Questões de Concurso Sobre crase em português

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Q2218994 Português

Texto para o item.




Internet: <www.prodi.ifes.edu.br> (com adaptações).

No que se refere à estrutura linguística e ao vocabulário do texto, julgue o item.


Na linha 37, é facultativo o emprego do sinal indicativo de crase no “a” que antecede a palavra “cura”.


Alternativas
Q2218304 Português

Leia a tirinha abaixo, de Calvin e Haroldo, para responder à questão.



Sobre a fala presente no terceiro quadrinho, é correto afirmar que
Alternativas
Q2218297 Português
Leia o texto abaixo para responder à questão.

Realidade Paralela

        Um passo a frente. Esta languidez chegará ao fim. Os olhos dela calam-me a intensidade. A celebração. Para sempre vou te amar.

        Por isso, me aproximo. Abro a boca. Vou declarar-lhe meu amor. Mas então, subitamente, ele surge. Um homem de quase dois metros de altura. Coloca o braço sobre os ombros dela. E os dois me encaram como que perguntando: “o que deseja?”

           Volte. Volte. Volte.

      Vinte segundos antes. Aproximo-me lentamente, mas nada digo. Deixo que o efeito do silêncio coloque meus pensamentos no eixo. Assim, não me precipito. Afinal, estou cansado de me precipitar. Trinta e poucos anos tomando atitudes imbecis, me arrependendo, e voltando 20 segundos antes. Às vezes, menos que isso.

        Vinte segundos é o máximo que consigo. Descobri este dom na adolescência. Posso navegar por entre as milhares de portas abertas de minha realidade paralela. Pena que não consigo voltar mais do que 20 segundos. Isto me limita. Isto me trava. Isto me corrói.

        Sempre fui inconsequente. Afinal, se eu tomar uma decisão errada, posso voltar atrás. Mas sempre precisei analisar as consequências nos 20 segundos após agir. Do contrário, perderia a oportunidade de explorar as outras portas de minha realidade paralela. E então elas se fechariam, e precisaria conviver com as inevitáveis consequências de atos irrefletidos.

        E, agora, justo agora, que ia lhe declarar meu amor, surge este ser ao seu lado. Qual o problema dela? Tem vocação para sofrer? Um desejo incontido de mergulhar fundo em um lamaçal de más escolhas? Não consigo deixar de concluir: se ela não pode voltar e escolher outra realidade paralela, deveria tomar mais cuidado.

        Estou diante dos dois, mas não os encaro. Percebo pelo canto dos olhos que ele a abraça. Cada centímetro cúbico do meu sangue chegando facilmente aos 100°. Pode acreditar. Olho para eles. Na verdade, para ele. Diretamente para ele. Avanço sobre ele, um salto com as duas mãos na direção do seu pescoço.

        Ele desequilibra e cai. Ela grita. Olha para mim. Fica sem entender minha reação. Pessoas costumam ficar estáticas diante de eventos inesperados. Animal acuado. Pronto para o abate.

        – O que você fez? – ela pergunta, enquanto o gigante se levanta pronto para o segundo round.

        Dou um sorriso malévolo.

        – Não se preocupe. Já dou um jeito nisso.
    
        Volte. Volte. Volte.

        Vinte segundos antes. Estou parado diante deles. Dessa vez olho para ela. Encaro-a. Eles me percebem.

        – Olá, Adélia. Sinto dizer, mas você vai sofrer. Uma pena. Eu quis te proteger, te guardar de todo o mal. Mas você tinha que seguir seu estúpido coração. Agora vai carregar este fardo.

        Eles ficam inertes por alguns segundos.

        – Você conhece esse aí? – pergunta o cidadão.

        Ela não tem tempo de responder. Vou para cima dela agarrando-a pela roupa. Ele fica parado, estático ante o evento inesperado. Aproveito seu instante de hesitação e sacudo Adélia, gritando:

        – Qual é o seu problema? Eu te amaria como ninguém. Eu cuidaria de você.

        Sinto o braço do gigante envolvendo meu pescoço. O animal acuado reage, e me derruba violentamente ao chão. Dor. Falta de ar. Ele não solta. Insano e forte – uma perigosa combinação. Tento me soltar. Não consigo. Pessoas em volta. Ouço vozes, mas não entendo o que dizem. Acho que vou apagar. Mas antes…

        Volte. Volte. Volte.

        – Olá, Adélia…

        Por pouco. Se demorasse um ou dois segundos a mais, não conseguiria evitar a frase “Sinto dizer, mas você vai sofrer”.

        – Olá, Edgar… Está tudo bem? – Ela estranha meu silêncio, meu olhar desolado, provavelmente.

        – Aham.

        – Esse aqui é William, meu namorado. William, esse é o Edgar.

        William Patético da Silva me olha. Ele sorri e estende-me a mão. Cumprimento-o e devolvo o sorriso.

        Ergo a bandeira branca no exato instante em que pergunto:

        – Posso pagar uma bebida para vocês?

        Não há como negar. Mesmo com inúmeras escolhas, algumas batalhas simplesmente não podem ser vencidas.

Juliano Martinez
Disponível em https://corrosiva.com.br/cronicas/realidade-paralela/
Assinale a alternativa cuja sentença retirada do texto apresenta o uso correto da crase, conforme a norma-padrão da Língua Portuguesa.
Alternativas
Q2218056 Português

Texto para o item.




Internet: <blog.unopar.com.br> (com adaptações).

Quanto à estrutura linguística e ao vocabulário empregado no texto, julgue o item.


É facultativo o emprego do sinal indicativo de crase no “A” que antecede a palavra “partir” (linha 26). 


Alternativas
Q2217904 Português



ALECRIM, E. Disponível em: https://tecnoblog.net/especiais/ pix-fim-dinheiro-especie-brasil/. Publicado em novembro de 2020. Acesso em: 2 dez. 2022. Adaptado.
O uso do acento grave indicativo da crase atende às exigências da norma-padrão da língua portuguesa em:
Alternativas
Q2217752 Português
Texto 1

[…] o município de Cunha Porã, situado na Microrregião do Oeste de Santa Catarina, possui um Polo Industrial com capacidade de instalação de 10 unidades, sendo que, até 2013, existiam 9 unidades fabris instaladas e em atividade (IBGE, 2013). Esse Polo é um dos principais responsáveis pelo alavancamento do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) que, até 2013, era de 0,742 e com PIB em torno R$ 240 milhões de reais. Além do IDH, o município de Cunha Porã busca melhorar os Indicadores de Desenvolvimento Municipal Sustentável (IDMS). O IDMS é uma ferramenta por meio da qual se busca quantificar o grau de desenvolvimento econômico municipal, considerando indicadores socioculturais, econômicos, ambientais e de política institucional, que medem o quão sustentável e flexível é o crescimento do município que o aplica. O IDMS de Cunha Porã é de 0,630, sendo um índice regular […].

CHRIST, L. G.; SALAZR, R. F. dos S. Disciplinarum Scientia. Série: Naturais e Tecnológicas, Santa Maria, v. 14, n. 2, p. 181-193, 2013.
Disponível em: < https://periodicos.ufn.edu.br/index.php/disciplinarumNT/article/view/1328/1260>. Acesso em: 16 de mai. 2023. Fragmento adaptado.
Assinale a frase que está de acordo com a norma padrão.
Alternativas
Q2217627 Português





Disponível em: https://estudio.folha.uol.com.br/unico. Acesso em: 20 out. 2022. Adaptado.

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o uso do acento grave indicativo da crase é obrigatório na palavra destacada em:
Alternativas
Q2217565 Português

Há marcas que vivem da inclusão, e outras que vivem da exclusão

Contardo Calligaris


      Meu telefone, um iPhone 6, estava cada vez mais lento. Não era por nenhuma das causas apontadas nas inúmeras salas de conversa entre usuários de iPhones vagarosos.

     Era mesmo o processador que estava se tornando exasperadamente lento, ao ponto em que havia um intervalo sensível de tempo entre digitar e a letra aparecer na tela.

     Deixei para resolver quando chegasse a Nova York, onde, aliás, a coisa piorou: era suficiente eu tirar o celular do bolso ou deixá-lo num bolso externo (que não estivesse em contato com o calor do corpo) para que a carga da bateria baixasse, de repente, de 60% a zero.

       Pensei que três anos é mesmo o tempo de vida útil para uma bateria. E lá fui à loja da Apple na Broadway. 

      Esperei duas horas para enfim ter acesso a alguém que me explicou que testaria minha bateria. Depois de contemplarmos os gráficos lindos e coloridos deixados no tablet pelo meu telefone, anunciou que minha bateria ainda não justificava uma troca – no tom pernóstico de um plantonista que sabe que não tem leitos disponíveis e manda você para casa com aquela dor no peito e a "certeza" de que "você não está enfartando, deve ser só digestão".

     O mesmo jovem propôs uma reinstalação do sistema operacional, – que é uma trivialidade, mas foi anunciada como se fosse um cateterismo das coronárias.

      Passei a noite me recuperando, ou seja, reinstalando aplicativos. Resultado: telefone lento como antes.

      Voltei para a Apple (loja da Quinta Avenida), onde descobri que, como na história do hospital sem leitos, de fato, a Apple não dispunha mais de baterias para substituir a minha: muitos usuários estavam com o mesmo problema. Por coincidência, tudo conjurava para que eu comprasse um telefone novo.

   Nos EUA, a Apple está sendo processada (15 casos coletivos, em diferentes Estados) por piorar propositalmente a experiência dos usuários de iPhone sem lhes oferecer alternativas –salvo, obviamente, a de adquirir um telefone novo.

    A companhia pediu desculpas públicas, mas a humildade não é o forte do treinamento Apple. Basta se lembrar que o atendimento pós-venda da companhia se chama (o ridículo não mata ninguém) "genius bar", o balcão dos gênios.

     Já pensou: você poderia ligar para seu serviço de TV a cabo porque a recepção está péssima e alguém diria: "Sim, senhor, pode marcar consulta com o balcão dos gênios".

     A maioria dos usuários não acham isso cômico e despropositado. Por que será?

    Há marcas que vivem de seu poder de inclusão, do tipo "nós fabricamos o carro que todos podem dirigir". E há marcas que vivem de seu poder de exclusão: tipo, será que você merece o que estou vendendo?

    Você já entrou alguma vez numa loja cara onde os vendedores, envaidecidos pela aura do próprio produto que vendem, olham para você com desprezo, como se você não fosse um consumidor à altura da loja?

    É uma estratégia básica de marketing: primeiro, espera-se que você inveje (e portanto deseje) o mundo do qual se sente excluído.

    Você perguntará: de que adianta, se não poderei adquirir os produtos da marca? Em geral, nesses casos o projeto é vender os acessórios da casa. Pouquíssimos comprarão o casaco de R$ 15 mil, mas milhares comprarão um lencinho (com monograma) para se sentirem, assim, membros do clube.

   A Apple mantém sua presença no mercado pela ideia de sua superioridade tecnológica - e pelo design elegante, claro.

    Seriamente, alguém que usa processador de texto não deveria escolher um computador em que não dá para apagar letras da esquerda para a direita. Mas é como os carros ingleses dos anos 1950: havia a glória de viver perigosamente e dirigir sem suspensões posteriores independentes (sem capotar a cada curva).

    Pouco importam as críticas. A Apple conseguiu convencer seus usuários de que eles mesmos, por serem usuários, fazem parte de uma arrojada elite tecnológica. Numa loja da Apple, todos, os usuários e os "gênios" vestem (real ou metaforicamente) a camiseta da marca.

    Quer saber o que aconteceu com meu iPhone? Está ótimo. Fui ao Device Shop, em Times Square, no mesmo prédio do Hard Rock Cafe: atendimento imediato, troca de bateria em dez minutos, conversa agradável. Não havia gênios, só pessoas competentes. E custou menos de dois terços do que pagaria na Apple.


Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/contardocalligaris/2018/01/1949427- ha-marcas-que-vivem-da-inclusao-e-outras-que-vivem-da-exclusao.shtml Acesso em 20 mar. 2018

Leia o trecho abaixo e complete as lacunas, levando em consideração o uso da crase.
O iOS 11.3 deve ser liberado para o público em breve. O próximo grande update para o sistema do iPhone e iPad adicionará alguns recursos interessantes. O principal é o "Gerenciamento de desempenho”, uma resposta da Apple para _____ polêmica relacionada ________ bateria. Com ele, o usuário poderá escolher entre manter ______ performance do dispositivo ou dar prioridade para a autonomia.
(globo.com 28/03/2018)

 As lacunas no trecho são preenchidas corretamente por:
Alternativas
Q2217265 Português
PROVA DE INTERPRETAÇÃO DE TEXTO PORTUGUÊS INSTRUMENTAL
Há marcas que vivem da inclusão, e outras que vivem da exclusão
Contardo Calligaris
    Meu telefone, um iPhone 6, estava cada vez mais lento. Não era por nenhuma das causas apontadas nas inúmeras salas de conversa entre usuários de iPhones vagarosos.
    Era mesmo o processador que estava se tornando exasperadamente lento, ao ponto em que havia um intervalo sensível de tempo entre digitar e a letra aparecer na tela.
    Deixei para resolver quando chegasse a Nova York, onde, aliás, a coisa piorou: era suficiente eu tirar o celular do bolso ou deixá-lo num bolso externo (que não estivesse em contato com o calor do corpo) para que a carga da bateria baixasse, de repente, de 60% a zero.
     Pensei que três anos é mesmo o tempo de vida útil para uma bateria. E lá fui à loja da Apple na Broadway.
    Esperei duas horas para enfim ter acesso a alguém que me explicou que testaria minha bateria. Depois de contemplarmos os gráficos lindos e coloridos deixados no tablet pelo meu telefone, anunciou que minha bateria ainda não justificava uma troca – no tom pernóstico de um plantonista que sabe que não tem leitos disponíveis e manda você para casa com aquela dor no peito e a "certeza" de que "você não está enfartando, deve ser só digestão".
    O mesmo jovem propôs uma reinstalação do sistema operacional, – que é uma trivialidade, mas foi anunciada como se fosse um cateterismo das coronárias.
    Passei a noite me recuperando, ou seja, reinstalando aplicativos. Resultado: telefone lento como antes.
    Voltei para a Apple (loja da Quinta Avenida), onde descobri que, como na história do hospital sem leitos, de fato, a Apple não dispunha mais de baterias para substituir a minha: muitos usuários estavam com o mesmo problema. Por coincidência, tudo conjurava para que eu comprasse um telefone novo.
    Nos EUA, a Apple está sendo processada (15 casos coletivos, em diferentes Estados) por piorar propositalmente a experiência dos usuários de iPhone sem lhes oferecer alternativas –salvo, obviamente, a de adquirir um telefone novo.
    A companhia pediu desculpas públicas, mas a humildade não é o forte do treinamento Apple. Basta se lembrar que o atendimento pós-venda da companhia se chama (o ridículo não mata ninguém) "genius bar", o balcão dos gênios.
     Já pensou: você poderia ligar para seu serviço de TV a cabo porque a recepção está péssima e alguém diria: "Sim, senhor, pode marcar consulta com o balcão dos gênios".
     A maioria dos usuários não acham isso cômico e despropositado. Por que será?
    Há marcas que vivem de seu poder de inclusão, do tipo "nós fabricamos o carro que todos podem dirigir". E há marcas que vivem de seu poder de exclusão: tipo, será que você merece o que estou vendendo?
    Você já entrou alguma vez numa loja cara onde os vendedores, envaidecidos pela aura do próprio produto que vendem, olham para você com desprezo, como se você não fosse um consumidor à altura da loja?
    É uma estratégia básica de marketing: primeiro, espera-se que você inveje (e portanto deseje) o mundo do qual se sente excluído.
    Você perguntará: de que adianta, se não poderei adquirir os produtos da marca? Em geral, nesses casos o projeto é vender os acessórios da casa. Pouquíssimos comprarão o casaco de R$ 15 mil, mas milhares comprarão um lencinho (com monograma) para se sentirem, assim, membros do clube.
    A Apple mantém sua presença no mercado pela ideia de sua superioridade tecnológica - e pelo design elegante, claro
    Seriamente, alguém que usa processador de texto não deveria escolher um computador em que não dá para apagar letras da esquerda para a direita. Mas é como os carros ingleses dos anos 1950: havia a glória de viver perigosamente e dirigir sem suspensões posteriores independentes (sem capotar a cada curva).
    Pouco importam as críticas. A Apple conseguiu convencer seus usuários de que eles mesmos, por serem usuários, fazem parte de uma arrojada elite tecnológica. Numa loja da Apple, todos, os usuários e os "gênios" vestem (real ou metaforicamente) a camiseta da marca.
     Quer saber o que aconteceu com meu iPhone? Está ótimo. Fui ao Device Shop, em Times Square, no mesmo prédio do Hard Rock Cafe: atendimento imediato, troca de bateria em dez minutos, conversa agradável. Não havia gênios, só pessoas competentes. E custou menos de dois terços do que pagaria na Apple.

Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/contardocalligaris/2018/01/1949427- ha-marcas-que-vivem-da-inclusao-e-outras-que-vivem-da-exclusao.shtml Acesso em 20 mar. 2018

Leia o trecho abaixo e complete as lacunas, levando em consideração o uso da crase.

    O iOS 11.3 deve ser liberado para o público em breve. O próximo grande update para o sistema do iPhone e iPad adicionará alguns recursos interessantes. O principal é o "Gerenciamento de desempenho”, uma resposta da Apple para _____ polêmica relacionada ________ bateria. Com ele, o usuário poderá escolher entre manter ______ performance do dispositivo ou dar prioridade para a autonomia.

(globo.com 28/03/2018)

As lacunas no trecho são preenchidas corretamente por: 

Alternativas
Q2216780 Português
As lacunas das linhas 06, 09 e 28 são, correta e respectivamente, preenchidas com: 
Alternativas
Q2216216 Português
De acordo com as regras gramaticais, assinale a alternativa que indica corretamente o uso da crase. 
Alternativas
Q2215198 Português
Texto 8A2-I

       Os mediadores de leitura são aquelas pessoas que estendem pontes entre os livros e os leitores, ou seja, que criam as condições para fazer com que seja possível que um livro e um leitor se encontrem. A experiência de encontrar os livros certos nos momentos certos da vida, esses livros que nos fascinam e que nos vão transformando em leitores paulatinamente, não tem uma rota única nem uma metodologia específica; por isso, os mediadores de leitura não são fáceis de definir. No entanto, basta lembrar como descobrimos, nos primeiros anos da vida, esses livros que deixaram rastros em nossa infância e, talvez, aparecerão nítidas algumas figuras que foram nossos mediadores de leitura: esses adultos íntimos que deram vida às páginas de um livro, essas vozes que liam para nós, essas mãos e esses rostos que nos apresentavam os mundos possíveis e as emoções dos livros.
     Os mediadores de leitura, consequentemente, não estão somente na escola, mas no lar, nas bibliotecas e nos espaços não convencionais, como os parques, os hospitais e as ludotecas, entre outros lugares. Durante a primeira infância, quando a criança não lê sozinha, a leitura é um trabalho em parceria e o adulto é quem vai dando sentido a essas páginas que, para o bebê, não seriam nada, sem sua presença e sua voz. Então, os primeiros mediadores de leitura são os pais, as mães, os avós e os educadores da primeira infância e, aos poucos, à medida que as crianças se aproximam da língua escrita, vão se somando outros professores, a exemplo dos bibliotecários, dos livreiros e dos diversos adultos que acompanham a leitura das crianças.
        Não é fácil reduzir o trabalho do mediador de leitura a um manual de funções. Seu ofício essencial é ler de muitas formas possíveis: em primeiro lugar, para si mesmo, porque um mediador de leitura é um leitor sensível e perspicaz, que se deixa tocar pelos livros, que desfruta e que sonha em compartilhá-los com outras pessoas. Em segundo lugar, um mediador cria rituais, momentos e atmosferas propícias para facilitar os encontros entre livros e leitores. Às vezes, pode fazer a hora do conto e ler em voz alta uma ou várias histórias a um grupo, mas, outras vezes, propicia leituras íntimas e solitárias ou encontros em pequenos grupos. Assim, em certas ocasiões, conversa ou recomenda algum livro; em outras, permanece em silêncio ou se oculta para deixar que livro e leitor conversem.
        Por isso, além de livros, um mediador de leitura lê seus leitores: quem são, o que sonham e o que temem, e quais são esses livros que podem criar pontes com suas perguntas, com seus momentos vitais e com essa necessidade de construir sentido que nos impulsiona a ler, desde o começo e ao longo da vida.

Internet:<https://www.ceale.fae.ufmg.br/> (com adaptações). 

Julgue o item a seguir, referentes às estruturas linguísticas do texto 8A2-I. 


O emprego do sinal indicativo de crase em “às páginas de um livro” (último período do primeiro parágrafo) é facultativo, já que sua supressão não prejudicaria a correção gramatical nem o sentido original do texto. 

Alternativas
Q2215186 Português
Texto 8A1-I

     O Brasil é um dos países com maior proporção de alunos matriculados em cursos de formação de professores, mas com um dos mais baixos índices de interesse na profissão. Para especialistas, isso mostra que a docência se torna opção pela facilidade em ingressar no ensino superior, pelas baixas mensalidades e pela alternativa de cursos a distância — não pela vocação.
      Estudos internacionais mostram que um bom professor é um dos fatores que mais influenciam na aprendizagem. Os dados são de pesquisa feita pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que traçou o perfil de quem estuda para ser professor na América Latina e no Caribe. Enquanto, no Brasil, 20% dos universitários estão em cursos como licenciatura e pedagogia, na América Latina são 10% e, em países desenvolvidos, 8%.
      Em compensação, só 5% dos jovens brasileiros dizem querer ser professores quando estão no ensino médio. E, apesar da grande quantidade de alunos matriculada em cursos de licenciatura e pedagogia no Brasil, faltam docentes para lecionar disciplinas específicas em áreas de ciências exatas e da natureza.
         Na Coreia do Sul, por exemplo, 21% se interessam pela profissão e só 7% ingressam, de fato, na universidade, porque há muita concorrência e maior seleção. No Chile e no México, os dois índices são mais próximos: cerca de 7% se interessam pelo magistério e menos de 15% cursam pedagogia ou licenciatura.
       “Muitos alunos concluintes do ensino médio entram em programas de formação de professores para conseguir um título”, diz o economista chefe da divisão de educação no BID, Gregory Elacqua. Ele afirma que isso não é bom para a educação.
        “A gente atrai as pessoas mais vulneráveis e que lá na frente vão enfrentar o desafio de educar crianças vulneráveis também”, diz a diretora de políticas públicas do Instituto Península, que atua na área de formação de professores, Mariana Breim. “Se é este público que está procurando a docência, temos de abraçá-lo e fazê-lo se apaixonar por ela”, completa. Os dados mostram que 71% dos estudantes de pedagogia e licenciatura no Brasil são mulheres, índice semelhante ao verificado em outros países latinos.

Internet:<noticias.uol.com.br>  (com adaptações). 
Julgue o item seguinte, relativos à classificação gramatical de palavras, à pontuação e à sintaxe de concordância e regência no texto 8A1-I.
No trecho ‘A gente atrai as pessoas mais vulneráveis’ (primeiro período do último parágrafo), a colocação do acento indicativo de crase no vocábulo ‘as’ manteria tanto a correção gramatical quanto a coerência do texto, dada a possibilidade de emprego do verbo atrair, no contexto em questão, quer como transitivo direto, quer como transitivo indireto. 

Alternativas
Q2213820 Português


O texto seguinte servirá de base para responder a questão.



O alerta da OMS sobre riscos de adoçante artificial à saúde



A diretriz publicada pela Organização Mundial da Saúde, divulgada na terça-feira, afirma que o consumo destes produtos não oferece benefícios significativos a longo prazo para reduzir a gordura corporal em adultos ou crianças.

Os adoçantes que substituem o açúcar tampouco ajudariam a reduzir o risco de doenças não transmissíveis (DNTs), como câncer ou diabetes, segundo o relatório.

A OMS alerta que, na verdade, o uso prolongado de adoçantes aumenta o risco de diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e morte prematura em adultos.

Isso se aplica a todos os adoçantes sem açúcar, da sacarina e sucralose à stevia, incluindo aqueles usados em alimentos e bebidas, como os refrigerantes light ou zero.

Os adoçantes sem açúcar não são fatores dietéticos essenciais e carecem de valor nutricional, disse Francesco Branca, diretor de Nutrição e Segurança Alimentar da OMS, em comunicado.

A organização recomenda, em vez de substituir o açúcar por outros produtos, eliminar totalmente e desde cedo o consumo de bebidas e alimentos com sabores doces, com exceção de frutas. Essas recomendações são dirigidas a todas as pessoas, exceto aquelas com diabetes pré-existente, segundo a OMS.

Não se aplicam, no entanto, aos adoçantes contidos em alguns medicamentos e produtos de cuidado e higiene pessoal, como pastas de dente e cremes para a pele, nem aos açúcares de baixo teor calórico e aos álcoois de açúcar, conhecidos como polióis.

A OMS incluiu essa recomendação em um conjunto de diretrizes para estabelecer hábitos alimentares saudáveis ao longo da vida, melhorar a qualidade da dieta e diminuir o risco de doenças não transmissíveis em todo o mundo, afirma o comunicado.


https://www.bbc.com/portuguese/articles/cd1g55ppng9o. Adaptado.

Isso se aplica 'a todos' os adoçantes sem açúcar. Em relação ao sinal indicativo de crase, é correto afirmar que, neste caso:

Alternativas
Q2212902 Português

O primeiro beijo

Os dois mais murmuravam que conversavam: havia pouco iniciara-se o namoro e ambos andavam tontos, era o amor. Amor com o que vem junto: ciúme. – Está bem, acredito que sou a sua primeira namorada, fico feliz com isso. Mas me diga a verdade, só a verdade: você nunca beijou uma mulher antes de me beijar? Ele foi simples:

  Sim, beijei antes uma mulher.

  Quem era ela? perguntou com dor.

Ele tentou contar toscamente, não sabia como dizer. O ônibus da excursão subia lentamente a serra. Ele, um dos garotos no meio da garotada em algazarra, deixava a brisa fresca bater-lhe no rosto e entrar- lhe pelos cabelos com dedos longos, finos e sem peso como os de uma mãe. Ficar às vezes quieto, sem quase pensar, e apenas sentir – era tão bom. A concentração no sentir era difícil no meio da balbúrdia dos companheiros. E mesmo a sede começara: brincar com a turma, falar bem alto, mais alto que o barulho do motor, rir, gritar, pensar, sentir, puxa vida! como deixava a garganta seca. E nem sombra de água. O jeito era juntar saliva, e foi o que fez. Depois de reunida na boca ardente, engolia-a lentamente, outra vez e mais outra. Era morna, porém, a saliva, e não tirava a sede. Uma sede enorme maior do que ele próprio, que lhe tomava agora o corpo todo. A brisa fina, antes tão boa, agora ao sol do meio dia tornara-se quente e árida e ao penetrar pelo nariz secava ainda mais a pouca saliva que pacientemente juntava. E se fechasse as narinas e respirasse um pouco menos daquele vento de deserto? Tentou por instantes mas logo sufocava. O jeito era mesmo esperar, esperar. Talvez minutos apenas, enquanto sua sede era de anos. Não sabia como e por que mas agora se sentia mais perto da água, pressentia-a mais próxima, e seus olhos saltavam para fora da janela procurando a estrada, penetrando entre os arbustos, espreitando, farejando. O instinto animal dentro dele não errara: na curva inesperada da estrada, entre arbustos estava… o chafariz de onde brotava num filete a água sonhada. O ônibus parou, todos estavam com sede mas ele conseguiu ser o primeiro a chegar ao chafariz de pedra, antes de todos. De olhos fechados entreabriu os lábios e colou-os ferozmente ao orifício de onde jorrava a água. O primeiro gole fresco desceu, escorrendo pelo peito até a barriga. Era a vida voltando, e com esta encharcou todo o seu interior arenoso até se saciar. Agora podia abrir os olhos. Abriu-os e viu bem junto de sua cara dois olhos de estátua fitando-o e viu que era a estátua de uma mulher e que era da boca da mulher que saía a água. Lembrou-se de que realmente ao primeiro gole sentira nos lábios um contato gélido, mais frio do que a água. E soube então que havia colado sua boca na boca da estátua da mulher de pedra. A vida havia jorrado dessa boca, de uma boca para outra. Intuitivamente, confuso na sua inocência, sentia intrigado: mas não é de uma mulher que sai o líquido vivificador, o líquido germinador da vida… Olhou a estátua nua. Ele a havia beijado. Sofreu um tremor que não se via por fora e que se iniciou bem dentro dele e tomou-lhe o corpo todo estourando pelo rosto em brasa viva. Deu um passo para trás ou para frente, nem sabia mais o que fazia. Perturbado, atônito, percebeu que uma parte de seu corpo, sempre antes relaxada, estava agora com uma tensão agressiva, e isso nunca lhe tinha acontecido. Estava de pé, docemente agressivo, sozinho no meio dos outros, de coração batendo fundo, espaçado, sentindo o mundo se transformar. A vida era inteiramente nova, era outra, descoberta com sobressalto. Perplexo, num equilíbrio frágil. Até que, vinda da profundeza de seu ser, jorrou de uma fonte oculta nele a verdade. Que logo o encheu de susto e logo também de um orgulho antes jamais sentido: ele… Ele se tornara homem.

 

 

 

Clarice Lispector

Considere o excerto: "Aos sábados, Júlia vai _ praça encontrar suas amigas. Depois, elas costumam ir _ Campinas para fazer compras. Em geral, voltam para casa _ 16h. Quando chegam em casa, aproveitam _ compras que fizeram, provando todas _ roupas e acessórios." Assinale a alternativa que preenche corretamente todas as lacunas. 
Alternativas
Q2212845 Português
“[...] não é necessário voltar às passagens anteriores para que se saiba do que ou de quem se fala.” (linhas 7-8)
O uso do acento indicativo de crase continua correto, se substituirmos o trecho sublinhado por
Alternativas
Q2212615 Português
Leia o texto para responder à questão.

Máscara no chão

        A oscilação do arco narrativo russo acerca de sua campanha militar contra a Ucrânia segue fielmente o desempenho de suas tropas, no solo do vizinho desde 24 de fevereiro.

        Assim que os primeiros mísseis caíram, Vladimir Putin declarou o objetivo de desmilitarizar o rival, além de evitar sua entrada em estruturas ocidentais como a Otan, a aliança militar liderada pelos EUA, e garantir a autonomia dos separatistas russófonos no leste ucraniano.

        Pode-se argumentar que a Ucrânia esteja se militarizando mais rapidamente, apesar de a enxurrada de armas ocidentais parecer distante de deter os russos. O sucesso de Putin é maior, contudo, na inviabilização do Estado ucraniano.

        
       A União Europeia pode até prometer uma vaga a Kiev, mas isso é ilusão: mesmo sem o conflito o país não reunia condições para ser aceito no bloco. Quanto a chegar à Otan, o caminho é ainda mais bloqueado por temores de ampliação da guerra.

        Putin optou pelo cinismo. Agiu para derrubar o governo de Volodimir Zelenski numa tacada única, mas, ao fracassar militarmente por soberba tática, negou buscar isso. Descartou querer ganhos territoriais, apesar de ter anexado a Crimeia em 2014 e fomentado a guerra civil no Donbass, que incubou a tragédia ora em curso.

        Agora, a máscara caiu. Em duas falas, o chanceler russo entregou o jogo. Segundo Serguei Lavrov, um dos decanos da diplomacia mundial, a Rússia não se contentará com o Donbass. Quer o sul ucraniano, a saber se o território que já ocupa ou toda a costa até o enclave que mantém na Moldova, e tem por meta livrar os ucranianos do “fardo desse regime absolutamente inaceitável”. Ou seja, destruir a soberania do país.

        No campo de batalha, ganhos lentos, mas firmes, sugerem a consolidação da posição militar russa, mais sóbria agora. Reveses poderão fazer Putin buscar remendar as fantasias rasgadas, o que será inócuo tanto para adversários céticos como para aliados que já não se importam com o estado delas.

(Editorial. Folha de S.Paulo. São Paulo, 26 jul. 2022. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2022/07/
mascara-no-chao.shtml>. Adaptado)
Assinale a alternativa em que, na redação que completa o enunciado a seguir, o uso do sinal indicativo da crase está em conformidade com a norma-padrão da língua.
A oscilação da narrativa russa sobre a guerra…
Alternativas
Q2212523 Português
Leia o texto, para responder à questão.

Sobre IA, empregos e disrupção social

        De tempos em tempos, raras tecnologias surgem de forma tão avassaladora que provocam profundas mudanças na dinâmica social. São aquelas que os economistas chamam de tecnologias de propósito geral (GPTs), que alcançam diversas áreas e abrem novos campos do conhecimento. O motor a vapor do século 18 foi uma GPT, assim como a energia elétrica a partir da invenção do dínamo no século seguinte e, mais recentemente, a internet.

        Hoje testemunhamos o avanço de uma tecnologia com potencial de disrupção socioeconômica, a inteligência artificial (IA). Esse conjunto de sistemas e algoritmos que permitem a máquinas analisar, aprender e tomar decisões sozinhas se desenvolve em um mercado que deve passar dos US$ 15 trilhões até 2030, conforme previsão da PwC. E do mesmo jeito que um dia ocorreu com as GPTs citadas anteriormente, a IA levanta a questão: as máquinas inteligentes acabarão com os empregos do ser humano?

        Dois grupos dominam o debate. Um defende que previsões catastróficas para o emprego na era da IA não passam de uma falácia. Eles têm a história ao lado. Durante a Revolução Industrial, por exemplo, camponeses substituídos por máquinas na agricultura foram absorvidos nas fábricas das cidades. Do outro lado estão os que tratam a IA como uma tecnologia diferente, pois está entrando na vida das pessoas de forma muito mais rápida do que qualquer outra na história. Kai-Fu Lee, um dos maiores investidores da China em inteligência artificial, estima que, em meados da década que vem, soluções de IA poderão substituir, tecnicamente, até metade dos empregos nos EUA.

        Máquinas dotadas de IA realizarão trabalhos tanto físicos (procure pela Boston Dinamics) quanto intelectuais com velocidade e potência incrivelmente superiores a qualquer ser humano. E funcionarão 24 horas por dia, sete dias por semana, sem férias.

        Além disso, o choque da IA nos empregos deve ignorar a distinção entre trabalhadores pouco e muito qualificados. Nesse processo transformador, intenso e abrangente, muitos ficarão para trás e, dizem alguns pensadores, formarão a nova classe de seres humanos inúteis – aqueles que nunca mais conseguirão se ocupar.

        Então, se prepare, pois o pleno emprego será realidade para robôs, não para você.

(Wladimir D’Andrade. Diário da Região, 19-07-2022. Adaptado)
Assinale a alternativa que reescreve livremente passagem do 1º parágrafo, em conformidade com a norma-padrão de regência e emprego do sinal indicativo de crase.
Alternativas
Q2212447 Português
População brasileira é a 5™ mais feliz do mundo, diz pesquisa (15 março 2023)

Os brasileiros nunca foram tão felizes, mas apenas quatro em cada dez estão satisfeitos com a economia, segundo uma pesquisa do instituto Ipsos que avaliou a felicidade da população em 32 países. No Brasil, 83% dos entrevistados consideram-se muito felizes ou felizes 4 uma alta de 20 pontos percentuais em relação ao último levantamento, feito em dezembro de 2021, quando o índice foi de 63%. No mundo, a percepção de felicidade também subiu, de 67% para 73%. No caso brasileiro, foi o melhor resultado desde que a pesquisa começou a ser feita, em dezembro de 2011 4 até então, o pico de felicidade ocorrera em maio de 2013, quando 81% dos entrevistados se consideravam muito felizes ou felizes. O Brasil foi o quinto colocado do ranking global de felicidade, atrás apenas da China (91%), Arábia Saudita (86%), Holanda (85%) e Índia (84%). Em compensação, os cidadãos menos felizes são os húngaros (50%), sul-coreanos (57%) e poloneses (58%). "As pessoas estão vendo este ano como o encerramento de um capítulo extremamente desafiador em nossa história: a covid-19, ainda que a pandemia não tenha sido totalmente erradicada, seu impacto È infinitamente menor do que nos últimos anos. Esse sentimento reforça a percepção de felicidade", diz Marcos Calliari, CEO da Ipsos no Brasil. A pesquisa, intitulada Global Happiness Study ou Estudo Global da Felicidade, foi feita online com 22.508 mil entrevistados com idades entre 16 e 74 anos em 32 países, entre 22 de dezembro de 2022 e 6 de janeiro de 2023. Foram 1.000 entrevistados no Brasil e a margem de erro È de 3,5 pontos para mais ou para menos.

Mais felizes
O Brasil também foi o quarto país com o maior crescimento na percepção de felicidade (20 pontos percentuais), atrás apenas de Colúmbia, Chile e Argentina, que apresentaram crescimento de 26 pontos percentuais no mesmo período. E a América Latina, a região onde a percepção de felicidade mais subiu em todo o mundo. Já os britânicos, franceses e poloneses foram os que ficaram menos felizes nessa mesma base de comparação. A queda foi de 13 pontos percentuais para o Reino Unido e sete pontos percentuais para França e Polônia ante dezembro de 2021. Contudo, em relação aos últimos dez anos (maio de 2013), o índice de felicidade dos brasileiros cresceu apenas dois pontos percentuais. O ponto mais baixo da série foi em 2017, quando apenas 56% dos entrevistados afirmaram estar felizes ou muito felizes. J· entre os anos de 2019 e 2021, o índice ficou na casa dos 60%. 

Dinheiro x felicidade
Segundo a pesquisa, países de renda média, como o Brasil, apresentaram um aumento na percepção da felicidade em comparação aos de renda alta, como França ou Reino Unido. Casados, com mais dinheiro e com maior nível educacional são, em média, mais felizes. Não houve diferença significativa na percepção de felicidade entre homens e mulheres. Mas a sondagem também mostrou que a satisfação com aspectos da vida varia conforme o desenvolvimento econômico de um país. Segundo o levantamento, cidadãos de países de renda mais alta tendem a ser mais satisfeitos com segurança, posses materiais, qualidade de vida e emprego. Por outro lado, aqueles que vivem em nações de renda média demonstram maior satisfação com fé/vida espiritual, bem-estar físico, aparência, senso de controle e propósito, e sentir-se valorizado. No mundo, os níveis de satisfação são mais altos com relacionamentos, filhos, cônjuge, parentes, amigos, colegas de trabalho e natureza e com educação e informação. E mais baixos com a situação do país, finanças pessoais, vida romântica/sexual e atividade física. No caso do Brasil, especificamente, de todos os aspectos analisados para medir o grau de satisfação com a vida, o maior índice foi registrado na relação com o cônjuge 4 78% dos brasileiros disseram estar satisfeitos ou muito satisfeitos. Já o pior foi com a situação econômica do país 4 apenas 37% dos entrevistados afirmaram estar satisfeitos ou muito satisfeitos. Um índice semelhante 4 43% 4 foi registrado diante da situação social e política do Brasil. Além disso, somente 58% dos brasileiros afirmaram que possuem amigos próximos ou parentes com quem poderiam contar em caso de necessidade. O país È o penúltimo colocado do ranking neste quesito, ficando atrás apenas do Japão (54%). Holanda (82%), Indonésia e Portugal (ambos com 79%) estão no topo da lista. A média global È de 72%.

Pessimismo com o futuro
A pesquisa indicou ainda que, globalmente, as pessoas estão mais pessimistas quanto ao futuro dos relacionamentos. Aumentou em duas vezes o número de entrevistados que considera que, nos próximos dez anos, vai ficar mais difícil para solteiros encontrar um par romântico, para casais manter um relacionamento feliz e para as pessoas ter amizades com quem possam contar. O Brasil, no entanto, È um ponto fora da curva. Em todos esses três aspectos, os brasileiros demonstraram maior otimismo quanto ao futuro dos relacionamentos. Segundo a sondagem, o pessimismo È maior entre as gerações dos "baby
boomers" (nascidos após a 2™ Guerra Mundial até a metade dos anos 60) e X (nascidos entre 1965 e 1980), os de menor nível educacional e mais ricos, e aqueles que não são casados. E mais pronunciado em países de renda mais alta.

BBC News Brasil

Considere o seguinte excerto: "Ele não foi _ ambas as coisas. Não avisou _ ninguém. _ 10h da manhã, o telefone tocou. Era a polícia, dando _ notícia. Ele estava desaparecido." Assinale a alternativa que preenche corretamente todas as lacunas. 
Alternativas
Q2212126 Português
O papel das tecnologias digitais nos processos de ensino e aprendizagem


Por José Armando Valente

 




 (Disponível em: www.nied.unicamp.br/wp-content/uploads/2018/11/Livro-NIED-2018-final.pdf – texto adaptado especialmente para esta prova).
As lacunas da linha 05 (duas ocorrências) e da linha 09 são, correta e respectivamente, preenchidas com: 
Alternativas
Respostas
1421: E
1422: D
1423: A
1424: E
1425: B
1426: C
1427: E
1428: B
1429: B
1430: C
1431: B
1432: E
1433: E
1434: D
1435: A
1436: D
1437: C
1438: B
1439: D
1440: A