Questões de Concurso Sobre conjunções: relação de causa e consequência em português

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Q3005725 Português
Assinale a frase abaixo em que o vocábulo melhor mostra uma classe gramatical diferente das demais.
Alternativas
Q3005724 Português
As frases abaixo falam de um aspecto da arte de escrever.
Assinale a opção em que esse aspecto não está corretamente identificado.
Alternativas
Q3002040 Português

Texto I


Lisboa: aventuras


Tomei um expresso

cheguei de foguete

subi num bonde

desci de um elétrico

5 pedi cafezinho

serviram-me uma bica

quis comprar meias

só vendiam peúgas

fui dar descarga

10disparei um autoclismo

gritei “ó cara!”

responderam-me “ó pá!”

positivamente

as aves que aqui gorjeiam não gorjeiam como lá.


PAES, José Paulo. Lisboa: aventuras. A poesia está morta, mas

juro que não fui eu. São Paulo: Duas Cidades, 1988, p. 40.

Entre os versos


“fui dar descarga

disparei um autoclismo”, (v. 9-10)


está implícita a noção de

Alternativas
Q3000419 Português

Sobre a origem de tudo


Marcelo Gleiser


Volta e meia retorno ao tema da origem de tudo, que inevitavelmente leva a reflexões em que as fronteiras entre ciência e religião meio que se misturam. Sabemos que as primeiras narrativas de criação do mundo vêm de textos religiosos, os mitos de criação. O Gênesis, primeiro livro da bíblia, é um exemplo deles, se bem que é importante lembrar que não é o único.

Talvez seja surpreendente, especialmente para as pessoas de fé, que a ciência moderna tenha algo a dizer sobre o assunto. E não há dúvida que o progresso da cosmologia e da astronomia levaram a um conhecimento sem precedentes da história cósmica, que hoje sabemos teve um começo há aproximadamente 13,8 bilhões de anos. Tal como você e eu, o Universo também tem uma data de nascimento.

A questão complica se persistimos com essa analogia: você e eu tivemos pais que nos geraram. Existe uma continuidade nessa história, que podemos traçar até a primeira entidade viva. Lá, nos deparamos com um dilema: como surgiu a primeira entidade viva, se nada vivo havia para gerá-la? Presumivelmente, a vida veio da não vida, a partir de reações químicas entre as moléculas que existiam na Terra primordial. E o Universo? Como surgiu se nada existia antes?

A situação aqui é ainda mais complexa, visto que o Universo inclui tudo o que existe. Como que tudo pode vir do nada? A prerrogativa da ciência é criar explicações sem intervenção divina. No caso da origem cósmica, explicações científicas encontram desafios conceituais enormes.

Isso não significa que nos resta apenas a opção religiosa como solução da origem cósmica. Significa que precisamos criar um novo modo de explicação científica para lidar com ela.

Para dar conta da origem do Universo, os modelos que temos hoje combinam os dois pilares da física do século 20, a teoria da relatividade geral de Einstein, que explica a gravidade como produto da curvatura do espaço, e a mecânica quântica, que descreve o comportamento dos átomos. A combinação é inevitável, dado que, nos seus primórdios, o Universo inteiro era pequeno o bastante para ser dominado por efeitos quânticos. Modelos da origem cósmica usam a bizarrice dos efeitos quânticos para explicar o que parece ser inexplicável.

Por exemplo, da mesma forma que um núcleo radioativo decai espontaneamente, o Cosmo por inteiro pode ter surgido duma flutuação aleatória de energia, uma bolha de espaço que emergiu do “nada”, que chamamos de vácuo. O interessante é que essa bolha seria uma flutuação de energia zero, devido a uma compensação entre a energia positiva da matéria e a negativa da gravidade. Por isso que muitos físicos, como Stephen Hawking e Lawrence Krauss, falam que o Universo veio do “nada”. E declaram que a questão está resolvida. O que é um absurdo. O nada da física é uma entidade bem complexa.

Esse é apenas um modelo, que pressupõe uma série de conceitos e extrapolações para fazer sentido: espaço, tempo, energia, leis naturais. Como tal, está longe de ser uma solução para a questão da origem de tudo. Não me parece que a ciência, tal como é formulada hoje, pode resolver de vez a questão da origem cósmica. Para tal, precisaria descrever suas próprias origens, abranger uma teoria das teorias. O infinito e seu oposto, o nada, são conceitos essenciais; mas é muito fácil nos perdermos nos seus labirintos metafísicos.


http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marcelogleiser/2013/12/1385521- sobre-a-origem-de-tudo.shtml.

Em “O Gênesis, primeiro livro da bíblia, é um exemplo deles, se bem que é importante lembrar que não é o único.”, a expressão destacada estabelece relação semântica de

Alternativas
Q2994140 Português

Leia atentamente o texto seguinte:

Religiosamente, pela manhã, ele dava milho na mão para a galinha cega. As bicadas tontas, de violentas, faziam doer a palma da mão calosa. E ele sorria. Depois a conduzia ao poço, onde ela bebia com os pés dentro da água. A sensação direta da água nos pés lhe anunciava que era hora de matar a sede; curvava o pescoço rapidamente, mas nem sempre apenas o bico atingia a água: muita vez, no furor da sede longamente guardada, toda a cabeça mergulhava no líquido, e ela a sacudia, assim molhada, no ar. Gotas inúmeras se espargiam nas mãos e no rosto do carroceiro agachado junto do poço. Aquela água era como uma bênção para ele. Como água benta, com que um Deus misericordioso e acessível aspergisse todas as dores animais. Bênção, água benta, ou coisa parecida: uma impressão de doloroso triunfo, de sofredora vitória sobre a desgraça inexplicável, injustificável, na carícia dos pingos de água, que não enxugava e lhe secavam lentamente na pele. Impressão, aliás, algo confusa, sem requintes psicológicos e sem literatura.

Depois de satisfeita a sede, ele a colocava no pequeno cercado de tela separado do terreiro (as outras galinhas martirizavam muito a branquinha) que construíra especialmente para ela. De tardinha dava-­lhe outra vez milho e água e deixava a pobre cega num poleiro solitário, dentro do cercado.

Porque o bico e as unhas não mais catassem e ciscassem, puseram­-se a crescer. A galinha ia adquirindo um aspecto irrisório de rapace, ironia do destino, o bico recurvo, as unhas aduncas. E tal crescimento já lhe atrapalhava os passos, lhe impedia de comer e beber. Ele notou essa miséria e, de vez em quando, com a tesoura, aparava o excesso de substância córnea no serzinho desgraçado e querido.

Entretanto, a galinha já se sentia de novo quase feliz. Tinha delidas lembranças da claridade sumida. No terreiro plano ela podia ir e vir à vontade até topar a tela de arame, e abrigar­-se do sol debaixo do seu poleiro solitário. Ainda tinha liberdade — o pouco de liberdade necessário à sua cegueira. E milho. Não compreendia nem procurava compreender aquilo. Tinham soprado a lâmpada e acabou-­se. Quem tinha soprado não era da conta dela. Mas o que lhe doía fundamente era já não poder ver o galo de plumas bonitas. E não sentir mais o galo perturbá-­la com o seu cocó­có malicioso. O ingrato.

João Alphonsus – Galinha Cega. Em MORICONI, Italo, Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século. São Paulo: Objetiva, 2000.

Observe as duas orações a seguir:

I – As bicadas tontas, de violentas, faziam doer a palma da mão calosa.

II – E ele sorria.

As duas orações acima estão conectadas semanticamente pela conjunção “ e”, como se pode perceber no início do primeiro parágrafo do texto analisado.

De acordo com o que se pode afirmar desse texto, essa conjunção tem valor:

Alternativas
Ano: 2013 Banca: VUNESP Órgão: PROCON-SP Prova: VUNESP - 2013 - PROCON-SP - Secretário |
Q2989623 Português

O chamamento (recall), ou Aviso de Risco, tem por objetivo básico proteger e preservar a vida, saúde, integridade e segurança do consumidor, bem como evitar prejuízos materiais e morais.

Em relação à primeira parte do enunciado, a expressão destacada no trecho introduz uma

Alternativas
Q2977525 Português

Sempre gostei de ler e sempre li muito. Somente agora conheci os livros de Lya Luft.


Assinale a alternativa com a conjunção que permite unir essas frases em um único período, sem modificar-lhes o sentido. (Haverá apenas alteração de pontuação e de letra maiúscula em minúscula.)

Alternativas
Q2973734 Português

A alternativa que mostra uma alteração que muda o sentido do segmento inicial do texto é:

Alternativas
Q2973730 Português

"como mostravam as informações das pesquisas de opinião"; a alternativa que mostra um substituto adequado do conectivo "como" nesse segmento do texto é:

Alternativas
Q2956122 Português

Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.

O recente interesse na regulamentação da astrologia como profissão oferece a oportunidade de refletir sobre questões que vão desde as raízes históricas da ciência até a percepção, infelizmente muito popular, de seu dogmatismo. Preocupa-me, e imagino que a muitos dos colegas cientistas, a rotulação do cientista como um sujeito inflexível, bitolado, que só sabe pensar dentro dos preceitos da ciência. Ela vem justamente do desconhecimento sobre como funciona a ciência. Talvez esteja aqui a raiz de tanta confusão e desentendimento.

Longe dos cientistas achar que a ciência é o único modo de conhecer o mundo e as pessoas, ou que a ciência está sempre certa. Muito ao contrário, seria absurdo não dar lugar às artes, aos mitos e às religiões como instrumentos complementares de conhecimento, expressões de como o mundo é visto por pessoas e culturas muito diversas entre si.

Um mundo sem esse tipo de conhecimento não científico seria um mundo menor e, na minha opinião, insuportável. O que existe é uma distinção entre as várias formas de conhecimento, distinção baseada no método pertinente a cada uma delas. A confusão começa quando uma tenta entrar no território da outra, e os métodos passam a ser usados fora de seus contextos.

Portanto, é (ou deveria ser) inútil criticar a astrologia por ela não ser ciência, pois ela não é. Ela é uma outra forma de conhecimento. [...]

Essa caracterização da astrologia como não ciência não é devida ao dogmatismo dos cientistas. É importante lembrar que, para a ciência progredir, dúvida e erro são fundamentais. Teorias não nascem prontas, mas são refinadas com o passar do tempo, a partir da comparação constante com dados. Erros são consertados, e, aos poucos, chega-se a um resultado aceito pela comunidade científica.

A ciência pode ser apresentada como um modelo de democracia: não existe o dono da verdade, ao menos a longo prazo. (Modismos, claro, existem sempre.) Todos podem ter uma opinião, que será sujeita ao escrutínio dos colegas e provada ou não. E isso tudo ocorre independentemente de raça, religião ou ideologia. Portanto, se cientistas vão contra alguma coisa, eles não vão como donos da verdade, mas com o mesmo ceticismo que caracteriza a sua atitude com relação aos próprios colegas. Por outro lado, eles devem ir dispostos a mudar de opinião, caso as provas sejam irrefutáveis.


Será necessário definir a astrologia? Afinal, qualquer definição necessariamente limita. Se popularidade é medida de importância, existem muito mais astrólogos do que astrônomos. Isso porque a astrologia lida com questões de relevância imediata na vida de cada um, tendo um papel emocional que a astronomia jamais poderia (ou deveria) suprir.

A astrologia está conosco há 4.000 anos e não irá embora. E nem acho que deveria. Ela faz parte da história das ideias, foi fundamental no desenvolvimento da astronomia e é testemunha da necessidade coletiva de conhecer melhor a nós mesmos e os que nos cercam. De minha parte, acho que viver com a dúvida pode ser muito mais difícil, mas é muito mais gratificante. Se erramos por não saber, ao menos aprendemos com os nossos erros e, com isso, crescemos como indivíduos. Afinal, nós somos produtos de nossas escolhas, inspiradas ou não pelos astros.

(GLEISER, Marcelo. Folha de São Paulo, 22 set. 2002)

A instrução de reescrita que, uma vez seguida, compromete o padrão culto da língua observado em:

“Portanto, é (ou deveria ser) inútil criticar a astrologia por ela não ser ciência, pois ela não é.” (§ 4)

encontra-se na alternativa:

Alternativas
Q2952779 Português

Leia o texto a seguir para responder as questões de língua portuguesa.


O TOLO E SEU DINHEIRO


Juliana Garzon e Jerônimo Teixeira

Em muitas das teorias econômicas fundamentais as pessoas de carne e osso, falíveis e volúveis, não existem.

Essas teorias só funcionam com o "homem estatístico", o somatório de agentes econômicos vistos como

máquinas de calcular que administram com rigor seus recursos limitados. O pai da economia moderna, o

escocês Adam Smith (1723-1790), enxergava um mundo ordenado em que cada indivíduo agia sempre no

5 interesse pessoal e da família e, assim, acabava contribuindo para a prosperidade geral da nação. Disse Smith:

"Não é da benevolência do padeiro, do açougueiro ou do cervejeiro que eu espero que saia o meu jantar, mas

sim do empenho deles em promover o próprio autointeresse". Talvez a maioria das pessoas do século XVIII

fossem mesmo seres racionais, donos do próprio destino e empenhados na promoção do seu autointeresse

econômico. Mas é mais comum encontrar gente que gasta mais do que ganha e compra aquilo de que não

10 precisa.

Nas últimas quatro décadas, os teóricos da economia têm tentado contemplar em suas análises pessoas de

carne, osso e sangue quente. Essa escola, a "economia comportamental", nascida na década de 70 com o

trabalho dos psicólogos Amos Tversky e Daniel Kahneman, da Universidade Hebraica de Jerusalém, incorporou

as inconstâncias humanas aos seus modelos de previsão. Tversky e Kahneman focaram seus estudos sobre o

15 comportamento das pessoas em situações de incerteza e de alta carga emotiva, consideradas por eles, com

acerto, como predominantes nas grandes decisões econômicas - seja a compra do primeiro apartamento ou a

venda de ações nos momentos de queda das bolsas.

A economia comportamental arejou o pensamento econômico dando lugar a modelos mais sensíveis às

vicissitudes da psicologia humana, com suas falhas de cálculo e percepções enganosas. Talvez seu maior

20 mérito seja entender que os criteriosos padeiros e cervejeiros de Adam Smith existem, são numerosos, mas

convivem com multidões para quem a racionalidade financeira no dia-a-dia é tão estranha quanto o popular

esporte escocês de arremesso de troncos. Kahneman ganhou o prêmio Nobel de economia em 2002, tornando-

se o único psicólogo a conseguir esse feito. No mundo de Kahneman os padeiros e cervejeiros nem sempre

tomam decisões sóbrias e corretas. Eles agem de acordo com os misteriosos mecanismos mentais de aceitação

25 e rejeição do risco. Uma mesma pessoa que só bebe água mineral e morre de medo de bactérias pode ser vista

fazendo bungee jumping, esporte em que o praticante se joga de uma ponte sobre um abismo amarrado por uma

corda elástica. No mundo econômico, atitudes incoerentes como essa são quase a regra.

Aplicadas ao estudo do comportamento dos investidores nas bolsas, as teses de Kahneman e seus colegas

mostram que a convivência de atitudes racionais e irracionais é uma força considerável. Entre o início de 2003 e

30 o máximo de alta em maio de 2008, o Índice Bovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo, valorizou-se 350%.

Nesse período, a maioria dos investidores enxergou todos os acontecimentos, os bons e os ruins, com a lente

da euforia. Passaram despercebidos os sinais precoces da crise que viria a se abater sobre a economia mundial

com repercussões fortes no Brasil no fim do ano passado. Mesmo os investidores profissionais não estão

imunes a ilusões. A mais comum é acreditar que projeções baseadas em dados recentes podem ser tomadas

35 como tendências duradouras. [ ... ] Diz Plínio Chap Chap, professor de finanças corporativas da escola de

negócios Brazilian Business School (BBS): "Bastam alguns ganhos para que as pessoas se julguem mais

capazes que as outras para escolher ações."[ ... ]

Nem todos os enganos são originários da autoconfiança. O investidor também pode ser atrapalhado por uma

emoção de natureza bem diversa: a angústia. O investidor novato, sobretudo, tende a entrar no mercado com a

40 sensação de que está atrasado. [ ... ] Essa sensação conduz a escolhas precipitadas. Em vez de traçar uma

estratégia sólida, o novato dá grandes tacadas de uma vez só, para evitar a tensão de analisar e optar - ou não -

por determinada ação. A impaciência custa caro. [ ... ] As frustrações se tornam ainda mais agudas quando as

cotações caem. O investidor que tomou sua decisão de compra sem base sofre por não saber se deve vender as

ações que estão patinando e estancar as perdas ou apostar na recuperação dos papéis e mantê-los em carteira.

45 [ ... ] Mas o investidor que der um passo atrás para observar o cenário com emoções menos exacerbadas poderá

ter uma visão mais realista da economia brasileira e de suas perspectivas: uma boa oportunidade de

investimentos tanto para os padeiros e cervejeiros de Adam Smith quanto para os bungee jumpers de

Kahneman.

Texto adaptado da Revista Veja, edição 2095, ano 42, n. 2, de 14 de jan. 2009. p. 68-70

Assinale a alternativa INCORRETA quanto às relações sintático-semânticas estabelecidas pelas conjunções destacadas.

Alternativas
Ano: 2013 Banca: ESPP Órgão: MPE-PR Prova: ESPP - 2013 - MPE-PR - Pedagogo |
Q2951481 Português

Texto para as questões de 26 à 30.


Texto IV


Telegrama


(Zeca Baleiro)


Eu tava triste

Tristinho!

Mais sem graça

Que a top-model magrela

Na passarela

Eu tava só

Sozinho!

Mais solitário

Que um paulistano

Que um canastrão

Na hora que cai o pano

Tava mais bobo

Que banda de rock

Que um palhaço

Do circo Vostok...


Mas ontem

Eu recebi um Telegrama

Era você de Aracaju

Ou do Alabama

Dizendo:

Nêgo sinta-se feliz

Porque no mundo

Tem alguém que diz:

Que muito te ama!

Que tanto te ama!

Que muito muito te ama,

que tanto te amal!...


(Disponível em: http://www. vagalume.com brizeca-baleiro/telegrama htmlfixzz2mBnmi8&So)

Os versos “Nêgo sinta-se feliz/ Porque no mundo” são relacionados por uma conjunção que poderia ser substituída, sem alteração de sentido, por:

Alternativas
Q2951368 Português

TEXTO 1

A concepção de que língua e gramática são uma coisa só deriva do fato de, ingenuamente, se acreditar que a língua é constituída de um único componente: a gramática. Por essa ótica, saber uma língua equivale a saber sua gramática; ou, por outro lado, saber a gramática de uma língua equivale a dominar totalmente essa língua. É o que se revela, por exemplo, na fala das pessoas quando dizem que “alguém não sabe falar”. Na verdade, essas pessoas estão querendo dizer que esse alguém “não sabe falar de acordo com a gramática da suposta norma culta”. Para essas pessoas, língua e gramática se equivalem. Uma esgota totalmente a outra. Uma preenche inteiramente a outra. Nenhuma é mais que a outra. Na mesma linha de raciocínio, consolida-se a crença de que o estudo de uma língua é o estudo de sua gramática.

Ora, a língua, por ser uma atividade interativa, direcionada para a comunicação social, supõe outros componentes além da gramática, todos relevantes, cada um constitutivo à sua maneira e em interação com os outros. De maneira que uma língua é uma entidade complexa, um conjunto de subsistemas que se integram e se interdependem irremediavelmente.

Uma língua é constituída de dois componentes: um léxico – ou o conjunto de palavras, o vocabulário; e uma gramática – que inclui as regras para se construir palavras e sentenças da língua. Ocorre que esses dois componentes estão em íntima inter-relação; estão em permanente entrecruzamento; tanto que o componente da gramática inclui regras que especificam a criação de novas unidades do léxico ou sua adaptação às especificidades morfológicas da língua, pela mobilização de seu estoque de radicais, prefixos e sufixos.

Mas ocorre, ainda, que uma língua é mais que um sistema em potencial, em disponibilidade. Supõe um uso, supõe uma atualização concreta – datada e situada – em interações complexas que, necessariamente, compreendem: a composição de textos e uma situação de interação (que inclui normas sociais de atuação). Dessa forma, a língua apresenta mais de um componente, e seu uso está sujeito a diferentes tipos de regras e normas. Restringir-se, pois, à sua gramática é limitar-se a um de seus componentes apenas. É perder de vista sua totalidade e, portanto, falsear a compreensão de suas múltiplas determinações.

ANTUNES, Irandé. Muito além da gramática. São Paulo: Parábola, 2007, p.39-41. Adaptado.

“Restringir-se, pois, à sua gramática é limitar-se a um de seus componentes apenas. É perder de vista sua totalidade e, portanto, falsear a compreensão de suas múltiplas determinações.” Acerca dos termos destacados, é correto afirmar que:

Alternativas
Ano: 2006 Banca: UFABC Órgão: UFABC Prova: UFABC - 2006 - UFABC - Contador |
Q2944901 Português

A expressão grifada no trecho "Além disso, a estrutura tributária brasileira é extremamente complexa" pode ser substituída, sem prejuízo de sentido, por:

Alternativas
Ano: 2006 Banca: UFABC Órgão: UFABC Prova: UFABC - 2006 - UFABC - Contador |
Q2944890 Português

Na frase, "Contudo a questão envolvendo os impostos é muito mais ampla" o único conector é:

Alternativas
Q2944357 Português

Leia atentamente o texto I para responder às questões de 01 a 09. 

Texto I 


No Ensino, como em outras coisas, a liberdade deve ser questão de grau. Há liberdades que não podem ser toleradas. Uma vez conheci uma senhora que afirmava não se dever proibir coisa alguma a uma criança, pois deve desenvolver sua natureza de dentro para fora. “E se a sua natureza a levar a engolir alfinetes?” indaguei; lamento dizer que a resposta foi puro vitupério. No entanto, toda criança abandonada a si mesma, mais cedo ou mais tarde, engolirá alfinetes, tomará veneno, cairá de uma janela alta ou doutra forma chegará a mau fim. Um pouquinho mais velhos, os meninos, podendo, não se lavam, comem demais, fumam até enjoar, apanham resfriados por molharem os pés, e assim por diante – além do fato de se divertirem importunando anciãos, que nem sempre possuem a capacidade de resposta de defesa. Quem advoga a liberdade da educação não quer dizer que as crianças devam fazer, o dia todo, o que lhes der na veneta. Deve existir um elemento de disciplina e autoridade; a questão é até que ponto, e como deve ser exercido.  

(RUSSEL, B. Ensaios Céticos. 2. ed. São Paulo, Nacional, 1957

No entanto, toda criança abandonada a si mesma, mais cedo ou mais tarde, engolirá alfinetes... O termo destacado pode ser substituído por
Alternativas
Q2941856 Português

“Eles realizaram todos os exames, entretanto, não foi possível identificar a causa da doença.”


Que relação foi estabelecida pela conjunção destacada na oração acima?

Alternativas
Q2938855 Português

Para responder às questões 1 e 2, leia o poema abaixo.


Herança


Eu vim de infinitos caminhos,

e os meus sonhos choveram lúcido pranto

pelo chão.


Quando é que frutifica, nos caminhos infinitos,

essa vida, que era tão viva, tão fecunda,

porque vinha de um coração?



E os que vierem depois, pelos caminhos infinitos,

do pranto que caiu dos meus olhos passados,

que experiência, ou consolo, ou prêmio alcançarão?


Cecília Meireles

No verso "Quando é que frutifica, nos caminhos infinitos", a palavra grifada é uma conjunção:

Alternativas
Ano: 2014 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: EBSERH Prova: INSTITUTO AOCP - 2014 - UFC - Pedagogo |
Q2937803 Português
“Os problemas devem afetar todos de algum modo, mas as pessoas que menos têm recursos para arcar com as consequências...” No período acima, o termo destacado pode ser substituído, sem que haja prejuízo semântico ou sintático, por
Alternativas
Ano: 2014 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: EBSERH Prova: INSTITUTO AOCP - 2014 - UFC - Pedagogo |
Q2937768 Português
Em “Além disso, irá frear os benefícios da modernização, como o crescimento econômico...”, a expressão destacada pode ser substituída sem que haja prejuízo semântico por
Alternativas
Respostas
101: E
102: C
103: A
104: B
105: D
106: E
107: C
108: C
109: D
110: A
111: C
112: C
113: E
114: B
115: B
116: D
117: A
118: B
119: D
120: D