Questões de Concurso Sobre variação linguística em português
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É
A gente quer calor no coração
A gente quer suar, mas de prazer
A gente quer é ter muita saúde
A gente quer viver a liberdade
A gente quer viver felicidade
É a gente não tem cara de panaca
A gente não tem jeito de babaca... (Trecho da canção de Luiz Gonzaga Jr.)
O uso das gírias "panaca" e "babaca" mostram:
Texto II
Texto publicitário
Dizem que a vida é curta, mas não é verdade. A vida é longa para quem consegue viver pequenas felicidades. E essa tal felicidade anda por aí, disfarçada, como uma criança traquina brincando de esconde-esconde. Infelizmente às vezes não percebemos isso e passamos nossa existência colecionando nãos: a viagem que não fizemos, o presente que não demos, a festa à qual não fomos, o amor que não vivemos, o perfume que não sentimos. A vida é mais emocionante quando se é ator e não espectador, quando se é piloto e não passageiro, pássaro e não paisagem, cavaleiro e não montaria. E como ela é feita de instantes, não pode nem deve ser medida em anos ou meses, mas em minutos e segundos. Esta mensagem da Visa é um tributo ao tempo. Tanto àquele tempo que você soube aproveitar no passado quanto àquele tempo que você não vai desperdiçar no futuro. Porque a vida é agora.
(Revista Veja)
O texto do anúncio apresenta linguagem coloquial no seguinte segmento:
Texto I
Por que cometemos atos falhos?
Por que você trocou o nome da namorada na hora H? Freud explica, mas é bom já saber que a neurociência discorda dele. Segundo a psicanalista Vera Warchavchik, a primeira explicação veio no livro Psicopatologia da vida cotidiana, de 1901, em que Freud descreveu o ato falho como uma confusão com um sentido maior por trás. Ou seja, para Freud, você fala “sem querer querendo”. Isso aí: todos temos nossos momentos Chaves.
Já a neurociência considera esse deslize um esquecimento corriqueiro sem nenhum significado especial. Ele acontece porque, ao contrário de uma filmadora, o cérebro não grava todos os mínimos detalhes dos acontecimentos, mas apenas as informações principais. Quando ativamos nosso banco de dados para buscar a situação completa, ele monta esses dados como se editasse um filme. E, para ligar uma coisa a outra, preenche as lacunas com algumas invenções. Pronto! É exatamente nesse momento que surgem as confusões, que, se pegarem mal, serão consideradas atos falhos. A contragosto dos psicanalistas, seriam simples e pequenos tilts na memória sem nenhuma razão oculta. Por isso, na próxima vez que der uma mancada na cama, diga que a culpa é do seu cérebro.
(Natália Kuschnaroff)
Apesar de um texto sobre tema psicanalítico, a expressão escrita apresenta traços da linguagem coloquial. Assinale a alternativa em que não há qualquer marca de coloquialidade.
O texto abaixo é um cordel. Leia-o para responder às questões 6 a 8.
CORDEL MODERNO - Tecnologia do agora
Estou ficando cansado
Da tal tecnologia
Só se fala por e-mail
Mensagem curta e fria
Twitter e Facebook
Antes que eu caduque
Vou dizer tudo em poesia.
Não é mais como era antes
É tudo abreviado
"Você" só tem duas letras
O "O" e o "E" foi riscado
Para declarar o amor
Basta botar uma flor
E um coração desenhado.
Arroba agora não pesa
É parte de um endereço
Ponto final nem se usa
Ou vai até no começo
Agora é .com
Se o saite é muito bom
Ele vale um alto preço.
Pra piorar a linguagem
O emoticom é um risco
Tem símbolo para tudo
Ponto e vírgula e um asterisco
Um beijo significa
Pra entender como fica Decifre esse rabisco.
Tenho saudade das cartas
Escritas com a própria mão
Mandava no mês de Junho
Só chegava no Verão
Mas matava a saudade
Era texto de verdade
Nas linhas do coração.
Agora, escrevo e envio
Chegando na mesma hora
Mas quando vou prosear
A pessoa foi embora
Abriu outro aplicativo
O mundo ficou cativo
Da tecnologia do agora.
Felizmente, pra orar
Não precisa de internet
Deus escuta todo mundo
Se quiser, faça esse teste
Dois pontos são dois joelhos
Seus lábios são aparelhos
Deixe que Deus interprete.
Milton Duarte (CORDEL MODERNO - Tecnologia do agora, Milton Duarte. Disponível em: https://www.recantodasletras.com. br/poesias/3186743-Acesso em: 11 jul. 2019).
Analise as afirmações a seguir sobre o cordel acima:
I-Trata-se de um texto escrito de forma clara, cuja linguagem permite uma variedade mais informal, verificada sobretudo na escolha vocabular e em algumas estruturas sintáticas;
II - A linguagem empregada no verso " Basta botar uma flor'', 2ª estrofe do poema, revela uma variedade regional bem típica do Nordeste brasileiro, marcada pelo verbo "botar";
III - "Mas quando vou prosear", 6ª estrofe, traz a marca de uma variedade histórica da língua, já que a palavra "prosear" não é mais empregada hoje em dia.
É correto o que se afirma: