Questões de Concurso
Sobre crase em português
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Leia o parágrafo a seguir.
"_________________________ duas semanas, tive uma notícia incrível, que mudaria completamente ________________ minha vida. Minha esposa estava grávida!
No começo, confesso que fiquei assustado com ____________________ imensa responsabilidade de criar uma criança, mas esses pensamentos repousaram em minha mente por pouco tempo e, logo, eu exclamei de felicidade '__________! Que benção'. Não ficarei alheio ____________________ responsabilidades e prometo __________________ você, minha filha, que serei o melhor pai do mundo."
Indique a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas do texto.
“As crianças foram ______ apresentação de teatro _______ qual tanto queriam assistir.”
Leia o texto para responder às questões de números 08 a 10.
Minha empregada, Mme. Thérèse, que já ia se conformando em ser chamada de dona Teresa, caiu doente. Mandou-me um bilhete com a letra meio trêmula, falando em reumatismo. Dias depois apareceu, mas magra, mais pálida e menor; explicou-me que tudo fora consequência de uma corrente de ar. Que meu apartamento tem um courant d’air terrível, de tal modo que, ___________, chegando em casa, nem teve coragem de tirar a roupa, caiu na cama. “Dói-me o corpo inteiro, senhor; o corpo inteiro.”
O mesmo caso, ajuntou, houve cerca de 15 anos atrás, quando trabalhava em um apartamento que tinha uma corrente de ar exatamente igual ___________ essa de que hoje sou sublocatário. Fez uma pausa. Fungou. Contou o dinheiro que eu lhe entregava, agradeceu ___________ dispensa do troco. Foi lá dentro apanhar umas pobres coisas que deixara. Entregou-me a chave, fez qualquer observação sobre o aquecedor ___________ gás – e depois, no lugar de sair ___________ rua, deixou-se ficar imóvel e calada, de pé, em minha frente.
(Rubem Braga, “Dona Teresa”. 200 crônicas escolhidas. Adaptado)
Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente, com:
Exemplos de aporofobia.
É um exemplo de aporofobia a arquitetura "antipobres" presente em metrópoles no mundo todo. Em grandes cidades brasileiras pode ser percebida no uso de grades, espetos de ferro, cacos de vidro, pedras e até sistemas de gotejamento instalados em diversas construções e equipamentos públicos para evitar a presença e a permanência dos mais pobres, principalmente pessoas em situação de rua.
O padre Júlio Lancelote, da Pastoral do Povo de rua em São Paulo, usa as redes sociais para criticar essas intervenções e pressionar para que empresas e até mesmo órgãos públicos recuem e retirem essas instalações. O pároco também faz denúncias de mercados e lojas que solicitam a seus clientes que não ajudem pessoas em situação de rua. Esse tipo de situação é outro exemplo de aporofobia.
Em conclusão, percebemos atitudes aporófobas nos condomínios fechados em bairros que muitas vezes são projetados para criar barreiras físicas e sociais entre os moradores e o seu entorno. Eles geralmente têm muros altos, segurança privada e acesso restrito, criando uma sensação de segregação em relação ás comunidades circundantes e de aversão ao pobre.
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/aporofobia.htm
O uso do acento grave na troca das palavras destacadas em: "em relação às comunidades" só seria adequado em:
Texto para as questões de 1 a 20.
Drogas e tratamentos
Antônio Carlos Prado
1 Existem três modalidades no campo da institucionalização de dependentes
químicos. A internação compulsória é aquela determinada pela Justiça e ocorre, sobretudo,
quando o usuário de substância psicoativa comete algum grave ato dissocial – homicídio,
por exemplo. Nesse caso, se comprovado cientificamente que o delito aconteceu devido à
5dependência que retirou do autor a capacidade de crítica e _________¹, o juiz pode
considerar o indivíduo irresponsável pelo crime — ou seja, o delito lhe é inimputável.
Em vez de sentença penal condenatória é aplicada, então, medida de segurança
com encaminhamento a hospital de custódia.
Quanto à internação involuntária: o dependente químico, mesmo já colocando em
10risco a sua vida e a de outras pessoas, recusa-se a ser internado. Nesse caso, basta
autorização de um médico e de um parente direto para a institucionalização se consumar.
Finalmente, existe a voluntária: o usuário concorda em ir para uma instituição com
a finalidade de ser tratado e largar definitivamente o uso nocivo e abusivo.
Embora seja a mais discutida no País, a chamada Cracolândia, na cidade de São
15Paulo, onde dependentes químicos se drogam dia e noite a céu aberto, não é a única do
Brasil — o assunto aqui abordado tem, portanto, interesse nacional. Ao que se assiste na
capital paulista, porém, é a Prefeitura tomar atitudes com boas intenções (afinal, quer
salvar vidas), mas que terão poucos resultados. Circulam pela Cracolândia traficantes que
deveriam ser presos — basta uma semana de operações e o tráfico acaba. Seria possível,
20então, cuidar dos dependentes que perambulam perdidos em um mundo no qual não mais
percebem o quanto aceleram o próprio passo para a morte.
A Prefeitura defende a internação involuntária de usuários que usam drogas há mais
de cinco anos – nesse espaço de tempo, em se falando de crack, os pulmões estão
lesados.
25 É sabido, no entanto, que internações involuntárias podem ou não surtirem bons
efeitos, e não devem elas estar fundamentadas somente em doenças pulmonares.
A internação não voluntária, importante repetir, vale em situações em que o usuário
coloca em risco a sua vida ou a de terceiros. Esse aspecto registra-se em não mais que
6% dos cerca de seis mil atendimentos feitos anualmente pela Unifesp.
30 É preciso, isso sim, que se enviem médicos especializados diariamente ao local e
que se prendam os traficantes. São necessárias ações de convencimento para tratamentos
ambulatoriais ou internações voluntárias. O problema é de dificílima solução, a Prefeitura
paulistana está empenhada com seriedade e boa vontade em encontrar soluções, mas o
caminho seguido não é o mais adequado.
Disponível em: https://istoe.com.br/drogas-e-tratamentos/. Acesso em 09/02/2023
Na oração “Os milhares de dependentes químicos se drogam dia e noite ___ céu aberto na Cracolândia, em São Paulo, precisam de tratamento médico para que possam largar __ dependência e voltar ___ casa de suas famílias. Não cabe __ ninguém julgá-los ou condená-los, ainda mais sem informar ___ quais Leis eles desobedeceram.” as formas que preenchem os espaços vazios, de modo adequado, são, respectivamente:
Assinale a alternativa em que deve haver uso obrigatório do sinal de crase:
Avalie as assertivas que seguem a respeito do uso do sinal indicativo de crase, conforme preconiza Cegalla, o qual diz que a palavra crase (do grego krásis = mistura fusão) designa, em gramática normativa, a contração da preposição “a” com:
I. O artigo feminino, seja ele definido ou indefinido.
II. Todos os pronomes demonstrativos.
III. O “a” inicial dos pronomes “aquele(s)”, “aquela(s)”, “aquilo”.
Quais estão corretas?
O texto seguinte servirá de base para responder às questões de 21 a 30.
Pode faltar ovo no Brasil? Entenda a escassez em diversos países do mundo
Dos Estados Unidos, passando pela Europa e chegando à Nova Zelândia, o mundo enfrenta, neste início de ano, uma escassez global de ovos de galinha.
O curioso é que há explicações distintas para essa falta em diferentes partes do mundo.
A falta de ovos nos Estados Unidos se deve, principalmente, a um surto devastador de influenza aviária.
Segundo reportagem do jornal The Washington Post, citando dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, o atual surto de gripe aviária já levou à morte mais de 44 milhões de aves poedeiras, ou cerca de 4% a 5% do plantel norte-americano.
"A gripe é o fator mais importante afetando o preço dos ovos", disse Maro Ibarburu, analista de mercado do Egg Industry Center da Universidade Estadual de Iowa, ao Washington Post. "Neste surto, em termos de aves poedeiras, nós perdemos dez milhões de aves a mais do que no último surto, em 2015."
Desde fevereiro de 2022, a epidemia de influenza aviária já atingiu, ao menos, quarenta e sete estados americanos. Iowa, maior estado produtor de ovos dos EUA, é o mais prejudicado.
Na Europa, além da gripe aviária, a alta dos custos dos grãos e da energia elétrica, em decorrência da guerra entre Rússia e Ucrânia, também afeta a oferta de ovos.
No Reino Unido, por exemplo, as principais redes de supermercado, como Tesco, Lidl e Asda, chegaram a impor limites de compra aos consumidores ao longo de 2022.
Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e do conselho administrativo de Instituto Ovos Brasil, tranquiliza os consumidores brasileiros: "por aqui, não devem faltar ovos. Mas uma produção menor em 2023 deve manter os preços elevados", alerta o executivo.
"Sofremos o problema do custo com mais força em 2020 devido à seca", lembra Santin.
De acordo com o executivo, é esse pico do preço do milho lá atrás, em 2020, que explica a queda na produção de ovos no país em 2022, que deverá se repetir em 2023.
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-64217978. Adaptado.
Sofremos o problema do custo com mais força em 2020 devido 'à seca'.
Assinale a opção CORRETA quanto ao acento de crase presente na frase.
O texto seguinte servirá de base para responder às questões de 21 a 30.
Benefícios da atividade física para quem tem deficiência
Passaram-se muitos dias depois de 3 de dezembro, data instituída pela ONU (Organizações das Nações Unidas) como Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. Fato que não impede de citar a atividade física como boa solução ao público PcD (Pessoa com deficiência). Quem garante é a professora do curso de Educação Física do CEUB (Centro Universitário de Brasília) Hetty Lobo.
Questionada sobre qual atividade é ou não recomendada, Lobo admite que tudo varia de acordo com a necessidade da pessoa. E não deixou de citar quais são as modalidades que fazem sucesso entre o público paralímpico.
"Depende da patologia e do grau de comprometimento, considerando os diversos contextos em que a atividade física estabelece uma relação de interação social também, além do aspecto da saúde.
Como exemplos, podemos citar a ginástica artística, a dança, os jogos e os esportes realizados na terra e na água e suas devidas adaptações para maior conforto aos praticantes paralímpicos.
Podemos citar, também, as atividades do goalball, o atletismo e o futebol de cinco", explica Hetty Lobo com exclusividade para o Sport Life.
A docente do CEUB discorre que esse estímulo é vital para que uma pessoa portadora de necessidade especial possa desfrutar de uma vida saudável e que precisa haver a eliminação de obstáculos diários.
"No caso de pessoas com deficiência, em particular, o estímulo, a educação e o lazer ativo na infância e na adolescência são pressupostos para uma vida adulta com mais saúde e qualidade. Para que isso aconteça, a eliminação de barreiras de todas as naturezas e a criação de oportunidades de participação em igualdade de condições com as demais pessoas são necessárias", completa Hetty.
Benefícios da atividade física para quem tem deficiência (msn.com). Adaptado.
Fato que não impede de citar a atividade física como boa solução ao 'público PcD'.
Substituindo a expressão destacada por uma feminina:
Assinale a frase em que a utilização do acento grave indicativo da crase é realizada de forma errada.
O texto seguinte servirá de base para responder às questões de 21 a 30.
Quem paga são nossos pulmões: como saúde já é afetada pelas mudanças climáticas
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, mais de 90% da população mundial respira um ar que fica abaixo dos padrões de qualidade. Isso, por sua vez, está por trás de 7 milhões de mortes prematuras todos os anos. E não para por aí: como a própria OMS destaca, "um mundo mais aquecido leva ao espalhamento de mosquitos causadores de doenças com uma rapidez nunca antes vista".
Além disso, eventos climáticos extremos, a degradação da terra e a falta de água já deslocam populações e afetam a saúde delas. A OMS alerta que a crise climática compromete a vida e gera impactos negativos na economia dos países. Segundo as projeções, entre 2030 e 2050, o aquecimento global causará 250 mil mortes adicionais por ano.
Mas o que a ciência já sabe sobre essa relação entre a saúde do planeta e das pessoas? E o que pode ser feito para mitigar os riscos?
O americano Josh Karliner, diretor de parcerias globais da OMS, entende que as mudanças climáticas funcionam como um amplificador de problemas já existentes. "Se você pensa na malária, por exemplo, temperaturas mais quentes permitem com que ela se espalhe para outras regiões onde nunca foram registrados casos", explica o especialista em entrevista à BBC News Brasil.
Ainda no campo das doenças infecciosas, o especialista diz que não é possível estabelecer uma relação direta e clara entre as alterações no clima e a pandemia de covid-19. "Mesmo assim, a destruição da biodiversidade contribui para a liberação de patógenos, que podem causar outras crises sanitárias globais no futuro", pondera.
O brasileiro Vital Ribeiro, que lidera o Projeto Hospitais Saudáveis, acrescenta um outro desdobramento das mudanças climáticas que já é sentido na prática. "As doenças não transmissíveis respondem, hoje, pela maior parte das mortes e dos custos nos sistemas de saúde, e isso aumenta devido a exposição à poluição do ar resultante da queima dos combustíveis fósseis", lembra.
Em outras palavras, um ar cheio de partículas tóxicas para nossos pulmões é um dos gatilhos por trás de uma série de enfermidades - da asma à insuficiência cardíaca, da hipertensão ao câncer.
Tanto Ribeiro quanto Karliner citam um terceiro ponto de contato entre as mudanças climáticas e a saúde: as doenças relacionadas aos eventos climáticos extremos, como secas e enchentes. "Elas estão ligadas à falta de água potável e alimentos, causando desnutrição e insegurança alimentar", diz o brasileiro.
De acordo com os especialistas, o aumento da pobreza e os movimentos de imigração em massa de refugiados contribuem para esse cenário. "Ao contrário do que alguns pensam, a pobreza e a desigualdade que voltaram a aumentar no planeta são, sim, uma importante questão de saúde pública", aponta Ribeiro. "As mudanças climáticas aumentam, agravando e acirrando, praticamente, todos os principais fatores de risco à saúde", complementa.
"E embora essas questões afetem o bem-estar de todo o mundo, os mais pobres e marginalizados são aqueles que mais sofrem", observa Karliner. "Diante de tudo isso, precisamos entender que a crise climática também é uma crise de saúde", completa o especialista.
https://www.bbc.com/portuguese/geral-63648094. Adaptado.
E isso aumenta devido a exposição 'à poluição' do ar resultante da queima dos combustíveis fósseis.
Em relação à expressão destacada na frase,
Reciclagem no Brasil: articulação entre poder público, associações de catadores e iniciativa privada
Em meio ao crescente debate sobre a correta destinação dos resíduos sólidos produzidos no mundo, o Brasil apresenta números irrisórios quando o assunto é reciclagem. Segundo dados divulgados em 2022 pela Associação de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), no país, apenas 4% dos quase 28 milhões de toneladas de resíduos recicláveis produzidos anualmente são enviados para esse processo. Índice quatro vezes menor que o de países com perfil socioeconômico similar, como Chile, Argentina e Turquia, que apresentam média de 16% de reciclagem.
Além do enorme impacto ambiental, as estimativas mostram que o Brasil perde pelo menos R$ 14 bilhões todos os anos em resíduos recicláveis não processados. Para se ter uma ideia da relevância econômica da atividade, cerca de 800 mil pessoas vivem da reciclagem no território brasileiro, de acordo com o Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR).
O baixo índice dessa prática no Brasil pode ser explicado por diferentes fatores, como a falta de conscientização da própria população, que descarta inadequadamente o lixo, e a escassez de políticas públicas e iniciativas privadas voltadas para tratamento correto dos resíduos sólidos. Sem ações e recursos para a estruturação do setor, a cultura de reciclagem não avança.
Outro entrave é a queda da demanda por material nacional, registrada a partir do segundo semestre de 2022. Importar matéria prima está mais barato que comprar dentro do país, o que resulta em baixa procura. Com isso, os galpões estão abarrotados - com material que não consegue ser vendido - ou vazios - porque muitas vezes não compensa fazer a coleta. Os impactos são sentidos tanto no meio ambiente como no nível de renda dos trabalhadores.
Nesse cenário, a articulação entre o poder público, as associações de catadores e a iniciativa privada se torna ainda mais relevante. Nas cidades onde há investimento na implantação e no fortalecimento da coleta seletiva, o índice de adesão dos moradores é significativo, assim como a potencialização da atividade.
Exemplo disso são os municípios de Ouro Preto, Barão de Cocais e Itabirito, em Minas Gerais. Nesses territórios, cinco associações de catadores de materiais recicláveis recebem apoio do projeto Reciclo Agora, desenvolvido pela Vale em parceria com a RC8 Treinamentos, com o objetivo de ampliar a capacidade produtiva e de gestão dessas associações e contribuir para a geração de trabalho e renda e a destinação sustentável de resíduos.
Desde o ano passado, os membros das associações recebem capacitações em diferentes áreas, apoio para formalização dos espaços e recursos financeiros para a estruturação da atividade. Os resultados são bastante relevantes. Em Barão de Cocais, o aumento do volume de material processado pela associação local foi de mais de 150% em um ano. Antônio Pereira, distrito de Ouro Preto, ganhou sua primeira associação de catadores, que já conta com galpão equipado e caminhão cedido pela prefeitura. A população já está sendo mobilizada e, partir deste mês, contará com coleta seletiva porta a porta.
Iniciativas como essa ainda são pontuais, mas mostram o potencial da reciclagem como aliado para um futuro mais sustentável e como importante gerador de renda. Com investimentos adequados e políticas públicas inteligentes, o Brasil pode mudar a realidade de milhares de catadores e alavancar sua relevância no panorama mundial. Verônica Souza - Catadora, assistente social, representante do Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis e consultora da RC8 Treinamentos.
(https://www.hojeemdia.com.br/opiniao/opiniao/reciclagem-no-brasilarticulac-o-entre-poder-publico- associac-es-de-catadores-e-iniciativaprivada-1.962030)
No enunciado “A população já está sendo mobilizada e, partir deste mês, contará com coleta seletiva porta a porta.”, não ocorre o emprego de crase de acordo com a norma culta, diferentemente da obrigatoriedade exigida na alternativa:
O Texto III serve de base para as questões 08 e 09.
Texto III
Quanto ao uso da crase no texto III, assinale a alternativa CORRETA.
Cuidados com a hidratação no inverno
Por Redação Hcor
- As baixas temperaturas provocam alterações no organismo, que diminuem a sensação de
- sede e fazem com que muitas pessoas acabem reduzindo o consumo diário de líquido. “No verão,
- por exemplo, suamos frequentemente e sentimos mais sede. Por isso, é natural que tenhamos
- uma preocupação maior com __ hidratação, porém, o que pouca gente sabe é que o risco de
- desidratação também existe no inverno. Além de nos fazer suar menos, __ baixas temperaturas
- causam mudanças no organismo que diminuem a sensação de sede. Isso faz com que muitas
- pessoas acabem diminuindo a ingestão diária de líquido, o que pode ser prejudicial __ saúde”,
- revela Diego Barros, fisiologista do esporte do HCor (Hospital do Coração). A falta de sede que
- sentimos no inverno se dá principalmente por causa das mudanças sofridas por um hormônio
- conhecido como ADH, ou antidiurético. Nos dias frios, essa molécula de...encadeia reações que
- fazem com que a circulação sanguínea fique concentrada nos vasos centrais para preservar o
- calor do corpo. Esse processo traz uma sensação interna de que estamos suficientemente
- hidratados. Consequentemente, nosso organismo leva mais tempo para se dar conta de que
- precisa de líquido. “Jamais podemos nos esquecer de que, no frio, precisamos de tanta água
- quanto no calor. Ter essa consciência é ainda mais importante no caso de quem pratica atividades
- físicas regulares, o que sempre demanda uma reposição ainda maior de líquido. Por isso, é
- impre...indível conhecer os sintomas da desidratação nessa época do ano para que possamos
- evitar o problema e manter a saúde em dia”, recomenda Diego.
- Para que possamos identificar quando o corpo precisa de hidratação no inverno, Barros
- aponta alguns sinais que vão muito além da simples sensação de sede. Entre eles estão: febre
- repentina, dor de cabeça, boca seca, prisão de ventre, irritabilidade, problemas de pele, como
- ressecamento, dermatite, além de urina mais escura e espessa. “Quadros de desidratação são
- bastante perigosos porque enfraquecem o sistema imunológico e favorecem o surgimento ou o
- agravamento de diferentes tipos de doenças. Tanto que, no inverno, observamos que há um
- aumento na in...idência de infecções urinárias e problemas renais, por exemplo”, revela.
- Para manter a hidratação necessária, o principal cuidado é não deixar de beber, pelo menos,
- dois litros de água por dia. “Quem pratica exercícios deve procurar beber rigorosamente a mesma
- quantidade de líquido que costuma ingerir no verão, mesmo suando menos.
(Disponível em: https://www.hcor.com.br/imprensa/noticias/fisiologista-do-esporte-hcor-alerta-para-os-cuidados-com-hidratacao-no-inverno/ – texto adaptado especialmente para esta prova).
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas tracejadas das linhas 04, 05 e 07.
Texto 1 — “ Quem é o 'bom professor"?
Em 2007, ministrei um curso de formação continuada a professores na Associação de Apoio ao Menor e Assistência Educacional (AAMAE), de minha cidade natal.
Em dado momento, a dinâmica do curso levou-nos a indagar sobre a figura do bom professor. Nesse passo, utilizando o livro Representações e reflexões sobre o bom professor, de Mary Rangel (7. ed. Petrópolis: Vozes, 2004), li, na página 10, a seguinte representação: “O bom professor é aquele que não dá aula. Ele constrói a aula com o aluno." Mantive comigo o teor dessa frase, mas ofereci às participantes o mote "O bom professor é aquele que não dá aula....”, sugerindo que elas completassem a frase.
Meu intuito foi o de captar como aquele grupo de profissionais da educação concebem-se a si mesmas, em particular suas concepções teórico-metodológicas sobre o exercício efetivo da docência em sala de aula, momento importantíssimo na condução do processo ensino-aprendizagem.
Após terem feito suas frases, as mesmas foram socializadas e debatidas por todos, o que contribuiu, e muito, para a nossa reflexão e para o incremento de nossa ação junto àqueles a quem atuamos.
No encerramento da atividade, solicitei autorização das autoras das frases para publicá-las, razão pela qual, a seguir, coloco-as tais quais me foram passadas. São ricas de sentido e dão margem a um pensar sobre como pensamos que deve ser a aula de um professor e de uma professora que podem ser considerados 'bons”.
"O bom professor é aquele que não dá aula sem prepará-la" (Andréia)
"O bom professor é aquele que não dá aula. Ele constrói a sua aula de acordo com os conhecimentos que recebe de seus educandos" (Eunice).
"O bom professor é aquele que não dá aula só para passar o conhecimento, mas pelo amor à educação” (Fatinha).
"O bom professor é aquele que não dá aula, e, sim, aquele que produz a aula de acordo com a realidade de seus alunos” (Janaína).
"O bom professor é aquele que não dá aula, mas aquele que procura dar o melhor de si aos seus alunos para prepará-los para a vida, ou seja, para o mundo" (Keila Cristiano).
"O bom professor é aquele que faz uma sondagem (diagnóstico) dos alunos e, depois, planeja através dos relatos para desempenhar um produtivo trabalho" (Leonilda).
"O bom professor é aquele que não dá aula, mas, sim, aquele que trabalha como um intermediário entre o conhecimento e o educando, pois ele não só ensina, mas aprende" (Vera).
Uma riqueza de representações críticas, não? Creio que a prática dessas profissionais também vai na mesma direção da qualidade a que se referem em suas falas, pois essas profissionais formaram um grupo de estudo entusiasmado, em quem o brilho nos olhos dizia que faziam e sofriam a educação pelo compromisso social que ela implica e pela possibilidade que ela oferece de fazer com que meninos e meninas, homens e mulheres se humanizem por meio da escolarização.
Ao querido grupo de professoras, meu muito obrigado pela generosidade dos pensamentos compartilhados e sucesso nessa árdua tarefa que é a de educar para um mundo melhor do que aquele que encontramos quando viemos à existência.
Por Wilson Correia Adaptado. Acesso em 7 mai. 2023 em:< https://brasilescola.uol.com.br/educacao/quem-bom-professor.htm>
Com base no Texto 1 "Quem é o 'bom professor'?", analise as afirmativas a seguir:
I. No excerto: "..Em dado momento, a dinâmica do curso levou-nos a indagar sobre a figura do bom professor", fez-se a opção pela ênclise do pronome oblíquo destacado “nos”, uma vez que não há palavra que o atraia, obrigando-o a ocupar a posição antes do verbo; "indagar" está sendo empregado como verbo transitivo indireto, neste contexto.
Il. No excerto: "...Mantive comigo o teor dessa frase, mas ofereci às participantes o mote”, o pronome oblíquo tônico comigo" exerce a função sintática de complemento verbal direto e o emprego da crase '"às” justifica-se, pois o verbo 'oferecer' é bitransitivo com preposição 'a' que se funde com o artigo 'a' admitido pela palavra 'participantes”.
Marque a alternativa CORRETA:
O texto seguinte servirá de base para responder às questões de 1 a 10.
Texto 1:
Disponível em: e-vvralzzacmmm--raseclasscca-doraccaneegr/anha-de-doacao-de-sangue-viraliza-com-frase-classica-do-raca-negra/ Acesso em: 12 maio, 2023.
Texto 2:
Fonte: Alexandre Beck. Disponível em: /666033338673344956?type=33 rasarmandinho/photos/a.488361671209144/660336867344956/?type=3 Acesso em: 12 maio, 2023.
Assinale a alternativa correta quanto ao emprego do cento grave (crase):
Conheça tudo sobre o Chat GPT; saiba como funciona
Por Delmo Menezes
- As novas tecnologias estão impactando cada vez mais o dia a dia das pessoas e podem ser
- uma aposta transformadora também para os pequenos negócios. Dessa vez, a sensação do
- momento é o Chat GPT, um algoritmo baseado em inteligência artificial que oferece ao usuário
- uma forma simples de conversar e obter respostas sobre os mais diversos assuntos.
- A ferramenta foi criada por um laboratório de pesquisas em inteligência artificial dos EUA
- chamado OpenAI, com sede em San Francisco. O nome Chat GPT é uma sigla para “Generative
- Pre-Trained Transformer” – algo como “Transformador pré-treinado generativo”. Basicamente o
- recurso é capaz de realizar infinitas tarefas, desde escrever artigos e notícias e redações
- escolares até criar códigos inteiros de programação ou ajudar ... encontrar erros e bugs em
- códigos, traçar estraté_ias de vendas, compor músicas e produzir teses acadêmicas.
- Se engana quem pensa que essa inovação só pode ser usada por grandes empresas com
- nomes reconhecidos no mercado. Ao contrário, a facilidade de acesso e a possibilidade de
- consultar de temas simples até questões mais complexas tra_ uma gama de oportunidades para
- as micro e pequenas.
- O algoritmo do Chat GPT teve seu desenvolvimento pautado em redes neurais e machine
- learning, tendo sido criado com foco em diálogos virtuais. A ideia é que ele pudesse aprimorar a
- experiência e os recursos oferecidos por assistentes virtuais, como Alexa ou Google Assistente.
- O sucesso da ferramenta está em oferecer ao usuário uma forma simples de conversar e obter
- respostas. A arquitetura do Chat GPT se baseia em uma rede neural chamada Transformer,
- projetada especialmente para lidar com textos. O modelo de inteligência artificial tem várias
- camadas que permitem ... plataforma prestar atenção nas palavras-chave, ao contexto e aos
- diferentes significados que as palavras podem ter. Trata-se de um modelo extremamente
- avançado de geração de texto.
- Como acessar o Chat GPT?
- É simples e rápido. Acesse a página https://chat.openai.com/chat, através do navegador e
- faça login com a sua conta Google ou Facebook.
- E quem é o dono do Chat GPT
- A organização OpenAI, criada em 2015, em tese é sem fins lucrativos, e vem recebendo
- aporte financeiro de diversas empresas com objetivo de desenvolver a tecnologia. Elon Musk,
- criador da Tesla e da SpaceX, é também um dos cofundadores da OpenAI, mas deixou a empresa.
- Além dele, estão na lista Sam Altman, que está ... frente das operações; Peter Thiel, cofundador
- do PayPal; e Reid Hoffman, cofundador do LinkedIn, entre outros.
- Aspectos positivos que podemos aproveitar:
- A inteligência artificial desse novo recurso tecnológico está bem afinada, e com ela é
- possível realizar conversas otimi_adas. As respostas que ele nos oferece a cada uma de nossas
- dúvidas e perguntas são precisas, com bons detalhes, além de respeitosas.
(Disponível em: https://agendacapital.com.br/conheca-tudo-sobre-o-chat-gpt-saiba-como-funciona/
– texto adaptado especialmente para esta prova).
Assinale a alternativa que apresenta as opções corretas de preenchimento das lacunas pontilhadas das linhas 09, 21 e 31.
Leia o texto II e responda às questões de 6 a 10.
Nunes Marques pede 'empatia' a mulheres; Cármen responde: 'Não somos coitadas, precisamos é de respeito'
A ministra Cármen Lúcia, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), divergiu nesta quinta-feira (27) dos argumentos do ministro Nunes Marques, também integrante da Corte, durante um julgamento sobre uma suposta fraude em cota de gênero nas eleições de 2020. Em determinado momento, ele pediu "empatia" às mulheres. Cármen afirmou que as mulheres não são "coitadas" e precisam de "respeito", não de empatia.
O TSE analisava se o partido Cidadania teria lançado candidaturas femininas fictícias para cumprir o requisito de ao menos 30% de candidatas mulheres nas eleições para o cargo de vereador em Itaiçaba (CE).
Na discussão do caso, Nunes Marques avaliou que não seria possível classificar o caso como fraude e pediu mais “empatia” com mulheres em disputas eleitorais. O ministro avaliou que “não é fácil para uma mulher do povo, simples, se candidatar e ter 9 votos numa cidade”.
“Há uma tentativa republicana de cumprimento da norma eleitoral [a cota de gênero], na busca de pessoas do gênero feminino que se disponham a se candidatar. No entanto, a partir do momento que ela se filia e há um completo abandono, a gente precisa ter um pouco de empatia com essas mulheres”, disse.
“Elas nunca participaram de nada, de campanha, não sabem como percorrer esse caminho durante o pleito. Devemos ter empatia porque não é fácil para uma mulher do povo, simples, se candidatar e ter 9 votos numa cidade dessa”, acrescentou o ministro.
Cármen Lúcia respondeu então que a discussão não passava por ter “empatia” com mulheres em disputas políticas.
“A Justiça Eleitoral tem a tradição de reconhecer como pessoa dotada de autonomia, e não precisar de amparo. Isso é o que nós não queremos, ministro. E eu entendo quando o senhor afirma, de uma forma que soa paternal, dizendo que haja empatia. É preciso, na verdade, que haja educação cívica”, afirmou. A ministra ainda argumentou que é necessário “dar efetividade jurídica” à regra constitucional que exige um mínimo de candidaturas femininas.
“Não acho que é uma questão de empatia, é uma questão de constitucionalidade. Não é constitucional ter no Brasil um dispositivo que não é cumprido. Tem uma legislação que, desde 1996, estabelece uma cota. Mais de 30% dos casos que nos chegam nesta Corte são de descumprimento da lei. Temos de dar efetividade jurídica e social com igualdade”, disse.
“O que a gente quer, nós, mulheres, não é empatia da Justiça, é respeito aos nossos direitos. É preciso que tenha educação cívica para todos os brasileiros igualmente participarem livremente, autonomamente, com galhardia, das campanhas eleitorais e da vida política de um país”, concluiu.
https://g1.globo.com/politica/noticia/2023/04/27
Analise os trechos a seguir, quanto ao emprego da crase.
I. Em: “Nunes Marques pede 'empatia' a mulheres”, há uma inadequação na palavra destacada “a”, pois deveria ser “à” por anteceder a palavra feminina “mulheres”.
II. Em: “ele pediu "empatia" às mulheres”, a palavra destacada “às” segue a regra geral do uso da crase.
III. Em: “dar efetividade jurídica” à regra constitucional”, a crase é opcional.
IV. Em: “Nunes Marques pede 'empatia' a mulheres”, a palavra destacada “a” está adequada pelo fato do termo regido pela preposição "a" acompanhar um nome no plural, portanto o acento grave indicativo da crase não é admitido.
Estão CORRETO(S):
O texto seguinte servirá de base para responder às questões de 21 a 30.
Cientistas tentam curar o envelhecimento
E se desse para "parar no tempo," envelhecendo mais lentamente - ou quem sabe até revertendo e deixando de envelhecer -, evitando doenças comuns à terceira idade e ficando jovem por muito mais tempo?
Ainda que nossa expectativa de vida tenha quase dobrado entre os anos de 1900 e 2020, viver por mais tempo não é, necessariamente, uma coisa tão boa. É claro que ter a possibilidade de ficar entre nossos entes queridos por muito mais anos, apreciar um pouco mais os nossos hobbies e, até mesmo, ter tempo para conhecer mais pessoas e lugares é uma ótima perspectiva de vida. O problema é que, por mais que demoremos a morrer, ainda estamos fadados ao envelhecimento.
Ficar velho não significa apenas ganhar experiência de vida: com o tempo, nossas células perdem a capacidade de se renovar, abrindo as portas para os malefícios do envelhecimento. Conforme nossa idade avança, tornamo-nos mais suscetíveis a doenças como câncer, Alzheimer, diabetes, artrite e por aí vai.
Não é à toa que a ciência vem, há anos, buscando formas de combater, desacelerar e até impedir o envelhecimento de seres humanos. Este objetivo já foi alcançado com ratos em laboratório, permitindo aos roedores viver por muito mais tempo ao mesmo tempo que continuam jovens por períodos bem mais longos.
Para isso, foram utilizadas drogas como rapamicina, metformina e carbose, por exemplo, todas comuns em alguns tipos de tratamentos de doenças em humanos.
Em 2006, um pesquisador japonês chamado Shinya Yamanaka fez uma descoberta que lhe rendeu um Prêmio Nobel: ele foi capaz de reprogramar células adultas a um estado similar ao de embriões, revolucionando o campo de biologia celular e abrindo as portas para mais formas de tratar doenças. Cientistas, agora, buscam aprimorar a técnica de reprogramação celular e aplicá-la em seres humanos para "curar" o envelhecimento.
ndoocuuraroeeveheeimmentoom.br/ciencia/124265-cientistas-estao-tentando-curar-o-envelhecimento-em-promissor-estudo.htm. Adaptado.
[...] permitindo 'aos roedores' viver por muito mais tempo.
Em relação à expressão destacada, ao substituir o termo masculino por um termo feminino: