Questões de Concurso Sobre substantivos em português
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Certos substantivos fazem a sua especificação de gênero pelo uso de um determinante. Assinalar a alternativa que segue o mesmo processo de flexão de gênero presente na frase “O artista foi entrevistado ontem”.
A pele exige mais cuidados no verão
O verão é a estação das atividades e eventos ao ar livre. Por conta do aumento da exposição ao sol, aumentam também o risco de queimaduras, câncer da pele e outros problemas, já que nesta época a radiação solar incide com mais intensidade sobre a Terra. Por isso, não dá para deixar a fotoproteção de lado. Nós temos algumas dicas para aproveitar a estação mais quente do ano sem colocar a saúde em risco:
Roupas e acessórios: chapéus e roupas de algodão e linho, de preferência de cor escura, são capazes de bloquear a maior parte da radiação UV. Tecidos sintéticos, como o nylon, bloqueiam apenas 30%. As barracas usadas na praia devem ser feitas de algodão ou lona, materiais que absorvem 50% da radiação UV. Óculos de sol são também de extrema importância porque previnem catarata e outras lesões nos olhos. A aquisição de roupas de tecido com fator de proteção solar (anti-UV) é um bom investimento para o verão.
Filtro solar: o filtro solar deve ser aplicado diariamente nas partes do corpo que ficam expostas ao sol e não somente nos momentos de lazer, nos quais geralmente se expõe o corpo inteiro. Os produtos com fator de proteção solar (FPS) 30 ou superior são os mais indicados e devem ser reaplicados 20 minutos antes da exposição solar e a cada duas horas, dependendo da transpiração e da frequência nos mergulhos de mar ou piscina. Em crianças, deve-se iniciar o uso do filtro a partir dos seis meses de idade e ensinar os pequenos a manter o hábito na vida. Para eles, o protetor mais adequado são os feitos para pele sensível.
Hidratação: por dentro e por fora. Deve-se aumentar a ingestão de líquidos e abusar da água, do suco de frutas e da água de coco. Também é indicado usar um bom hidratante diário, que ajuda a manter a quantidade de água na pele. No banho, recomenda-se usar sabonetes compatíveis com o tipo de pele, porém, sem excesso. A temperatura da água deve ser fria ou morna, para evitar o ressecamento.
Alimentação: alguns alimentos podem ajudar na prevenção contra os danos solares. É o caso da cenoura, da abóbora, do mamão, da maçã e beterraba, pois contêm carotenoides – substância que se deposita na pele e tem importante ação antioxidante. Ela é encontrada em frutas e legumes de cor alaranjada ou vermelha. Vale aproveitar que no verão tendemos a comer de forma mais saudável, consumindo carnes grelhadas, alimentos crus e cozidos, frutas e legumes com alto teor de água e fibras e baixo de carboidrato. Esses alimentos ajudam na hidratação, na prevenção de doenças e a evitar os sinais de envelhecimento.
A combinação sol, areia, praia, piscina e excesso de suor elevam o risco de algumas doenças da pele, que encontram o cenário perfeito para se desenvolver. Entre as mais comuns estão: micoses, brotoejas, manchas e sardas, acne. Vale lembrar que ninguém está livre delas, sejam crianças, jovens, adultos ou idosos. Para evitá-las, a dica é usar roupas leves e soltas, não frequentar locais muito abafados e manter os hábitos de higiene – como secar-se bem após o banho em locais públicos. Também deve-se evitar a exposição solar entre 10 e 16 horas (horário de verão).
(https://sbdrj.org.br/a-pele-exige-mais-cuidados-no-verao/ Acesso em 10/01/2024)
Em relação à estruturação do enunciado “Óculos de sol são também de extrema importância porque previnem catarata e outras lesões nos olhos.”, indique a afirmação incorreta.
Leia atentamente o poema Rosa murcha, de Casimiro de Abreu, para responder às questões de 1 a 5.
Rosa murcha
Esta rosa desbotada
Já tantas vezes beijada,
Pálido emblema de amor;
É uma folha caída
Do livro da minha vida,
Um canto imenso de dor!
Há que tempos! Bem me lembro...
Foi num dia de Novembro:
Deixava a terra natal,
A minha pátria tão cara,
O meu lindo Guanabara,
Em busca de Portugal.
Na hora da despedida
Tão cruel e tão sentida
P’ra quem sai do lar fagueiro;
Duma lágrima orvalhada,
Esta rosa foi-me dada
Ao som dum beijo primeiro.
Deixava a pátria, é verdade,
Ia morrer de saudade
Noutros climas, noutras plagas;
Mas tinha orações ferventes
Duns lábios inda inocentes
Enquanto cortasse as vagas.
E hoje, e hoje, meu Deus?!
— Hei de ir junto aos mausoléus
No fundo dos cemitérios,
E ao baço clarão da lua
Da campa na pedra nua
Interrogar os mistérios!
Carpir o lírio pendido
Pelo vento desabrido...
Da divindade aos arcanos
Dobrando a fronte saudosa,
Chorar a virgem formosa
Morta na flor dos anos!
Era um anjo! Foi pr’o céu
Envolta em místico véu
Nas asas dum querubim;
Já dorme o sono profundo,
E despediu-se do mundo
Pensando talvez em mim!
Oh! esta flor desbotada,
Já tantas vezes beijada,
Que de mistérios não tem!
Em troca do seu perfume
Quanta saudade resume
E quantos prantos também!
No verso “Oh! esta flor desbotada,”, a palavra “Oh!” é morfologicamente classificada como:
A cidade como mundo, ou o mundo como cidade
Por Fabrício Carpinejar
- Minha infância não foi globalizada. Não havia internet, redes sociais, celular. Eu mal saía do
- meu bairro. Minha experiência pode parecer tacanha ___ nova geração que se desloca para longe
- desde o berço, que fala com gente de qualquer parte, que tem o inglês como um segundo idioma
- básico.
- Mas eu ainda prefiro ter a cidade como meu mundo a ter o mundo como cidade,
- diferentemente de quem nasceu depois dos anos 2000.
- Hoje você tem mais facilidades de adaptação, de comunicação, de locomoção. Só que não
- sossega num lugar fixo. Não tem um lugar sagrado, uma residência definitiva. Não conhece sua
- cidade “como quem examinasse a anatomia de um corpo”, para lembrar verso emblemático de
- Mario Quintana.
- Você é de todos os lugares, e um turista do seu berço natal. Não se apegou ___ atmosfera
- de um parque ou de uma praça. Não treinou a falta. Não gritou “cheguei” abrindo a porta de
- casa. Não sofreu picos de nostal...ia com uma mudança. Não chorou por um amor perdido. Não
- suspirou pela primavera das árvores mudando a cor da calçada e dos passos com suas folhas
- alaranjadas. Não namorou no drive-in da orla, com o sol descendo na tela do Guaíba.
- Troca de endereço com desembara...o, aceita empregos distantes sem crise de consciência,
- realiza intercâmbios com ___ adrenalina do desafio. Suas relações são do momento, para o
- momento, absolutamente circunstanciais. O presente tem a dinâmica de Stories, durando 24h.
- Termina romance apartado da fossa e do medo ... jamais ver a pessoa. O passado não pesa. O
- guarda-roupa mora nas malas.
- Não vou cometer o crime da vaidade e da velhice de dizer que no meu tempo era melhor.
- Balbucio na hora de explicar para a linhagem digital a minha época de formação, até meu
- vocabulário é arcaico.
- Posso garantir que ela era sentimental e exclusivamente presencial. Não se faziam contatos
- na distância. O amor platônico acontecia pelo vizinho ou vizinha, ali na janela paralela do mesmo
- prédio, jamais por alguém de outro país.
- Quando sou obrigado a viajar, eu quero sempre voltar. A saudade é maior do que a
- aventura. Talvez a saudade seja a minha mais fremente aventura.
- Não consigo ficar longe da minha churrasqueira, da minha varanda, da minha biblioteca,
- das minhas plantas, do fardamento das manhãs, da minha cama, dos afetos que frequentam o
- meu lar desde criança. Tenho uma posse...ividade provinciana. Minha alma é incuravelmente
- bairrista.
(Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/carpinejar/noticia/2023/11/a-cidade-como-mundo-ou-o-mundo-como-cidade – texto adaptado especialmente para esta prova).
Analise as assertivas a seguir a respeito da palavra “natal” (l. 11):
I. Trata-se de um substantivo.
II. A palavra é oxítona quanto à posição da sílaba tônica.
III. Um sinônimo dela seria a palavra “festivo”.
Quais estão corretas?
Leia o texto e responda às questões de 01 a 05.
A raposa e as uvas
Numa manhã de outono, enquanto uma raposa descansava debaixo de uma plantação de uvas, viu alguns ramos de uva bonitas e maduras, diante dos seus olhos. Com desejo de comer algo refrescante e diferente do que estava acostumada, a raposa se levantou, ergueu as patas para pegar e comer as uvas. O que a raposa não sabia era que os ramos das uvas estavam muito mais altos do que ela imaginava. Então, buscou um meio de alcançá-los. Pulou, pulou, mas seus dedos não conseguiam nem tocá-los. Havia muitas uvas, mas a raposa não podia alcançá-las. Voltou a correr e a saltar outra vez, mas o salto foi curto. Ainda assim a raposa não se deu por vencida. Novamente correu e saltou, e nada. As uvas pareciam estar cada vez mais distantes e mais altas. Cansada pelo esforço e se sentindo impossibilitada de conseguir alcançar as uvas, a raposa se convenceu de que era inútil repetir a tentativa. As uvas estavam muito altas e a raposa sentiu-se muito frustrada. Esgotada e resignada, a raposa decidiu desistir das uvas. Quando a raposa estava quase retornando para o bosque se deu conta que um pássaro que voava por ali, tinha observado toda a cena e se sentiu envergonhada. Acreditando ter feito um papel ridículo para conseguir alcançar as uvas, a raposa se dirigiu ao pássaro e disse: - Eu teria conseguido alcançar as uvas se elas estivessem maduras. Eu me enganei no começo, pensando que estavam maduras, mas quando me dei conta que ainda estavam verdes, desisti de alcançá-las. As uvas verdes não são um bom alimento para um paladar tão refinado como o meu. E foi assim que a raposa seguiu o seu caminho, tentando se convencer de que não foi por falta de esforço que ela não tinha conseguido comer aquelas uvas deliciosas. E sim porque estavam verdes.
Esopo
Qual é a classe de palavras da palavra "esgotada" no trecho "Esgotada e resignada"?