Questões de Concurso Sobre análise sintática em português

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Q2794752 Português

Leia o texto abaixo e responda às questões propostas:

Guedes, um policial adepto do Princípio da Singeleza, de Ferguson – se existem duas ou mais teorias para explicar um mistério, a mais simples é a mais verdadeira –, jamais supôs que um dia iria encontrar a socialite Delfina Delamare. Ela, por sua vez, nunca havia visto um policial em carne e osso. O tira, como todo mundo, sabia quem era Delfina Delamare, a cinderela órfã que se casara com o milionário Eugênio Delamare, colecionador de obras de arte, campeão olímpico de equitação pelo Brasil, o bachelor mais disputado do hemisfério sul. Os jornais e revistas deram um grande destaque ao casamento da moça pobre que nunca saíra de casa, onde tomava conta de uma avó doente, com o príncipe encantado; e desde então o casal jamais deixou de ser notícia.

Houve um tempo em que os tiras usavam paletó, gravata e chapéu, mas isso foi antes de Guedes entrar para a polícia. Ele possuía apenas um terno velho, que nunca usava e que, de tão antigo, já entrara e saíra de moda várias vezes. Costumava vestir um blusão sobre a camisa esporte, a fim de esconder o revólver, um Colt Cobra 38, que usava sob o sovaco. [...]

Delfina Delamare nem sempre acompanhava o marido nas viagens. Na verdade ela não gostava muito de viajar. [...] Ela preferia ficar no Rio, trabalhandoemsuas obras filantrópicas.

O encontro entre Delfina e Guedes deu-se numa das poucas circunstâncias possíveis de ocorrer. Foi na rua, é claro, mas de maneira imprevista, para um e outro. Delfina estava no seu Mercedes, na rua Diamantina, uma rua sem saída no alto do Jardim Botânico. Quando chegou ao local do encontro Guedes já sabia que Delfina não estava dormindo, como chegaram a supor as pessoas que a encontraram, devido à tranquilidade do seu rosto e à postura confortável do corpo no assento do carro. Guedes, porém, havia tomado conhecimento, ainda na delegacia, do ferimento letal oculto pela blusa de seda que Delfina vestia.

O local já havia sido isolado pelos policiais. A rua Diamantina tinha árvores dos dois lados e, naquela hora da manhã, o sol varava a copa das árvores e refletia na capota amarelo-metálico do carro, fazendo-a brilhar como se fosse de ouro.

Guedes acompanhou atentamente o trabalho dos peritos do Instituto de Criminalística. Havia poucas impressões digitais no carro, colhidas cuidadosamente pelos peritos da polícia. Foram feitas várias fotos de Delfina, alguns closes da mão direita que segurava um revólver niquelado calibre 22. No pulso da mão esquerda, um relógio de ouro. Dentro da bolsa, sobre o banco do carro, havia um talão de cheques, vários cartões de crédito, objetos de maquiagem num pequeno estojo, um vidro de perfume francês, um lenço de cambraia, uma receita de papel timbrado do médico Pedro Baran (hematologia, oncologia) e um aviso de correio do Leblon para Delfina Delamare apanhar correspondência registrada. Esses dois documentos Guedes colocou no bolso. Havia no porta-luvas, além do documento do carro, um livro, Os Amantes, de Gustavo Flávio, com a dedicatória “Para Delfina que sabe que a poesia é uma ciência tão exata quanto a geometria, G.F.” A dedicatória não tinha data e fora escrita com uma caneta de ponta macia e tinta preta. Guedes colocou o livro debaixo do braço. Esperou a perícia terminar o seu lento trabalho no local; aguardou o rabecão chegar e levar o corpo da morta numa caixa de metal amassada e suja para ser autopsiado no Instituto Médico Legal. Delfina recebeu dos homens do rabecão o mesmo tratamento dos mendigos que caem mortos na sarjeta.

FONSECA, Rubem. Bufo & Spallanzani. 24 ed. rev. pelo autor. São Paulo: Companhia das Letras,1991, p. 13-14.

Em “Guedes, UM POLICIAL ADEPTO DO PRINCÍPIO DASINGELEZA, de Ferguson [...] jamais supôs que um dia iria encontrar a socialite Delfina Delamare.” (§ 1), o trecho em destaque tem, sintaticamente, a função de:
Alternativas
Q2794522 Português

A uberização da vida

1 A tecnologia e o trabalho vivem, nos últimos séculos, uma relação pontuada por uma série

2 de episódios surpreendentes, quase sempre marcados pelo conflito.

3 Desde o início da era industrial, no século XVIII, os operários de fábricas são assombrados

4 pelo espectro de sua substituição por máquinas. Naquela época, havia boatos, na Inglaterra, sobre

5 o lendário general Ned Ludd, que incitava a invasão das tecelagens e a destruição das máquinas

6 para conter o desemprego em massa.

7 Nunca saberemos ao certo se Ned Ludd realmente existiu. Contudo, o termo ludismo

8 passou a ser incorporado pela literatura sociológica e filosófica como designando a revolta contra

9 a tecnologia. Nas últimas décadas já se fala até em neoludismo, um movimento radical que

10 defende a reversão da humanidade para um estado pré-tecnológico.

11 É provável que ocorra algo semelhante a uma revolta ludita hoje em dia, se algumas

12 promessas da tecnologia se concretizarem. Uma delas é a substituição dos motoristas

13 profissionais pelo piloto automático do Google. Se isso ocorrer, presenciaremos a maior onda de

14 desemprego dos últimos séculos, o fantasma, dessa vez, seria a inteligência artificial.

15 No entanto, já existe uma outra revolução em curso, que chega liderada pelo aumento

16 crescente dos aplicativos. Além de nos disponibilizar serviços no esquema 24/7 (24 horas por

17 dia, sete dias da semana), a internet começa, agora, a preencher nichos de tempo livre com

18 trabalho. Chamo a esse fenômeno de uberização.

19 Frequentemente, o Uber é um aplicativo associado com a substituição dos táxis nas

20 grandes cidades, mas é muito mais do que isso. Inicialmente, o projeto do Uber era organizar

21 caronas solidárias nas grandes cidades. No entanto, alguns empresários perceberam que

22 poderiam aproveitar o fato de que, hoje em dia, praticamente todas as pessoas dirigem carros e

23 que, se essa força de trabalho fosse aproveitada e organizada por um aplicativo, os motoristas

24 amadores poderiam, praticamente, assumir o mercado preenchido pelos táxis, bastando, para

25 isso, fazer "bicos" em horas vagas.

26 Em pouco tempo, o Uber se tornou uma daquelas empresas arquibilionárias do vale do

27 silício, cujo endereço é apenas alguma caixa-postal de algum paraíso fiscal caribenho. Com ele,

28 vieram outros aplicativos para preencher com trabalho as horas vagas de muitas outras atividades

29 profissionais. A advogada que está com poucos clientes pode compensar essa situação se souber

30 fazer maquiagem. Há um aplicativo para chamá-la nas vésperas de eventos. Ela não precisa ser

31 uma maquiadora profissional e, por isso, sabe-se que ela cobrará a metade do preço. Se você tem

32 uma moto, pode maximizar seu uso fazendo entregas aos sábados em vez de deixá-la ociosa na

33 garagem do seu prédio. Todo mundo está disposto a fazer "bicos", e todo mundo, também fica

34 feliz quando pode pagar menos por um serviço.

35 A uberização é o trabalho em migalhas. Ela começa com a profissionalização do

36 amadorismo, pois todos podemos ser motoristas, jardineiros ou entregadores nas horas vagas.

37 Contudo, o inverso, ou seja, o rebaixamento de profissionais a amadores, já está acontecendo.

38 Muitos profissionais qualificados estão se inscrevendo em aplicativos que os selecionam para

39 prestar serviços a preços reduzidos em determinados horários ou dias da semana. É possível que,

40 em pouco tempo, o trabalho qualificado se torne parte do precariado.

41 Ainda é difícil prever os resultados da uberização do trabalho. A relação contínua entre

42 empregados e patrões tenderá a desaparecer, sobretudo no setor de serviços. A babá de seu

43 filho, quando você for ao cinema com sua esposa, será escalada por um aplicativo e,

44 dificilmente, será a mesma pessoa em todas as ocasiões. Não haverá mais o taxista de confiança

45 ou o garçom que te reconhece sempre que você entra em um determinado restaurante.

46 Com a uberização, a liberdade e a coação se tornam coincidentes, pois todos se tornarão

47 patrões de si mesmos. A dialética senhor-escravo, tão cara aos hegelianos e a seus herdeiros

48 marxistas, desaparecerá. Pois todos seremos sempre ao mesmo tempo senhores e escravos.

49 Exploraremos a nós mesmos de forma implacável.

50 A demarcação entre tempo livre por oposição ao horário de trabalho será ainda mais

51 diluída. Todos se sentirão culpados por tirar uma soneca após o almoço de domingo em vez de

52 aproveitar o tempo fazendo uma corrida de táxi para alguém que precisa ir ao aeroporto para

53 viajar, provavelmente, a trabalho.

54 Na Antiguidade, os gregos desprezavam o trabalho. No mundo cristão, sobretudo com a

55 reforma protestante, ele passou a ser associado com dignidade. Não ter emprego, não ter trabalho

56 passou a corroer a autoestima de muitas pessoas. O homem contemporâneo ainda associa

57 trabalho com dignidade, embora, paradoxalmente, esteja aceitando trabalhos cada vez mais

58 indignos para sobreviver.

59 O sociólogo sul-coreano Byung-Chul Han aponta, no seu livro A sociedade do cansaço

60 (Vozes, 2015), que não é por acaso que enfrentamos uma pandemia de depressão. De um lado, há

61 metas inatingíveis, e de outro, apenas oferta de trabalho precário.

62 A precariedade da vida tende a se tornar um padrão. As novas gerações já sabem que o

63 sonho da estabilidade ficou para trás. Como trabalhadores efêmeros e também consumidores

64 efêmeros, a ideia de uma vida melhor no futuro, como resultado de uma carreira, tende a

65 desaparecer.

A uberização da vida, João Teixeira. FILOSOFIA, Ciência & Vida, Ano IX, nº 120, p.60/61.

A oração “...embora, paradoxalmente, esteja aceitando trabalhos cada vez mais indignos” (L.57/58), semanticamente, equivale a:

Alternativas
Q2794510 Português

A uberização da vida

1 A tecnologia e o trabalho vivem, nos últimos séculos, uma relação pontuada por uma série

2 de episódios surpreendentes, quase sempre marcados pelo conflito.

3 Desde o início da era industrial, no século XVIII, os operários de fábricas são assombrados

4 pelo espectro de sua substituição por máquinas. Naquela época, havia boatos, na Inglaterra, sobre

5 o lendário general Ned Ludd, que incitava a invasão das tecelagens e a destruição das máquinas

6 para conter o desemprego em massa.

7 Nunca saberemos ao certo se Ned Ludd realmente existiu. Contudo, o termo ludismo

8 passou a ser incorporado pela literatura sociológica e filosófica como designando a revolta contra

9 a tecnologia. Nas últimas décadas já se fala até em neoludismo, um movimento radical que

10 defende a reversão da humanidade para um estado pré-tecnológico.

11 É provável que ocorra algo semelhante a uma revolta ludita hoje em dia, se algumas

12 promessas da tecnologia se concretizarem. Uma delas é a substituição dos motoristas

13 profissionais pelo piloto automático do Google. Se isso ocorrer, presenciaremos a maior onda de

14 desemprego dos últimos séculos, o fantasma, dessa vez, seria a inteligência artificial.

15 No entanto, já existe uma outra revolução em curso, que chega liderada pelo aumento

16 crescente dos aplicativos. Além de nos disponibilizar serviços no esquema 24/7 (24 horas por

17 dia, sete dias da semana), a internet começa, agora, a preencher nichos de tempo livre com

18 trabalho. Chamo a esse fenômeno de uberização.

19 Frequentemente, o Uber é um aplicativo associado com a substituição dos táxis nas

20 grandes cidades, mas é muito mais do que isso. Inicialmente, o projeto do Uber era organizar

21 caronas solidárias nas grandes cidades. No entanto, alguns empresários perceberam que

22 poderiam aproveitar o fato de que, hoje em dia, praticamente todas as pessoas dirigem carros e

23 que, se essa força de trabalho fosse aproveitada e organizada por um aplicativo, os motoristas

24 amadores poderiam, praticamente, assumir o mercado preenchido pelos táxis, bastando, para

25 isso, fazer "bicos" em horas vagas.

26 Em pouco tempo, o Uber se tornou uma daquelas empresas arquibilionárias do vale do

27 silício, cujo endereço é apenas alguma caixa-postal de algum paraíso fiscal caribenho. Com ele,

28 vieram outros aplicativos para preencher com trabalho as horas vagas de muitas outras atividades

29 profissionais. A advogada que está com poucos clientes pode compensar essa situação se souber

30 fazer maquiagem. Há um aplicativo para chamá-la nas vésperas de eventos. Ela não precisa ser

31 uma maquiadora profissional e, por isso, sabe-se que ela cobrará a metade do preço. Se você tem

32 uma moto, pode maximizar seu uso fazendo entregas aos sábados em vez de deixá-la ociosa na

33 garagem do seu prédio. Todo mundo está disposto a fazer "bicos", e todo mundo, também fica

34 feliz quando pode pagar menos por um serviço.

35 A uberização é o trabalho em migalhas. Ela começa com a profissionalização do

36 amadorismo, pois todos podemos ser motoristas, jardineiros ou entregadores nas horas vagas.

37 Contudo, o inverso, ou seja, o rebaixamento de profissionais a amadores, já está acontecendo.

38 Muitos profissionais qualificados estão se inscrevendo em aplicativos que os selecionam para

39 prestar serviços a preços reduzidos em determinados horários ou dias da semana. É possível que,

40 em pouco tempo, o trabalho qualificado se torne parte do precariado.

41 Ainda é difícil prever os resultados da uberização do trabalho. A relação contínua entre

42 empregados e patrões tenderá a desaparecer, sobretudo no setor de serviços. A babá de seu

43 filho, quando você for ao cinema com sua esposa, será escalada por um aplicativo e,

44 dificilmente, será a mesma pessoa em todas as ocasiões. Não haverá mais o taxista de confiança

45 ou o garçom que te reconhece sempre que você entra em um determinado restaurante.

46 Com a uberização, a liberdade e a coação se tornam coincidentes, pois todos se tornarão

47 patrões de si mesmos. A dialética senhor-escravo, tão cara aos hegelianos e a seus herdeiros

48 marxistas, desaparecerá. Pois todos seremos sempre ao mesmo tempo senhores e escravos.

49 Exploraremos a nós mesmos de forma implacável.

50 A demarcação entre tempo livre por oposição ao horário de trabalho será ainda mais

51 diluída. Todos se sentirão culpados por tirar uma soneca após o almoço de domingo em vez de

52 aproveitar o tempo fazendo uma corrida de táxi para alguém que precisa ir ao aeroporto para

53 viajar, provavelmente, a trabalho.

54 Na Antiguidade, os gregos desprezavam o trabalho. No mundo cristão, sobretudo com a

55 reforma protestante, ele passou a ser associado com dignidade. Não ter emprego, não ter trabalho

56 passou a corroer a autoestima de muitas pessoas. O homem contemporâneo ainda associa

57 trabalho com dignidade, embora, paradoxalmente, esteja aceitando trabalhos cada vez mais

58 indignos para sobreviver.

59 O sociólogo sul-coreano Byung-Chul Han aponta, no seu livro A sociedade do cansaço

60 (Vozes, 2015), que não é por acaso que enfrentamos uma pandemia de depressão. De um lado, há

61 metas inatingíveis, e de outro, apenas oferta de trabalho precário.

62 A precariedade da vida tende a se tornar um padrão. As novas gerações já sabem que o

63 sonho da estabilidade ficou para trás. Como trabalhadores efêmeros e também consumidores

64 efêmeros, a ideia de uma vida melhor no futuro, como resultado de uma carreira, tende a

65 desaparecer.

A uberização da vida, João Teixeira. FILOSOFIA, Ciência & Vida, Ano IX, nº 120, p.60/61.

A alternativa em que a oração transcrita tem função restritiva é:

Alternativas
Q2794359 Português

Texto para responder às questões de 01 a 10.


Facebook está construindo sua própria cidade na Califórnia


O Facebook está construindo uma espécie de minicidade para seus funcionários. A ampliação do seu campus em Menlo Park, Califórnia, será repleta de regalias para os moradores — já que os funcionários vão morar praticamente dentro do trabalho.

O Wall Street Journal relatou que a rede social de Mark Zuckerberg está trabalhando para construir uma comunidade de US$ 120 milhões, com 394 unidades habitacionais a uma curta distância de seus escritórios. Com 192 mil metros quadrados, o chamado Anton Menlo vai incluir tudo, desde um bar de esportes até uma creche para cachorros.

O projeto do Facebook ultrapassa todas as novidades que as empresas do Vale do Silício já inventaram para tornar seus escritórios mais divertidos e descolados. Porém, uma porta-voz da empresa disse que a ideia de criar a propriedade não é para reter os funcionários — que estão cada dia mais disputados entre as empresas de tecnologia.

“Certamente estamos animados para ter opções de moradia mais perto do campus, mas acreditamos que as pessoas trabalham no Facebook porque o que elas fazem é gratificante, e elas acreditam em nossa missão”, disse a porta-voz. Em outras palavras, eles dizem que não querem apenas bajular os funcionários com todas as regalias possíveis para que eles não saltem para a concorrência.

Apesar de soar como inovadora, a ideia evoca memórias das “cidades empresas”, que eram comuns na virada do século 20, onde os operários norte-americanos viviam em comunidades pertencentes ao seu empregador e recebiam moradia, cuidados de saúde, polícia, igreja e praticamente todos os serviços oferecidos em uma cidade. Porém, elas acabaram extintas por colocar os trabalhadores completamente nas mãos dos empregadores, que muitas vezes se aproveitavam para explorá-los.

É claro que ninguém espera que o Facebook faça isso. O que acontece é que os preços dos imóveis estão subindo rapidamente no Vale do Silício — calcula-se um aumento de 24% desde o quarto trimestre de 2012, e alguns funcionários da empresa acabam enfrentando problemas com isso. Além disso, a cidade do Facebook terá capacidade para abrigar apenas 10% dos funcionários da companhia.


(Disponível em: http//www.canaltech.com.br — por Redação - 03/10/2013. Acesso em 22/08/2017)

A oração destacada em “É claro QUE NINGUÉM ESPERA que o Facebook faça isso.” classifica-se como subordinada:

Alternativas
Q2794352 Português

Texto para responder às questões de 01 a 10.


Facebook está construindo sua própria cidade na Califórnia


O Facebook está construindo uma espécie de minicidade para seus funcionários. A ampliação do seu campus em Menlo Park, Califórnia, será repleta de regalias para os moradores — já que os funcionários vão morar praticamente dentro do trabalho.

O Wall Street Journal relatou que a rede social de Mark Zuckerberg está trabalhando para construir uma comunidade de US$ 120 milhões, com 394 unidades habitacionais a uma curta distância de seus escritórios. Com 192 mil metros quadrados, o chamado Anton Menlo vai incluir tudo, desde um bar de esportes até uma creche para cachorros.

O projeto do Facebook ultrapassa todas as novidades que as empresas do Vale do Silício já inventaram para tornar seus escritórios mais divertidos e descolados. Porém, uma porta-voz da empresa disse que a ideia de criar a propriedade não é para reter os funcionários — que estão cada dia mais disputados entre as empresas de tecnologia.

“Certamente estamos animados para ter opções de moradia mais perto do campus, mas acreditamos que as pessoas trabalham no Facebook porque o que elas fazem é gratificante, e elas acreditam em nossa missão”, disse a porta-voz. Em outras palavras, eles dizem que não querem apenas bajular os funcionários com todas as regalias possíveis para que eles não saltem para a concorrência.

Apesar de soar como inovadora, a ideia evoca memórias das “cidades empresas”, que eram comuns na virada do século 20, onde os operários norte-americanos viviam em comunidades pertencentes ao seu empregador e recebiam moradia, cuidados de saúde, polícia, igreja e praticamente todos os serviços oferecidos em uma cidade. Porém, elas acabaram extintas por colocar os trabalhadores completamente nas mãos dos empregadores, que muitas vezes se aproveitavam para explorá-los.

É claro que ninguém espera que o Facebook faça isso. O que acontece é que os preços dos imóveis estão subindo rapidamente no Vale do Silício — calcula-se um aumento de 24% desde o quarto trimestre de 2012, e alguns funcionários da empresa acabam enfrentando problemas com isso. Além disso, a cidade do Facebook terá capacidade para abrigar apenas 10% dos funcionários da companhia.


(Disponível em: http//www.canaltech.com.br — por Redação - 03/10/2013. Acesso em 22/08/2017)

Assinale a opção em que a oração reduzida destacada a seguir foi corretamente desenvolvida: “O projeto do Facebook ultrapassa todas as novidades que as empresas do Vale do Silício já inventaram PARA TORNAR SEUS ESCRITÓRIOS MAIS DIVERTIDOS E DESCOLADOS.”.

Alternativas
Respostas
411: A
412: A
413: D
414: E
415: C