Questões de Concurso Sobre uso das aspas em português

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Q1841985 Português
INSTRUÇÃO: Leia o texto  a seguir, para responder à questão.
TEXTO 

ICMS cultural: como o imposto que você paga ajuda a restaurar igrejas
Programa de destinação de recursos para o patrimônio cultural completa 25 anos ajudando a preservar templos, outros bens históricos e práticas consagradas entre mineiros
Na terra do escritor mineiro Guimarães Rosa (1908- 1967), autor de Grande sertão: veredas, a Capela de Santo Antônio, no distrito de Lagoa Bonita, a 14 quilômetros do Centro de Cordisburgo, na Região Central de Minas, prima pelo restauro. O templo do século 18 está preservado, livre de goteiras e com pintura nova, e o trabalho se deu “graças aos recursos do ICMS do Patrimônio Cultural”, informa a secretária municipal de Cultura, Turismo, Ecologia, Meio Ambiente e Agricultura, Rachel Barbosa Oliveira. “Se não fosse o repasse, a prefeitura não teria como arcar com os gastos da obra, pois o templo estava bem degradado”, afirma a secretária. O serviço totalizou R$ 800 mil.
O exemplo de Cordisburgo se reflete na maioria das cidades mineiras, pois o recurso do ICMS do Patrimônio Cultural, que completa 25 anos, é fundamental para garantir a integridade dos bens – só no período de 2015 a 2019, o valor repassado aos municípios foi de R$ 450 milhões. De acordo com os dados enviados ao Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha), gestor do programa, em 2018, cerca de R$ 30 milhões foram investidos em conservação, restauração, promoção do patrimônio cultural e também em projetos de educação patrimonial em diversas localidades do estado. Do total, mais de R$ 9 milhões foram usados pelas municipalidades para apoiar aproximadamente 1,2 mil ações de salvaguarda do patrimônio imaterial.
Conforme levantamento do Iepha, dos 853 municípios mineiros, cerca de 700 cidades já têm legislação própria de proteção ao patrimônio cultural. Como consequência, o estado já soma quase 5 mil bens culturais materiais e imateriais reconhecidos, presentes em todas as regiões. Por meio de documentação enviada pelos agentes públicos municipais, o Iepha analisa e pontua cada município pelas ações promovidas em defesa do patrimônio cultural. Somente este ano, o órgão estadual recebeu, para análise, documentos de quase 700 municípios. A pontuação é informada pelo Iepha à Fundação João Pinheiro, que calcula os valores a serem repassados mensalmente às prefeituras participantes, em virtude da Lei 18.030/2009, que determina os critérios para distribuição da cota-parte do ICMS em Minas Gerais, incluindo o critério patrimônio cultural.
Solidez
De acordo com o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, os 25 anos do programa reafirmam a solidez das políticas públicas geridas pela instituição. “O ICMS Patrimônio Cultural, além de ser a única iniciativa desse tipo no país, é uma importante ferramenta de fomento à política patrimonial em Minas. Os 25 anos desse programa são muito mais do que uma celebração. A data marca a força da política pública patrimonial no nosso estado, ao mesmo tempo em que nos lembra da importância de se investir em ações que preservem a memória e a história do povo mineiro”.
Para a presidente do Iepha, MicheleArroyo, a celebração dos 25 anos do programa ICMS Patrimônio Cultural é uma oportunidade para avaliação da importância da continuidade e permanência de ações de fomento às políticas públicas. “Essa ação contínua implementada pelo Iepha durante todos esses anos consolidou em nosso estado a mais relevante rede de articulação de ações de conhecimento, proteção e salvaguarda do patrimônio cultural no país”, ressalta.
Ainda segundo Michele, além da distribuição de uma média de R$ 90 milhões ao ano para mais de 800 municípios mineiros, o estado e as prefeituras construíram juntos uma importante rede de política pública participativa com a existência de conselhos, fundos e um acervo de quase 5 mil bens culturais, materiais e imateriais protegidos. “Como muitos desafios já enfrentados ao longo desses anos, queremos também aumentar o percentual de repasse, criar ferramentas para facilitar a apresentação de informações e a análise do ICMS. Para isso, buscamos ampliar mecanismos de formação e apoio aos gestores municipais e, sobretudo, fortalecer as práticas de gestão compartilhada. Dessa maneira, essas ações fomentam as cadeias produtivas da cultura e do patrimônio, através do apoio às comunidades e coletivos com a integração às políticas voltadas para o incremento do turismo no estado”.
Apoio
Ao longo de todo o ano, são realizadas ações pelo Iepha para orientar e auxiliar os gestores na condução das políticas públicas municipais de preservação. A diretora de promoção do Iepha, Clarice Libânio, explica que os dados relativos ao trabalho executado pelos municípios em 2019 ainda estão em fase de análise. “Mesmo diante da pandemia e do isolamento social causados pelo novo coronavírus, a documentação enviada pelos municípios participantes do programa ao Iepha está sendo analisada normalmente pelos técnicos, em regime de teletrabalho, desde 19 de março.”, afirma. A diretora ainda ressalta que já foram enviadas orientações aos municípios a respeito das ações a serem realizadas no atual ano de ação e preservação, em caráter excepcional, entre as quais se destaca o curso ICMS Patrimônio Cultural on-line, que substituirá os encontros presenciais da 10ª Rodada Regional do Patrimônio, impedida de ser realizada devido à pandemia.
Bens protegidos
• Minas tem 4.414 bens materiais protegidos, sendo 212 em esfera federal, 148 em esfera estadual e 4.054 nas esferas municipais.
• Os bens imateriais registrados somam 621, sendo quatro protegidos pela esfera federal, sete pela esfera estadual e 610 pelas esferas municipais.
• Quase R$ 11 milhões foram investidos pelos municípios na conservação de bens tombados e inventariados, sendo cerca de R$ 9 milhões em restauração de bens tombados e inventariados e aproximadamente R$ 750 mil na promoção de bens tombados e inventariados e ações de educação para o patrimônio.
• Mais de R$ 9 milhões foram empregados em ações de salvaguarda dos bens imateriais.
Disponível em: https://cutt.ly/4mqo8e7.
Acesso em: 25 jun. 2021 (adaptado).
Matéria publicada em 8 jul. 2020. 
Releia este trecho: O templo do século 18 está preservado, livre de goteiras e com pintura nova, e o trabalho se deu “graças aos recursos do ICMS do Patrimônio Cultural” [...]
Nessa ocorrência, as aspas indicam
Alternativas
Ano: 2018 Banca: NC-UFPR Órgão: COREN-PA Prova: NC-UFPR - 2018 - COREN-PA - Advogado |
Q1841468 Português

    Quase todo mundo é ansioso. Segundo a Associação Internacional de Controle do Stress (ISMA), 72% dos trabalhadores brasileiros são estressados. Mais da metade da população está acima do peso e tem problemas de sono – hoje se dorme 1h30 a menos, por noite, que na década de 1990. E nunca houve tanta gente, no mundo, sofrendo de depressão. De onde vem tudo isso? Cada um desses problemas tem suas próprias causas. Mas novos estudos têm revelado um ponto em comum entre todos eles: a sua barriga.

    Dentro do sistema digestivo humano existe o que alguns pesquisadores já chamam de “segundo cérebro”, com meio bilhão de neurônios e mais de 30 neurotransmissores (incluindo 50% de toda a dopamina e 90% da serotonina presentes no organismo). Tudo isso para controlar uma função essencial do corpo: extrair energia dos alimentos. Mas novas pesquisas estão revelando que não é só isso. Os neurônios da barriga podem interferir, sem que você perceba, com o cérebro de cima, o da cabeça – afetando o seu comportamento, as suas emoções e até o seu caráter. […]

    Outros estudos já encontraram relação entre a falta de lactobacillus e doenças como depressão e anorexia. Esses micro-organismos ajudam a manter a camada de muco que protege o intestino. Quando eles não estão presentes, essa barreira fica mais fraca, e surgem pequenas inflamações no intestino – que são encontradas em 35% das pessoas deprimidas. Para tentar entender o porquê, os cientistas autores da descoberta injetaram lactobacilos em ratos. As bactérias protegeram o intestino e produziram efeitos semelhantes aos de remédios antidepressivos.


(Disponível em:<https://super.abril.com.br/saude/seu-segundo-cerebro/> .

Acesso em 05, set. 2018.)

Sobre a pontuação do texto, considere as seguintes afirmativas:


1. Na primeira linha do texto, os parênteses foram usados para introduzir uma explicação do termo anterior.

2. No segundo parágrafo, a expressão “segundo cérebro” foi escrito entre aspas para demarcar um deslocamento do sentido usual da palavra.

3. No último parágrafo, o termo lactobacillus foi registrado em itálico por se tratar de um termo científico.


Assinale a alternativa correta. 

Alternativas
Q1840761 Português
Imagem associada para resolução da questão
Fonte: Disponível em: https://www.instagram.com/laerteminotaura/. Acesso em: 01 set. 2021.
Na tirinha, o emprego das aspas indica um(a)
Alternativas
Q1839850 Português
Racismo é essencialmente um sistema de dominação e desigualdade social. Na Europa, nas Américas e na Austrália, isso significa que uma maioria (e, às vezes, uma minoria) “branca” domina minorias não europeias. A dominação, por sua vez, define-se como o abuso de poder de um grupo sobre o outro e está representada por dois sistemas inter-relacionados de práticas sociais e cognitivas diárias: de um lado, por várias formas de discriminação, marginalização, exclusão ou problematização; do outro, por várias crenças, atitudes e ideologias preconceituosas e estereotipadas. Essas últimas podem ser consideradas, de muitas maneiras, como “razões” ou “motivos” para explicar e legitimar as primeiras: as pessoas discriminam os outros porque acreditam que esses são, de alguma forma, inferiores, têm menos direitos e assim por diante.
VAN DIJK, Teun A. Discurso das elites e racismo institucional. In: LARA, G. P; LIMBERTI,
R.P. (Org.). Discurso e (des)igualdade social. São Paulo: Contexto, 2015. p. 33.
A respeito do fragmento acima, analise as afirmativas: I. O emprego das aspas tem a função de ressaltar as ideias centrais do texto. II. O uso dos parênteses demarca a incorporação de uma visão crítica do autor. III. A estratégia de conceituação confere ao texto um caráter didático. IV. O terceiro período do texto apresenta um contra-argumento à ideia defendida anteriormente. Estão corretas apenas as afirmativas
Alternativas
Q1837154 Português
Leia o texto a seguir para responder a questão.

LER DEVAGAR
    Para aprender a ler é preciso ler bem devagar, e em seguida é preciso ler bem devagar e, sempre, até o último livro que terá a honra de ser lido por você, será preciso ler bem devagar. É preciso ler devagar um livro tanto para desfrutar dele quanto para se instruir ou para criticá-lo. Flaubert dizia: “Ah! Esses homens do século XVII! Como sabiam latim! Como liam devagar!”. Mesmo sem a intenção de escrever você mesmo, é preciso ler com lentidão o que quer que seja, sempre se perguntando se compreendeu corretamente e se a ideia com que acabou de se deparar é a do autor e não a sua. “É isso mesmo?” deve ser a pergunta contínua que o leitor faz a si mesmo.
    Os filólogos têm uma mania um pouco divertida, mas que parte do melhor sentimento do mundo e que devemos ter e conservar como princípio, como raiz. Eles se perguntam sempre: “É este mesmo o texto? Não seria ergo em lugar de ego, e ex templo em lugar de extemplo? Isso faria diferença”. Essa mania lhes surgiu de um hábito excelente, que é o de ler devagar, que é o de desconfiar do primeiro sentido que se vê nas coisas, que é o de não se abandonar, que é o de não sermos preguiçosos ao ler. Dizem que, no texto de Pascal sobre o ácaro, ao ver o manuscrito, Cousin leu: “nos contornos dessa síntese de abismo”. E como ele o admirou! Como o admirou! Estava escrito: “nos contornos dessa síntese de átomo” o que faz sentido. Cousin, levado por seu entusiasmo romântico, não se perguntou se “síntese de abismo” também fazia. É preciso não ter preguiça ao ler, mesmo uma preguiça lírica.
    Nem precipitação. A precipitação não passa, aliás, de uma forma de preguiça. Nossos pais diziam: “Ler com os dedos”. Isso queria dizer folhear de tal modo que, feitas as contas, os dedos tinham mais trabalho do que os olhos. “O sr. Beyle lia muito com os dedos, o que quer dizer que ele percorria muito mais do que lia, e deparava sempre com o lugar essencial e curioso do livro”. É preciso não pensar muito mal desse método que é o dos homens que são, como Beyle, colecionadores de ideias. Ocorre apenas que esse método tira todo o prazer da leitura e o substitui pelo da caça. Se você quer ser um leitor diletante e não um caçador, seu método precisa ser exatamente o oposto. De forma alguma deve ler com os dedos, nem ler na diagonal, como também se diz de modo bastante pitoresco. Deve ler com um espírito atento e bastante desconfiado de sua primeira impressão.
     Você me dirá que há livros que não podem ser lidos devagar, que não suportam a leitura lenta. E os há, de fato, mas esses são os livros que não é preciso ler em absoluto. Primeira consequência benéfica da leitura lenta: ela faz a separação, desde o início, entre o livro que se deve ler e o livro que só foi feito para não ser lido.
     Ler devagar é o primeiro princípio, e se aplica a toda e qualquer leitura. É como a essência da arte de ler. Há outras? Sim, mas nenhuma se aplica a todos os livros sem distinção. Além de “ler devagar” não há uma arte de ler; há artes de ler, e muito diferentes conforme as diferentes obras. São essas artes de ler que tentaremos sucessivamente destrinchar.
(FAGUET, Émile. A arte de ler. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2009.)
Considerando-se o uso das aspas nos trechos sublinhados no primeiro e último parágrafos do texto, é correto afirmar que os referidos sinais de pontuação foram usados para
Alternativas
Respostas
316: A
317: D
318: E
319: D
320: C