Questões de Concurso Sobre adjetivos em português

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Q1720532 Português

“A escola encerrou cedo as atividades matinais.”. As palavras, em destaque, são, respectivamente:

Alternativas
Q1720388 Português
É correto afirmar que a palavra “lixo” (primeira fala) exerce função morfológica de:
Alternativas
Q1719887 Português
MINEIRO DIANTE DO MAR


Affonso Romano de Sant'Anna

Me lembro dessa cena: um adolescente chegando ao Rio e o irmão lhe prevenindo: "Amanhã vou te apresentar o mar". Isto soava assim: amanhã vou te levar ao outro lado do mundo, amanhã te ofereço a Lua. Amanhã você já não será o mesmo homem.
E a cena continuou: resguardado pelo irmão mais velho, que se assentou no banco do calçadão, o adolescente, ousado e indefeso, caminha na areia para o primeiro encontro com o mar. Ele não pisava na areia. Era um oásis a caminhar. Ele não estava mais em Minas, mas andava num campo de tulipas na Holanda. O mar, a primeira vez, não é um rito que deixe um homem impune. Algo nele vai-se aprofundar.
E o irmão lá atrás, respeitoso, era a sentinela, o sacerdote que deixa o iniciante no limiar do sagrado, sabendo que dali para a frente o outro terá que, sozinho, enfrentar o dragão. E o dragão lá vinha soltando pelas narinas as ondas verdes de verão. E o pequeno cavaleiro, destemido e intimidado, tomou de uma espada ou pedaço de pau qualquer para enfrentar a hidra que ondeava mil cabeças, e convertendo a arma em caneta ou lápis, começou a escrever na areia um texto que não terminará jamais. Que é assim o ato de escrever: mais que um modo de se postar diante do mar, é uma forma de domar as vagas do presente convertendo-o num cristal passado. Não, não enchi a garrafinha de água salgada para mostrar aos vizinhos tímidos retidos nas montanhas, e fiz mal, porque muitos morreram sem jamais terem visto o mar que eu lhes trazia. Mas levei as conchas, é verdade, que na mesa interior marulhavam lembranças de um luminoso encontro de amor com o mar.
Certa vez um missionário branco pregava a negros africanos, e ao convertê-los dizendo que Cristo havia morrido por eles há dois mil anos, ouviu do chefe da tribo a seguinte recriminação: "Então, ele morreu há dois mil anos e só agora o senhor vem nos contar?" É a mesma coisa com o mar, encontrá-lo assim numa tarde como numa tarde se encontra o amor, é pensar: "Como pude viver até hoje sem esse amor, como pude viver na ausência do mar?".
[...]
Os cariocas vão achar estranho, mas devo lhes revelar: carioca, com esse modo natural de ir à praia, desvaloriza o mar. Ele vai ao mar com a sem-cerimônia que o mineiro vai ao quintal. E o mar é mais que horta e quintal. É quando atrás do verde-azul do instante o desejo se alucina num cardume de flores no jardim. O mar é isso: é quando os vagalhões das noites se arrebentam na aurora do sim.
[...]
O mar é o mestre da primeira vez e não para de ondear suas lições. Nenhuma onda é a mesma onda. Nenhum peixe o mesmo peixe. Nenhuma tarde a mesma tarde. O mar é um morrer sucessivo e um viver permanente. Ele se desfolha em ondas e não para de brotar. A contemplá-lo, ao mesmo tempo sou jovem e envelheço.
O mar é recomeço.
Affonso Romano de Sant'Anna
A substituição do adjetivo em destaque por qualquer dos sinônimos indicados altera fundamentalmente o sentido do enunciado em:
Alternativas
Q1718477 Português
     Ainda ontem passei por lá; a manhã estava muito clara, radiosa, dessas alegres manhãs de verão, quentes de sol e de vida.
     Havia no ar uma luminosidade surpreendente e o zumbido dos insetos, o canto dos pássaros e o riso das crianças enchiam o espaço; por toda a parte reinava a luz, a alegria, o desejo de viver, de ser feliz, de ser bom. As árvores pareciam paradas, quase imóveis; mas observando bem, podia-se perceber um sussurro de brisa entre as folhas como a contarem segredinhos umas às outras, na transparência luminosa da manhã. 
     Passando pela Praça Buenos Aires, vi um grupo de crianças brincando e correndo; seus gritos repercutiam em meus ouvidos como ecos de coisas mortas, remanescentes de um passado há muito tempo desaparecido. Lembrei-me então do meu sonho; durante a noite inteira eu havia sonhado que ainda morávamos lá e meus filhos eram pequenos; no sonho ouvi chamarem várias vezes: Mamãe! Mamãe! 
     Mal a claridade do dia passou através das tabuinhas das venezianas, eu me vesti e saí; tomei o bonde para passar na "nossa casa"; digo "nossa" por hábito porque há muitos anos já que a deixamos e nem sei quem mora lá. Desci do bonde umas quadras antes para passar a pé diante dela e vagarosamente fui subindo a Avenida Angélica, tão familiar e amiga, onde residimos durante tantos anos!
     Esse quarteirão não mudou muito; um ou outro prédio novo e por toda a parte as mesmas árvores e até, pode-se dizer, os mesmos pássaros cantando em seus galhos. Vi uma das árvores com um galho retorcido, tal e qual a vi sempre. Diante da casa, parei um pouco para ver melhor; lá estava ela com as duas janelas de frente e o portãozinho de ferro, o jardim de quatro metros, como chamávamos, e a trepadeira roxa plantada por Júlio há tanto, tanto tempo.

(Trecho retirado de Éramos Seis, de Maria José Dupré. Disponível em: http://projeto.camisetafeitadepet.com.br/imagens/banco_imagem_livros/5 04_livro_site.pdf)
“...e o zumbido dos insetos, o canto dos pássaros e o riso das crianças enchiam o espaço.” Qual é a função morfológica dos elementos sublinhados?
Alternativas
Q1718353 Português
Devido às características distintas das palavras utilizadas na língua portuguesa, as mesmas assumem funções específicas, sendo divididas em classes gramaticais para melhor expressão das ideias. Quanto à classificação, assinale a alternativa cujo conteúdo refere-se às palavras que exercem sempre a função de núcleo das funções sintáticas onde estão inseridas:
Alternativas
Respostas
2006: B
2007: A
2008: A
2009: C
2010: B