Questões de Concurso Sobre vocativo e termos acessórios da oração: adjunto adnominal, diferença entre adjunto adnominal e complemento nominal, adjunto adverbial e aposto em português
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Cérebro grande nasceu na cozinha
Imagine só o seguinte: O gorila é três vezes maior do que o homem, mas tem um cérebro três vezes menor. Por quê? Qual foi o fator, ao longo dos milhões de anos de evolução que nos separam dos nossos parentes primatas, que permitiu aos seres humanos desenvolver um cérebro tão grande, proporcionalmente ao tamanho do seu corpo?
Segundo a pesquisa de uma neurocientista brasileira, foi a invenção da cozinha. Tecnicamente falando, a capacidade de utilizar o fogo para "pré-digerir" os alimentos antes de consumi-los, o que permitiu aos nossos antepassados obter uma quantidade muito maior de energia com muito menos esforço e em muito menos tempo. (Experimente comer uma mandioca crua versus uma mandioca cozida para entender a diferença.)
Nosso cérebro corresponde, em média, a 2% da massa total do nosso corpo. Parece pouco, mas é muito! Nos outros grandes primatas (chimpanzés, gorilas e orangotangos), essa proporção é de no máximo 0,6%. Uma diferença crucial, que, no fim das contas, é o que mais nos diferencia deles e do resto do mundo animal.
O grande diferencial do Homo sopiens, afinal de contas, é o tamanho desproporcionalmente grande de seu cérebro. De nada adiantaria andarmos eretos e termos dedos tão maravilhosamente articulados se não tivéssemos um cérebro capaz de raciocinar sobre o que vemos e de controlar esses dedos com a fineza e a destreza necessárias para produzir ferramentas, ornamentos e coisas desse tipo. Seria uma anatomia sofisticada, mas não tão vantajosa assim... Sem falar, é claro, nas capacidades cognitivas, de raciocínio, linguagem etc.
Ter um cérebro maior é bom porque nele cabem mais neurônios. E quanto maior o número de neurônios, maior o seu "potencial de inteligência", por assim dizer.
Mas essa vantagem neuronal não sai de graça. Manter um cérebro grande (e com muitos neurônios) funcionando custa caro, muito caro em termos energéticos. Seis quilocalorias (6 kCal) por cada bilhão de neurônios, para ser mais exato.
Um cérebro humano tem, em média, cerca de 80 bilhões de neurônios e consome cerca de 20% da energia do corpo (apesar de ocupar apenas 2% da sua massa, como mencionado anteriormente). Funciona como o motor de um carro de corrida: superpoderoso, porém pouco econômico. Precisa de muito combustível para funcionar! E combustível, no nosso caso, significa comida.
(Disponível em www.estadao.com.br)
Leia o texto para responder à questão.
A moléstia conservou durante muitos dias – dias angustiosos e terríveis – um caráter de excessiva gravidade; durante longo tempo, Fadinha, que estava com todo o corpo cruelmente invadido pela medonha erupção, teve a existência por um fio.
Entretanto, os cuidados da ciência e a ciência dos cuidados triunfaram do mal, e Fadinha ficou boa, completamente boa, depois de ter estado suspensa entre a vida e a morte.
Ficou boa, mas desfigurada: a moça mais bonita do Rio de Janeiro transformara-se num monstro. Aquele rosto intumescido e esburacado não conservara nada, absolutamente nada da beleza célebre de outrora. Ela, porém, consolou-se vendo que o amor de Remígio, longe de enfraquecer, crescera, fortificado pelo espetáculo do seu martírio.
A mãe, conquanto insensível às boas ações, não pôde disfarçar a admiração e o prazer que o moço lhe causou no dia em que lhe pediu a filha em casamento, dizendo:
– Só havia um obstáculo à minha felicidade: era a formosura – de Fadinha. Agora que esse obstáculo desapareceu, espero que a senhora não se oponha a um enlace que era o desejo de seu marido.
Realizou-se o casamento. D. Firmina, desprovida sempre de todo o senso moral, entendeu que devia ser aproveitado o rico enxoval oferecido pelo primeiro noivo; Remígio, porém, teve o cuidado de fazer com que o restituíssem ao barão. A cerimônia efetuou-se com toda a simplicidade, na matriz do Engenho Novo.
Um ano depois do casamento, Fadinha estava outra vez bonita, não da boniteza irradiante e espetaculosa de outrora, mas, enfim, com um semblante agradável, o quanto bastava para regalo dos olhos enamorados do esposo. Remígio dizia, sinceramente, quem sabe? que a achava assim mais simpática, e os sinais das bexigas lhe davam até um “não sei quê”, que lhe faltava dantes.
– Não é bela que me inquiete, nem feia que me repugne. Era assim que eu a desejava.
O caso é que ambos foram muito felizes. Ainda vivem. Remígio é atualmente um alto funcionário, pai de cinco filhos perfeitamente educados.
(Arthur Azevedo, “A moça mais bonita do Rio de Janeiro”.
Em: Seleção de Contos, 2014. Adaptado)
Número de casos de HIV entre adolescentes no
DF sobe de 6 para 40 em 5 anos
Boletim aponta aumento de 700% nos casos entre jovens de 15 a 19 anos. Dado mais recente é de 2014; Capital tem 10 mil pessoas em tratamento.
O número de jovens entre 15 e 19 anos com o vírus HIV no Distrito Federal passou de 6 para 40 entre 2009 e 2014, aponta o boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde divulgado nesta sexta-feira (5). Segundo a pasta, os dados fazem com que a preocupação com a prevenção faça parte da lista de prioridades do governo, não apenas no Carnaval, mas durante todo o ano.
Segundo o gerente de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids da Secretaria de Saúde, Sérgio D'Ávila, há 10 mil pessoas com HIV/Aids em tratamento no DF. Ele diz que houve aumento na detecção precoce, por meio de ações de testagem, o que contribuiu para a inclusão de 800 novos pacientes em tratamento.
A secretaria disse que recebe anualmente do Ministério da Saúde 15 milhões de preservativos masculinos, 400 mil preservativos femininos e gel lubrificante, para oferecer à população.
Neste ano, a campanha de conscientização trabalha com o conceito “Não importa qual sua fantasia, use sempre camisinha”.
“Enfatizamos o uso da camisinha como prevenção primária, no entanto, estimulamos as pessoas que busquem a testagem e, caso necessitem, depois de uma situação de risco, busquem orientação numa unidade de saúde para avaliar a necessidade de realizar o PEP”, afirmou D'Ávila.
O profissional aconselha que pacientes que passem por situação de risco devem buscar orientação em uma unidade de saúde para fazer o teste. No mesmo local, um especialista avalia a necessidade da profilaxia pós-exposição – tratamento com antirretroviral por 30 dias (mais acompanhamento por 3 meses).
É importante verificar se a última situação de risco para infecção ocorreu há pelo menos 30 dias, para não haver chance de o resultado ser um falso negativo, já que ainda não existem anticorpos no sangue para detecção.
Todos os usuários do SUS têm direito a fazer o teste. Há exames cujo resultado pode sair em alguns dias, ou o paciente pode recorrer à testagem rápida, que sai em 30 minutos. Em caso positivo para HIV, a pessoa é encaminhada para um dos serviços de referência para início de tratamento preconizado pelo Ministério da Saúde.
http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2016/02/n-de-casosde-hiv-entre-adolescentes-no-df-sobe-de-6-para-40-em-5-anos.html.
Acesso em 21/03/2016
Releia o trecho a seguir:
Segundo o gerente de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids da Secretaria de Saúde, Sérgio D'Ávila, há 10 mil pessoas com HIV/Aids em tratamento no DF.
O elemento em destaque exerce a função de:
O Juramento de Hipócrates
Para cumprir o que a sociedade espera de nós, é preciso lutar por salários dignos, porque hoje é humanamente impossível ser bom médico sem assinar revistas especializadas, ter acesso à internet, frequentar congressos e estar alfabetizado em inglês, língua oficial das publicações científicas. Num campo em que novos conhecimentos são produzidos em velocidade vertiginosa, os esforços para acompanhá-los devem fazer parte de um projeto permanente. Medicina não é profissão para aqueles que têm preguiça de estudar.
Apesar de absolutamente necessário, o domínio da técnica não basta. O exercício da medicina envolve a arte de ouvir as pessoas, de observá-las, de examiná-las, interpretar-lhes as palavras e de discutir com elas as opções mais adequadas. O tempo dos que impunham suas condutas sem dar explicações, em receituários cheios de garranchos, já passou e não voltará.
Talvez a aquisição mais importante da maturidade profissional seja a consciência de que a falta de tempo não serve de desculpa para deixarmos de escutar a história que os doentes contam. De fato, muitos deles se perdem com informações irrelevantes, embaralham queixas, sintomas e, se lhes perguntamos quando surgiu a dor nas costas, respondem que foi no casamento da sobrinha. Nesses casos, o médico competente é capaz de assumir com delicadeza o comando do interrogatório de forma a torná- lo objetivo e exequível num tempo razoável.
Nessa área, sim, temos muito a aprender com os velhos mestres. Hipócrates acreditava que a arte da medicina está em observar. Dizia que a fama de um médico depende mais de sua capacidade de fazer prognósticos do que de fazer diagnósticos. Queria ensinar que ao paciente interessa mais saber o que lhe acontecerá nos dias seguintes do que o nome de sua doença. Explicar claramente a natureza da enfermidade e como agir para enfrentá-la alivia a angústia de estar doente e aumenta a probabilidade de adesão ao tratamento.
Muitos procuram nossa profissão imbuídos do desejo altruístico de salvar vidas. Nesse caso, encontrariam mais realização no Corpo de Bombeiros, porque a lista de doenças para as quais não existe cura é interminável. Curar é finalidade secundária da medicina, se tanto; o objetivo fundamental de nossa profissão é aliviar o sofrimento humano.
http://drauziovarella.com.br/drauzio/o-juramento-de-hipocrates/.Acesso em 21/03/2016.