Questões de Concurso Sobre uso das aspas em português

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Q1720909 Português
Leia o texto a seguir e responda à questão:

Como no início dos anos 1900 ainda não existia o avião, o principal critério científico usado para definir o que então se chamava de “aeronave mais pesada que o ar” era este: o avião precisava decolar, voar e aterrissar valendo-se tão somente da força de um motor próprio. Santos Dumont, e não os irmãos Wright, foi o primeiro a cumprir essa exigência.
A invenção da dupla não foi considerada um avião porque o aparelho com motor de 12 cavalos não decolava por meios próprios, pois era preciso aproveitar o impulso de um vento forte, de 40 km por hora, ou utilizar uma catapulta. Ninguém de credibilidade relatou a proeza. Até 1908, quando construíram uma máquina mais desenvolvida, os americanos não aceitavam repetir o voo aos olhos do público. A única prova de que os americanos Orville e Wilbur teriam voado antes de Santos Dumont, no dia 17 de abril de 1903, nos Estados Unidos, veio deles mesmos, através de um telegrama enviado à França. A dupla se recusava cumprir o desafio em público.

Trecho da biografia dos Irmãos Wright, realizada por Dilva Frazão, presente no site e-biografia.com, dezembro de 2017.
Assinale a alternativa que explica ADEQUADAMENTE o uso das aspas na expressão “aeronave mais pesada que o ar” presente no texto.
Alternativas
Q1718728 Português
Sócrates ensina como não ligar para a opinião dos outros
O filósofo foi a julgamento e teve a chance de renegar suas ideias, mas preferiu beber veneno
Tiago Cordeiro

     O fundador da filosofia ocidental foi condenado à morte por não adorar os deuses de Atenas e "corromper" a juventude com ideias não aceitas pela sociedade da época. Sócrates (469 a.C. – 399 a.C.) foi a julgamento e teve a chance de renegar suas ideias. Preferiu beber cicuta. Pagou com a vida o preço da impopularidade, mas não abriu mão de seus conceitos. Com isso, ele deixava uma última lição clara: não é possível levar a sério as opiniões alheias o tempo todo. Muitas vezes, é preciso ter a coragem de assumir suas próprias posições, por mais complicado que isso seja.
     É difícil agir assim. Afinal, ser popular é prazeroso. Observe: em uma roda de conversa, sempre aparece aquela pessoa simpática, carismática, que conta piadas de que todos riem e sente o prazer de ser bem-recebido pelo grupo. Sócrates fazia o contrário: abordava estranhos na rua e perguntava, insistentemente, o que era a felicidade, quais os motivos para realizar sacrifícios para deuses ou por que homens que vão às guerras são tão valorizados. 


     Era irritante, porque demonstrava o quanto os lugares-comuns não se sustentavam logicamente. “Sócrates era o chato que ninguém quer por perto”, afirma o filósofo Robert Rowland Smith, autor de Breakfast With Socrates ("Café da Manhã com Sócrates", sem edição brasileira). “Suas perguntas irritavam quem não tinha interesse em debater com profundidade questões que pareciam óbvias, mas não eram.”
     Seus poucos discípulos entendiam o espírito de tantos questionamentos. Aristóteles sugeria que a amizade verdadeira só poderia existir quando duas pessoas compartilhassem sal – ou seja, dividissem refeições, impressões, opiniões. Já Platão registrou, em seus mais de 30 diálogos socráticos, a dialética do mestre. Suas conversas se iniciavam com uma pergunta, que resultava em opiniões do interlocutor, primeiramente aceitas. Depois, era mostrado o contraditório daquelas opiniões, levando o interlocutor a reconhecer seu desconhecimento sobre o assunto.
     Para Sócrates, o importante era ter em mente que todos os seus conceitos de vida podem estar errados. Por isso, precisam ser examinados até que provem ter lógica. Mesmo que isso traga impopularidade. Até porque ninguém consegue ser popular e agradar a todos.

Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/Filosofia/noticia/2016/08/socrates -ensina-como-nao-ligarpara-opiniao-dos-outros.html. Acesso em: 28 fev. 2019. [Adaptado]
Para responder à questão, considere o parágrafo transcrito abaixo.

O fundador da filosofia ocidental foi condenado à morte por não adorar os deuses de Atenas e "corromper" a juventude com ideias não aceitas pela sociedade da época. Sócrates (469 a.C. – 399 a.C.) foi a julgamento e teve a chance de renegar suas ideias. Preferiu beber cicuta. Pagou com a vida o preço da impopularidade, mas não abriu mão de seus conceitos. Com isso, ele deixava uma última lição clara: não é possível levar a sério as opiniões alheias o tempo todo. Muitas vezes, é preciso ter a coragem de assumir suas próprias posições, por mais complicado que isso seja.
No trecho, as aspas foram empregadas para
Alternativas
Q1718122 Português
Por que os seres humanos estão perdendo o equilíbrio
Laura Plitt
BBC News Mundo
26 dezembro 2020


    De acordo com um relatório da Organização Mundial da Saúde de 2018, cerca de 646 mil pessoas morrem a cada ano por isso, enquanto 37,3 milhões de quedas são graves o suficiente para exigir cuidado médico.
    O número não apenas é grande, mas dobrou nas últimas duas décadas, e a idade em que as quedas geralmente começam a ocorrer (normalmente em adultos com mais de 60 ou 65 anos) está diminuindo.
    As estatísticas mostram que, em parte, os seres humanos estão perdendo a capacidade de se manter em equilíbrio, uma habilidade tão natural que raramente nos damos conta de todos os processos envolvidos.
    Embora manter o corpo ereto e em equilíbrio seja algo natural para nós, é uma atividade que aciona vários processos físicos e cognitivos que se retroalimentam. "O equilíbrio requer uma série de informações sensoriais", explica à BBC News Mundo, serviço em espanhol da BBC, Dawn Skelton, professora do departamento de Fisioterapia e Paramedicina da Universidade Glasgow Caledonian, no Reino Unido.
    "A visão é um dos elementos principais, mas não o único. Seus olhos trabalham com seus ouvidos, e o sistema vestibular do ouvido interno (uma série de canais com fluidos que se movem quando mexemos a cabeça, para informar ao cérebro em que direção se encontra e quão rápido se move)."
    O grande problema é a mudança em nosso estilo de vida, que se tornou muito mais sedentário desde a infância e, com isso, as oportunidades de praticar foram reduzidas. "Há duas gerações, a maioria das crianças ia andando para a escola, e não sentadas em um carro. E hoje nas escolas se pratica muito menos atividade física", observa Skelton.
    A vida fora da escola segue padrões semelhantes, com atividades centradas principalmente em torno de uma tela. Se você ficar olhando para uma tela, sua visão será afetada. Olhar por muito tempo para algo que está perto de você, vai fazer com que você se torne míope, porque você não está usando os olhos para olhar mais longe, e a visão faz parte do mecanismo de equilíbrio. Se você não consegue ajustar rapidamente a visão de algo que está próximo para algo que está distante, seu equilíbrio será prejudicado."
    Se os mecanismos que estão envolvidos nesta função não têm tempo de se desenvolver completamente quando somos jovens e, na vida adulta fazemos trabalhos sedentários que não representam um desafio para o equilíbrio, quando chegamos à velhice, a vulnerabilidade às quedas aparece mais rápido, argumenta a especialista. "Minha preocupação não é apenas o equilíbrio, mas o que vai acontecer com os índices de fratura. Como não construímos densidade óssea suficiente, elas vão acontecer mais cedo também."
    No fim das contas, ela conclui, se trata de um conceito muito simples: o que você não usa, você perde. "Quando você deixa de usar seus músculos, eles desaparecem, e o mesmo acontece com a densidade óssea. Em uma semana, você pode perder até 1%, e pode demorar um ano para recuperá-la."
    Outros fatores que afetam o equilíbrio têm a ver com nosso estado emocional e saúde mental. "O perfil físico de pacientes com esquizofrenia é caracterizado por uma marcha lenta e uma passada reduzida; o daqueles que apresentam transtornos de ansiedade é caracterizado por distúrbios do equilíbrio; e daqueles que sofrem de depressão, por uma marcha lenta e uma postura encurvada", diz um estudo publicado no início deste ano por uma equipe de pesquisadores liderados por Ron Feldman, do Departamento de Anatomia e Antropologia da Escola de Medicina Sackler da Universidade de Tel-Aviv, em Israel.
    No caso das pessoas com depressão, como tendem a acomodar a cabeça — cujo peso médio varia entre 5 e 6 kg — mais para frente, todo o peso do corpo é inclinado nessa direção, o que facilita a perda de equilíbrio, principalmente porque nossa base (no caso, os pés) é relativamente pequena em relação ao tamanho do corpo.
    Além disso, "como as pessoas deprimidas tendem a dar passos mais curtos, sem levantar muito os pés, é mais provável que tropecem", explica Skelton.
    Em relação à ansiedade, os músculos estão em estado de alerta constante devido à circulação da adrenalina. "Isso significa que o sistema nervoso está muito alerta, concentrado no que pode ou não acontecer, mas não em manter o equilíbrio", explica a pesquisadora.
    (...)

FONTE: https://www.bbc.com/portuguese/geral-55106089 
Podemos afirmar que a autora recorre a certas pessoas e a certas instituições, de maneira direta – através do uso das aspas – e indireta, com a finalidade de:
Alternativas
Q1711089 Português

Senso crítico é arma para combater ‘fake news’

       Marina Dayrell, Matheus Riga e Pedro Ramos


     A educação virtual é uma arma importante para detectar informações falsas no noticiário, segundo especialistas. Essa “alfabetização” deve contar com esforços de vários setores da sociedade, para evitar que as chamadas fake news tumultuem o debate público, como ocorreu na corrida eleitoral americana e na votação pela saída do Reino Unido da União Europeia.

     “Tem de vir da grande imprensa, do professor, da família, de todos os lados”, diz a diretora da Agência Lupa, Cristina Tardáguila, que realiza checagem de informações do noticiário brasileiro. “Até porque não há nenhum sinal de que a produção de notícias falsas vai diminuir.” Para ela, o entendimento sobre como o noticiário é produzido deve ser uma prioridade no combate às fake news.

     A dificuldade de identificar notícias falsas afeta até países com melhores índices de escolaridade. Uma pesquisa da Universidade de Stanford apontou, em julho deste ano, que estudantes americanos tiveram problema para checar a credibilidade das informações divulgadas na internet. Dentre 7.804 alunos dos ensinos fundamental, médio e superior, 40% não conseguiram detectar fake news.

     A editora executiva da agência de checagem Aos Fatos, Tai Nalon, destaca a importância da criação de políticas públicas com foco na análise crítica da mídia. “Acho que dificilmente conseguiremos uma mudança cultural sem passar pela educação de massa da sociedade”, afirma.

     Para o professor do Departamento de Informática da PUC-Rio, Daniel Schwabe, o público não conhece os meios pelos quais pode ser manipulado na internet. “Em relação às mídias tradicionais, as pessoas já aprenderam a identificar sinais de demagogia”, diz. “Nesse cenário de novos canais, há uma certa vulnerabilidade porque não se sabe mediar a absorção da informação que se recebe.” Segundo ele, é necessário criar uma cultura de questionamento.

As opiniões de vários especialistas são inseridas no texto por meio da utilização de aspas. No entanto, no primeiro parágrafo, ao mencionar a palavra alfabetização, o uso das aspas possui outra função, que é:
Alternativas
Q1708105 Português

(Disponível em: https://exame.com/blog/crescer-em-rede/ao-inves-de-um-novo-normal-um-normal-

melhor-para-educacao / - texto adaptado especialmente para esta prova)

Considere o emprego dos sinais de pontuação, análise como assertivas a seguir e assinale V, se verdadeiras, ou F, se falsas.
(  ) As aspas das linhas 25 e 30-33 foram empregadas pelo mesmo motivo: marcar o uso incomum de uma palavra ou expressão. (  ) Na linha 32, a vírgula separa uma oração coordenada. (  ) A vírgula destacada na linha 37 separa orações subordinadas.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
Alternativas
Respostas
401: B
402: B
403: B
404: C
405: E