Questões de Concurso Sobre conjunções: relação de causa e consequência em português

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Q1843733 Português

Leia o texto, considere cada linha um verso.


Valsinha


Um dia ele chegou tão diferente

Do seu jeito de sempre chegar.


Olhou-a de um jeito muito mais quente

Do que sempre costumava olhar

E não maldisse a vida tanto

Quanto era seu jeito de sempre falar. 


E nem deixou-a só num canto

Pra seu grande espanto

Convidou-a pra rodar.


Então ela se fez bonita

Como há muito tempo não queria ousar

Com seu vestido decotado

Cheirando a guardado

De tanto esperar.


Depois os dois deram-se os braços

Como há muito tempo

Não se usava dar

E cheios de ternura e graça

Foram para a praça

E começaram a se abraçar.


E ali dançaram tanta dança

Que a vizinhança toda despertou

E foi tanta felicidade

Que toda a cidade se iluminou

E foram tantos beijos loucos

Tantos gritos roucos como não se ouviam mais

Que o mundo compreendeu

E o dia amanheceu em paz.

(Chico Buarque de Holanda)

Considere a frase:


“Tantos gritos roucos como não se ouviam mais”.


Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Q1843617 Português

Considerando as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto, julgue o item.


Na linha 9, o sinal de ponto e vírgula separa duas partes de um mesmo período, que estabelecem entre si uma relação de oposição, que é evidentemente expressa pela conjunção “porém”. 

Alternativas
Q1843320 Português

Com relação aos aspectos gramaticais e aos sentidos do texto, julgue o item. 


A oração introduzida pela conjunção “Como” (linha 33) expressa uma causa no período. 

Alternativas
Q1843319 Português

Com relação aos aspectos gramaticais e aos sentidos do texto, julgue o item. 


A inserção de uma vírgula logo após o termo “Até” (linha 25) prejudicaria a correção gramatical do texto.

Alternativas
Q1843315 Português

Com base no texto apresentado, julgue o item.


A conclusão do texto é dada no período introduzido pelo termo “Aí” (linha 41), que, assim, poderia ser trocado pela conjunção conclusiva Portanto, sem prejuízo da correção e dos sentidos do texto.  

Alternativas
Q1841996 Português
INSTRUÇÃO: Leia o texto  a seguir, para responder à questão.
TEXTO 

Itapecerica alcança pontuação expressiva no ICMS patrimônio cultural
Pontos são convertidos em recursos financeiros para os municípios
Na última sexta-feira, 18 de junho, foi divulgada tabela com a pontuação provisória do “ICMS Patrimônio Cultural” dos municípios mineiros, relacionada às atividades patrimoniais desenvolvidas em 2020. Itapecerica conseguiu pontuação provisória de 17,67 pontos, segunda maior alcançada pelo Município. Quanto maior a pontuação, maior a conversão em recursos financeiros, que serão aplicados na conservação de bens tombados e inventariados e na cultura da cidade, ou seja, serão revertidos em benefícios para o patrimônio cultural itapecericano.
A pontuação, segunda melhor da região, é resultado de muito trabalho, realizado mesmo com as restrições impostas pela pandemia de Covid-19, e mantém Itapecerica em um lugar de destaque no que diz respeito à preservação do patrimônio cultural.
O “ICMS Patrimônio Cultural” é um programa de incentivo à preservação do patrimônio cultural de Minas Gerais, por meio do repasse de recursos para os municípios que preservam o seu patrimônio e as suas referências culturais através de políticas públicas relevantes.
Disponível em: https://cutt.ly/AmwjP2C.
Acesso em: 25 jun. 2021 (adaptado).
Matéria publicada em 22 jun. 2021. 
Releia este trecho. “[...] ou seja, serão revertidos em benefícios para o patrimônio cultural itapecericano.”
A locução destacada não pode ser substituída, sem alteração de seu sentido nesse contexto, por
Alternativas
Q1841992 Português
INSTRUÇÃO: Leia o texto  a seguir, para responder à questão.
TEXTO 

ICMS cultural: como o imposto que você paga ajuda a restaurar igrejas
Programa de destinação de recursos para o patrimônio cultural completa 25 anos ajudando a preservar templos, outros bens históricos e práticas consagradas entre mineiros
Na terra do escritor mineiro Guimarães Rosa (1908- 1967), autor de Grande sertão: veredas, a Capela de Santo Antônio, no distrito de Lagoa Bonita, a 14 quilômetros do Centro de Cordisburgo, na Região Central de Minas, prima pelo restauro. O templo do século 18 está preservado, livre de goteiras e com pintura nova, e o trabalho se deu “graças aos recursos do ICMS do Patrimônio Cultural”, informa a secretária municipal de Cultura, Turismo, Ecologia, Meio Ambiente e Agricultura, Rachel Barbosa Oliveira. “Se não fosse o repasse, a prefeitura não teria como arcar com os gastos da obra, pois o templo estava bem degradado”, afirma a secretária. O serviço totalizou R$ 800 mil.
O exemplo de Cordisburgo se reflete na maioria das cidades mineiras, pois o recurso do ICMS do Patrimônio Cultural, que completa 25 anos, é fundamental para garantir a integridade dos bens – só no período de 2015 a 2019, o valor repassado aos municípios foi de R$ 450 milhões. De acordo com os dados enviados ao Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha), gestor do programa, em 2018, cerca de R$ 30 milhões foram investidos em conservação, restauração, promoção do patrimônio cultural e também em projetos de educação patrimonial em diversas localidades do estado. Do total, mais de R$ 9 milhões foram usados pelas municipalidades para apoiar aproximadamente 1,2 mil ações de salvaguarda do patrimônio imaterial.
Conforme levantamento do Iepha, dos 853 municípios mineiros, cerca de 700 cidades já têm legislação própria de proteção ao patrimônio cultural. Como consequência, o estado já soma quase 5 mil bens culturais materiais e imateriais reconhecidos, presentes em todas as regiões. Por meio de documentação enviada pelos agentes públicos municipais, o Iepha analisa e pontua cada município pelas ações promovidas em defesa do patrimônio cultural. Somente este ano, o órgão estadual recebeu, para análise, documentos de quase 700 municípios. A pontuação é informada pelo Iepha à Fundação João Pinheiro, que calcula os valores a serem repassados mensalmente às prefeituras participantes, em virtude da Lei 18.030/2009, que determina os critérios para distribuição da cota-parte do ICMS em Minas Gerais, incluindo o critério patrimônio cultural.
Solidez
De acordo com o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, os 25 anos do programa reafirmam a solidez das políticas públicas geridas pela instituição. “O ICMS Patrimônio Cultural, além de ser a única iniciativa desse tipo no país, é uma importante ferramenta de fomento à política patrimonial em Minas. Os 25 anos desse programa são muito mais do que uma celebração. A data marca a força da política pública patrimonial no nosso estado, ao mesmo tempo em que nos lembra da importância de se investir em ações que preservem a memória e a história do povo mineiro”.
Para a presidente do Iepha, MicheleArroyo, a celebração dos 25 anos do programa ICMS Patrimônio Cultural é uma oportunidade para avaliação da importância da continuidade e permanência de ações de fomento às políticas públicas. “Essa ação contínua implementada pelo Iepha durante todos esses anos consolidou em nosso estado a mais relevante rede de articulação de ações de conhecimento, proteção e salvaguarda do patrimônio cultural no país”, ressalta.
Ainda segundo Michele, além da distribuição de uma média de R$ 90 milhões ao ano para mais de 800 municípios mineiros, o estado e as prefeituras construíram juntos uma importante rede de política pública participativa com a existência de conselhos, fundos e um acervo de quase 5 mil bens culturais, materiais e imateriais protegidos. “Como muitos desafios já enfrentados ao longo desses anos, queremos também aumentar o percentual de repasse, criar ferramentas para facilitar a apresentação de informações e a análise do ICMS. Para isso, buscamos ampliar mecanismos de formação e apoio aos gestores municipais e, sobretudo, fortalecer as práticas de gestão compartilhada. Dessa maneira, essas ações fomentam as cadeias produtivas da cultura e do patrimônio, através do apoio às comunidades e coletivos com a integração às políticas voltadas para o incremento do turismo no estado”.
Apoio
Ao longo de todo o ano, são realizadas ações pelo Iepha para orientar e auxiliar os gestores na condução das políticas públicas municipais de preservação. A diretora de promoção do Iepha, Clarice Libânio, explica que os dados relativos ao trabalho executado pelos municípios em 2019 ainda estão em fase de análise. “Mesmo diante da pandemia e do isolamento social causados pelo novo coronavírus, a documentação enviada pelos municípios participantes do programa ao Iepha está sendo analisada normalmente pelos técnicos, em regime de teletrabalho, desde 19 de março.”, afirma. A diretora ainda ressalta que já foram enviadas orientações aos municípios a respeito das ações a serem realizadas no atual ano de ação e preservação, em caráter excepcional, entre as quais se destaca o curso ICMS Patrimônio Cultural on-line, que substituirá os encontros presenciais da 10ª Rodada Regional do Patrimônio, impedida de ser realizada devido à pandemia.
Bens protegidos
• Minas tem 4.414 bens materiais protegidos, sendo 212 em esfera federal, 148 em esfera estadual e 4.054 nas esferas municipais.
• Os bens imateriais registrados somam 621, sendo quatro protegidos pela esfera federal, sete pela esfera estadual e 610 pelas esferas municipais.
• Quase R$ 11 milhões foram investidos pelos municípios na conservação de bens tombados e inventariados, sendo cerca de R$ 9 milhões em restauração de bens tombados e inventariados e aproximadamente R$ 750 mil na promoção de bens tombados e inventariados e ações de educação para o patrimônio.
• Mais de R$ 9 milhões foram empregados em ações de salvaguarda dos bens imateriais.
Disponível em: https://cutt.ly/4mqo8e7.
Acesso em: 25 jun. 2021 (adaptado).
Matéria publicada em 8 jul. 2020. 
Releia este trecho. “O exemplo de Cordisburgo se reflete na maioria das cidades mineiras, pois o recurso do ICMS do Patrimônio Cultural, que completa 25 anos, é fundamental para garantir a integridade dos bens [...]”
A conjunção destacada pode, de acordo com a normapadrão, ser substituída por
Alternativas
Q1841608 Português

Leia o poema a seguir e responda à questão.


Seiscentos e sessenta e seis

Mário Quintana


A vida é uns deveres que nós trouxemos para

fazer em casa.

Quando se vê, já são 6 horas: há tempo…

Quando se vê, já é 6ª-feira…

Quando se vê, passaram 60 anos!

Agora, é tarde demais para ser reprovado…

E se me dessem – um dia – uma outra

oportunidade,

eu nem olhava o relógio

seguia sempre em frente…

E iria jogando pelo caminho a casca dourada e

inútil das horas.

A respeito do título do poema, “Seiscentos e sessenta e seis”, assinale a alternativa INCORRETA.
Alternativas
Q1840808 Português
Na frase “Não aprovo nem permitirei essas coisas” a palavra “nem” é uma conjunção coordenativa:
Alternativas
Q1840807 Português
A conjunção “que” na frase: “Apressemo-nos, que chove” é:
Alternativas
Q1840694 Português

Leia a letra da música a seguir.



O sal da Terra

 

Anda, quero te dizer nenhum segredo

Falo desse chão, da nossa casa, vem que tá na hora de arrumar

Tempo, quero viver mais duzentos anos

Quero não ferir meu semelhante, nem por isso quero me ferir

Vamos precisar de todo mundo pra banir do mundo a opressão

Para construir a vida nova vamos precisar de muito amor

A felicidade mora ao lado e quem não é tolo pode ver

A paz na Terra, amor, o pé na terra

A paz na Terra, amor, o sal da...

Terra, és o mais bonito dos planetas

Tão te maltratando por dinheiro, tu que és a nave nossa irmã

Canta, leva tua vida em harmonia

E nos alimenta com teus frutos, tu que és do homem a maçã

Vamos precisar de todo mundo, um mais um é sempre mais que dois

Pra melhor juntar as nossas forças é só repartir melhor o pão

Recriar o paraíso agora para merecer quem vem depois

Deixa nascer o amor

Deixa fluir o amor

Deixa crescer o amor

Deixa viver o amor

O sal da Terra.

Beto Guedes

“Tão te maltratando por dinheiro, tu que és a nave nossa irmã”. É correto afirmar que a palavra destacada:
Alternativas
Q1839985 Português

O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


Poema de sete faces (1930)

Carlos Drummond de Andrade


Quando nasci, um anjo torto

desses que vivem na sombra

disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.


As casas espiam os homens

que correm atrás de mulheres.

A tarde talvez fosse azul,

não houvesse tantos desejos.


O bonde passa cheio de pernas:

pernas brancas pretas amarelas.

Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.

Porém meus olhos

não perguntam nada.


O homem atrás do bigode

é sério, simples e forte.

Quase não conversa.

Tem poucos, raros amigos

o homem atrás dos óculos e do bigode.


Meu Deus, por que me abandonaste

se sabias que eu não era Deus

se sabias que eu era fraco.


Mundo mundo vasto mundo,

se eu me chamasse Raimundo

seria uma rima, não seria uma solução.

Mundo mundo vasto mundo,

mais vasto é meu coração.


Eu não devia te dizer

mas essa lua

mas esse conhaque

botam a gente comovido como o diabo.



Com licença poética

Adélia Prado

Quando nasci um anjo esbelto,

desses que tocam trombeta, anunciou:

vai carregar bandeira.

Cargo muito pesado pra mulher,

esta espécie ainda envergonhada.

Aceito os subterfúgios que me cabem,

sem precisar mentir.

Não sou feia que não possa casar,

acho o Rio de Janeiro uma beleza e

ora sim, ora não, creio em parto sem dor.

Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.

Inauguro linhagens, fundo reinos

- dor não é amargura.

Minha tristeza não tem pedigree,

já a minha vontade de alegria,

sua raiz vai ao meu mil avô.

Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.

Mulher é desdobrável. Eu sou.


http://www.algumapoesia.com.br/drummond/drummond01.htm último acesso: 17 de fevereiro de 2021. e https://www.escrevendoofuturo.org.br/conteudo/biblioteca/nossas-publicacoes/revista/artigos/artigo/ 1022/oculos-de-leitura-conversando-sobre-poesia último acesso: 17 de fevereiro de 2021.





No poema "Com licença poética" no trecho "Mas o que sinto escrevo.", a conjunção "Mas", no texto, tem o sentido de:
Alternativas
Q1839802 Português

O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


ESTRATÉGIA


Dizem que, certa vez, estava um cego sentado no passeio, com um boné em seus pés e um pedaço de madeira que, escrito com giz branco, dizia: "POR FAVOR! AJUDEM-ME, SOU CEGO".


Um criador de publicidade que passava por ele, parou e observou umas poucas moedas no boné. Sem lhe pedir permissão, pegou o cartaz, deu volta, pegou um giz e escreveu outro anúncio. Voltou a colocar o pedaço de madeira sobre os pés do cego e se foi.


Pela tarde, o publicitário voltou a passar em frente ao cego que pedia esmolas, e seu boné estava cheio de notas e moedas. O cego reconheceu seus passos e lhe perguntou se tinha sido ele que escreveu seu cartaz e sobretudo, o que ele tinha escrito. O publicitário lhe respondeu: 


 - Nada que não esteja certo com seu anúncio, mas com outras palavras. Sorriu e seguiu seu caminho. 


 O novo cartaz dizia: "HOJE É PRIMAVERA, E NÃO POSSO VÊ-LA!" 


Mudemos de estratégia, quando as coisas não nos saem bem, e veremos que o resultado poderá ser diferente.


Fonte: https://www.contandohistorias.com.br/html/contan dohistorias.html - Modificado

Qual a classe gramatical da palavra destacada no trecho "Voltou a colocar o pedaço de madeira SOBRE os pés do cego e se foi"?
Alternativas
Q1839250 Português
“O homem deve cuidar pouco da vida, mas muitíssimo da saúde”.
Assinale a opção correta sobre os componentes desse pensamento.
Alternativas
Q1839029 Português

TEXTO I

São Demasiado Pobres os Nossos Ricos


    A maior desgraça de uma nação pobre é que, em vez de produzir riqueza, produz ricos. Mas ricos sem riqueza. Na realidade, melhor seria chamá-los não de ricos, mas de endinheirados. Rico é quem possui meios de produção. Rico é quem gera dinheiro e dá emprego. Endinheirado é quem simplesmente tem dinheiro. Ou que pensa que tem. Porque, na realidade, o dinheiro é que o tem a ele. 


    A verdade é esta: são demasiado pobres os nossos «ricos». Aquilo que têm, não detêm. Pior: aquilo que exibem como seu, é propriedade de outros. É produto de roubo e de negociatas. Não podem, porém, estes nossos endinheirados usufruir em tranquilidade de tudo quanto roubaram. Vivem na obsessão de poderem ser roubados. Necessitavam de forças policiais à altura. Mas forças policiais à altura acabariam por lançá-los a eles próprios na cadeia. Necessitavam de uma ordem social em que houvesse poucas razões para a criminalidade. Mas se eles enriqueceram foi graças a essa mesma desordem. 


    O maior sonho dos nossos novos-ricos é, afinal, muito pequenito: um carro de luxo, umas efêmeras cintilâncias. Mas a luxuosa viatura não pode sonhar muito, sacudida pelos buracos das avenidas. O Mercedes e o BMW não podem fazer inteiro uso dos seus brilhos, ocupados que estão em se esquivar entre chapas, muito convexos e estradas muito côncavas. A existência de estradas boas dependeria de outro tipo de riqueza. Uma riqueza que servisse a cidade. E a riqueza dos nossos novos-ricos nasceu de um movimento contrário: do empobrecimento da cidade e da sociedade. 


    As casas de luxo dos nossos falsos ricos são menos para serem habitadas do que para serem vistas. Fizeram-se para os olhos de quem passa. Mas ao exibirem-se, assim, cheias de folhos e chibantices, acabam atraindo alheias cobiças. Por mais guardas que tenham à porta, os nossos pobres-ricos não afastam o receio das invejas e dos feitiços que essas invejas convocam. O fausto das residências não os torna imunes. Pobres dos nossos riquinhos! 


    São como a cerveja tirada à pressão. São feitos num instante, mas a maior parte é só espuma. O que resta de verdadeiro é mais o copo que o conteúdo. Podiam criar gado ou vegetais. Mas não. Em vez disso, os nossos endinheirados feitos sob pressão criam amantes. Mas as amantes (e/ou os amantes) têm um grave inconveniente: necessitam de ser sustentadas com dispendiosos mimos. O maior inconveniente é ainda a ausência de garantia do produto. A amante de um pode ser, amanhã, amante de outro. O coração do criador de amantes não tem sossego: quem traiu sabe que pode ser traído.


Mia Couto, in 'Pensatempos'


http://www.citador.pt/textos/sao-demasiado-pobres-os-nossosricos-mia-couto..



Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas abaixo:


Ao analisar a coesão entre as orações “O coração do criador de amantes não tem sossego: quem traiu sabe que pode ser traído”, pode-se perceber que, no lugar dos dois pontos, poderia ter sido usada a conjunção............. Para manter a ideia de....................

Alternativas
Q1839028 Português

TEXTO I

São Demasiado Pobres os Nossos Ricos


    A maior desgraça de uma nação pobre é que, em vez de produzir riqueza, produz ricos. Mas ricos sem riqueza. Na realidade, melhor seria chamá-los não de ricos, mas de endinheirados. Rico é quem possui meios de produção. Rico é quem gera dinheiro e dá emprego. Endinheirado é quem simplesmente tem dinheiro. Ou que pensa que tem. Porque, na realidade, o dinheiro é que o tem a ele. 


    A verdade é esta: são demasiado pobres os nossos «ricos». Aquilo que têm, não detêm. Pior: aquilo que exibem como seu, é propriedade de outros. É produto de roubo e de negociatas. Não podem, porém, estes nossos endinheirados usufruir em tranquilidade de tudo quanto roubaram. Vivem na obsessão de poderem ser roubados. Necessitavam de forças policiais à altura. Mas forças policiais à altura acabariam por lançá-los a eles próprios na cadeia. Necessitavam de uma ordem social em que houvesse poucas razões para a criminalidade. Mas se eles enriqueceram foi graças a essa mesma desordem. 


    O maior sonho dos nossos novos-ricos é, afinal, muito pequenito: um carro de luxo, umas efêmeras cintilâncias. Mas a luxuosa viatura não pode sonhar muito, sacudida pelos buracos das avenidas. O Mercedes e o BMW não podem fazer inteiro uso dos seus brilhos, ocupados que estão em se esquivar entre chapas, muito convexos e estradas muito côncavas. A existência de estradas boas dependeria de outro tipo de riqueza. Uma riqueza que servisse a cidade. E a riqueza dos nossos novos-ricos nasceu de um movimento contrário: do empobrecimento da cidade e da sociedade. 


    As casas de luxo dos nossos falsos ricos são menos para serem habitadas do que para serem vistas. Fizeram-se para os olhos de quem passa. Mas ao exibirem-se, assim, cheias de folhos e chibantices, acabam atraindo alheias cobiças. Por mais guardas que tenham à porta, os nossos pobres-ricos não afastam o receio das invejas e dos feitiços que essas invejas convocam. O fausto das residências não os torna imunes. Pobres dos nossos riquinhos! 


    São como a cerveja tirada à pressão. São feitos num instante, mas a maior parte é só espuma. O que resta de verdadeiro é mais o copo que o conteúdo. Podiam criar gado ou vegetais. Mas não. Em vez disso, os nossos endinheirados feitos sob pressão criam amantes. Mas as amantes (e/ou os amantes) têm um grave inconveniente: necessitam de ser sustentadas com dispendiosos mimos. O maior inconveniente é ainda a ausência de garantia do produto. A amante de um pode ser, amanhã, amante de outro. O coração do criador de amantes não tem sossego: quem traiu sabe que pode ser traído.


Mia Couto, in 'Pensatempos'


http://www.citador.pt/textos/sao-demasiado-pobres-os-nossosricos-mia-couto..



Em “São demasiado pobres os nossos ricos”, o termo destacado pode ser classificado gramaticalmente como sendo:
Alternativas
Q1838172 Português

Texto :


 http://www.alvinhopatriota.com.br/tag/charge/

O “que”, o “para que” e o “porque”, presentes na fala do personagem, são expressões conjuntivas que têm valor: 
Alternativas
Q1838164 Português
Texto : Sobre Ciências Sociais Aplicadas (fragmento adaptado)

https://www.blogdoead.com.br/administracao-ouciencias-contabeis-diferencas-e-semelhancas
   A Administração e a Contabilidade são ofícios inseridos em uma mesma área de conhecimento: Ciências Sociais Aplicadas. Nesse campo de conhecimento, estão as profissões que se dedicam a entender as necessidades da sociedade e traduzi-las em soluções. Enquanto o Administrador tem como foco gerenciar pessoas, recursos e processos em prol de uma organização, o Contador tem como missão garantir a sustentabilidade econômico-financeira dessa organização.
   Ao analisar a base de formação dessas duas áreas, fica claro que ambas apresentam algumas disciplinas semelhantes e outras nem tanto. Por exemplo: Contabilidade é uma matéria dentro de um Curso de Administração, assim como Administração é uma disciplina que consta na grade curricular de um Curso de Ciências Contábeis, o que demonstra a interdisciplinaridade de conhecimentos.
   Além disso, ambas as ciências compartilham disciplinas do território de Exatas, como Matemática Financeira, Gestão Financeira e Estatística, por exemplo. As demais matérias são bastante diversas, pois têm a ver com a finalidade de cada área de atuação. 
   A faculdade de Administração forma profissionais com visão global sobre todo tipo de organizações, como empresas privadas, órgãos públicos e organizações não governamentais. O profissional formado em Administração deve entender o funcionamento de uma empresa como um todo. Para tanto, tem uma formação multidisciplinar que engloba contabilidade, finanças, gestão de pessoas, logística, marketing e compras, entre outros conhecimentos.
   Já a faculdade de Ciências Contábeis, por sua vez, forma profissionais focados em apenas uma das áreas que constituem uma empresa: a contabilidade. Nesse setor, o profissional é responsável por garantir a saúde econômico-financeira da organização, por isso, lida com entradas e saídas de dinheiro e seus impactos presentes e futuros no empreendimento.
   As perspectivas das duas carreiras podem variar bastante, dependendo unicamente dos objetivos que cada um tem para o seu futuro profissional. Tanto a Administração quanto as Ciências Contábeis permitem ascensão a cargos de diretoria, como CEO (Chief Executive Officer) e CFO (Chief Financial Officer), por exemplo.
   Administradores e Contadores que se reciclam são profissionais com grandes chances de ascender profissionalmente. Para se dar bem em qualquer uma das duas carreiras, e em qualquer ofício, basta investir em qualificação profissional: graduação, pós-graduação e reciclagens.
Para a questão seguinte, analise o fragmento: “Nesse campo de conhecimento, estão as profissões que se dedicam a entender as necessidades da sociedade e traduzi-las em soluções”. O “que” presente no período acima funciona como
Alternativas
Q1837672 Português
Na linha 22, “pois” tem função de conjunção coordenada:
Alternativas
Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: IMBEL Provas: FGV - 2021 - IMBEL - Analista Especializado - Analista Administrativo - Reaplicação | FGV - 2021 - IMBEL - Advogado - Reaplicação | FGV - 2021 - IMBEL - Supervisor - Administrador - Reaplicação | FGV - 2021 - IMBEL - Analista Especializado - Analista de Custos - Reaplicação | FGV - 2021 - IMBEL - Analista Especializado - Analista Contábil - Reaplicação | FGV - 2021 - IMBEL - Analista Especializado - Analista de Recursos Humanos - Reaplicação | FGV - 2021 - IMBEL - Analista Especializado - Analista de Sistemas - Reaplicação | FGV - 2021 - IMBEL - Supervisor - Contador - Reaplicação | FGV - 2021 - IMBEL - Supervisor - Tecnologia da Informação - Reaplicação | FGV - 2021 - IMBEL - Engenheiro de Controle de Qualidade - Reaplicação | FGV - 2021 - IMBEL - Engenheiro de Segurança do Trabalho - Reaplicação | FGV - 2021 - IMBEL - Engenheiro de Materiais - Reaplicação | FGV - 2021 - IMBEL - Analista Especializado - Comprador Técnico - Reaplicação | FGV - 2021 - IMBEL - Analista Especializado - Nutricionista - Reaplicação | FGV - 2021 - IMBEL - Engenheiro Elétrico - Reaplicação | FGV - 2021 - IMBEL - Engenheiro Mecânico - Reaplicação | FGV - 2021 - IMBEL - Engenheiro Mecatrônico - Reaplicação | FGV - 2021 - IMBEL - Engenheiro Metalurgia - Reaplicação | FGV - 2021 - IMBEL - Engenheiro de Produção - Reaplicação | FGV - 2021 - IMBEL - Engenheiro Químico - Reaplicação | FGV - 2021 - IMBEL - Médico do Trabalho - Reaplicação |
Q1837234 Português

“Infelizes são aqueles que são inteligentes demais para reconhecer suas tolices.”


A oração sublinhada é denominada reduzida porque se utiliza do infinitivo para suprimir uma conjunção inicial, ou seja, reduzir a sua extensão. Se recolocássemos a forma desenvolvida da oração (com a conjunção), a forma adequada seria:

Alternativas
Respostas
1721: D
1722: C
1723: C
1724: C
1725: E
1726: D
1727: A
1728: C
1729: D
1730: B
1731: A
1732: A
1733: B
1734: A
1735: D
1736: C
1737: E
1738: C
1739: E
1740: E