vaca passou a ser uma orgia de crescimento. Os bernes só falavam numa coisa: "É preciso crescer!" Mas a vaca não crescia. Ficava do mesmo tamanho. De tanto ser comida pelos bernes, a vaca ficou doente. Emagreceu. Mas os bernes nada sabiam sobre a vaca em que moravam. Para ver a vaca seria preciso que eles estivessem fora da vaca. Mas os bernes estavam dentro da vaca. Assim, não percebiam que sua voracidade estava matando a vaca.
A vaca morreu. E com ela morreram os bernes. Fizeram autópsia da vaca. O relatório do legista observou que os bernes mortos eram excepcionalmente grandes, bem nutridos, muitos deles chegando à obesidade.
James Lovelock é um cientista que sugeriu que a nossa Terra é um organismo vivo, como a vaca da parábola. Sendo uma coisa viva ela pode ter saúde ou ficar doente. Sua conclusão é que nós, os bernes, já estragamos a Terra, nossa vaca, além de qualquer possibilidade de cura. A Terra está doente. O crescimento das nações está provocando profundas mudanças climáticas irreversíveis: a atmosfera está se aquecendo, as geleiras estão derretendo, a poluição do meio ambiente aumenta, acontecem catástrofes naturais numa intensidade desconhecida. Esses são os sintomas dos estertores da nossa Terra destruída pela voracidade dos bernes. "E o pior está por acontecer", ele diz. "Ecossistemas inteiros serão extintos, e os sobreviventes terão de se adaptar a um clima infernal...”
(RUBEM ALVES - Folha de S.Paulo, caderno Mais, 22/ 01/06, pág. 9).
Analise as proposições abaixo, adaptadas do texto:
I. A voracidade dos bernes foi prejudicial ______ nações.
II. Alguns bernes criaram condições próprias _______ sua mutação genética
III. As transformações dos bernes magrelas foram rapidamente se assemelhando ________ que os bernes bem nutridos passaram.
IV. Conhecia muito bem aquelas nações _______ que tanto se referiam.
Em relação ao uso do sinal indicador da crase, assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA, que completa as lacunas de cima para baixo, de acordo com a norma culta da gramática da língua portuguesa.
Assinale a alternativa cujas formas completam corretamente, obedecendo à ordem, os espaços das proposições a seguir.
I – Fui ____ Holanda conhecer os famosos moinhos de vento.
II – A aluna começou _____ falar desesperadamente.
III – Todos saíram ____ 20 horas.
IV – Esta prova não pode ser feita _____ lápis.
V – O técnico fez referência _____ jogadoras do time profissional.
As escolas deveriam ensinar os alunos a falhar
Até os erros têm sua função: ensinar às crianças
como lidar com desafios e dificuldades.
Será que só tirar notas dez na escola é garantia de sucesso na vida adulta?
Você sabe como funciona a escola: tire notas boas e todos os professores vão gostar de você, te elogiar e exclamar o tempo todo que você tem um futuro brilhante. Agora, tire notas ruins ou ande um pouco fora da linha. Automaticamente, você vira o baderneiro da turma, o desatento que nunca será ninguém na vida.
Será mesmo?
Tony Little, especialista em educação e ex-diretor de uma das escolas particulares mais famosas do Reino Unido (a Eton, que já formou 19 primeiros-ministros e membros da família real), pensa justamente o contrário. Segundo ele, alunos precisam passar por experiências de falha na escola, para que tenham mais chances de se reerguer em situações mais delicadas na vida adulta. “Não é só ter a experiência de falhar, mas de poder fazê-lo em um ambiente seguro, para que a experiência possa ensinar algo”, disse o ex-diretor no Fórum Global de Educação e Habilidades, em Dubai.
Ou seja, ser sempre popular, só tirar notas boas e nunca sofrer na escola não ajuda ninguém a crescer de verdade. Sem ter de lidar com derrotas, eles não desenvolvem a habilidade para enfrentar dificuldades. “Eles nunca tiveram nada significante para combater”, disse Little.
A declaração de Little, na verdade, já foi cientificamente comprovada. Em 2014, um estudo americano concluiu que determinação e força de vontade, em momentos de dificuldade, ajudam a encarar desafios.
Outro experimento, dessa vez de pesquisadores de Singapura, dividiu 75 adolescentes: o primeiro grupo teve aulas normais com a fala de um professor e terminava com exercícios; já o segundo precisou resolver, em grupos pequenos e sem muita ajuda do professor, problemas bem mais complexos. O segundo grupo, depois de muitos erros, recebia orientação de um professor e, surpresa: tiveram resultados muito melhores do que a outra turma.
O estudo concluiu que, ao falhar, os alunos ativam uma parte do cérebro que possibilita um aprendizado mais profundo. É que eles precisam organizar e analisar mentalmente três coisas: o que já sabem, as limitações daquele conhecimento e, principalmente, o que não sabem. Ou seja: errar, além de ser humano, é muito mais eficaz no processo de aprendizagem.
POR Helô D’Angelo ATUALIZADO EM 17/03/2016 Fonte: http://super.abril.com.br/cotidiano/as-escolas-deveriam-ensinar-os-alunos-a-falhar-1
Assinale a alternativa em que a crase foi empregada corretamente.
TEXTO 1
1--O senhor é favorável à redução da diferença do tempo de aposentadoria entre homens e mulheres para três anos?
2--Defendo a ideia de que no caso da mulher haja uma pequena diferença. Agora, há algo interessante. A Constituição prevê o
3--somatório de duas condições: idade e tempo de contribuição. Está escrito lá: na Previdência, você só pode se aposentar se
4--reunir duas condições. A primeira: 65 anos, se homem, e 60 anos, se mulher. A segunda: 35 anos de contribuição, se homem, e
5--30 anos, se mulher. Agora, não sei o que aconteceu que, com o tempo, se entendeu que isso era uma alternativa e não um
6--somatório das duas condições.
...
Analise, no fragmento de texto abaixo transcrito, extraído da parte introdutória da entrevista com o presidente interino Michel Temer (Veja, 06/07/16), todas as situações de emprego da crase:
...
TEXTO 2:
..
1--“De segunda à sexta, o peemedebista continua morando no Jaburu, o belo palácio que Oscar Niemeyer projetou para parecer
2--“uma casa de fazenda”, e que lembra mesmo uma, mais ainda quando as galinhas que ciscam à beira do lago comparecem de
3--surpresa às reuniões que o presidente em exercício faz na sala envidraçada voltada para o jardim. Lá, em entrevista a Veja, ele
4--defendeu as privatizações de tudo “o que for possível”, revelou ser contrário à criação de normas para “disciplinar” as delações
5--premiadas, mas [...]”. Ao comentar a possibilidade de o deputado Eduardo Cunha renunciar à presidência da Câmara, contou
6--que o aconselhou a “meditar a respeito”.
Assinale a alternativa em que o uso da crase ocorre pelo mesmo motivo do uso feito na pergunta presente no Texto 1: O senhor é favorável à redução do tempo de aposentadoria entre homens e mulheres?
Assinale a alternativa que completa corretamente a frase abaixo.
Após ____ reunião, todos fomos ____ sala ao lado, para assistir ____ apresentação do nosso projeto.
Com base no texto abaixo, responda às questões 1, 2, 3, 4 e 5.
TEXTO 1
Retratando...
Somos todos frustrados neste mundo;
uns são mais, outros menos, mas ninguém
pode gabar-se de não ter no fundo
recalques, pois, de sobra, todos têm!
Um poço de mistérios, bem profundo,
possui em seu recesso todo alguém...
Mas a tara só vem à luz, segundo
o interesse animal que nos convém!
Embuçado no véu da hipocrisia,
ou preso a preconceitos, já sem fé,
todo homem se empenha noite e dia,
nessa inglória tarefa de querer
insistir em mostrar o que não é,
e o que deseja, mas não pode ser!
Rubens de Castro. Disponível em: <http://www.academiadeletrasmt.com.br/revista-aml/obras-digitalizadas/262-antologia-poetica-mato-grossense>
Na passagem: "Mas a tara só vem à luz, segundo ... " (2ª estrofe, verso 3), há o uso adequado de crase. O mesmo não se pode afirmar em:
Assinale a alternativa que preenche CORRETAMENTE as lacunas do texto abaixo - também adaptado de Gazeta do Povo, em 13/04/2016 – na ordem em que aparecem:
“A perda do controle sobre até ____ podemos buscar vantagens ____ representem uma distinção perante ____ demais pessoas é uma patologia de comportamento de consequências que podem ser extremamente sérias.”
Em “Trabalhamos em horários irregulares, frequentemente à noite e de madrugada.”, o sinal indicativo de crase foi empregado
A alternativa que preenche, corretamente, as lacunas com os usos de À e HÁ:
I – “A oferta de bem falantes, hoje, é inferior _____ demanda.”
II – “A solicitação de transporte foi feita ______mais de um mês.”
III – “Por isso, resolveu, de manhã, telefonar _____ criatura amada”.
Considere o seguinte texto:
Além disso, os jovens são estimulados _____ serem agressivos e mal-educados como forma de exercer seu “direito psicológico” _____ liberdade do sujeito que não quer ser reprimido (basicamente não quer arcar com o peso de ser educado com os outros e suportar _____ tensões da vida adulta).
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas acima, na ordem em que aparecem no texto.
Aposentados que são voluntários sofrem menos de depressão
Um quinto da população de idosos do planeta sofre de depressão, segundo estatísticas da Organização Mundial da Saúde (OMS). A doença costuma se manifestar, na maioria dos casos, pouco depois da aposentadoria, quando as pessoas passam a acreditar que já não são mais úteis à sociedade, mesmo que isso não seja verdade. No Brasil, este índice é um pouco inferior - 15% dos idosos - , porém, de qualquer forma, é uma triste realidade para muitas pessoas. Embora sejam os fatores biológicos, sociais e psicológicos os maiores responsáveis pelo desencadeamento dos casos de depressão, dizem os médicos, a propensão aumenta nesta faixa etária porque, ao parar de trabalhar, muitas vezes os aposentados deixam de fazer qualquer outra atividade e acabam perdendo o interesse pela vida.
Repassar conhecimentos, doar este tempo que está sobrando e descobrir novas potencialidades podem ser grandes e surpreendentes experiências para quem está na terceira idade. Os problemas relacionados à solidão, tristeza, decepção e até a própria depressão, tão comuns nessa fase da vida, têm grandes chances de serem solucionadas (ou pelo menos minimizados) se o tempo livre for utilizado, por exemplo, para a realização de trabalhos voluntários. É muito comum recém-aposentados queixarem-se da falta do que fazer, e para quem trabalhou a vida toda isso não é muito fácil de lidar. Os médicos normalmente recomendam a prática de atividades ocupacionais, como artesanato, exercícios, aulas de dança e informática, dentre outras coisas que os agrade. Mesmo assim, às vezes estas atividades ainda não são suficientes, pois o que prevalece é o sentimento de não serem mais úteis à sociedade.
Dentro deste contexto, a psicóloga Danielle Sá, da Sociedade Brasileira de Arte, Cultura e Cidadania, aconselha aos aposentados realizarem algum tipo de trabalho voluntário, uma prática que só traz benefícios - tanto para quem atua quanto para aquele que recebe a atenção. Para os idosos, o primeiro benefício é quase instantâneo: a recuperação da autoestima e a satisfação de sentir-se importante para o outro, o que diminui muito os índices de ansiedade e estresse. O voluntariado é, sem dúvida, uma excelente oportunidade para o aposentado demonstrar suas habilidades, conhecer novas pessoas, dedicar-se a uma causa nobre e ainda exercitar novas competências, diz a especialista. Enfim, uma grande motivação para não entregar-se ao pijama e ao sofá pelo resto da vida.
Viviane Bevilacqua, Diário Catarinense, 15/02/2016- 21h46min, atualizada em 15/02/2016- 21h48min
Os problemas relacionados à solidão, tristeza, decepção e até a própria depressão, tão comuns nessa fase da vida, têm grandes chances de serem solucionadas (ou pelo menos minimizados) se o tempo livre for utilizado, por exemplo, para a realização de trabalhos voluntários.
O autor empregou “à” na primeira linha do período acima porque está de acordo com a seguinte regra:
A frase que EXIGE acento indicador de crase é:
As questões de 01 a 10 dizem respeito ao Texto. Leia-o atentamente antes de respondê-las.
(Texto)
Os benefícios de se ter acesso a todos os dados do paciente
1 Você já passou dos 50 ou 60 e começa a preencher
um questionário com seus dados de saúde. Ou está
na frente do doutor para uma primeira consulta. Já
pensou quantas vezes teve que repetir as mesmas
5 Informações? Não seria multo melhor se houvesse
um único arquivo que, mediante sua autorização,
pudesse ser acessado e disponibilizasse o histórico
de suas doenças, medicamentos de uso continuo,
hospitalizações e cirurgias? O volume de
10 Informações desperdiçadas são gigantescas: se
trocou de médico, deixou para trás anos de
conversas importantes, de resultados de exames —
coisas das quais nem se lembra mais. Se perdeu o
emprego e ficou sem plano de saúde, também corre
15 o risco de ter que buscar outra rede de especialistas
e começar do zero. Até mesmo se foi atendido num
pronto-socorro, aquele episódio provavelmente vai
se perder, embora faça parte do quebra-cabeça da
sua existência.
(Fonte adaptada http://g1.globo.com>acesso em 05 de novembro de 2018)
“Você já passou dos 50 ou 60 e começa a preencher [...]” (linha 1). Assinale a alternativa que justifica corretamente o porquê de o termo destacado não ter sido craseado:
Assinale a frase na qual a crase foi utilizada de forma incorreta:
Assinale a alternativa que usa corretamente a crase:
Leia com atenção o texto e responda o que se pede no comando das questões.
O ninho não mais vazio
Há dias, escrevi sobre uma amiga cujos filhos tinham acabado de sair de casa e que estava experimentando o que os psicólogos chamam de “síndrome do ninho vazio”. Aproveitei para contar que eu próprio entre o Natal e o Réveillon, vivera algo parecido, só que ao pé da letra. Uma rolinha — Lola, a rola — fizeram seu ninho no meu terraço e passara uma semana sentada sobre um ovo, do qual saiu Lolita, a Rolita. E, antes que eu tivesse o prazer de ver mãe e filha em ação, voando para lá e para cá, foram embora sem se despedir. Ali entendi a síndrome do ninho vazio.
Outro amigo, cujo conhecimento sobre os pássaros aprendi a admirar, me garantiu que Lola, a Rola não podia estar muito longe. "Ela gostou daqui”, ele disse. "Vai voltar para fazer outro ninho”. E, para que eu não me jactasse de minhas virtudes como anfitrião, explicou-me que isso é instintivo nos pássaros. Se se sentem seguros em algum lugar, elegem-no para se aninhar. Com isso, retomei meu posto de observação — e não é que meu amigo tinha razão?
Lola, a Rola reapareceu e logo começou os trabalhos. Reconheci-a pelo estilo de gravetos que recolhe — secos, fininhos e compridos. Em poucos dias o novo ninho ficou pronto, não muito distante do ninho original, este já em escombros. Só que, agora, com uma importante colaboração: a de seu marido Rollo, o Rola, talvez como mestre de obras. O fato é que, ao contrário da primeira vez, tive várias oportunidades de ver o casal empenhado na construção.
E assim, com duas semanas de intervalo, eis-me avô de mais um ovo. Que, pela lei das probabilidades, deverá produzir um macho. E, sendo filho de Lola, a Rola e Rollo, o Rola, só poderá se chamar — claro — Rolezinho.
Não vou dizer o nome de meu amigo amador de ornitologia. Só as iniciais: Janio de Freitas.
(CASTRO, Ruy. A arte de querer bem. 1, ed. Rio de Janeiro: Sextante, 2018. p. 21/ 22)
O emprego do acento grave indicativo da crase, só está correto em: