Questões de Concurso Sobre português

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Q3099668 Português
Primeira impressão

Emoção e memória coordenadas influenciam encontro social.

        A primeira impressão é a que fica, já diz o jargão popular sobre o primeiro encontro entre duas pessoas desconhecidas. Buscar as razões pelas quais isso acontece foi o objetivo de cientistas da Universidade de Haifa, em Israel, a partir de um experimento com ratos de laboratório. Entre os achados, verificou-se que emoção social e memória social estão intimamente ligadas nesse processo, e trabalham de forma coordenada.
        Testando os ratos, os pesquisadores verificaram que a emoção do encontro social com um rato estranho criou um alto nível de atividade rítmica sincronizada no cérebro, fator que parece facilitar a formação de memória social. Uma vez que os ratos estavam familiarizados uns com os outros, a excitação diminuía, e as áreas distintas do cérebro passavam a trabalhar de forma menos coordenada.
        Os cientistas também procuraram investigar se outras emoções em particular geravam essa sincronização de atividades cerebrais, mas isso não aconteceu. Emoções negativas como medo e mesmo emoções positivas, mas relacionadas a um ser inanimado, não provocam as mesmas reações. Os especialistas sugerem que o experimento seja repetido em humanos para que se confirme ser essa atividade sincronizada no cérebro o fator que nos faz lembrar mais fortemente dos primeiros momentos que tivemos com alguém.
(Psique, Ciência e Vida. Número 117-Ano IX. Em: 2020.)
“[...] e as áreas distintas do cérebro passavam a trabalhar de forma menos coordenada.” (2º§) A palavra “cérebro” transcrita do texto é acentuada pelo mesmo motivo que a seguinte expressão:
Alternativas
Q3099667 Português
Primeira impressão

Emoção e memória coordenadas influenciam encontro social.

        A primeira impressão é a que fica, já diz o jargão popular sobre o primeiro encontro entre duas pessoas desconhecidas. Buscar as razões pelas quais isso acontece foi o objetivo de cientistas da Universidade de Haifa, em Israel, a partir de um experimento com ratos de laboratório. Entre os achados, verificou-se que emoção social e memória social estão intimamente ligadas nesse processo, e trabalham de forma coordenada.
        Testando os ratos, os pesquisadores verificaram que a emoção do encontro social com um rato estranho criou um alto nível de atividade rítmica sincronizada no cérebro, fator que parece facilitar a formação de memória social. Uma vez que os ratos estavam familiarizados uns com os outros, a excitação diminuía, e as áreas distintas do cérebro passavam a trabalhar de forma menos coordenada.
        Os cientistas também procuraram investigar se outras emoções em particular geravam essa sincronização de atividades cerebrais, mas isso não aconteceu. Emoções negativas como medo e mesmo emoções positivas, mas relacionadas a um ser inanimado, não provocam as mesmas reações. Os especialistas sugerem que o experimento seja repetido em humanos para que se confirme ser essa atividade sincronizada no cérebro o fator que nos faz lembrar mais fortemente dos primeiros momentos que tivemos com alguém.
(Psique, Ciência e Vida. Número 117-Ano IX. Em: 2020.)
No subtítulo “Emoção e memória coordenadas influenciam encontro social.”, é possível notar a ocorrência de: 
Alternativas
Q3099666 Português
Primeira impressão

Emoção e memória coordenadas influenciam encontro social.

        A primeira impressão é a que fica, já diz o jargão popular sobre o primeiro encontro entre duas pessoas desconhecidas. Buscar as razões pelas quais isso acontece foi o objetivo de cientistas da Universidade de Haifa, em Israel, a partir de um experimento com ratos de laboratório. Entre os achados, verificou-se que emoção social e memória social estão intimamente ligadas nesse processo, e trabalham de forma coordenada.
        Testando os ratos, os pesquisadores verificaram que a emoção do encontro social com um rato estranho criou um alto nível de atividade rítmica sincronizada no cérebro, fator que parece facilitar a formação de memória social. Uma vez que os ratos estavam familiarizados uns com os outros, a excitação diminuía, e as áreas distintas do cérebro passavam a trabalhar de forma menos coordenada.
        Os cientistas também procuraram investigar se outras emoções em particular geravam essa sincronização de atividades cerebrais, mas isso não aconteceu. Emoções negativas como medo e mesmo emoções positivas, mas relacionadas a um ser inanimado, não provocam as mesmas reações. Os especialistas sugerem que o experimento seja repetido em humanos para que se confirme ser essa atividade sincronizada no cérebro o fator que nos faz lembrar mais fortemente dos primeiros momentos que tivemos com alguém.
(Psique, Ciência e Vida. Número 117-Ano IX. Em: 2020.)
Na língua portuguesa, o gênero de um substantivo pode ser masculino ou feminino. Dessa forma, são expressões transcritas do texto que se encontram no feminino, EXCETO: 
Alternativas
Q3099665 Português
Primeira impressão

Emoção e memória coordenadas influenciam encontro social.

        A primeira impressão é a que fica, já diz o jargão popular sobre o primeiro encontro entre duas pessoas desconhecidas. Buscar as razões pelas quais isso acontece foi o objetivo de cientistas da Universidade de Haifa, em Israel, a partir de um experimento com ratos de laboratório. Entre os achados, verificou-se que emoção social e memória social estão intimamente ligadas nesse processo, e trabalham de forma coordenada.
        Testando os ratos, os pesquisadores verificaram que a emoção do encontro social com um rato estranho criou um alto nível de atividade rítmica sincronizada no cérebro, fator que parece facilitar a formação de memória social. Uma vez que os ratos estavam familiarizados uns com os outros, a excitação diminuía, e as áreas distintas do cérebro passavam a trabalhar de forma menos coordenada.
        Os cientistas também procuraram investigar se outras emoções em particular geravam essa sincronização de atividades cerebrais, mas isso não aconteceu. Emoções negativas como medo e mesmo emoções positivas, mas relacionadas a um ser inanimado, não provocam as mesmas reações. Os especialistas sugerem que o experimento seja repetido em humanos para que se confirme ser essa atividade sincronizada no cérebro o fator que nos faz lembrar mais fortemente dos primeiros momentos que tivemos com alguém.
(Psique, Ciência e Vida. Número 117-Ano IX. Em: 2020.)
No trecho “Os especialistas sugerem que o experimento seja repetido em humanos para que se confirme ser essa atividade sincronizada no cérebro o fator que nos faz lembrar mais fortemente dos primeiros momentos que tivemos com alguém.” (3º§), o ponto final foi empregado para:
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Q3099664 Português
Primeira impressão

Emoção e memória coordenadas influenciam encontro social.

        A primeira impressão é a que fica, já diz o jargão popular sobre o primeiro encontro entre duas pessoas desconhecidas. Buscar as razões pelas quais isso acontece foi o objetivo de cientistas da Universidade de Haifa, em Israel, a partir de um experimento com ratos de laboratório. Entre os achados, verificou-se que emoção social e memória social estão intimamente ligadas nesse processo, e trabalham de forma coordenada.
        Testando os ratos, os pesquisadores verificaram que a emoção do encontro social com um rato estranho criou um alto nível de atividade rítmica sincronizada no cérebro, fator que parece facilitar a formação de memória social. Uma vez que os ratos estavam familiarizados uns com os outros, a excitação diminuía, e as áreas distintas do cérebro passavam a trabalhar de forma menos coordenada.
        Os cientistas também procuraram investigar se outras emoções em particular geravam essa sincronização de atividades cerebrais, mas isso não aconteceu. Emoções negativas como medo e mesmo emoções positivas, mas relacionadas a um ser inanimado, não provocam as mesmas reações. Os especialistas sugerem que o experimento seja repetido em humanos para que se confirme ser essa atividade sincronizada no cérebro o fator que nos faz lembrar mais fortemente dos primeiros momentos que tivemos com alguém.
(Psique, Ciência e Vida. Número 117-Ano IX. Em: 2020.)
Em “Os cientistas também procuraram investigar se outras emoções em particular geravam essa sincronização de atividades cerebrais, mas isso não aconteceu.” (3º§), a expressão destacada pode ser substituída, sem alteração de sentido, por: 
Alternativas
Q3099663 Português
Primeira impressão

Emoção e memória coordenadas influenciam encontro social.

        A primeira impressão é a que fica, já diz o jargão popular sobre o primeiro encontro entre duas pessoas desconhecidas. Buscar as razões pelas quais isso acontece foi o objetivo de cientistas da Universidade de Haifa, em Israel, a partir de um experimento com ratos de laboratório. Entre os achados, verificou-se que emoção social e memória social estão intimamente ligadas nesse processo, e trabalham de forma coordenada.
        Testando os ratos, os pesquisadores verificaram que a emoção do encontro social com um rato estranho criou um alto nível de atividade rítmica sincronizada no cérebro, fator que parece facilitar a formação de memória social. Uma vez que os ratos estavam familiarizados uns com os outros, a excitação diminuía, e as áreas distintas do cérebro passavam a trabalhar de forma menos coordenada.
        Os cientistas também procuraram investigar se outras emoções em particular geravam essa sincronização de atividades cerebrais, mas isso não aconteceu. Emoções negativas como medo e mesmo emoções positivas, mas relacionadas a um ser inanimado, não provocam as mesmas reações. Os especialistas sugerem que o experimento seja repetido em humanos para que se confirme ser essa atividade sincronizada no cérebro o fator que nos faz lembrar mais fortemente dos primeiros momentos que tivemos com alguém.
(Psique, Ciência e Vida. Número 117-Ano IX. Em: 2020.)
Segundo informações linguísticas do texto, assinale a afirmativa INCORRETA.
Alternativas
Q3099662 Português
Primeira impressão

Emoção e memória coordenadas influenciam encontro social.

        A primeira impressão é a que fica, já diz o jargão popular sobre o primeiro encontro entre duas pessoas desconhecidas. Buscar as razões pelas quais isso acontece foi o objetivo de cientistas da Universidade de Haifa, em Israel, a partir de um experimento com ratos de laboratório. Entre os achados, verificou-se que emoção social e memória social estão intimamente ligadas nesse processo, e trabalham de forma coordenada.
        Testando os ratos, os pesquisadores verificaram que a emoção do encontro social com um rato estranho criou um alto nível de atividade rítmica sincronizada no cérebro, fator que parece facilitar a formação de memória social. Uma vez que os ratos estavam familiarizados uns com os outros, a excitação diminuía, e as áreas distintas do cérebro passavam a trabalhar de forma menos coordenada.
        Os cientistas também procuraram investigar se outras emoções em particular geravam essa sincronização de atividades cerebrais, mas isso não aconteceu. Emoções negativas como medo e mesmo emoções positivas, mas relacionadas a um ser inanimado, não provocam as mesmas reações. Os especialistas sugerem que o experimento seja repetido em humanos para que se confirme ser essa atividade sincronizada no cérebro o fator que nos faz lembrar mais fortemente dos primeiros momentos que tivemos com alguém.
(Psique, Ciência e Vida. Número 117-Ano IX. Em: 2020.)
Através do trecho: “Buscar as razões pelas quais isso acontece foi o objetivo de cientistas da Universidade de Haifa, em Israel, a partir de um experimento com ratos de laboratório.” (1º§), o autor tem como propósito:
Alternativas
Q3099661 Português
Primeira impressão

Emoção e memória coordenadas influenciam encontro social.

        A primeira impressão é a que fica, já diz o jargão popular sobre o primeiro encontro entre duas pessoas desconhecidas. Buscar as razões pelas quais isso acontece foi o objetivo de cientistas da Universidade de Haifa, em Israel, a partir de um experimento com ratos de laboratório. Entre os achados, verificou-se que emoção social e memória social estão intimamente ligadas nesse processo, e trabalham de forma coordenada.
        Testando os ratos, os pesquisadores verificaram que a emoção do encontro social com um rato estranho criou um alto nível de atividade rítmica sincronizada no cérebro, fator que parece facilitar a formação de memória social. Uma vez que os ratos estavam familiarizados uns com os outros, a excitação diminuía, e as áreas distintas do cérebro passavam a trabalhar de forma menos coordenada.
        Os cientistas também procuraram investigar se outras emoções em particular geravam essa sincronização de atividades cerebrais, mas isso não aconteceu. Emoções negativas como medo e mesmo emoções positivas, mas relacionadas a um ser inanimado, não provocam as mesmas reações. Os especialistas sugerem que o experimento seja repetido em humanos para que se confirme ser essa atividade sincronizada no cérebro o fator que nos faz lembrar mais fortemente dos primeiros momentos que tivemos com alguém.
(Psique, Ciência e Vida. Número 117-Ano IX. Em: 2020.)
Assinale, a seguir, o conteúdo que identifica o tema tratado no texto. 
Alternativas
Q3099610 Português


(Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/tulio-milman/noticia/2024/10/conexaocm2md3q1y008y012dwg0qnzn7.html – texto adaptado especialmente para esta prova).

Assinale a alternativa na qual a palavra sublinhada NÃO seja um pronome.
Alternativas
Q3099609 Português


(Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/tulio-milman/noticia/2024/10/conexaocm2md3q1y008y012dwg0qnzn7.html – texto adaptado especialmente para esta prova).

Assinale a alternativa na qual a forma verbal sublinhada esteja conjugada no futuro do pretérito do indicativo.
Alternativas
Q3099605 Português


(Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/tulio-milman/noticia/2024/10/conexaocm2md3q1y008y012dwg0qnzn7.html – texto adaptado especialmente para esta prova).

Assinale a alternativa que apresenta a palavra que poderia substituir corretamente o vocábulo “provocações” (l. 08) sem causar alterações significativas ao trecho em que ocorre. Desconsidere eventuais alterações no gênero das palavras.
Alternativas
Q3099604 Português


(Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/tulio-milman/noticia/2024/10/conexaocm2md3q1y008y012dwg0qnzn7.html – texto adaptado especialmente para esta prova).

Leia a charge a seguir e as assertivas a respeito de sua relação com o texto-base desta prova.


Imagem associada para resolução da questão


 Fonte: https://d.gazetadealagoas.com.br/charges/732244/charge-de-adnael-silva---20-e-21012024



I. Tanto o texto quanto a charge têm como tema a Inteligência Artificial.


MAS


II. A preocupação expressa na charge não é abordada pelo texto.


A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Q3099530 Português

(Disponível em: https://app.estuda.com/. Acesso em: novembro de 2024.) 

As palavras a seguir foram acentuadas pelo mesmo motivo que “agrotóxico” (terceiro quadrinho), EXCETO:
Alternativas
Q3099529 Português

(Disponível em: https://app.estuda.com/. Acesso em: novembro de 2024.) 

A palavra “desfalecida”, presente no segundo quadrinho da tirinha, pode ser alterada, sem prejudicar o sentido da frase, por
Alternativas
Q3099528 Português

(Disponível em: https://app.estuda.com/. Acesso em: novembro de 2024.) 

No primeiro quadrinho há o emprego da crase em “A bruxa, disfarçada de velhinha, ofereceu uma maçã à pobrezinha...”. Assinale a alternativa INCORRETA quanto ao uso dessa pontuação. 
Alternativas
Q3099527 Português

(Disponível em: https://app.estuda.com/. Acesso em: novembro de 2024.) 

Ao ler a tirinha de Armandinho, é possível afirmar que: 
Alternativas
Q3099526 Português
Feliz por nada

        Geralmente, quando uma pessoa exclama Estou tão feliz!, é porque engatou um novo amor, conseguiu uma promoção, ganhou uma bolsa de estudos, perdeu os quilos que precisava ou algo do tipo. Há sempre um porquê. Eu costumo torcer para que essa felicidade dure um bom tempo, mas sei que as novidades envelhecem e que não é seguro se sentir feliz apenas por atingimento de metas. Muito melhor é ser feliz por nada.
        Digamos: feliz porque maio recém começou e temos longos oito meses para fazer de 2010 um ano memorável. Feliz por estar com as dívidas pagas. Feliz porque alguém o elogiou.
        Feliz porque existe uma perspectiva de viagem daqui a alguns meses. Feliz porque você não magoou ninguém hoje. Feliz porque daqui a pouco será hora de dormir e não há lugar no mundo mais acolhedor do que sua cama.
         Esquece. Mesmo sendo motivos prosaicos, isso ainda é ser feliz por muito.
         Feliz por nada, nada mesmo?
       Talvez passe pela total despreocupação com essa busca. Essa tal de felicidade inferniza.
        “Faça isso, faça aquilo”. A troco? Quem garante que todos chegam lá pelo mesmo caminho?
      Particularmente, gosto de quem tem compromisso com a alegria, que procura relativizar as chatices diárias e se concentrar no que importa pra valer, e assim alivia o seu cotidiano e não atormenta o dos outros. Mas não estando alegre, é possível ser feliz também. Não estando “realizado”, também. Estando triste, felicíssimo igual. Porque felicidade é calma.
     Consciência. É ter talento para aturar o inevitável, é tirar algum proveito do imprevisto, é ficar debochadamente assombrado consigo próprio: como é que eu me meti nessa, como é que foi acontecer comigo? Pois é, são os efeitos colaterais de se estar vivo.
        Benditos os que conseguem se deixar em paz. Os que não se cobram por não terem cumprido suas resoluções, que não se culpam por terem falhado, não se torturam por terem sido contraditórios, não se punem por não terem sido perfeitos. Apenas fazem o melhor que podem.
        Se é para ser mestre em alguma coisa, então que sejamos mestres em nos libertar da patrulha do pensamento. De querer se adequar à sociedade e ao mesmo tempo ser livre.
        Adequação e liberdade simultaneamente? É uma senhora ambição. Demanda a energia de uma usina. Para que se consumir tanto?
        A vida não é um questionário de Proust. Você não precisa ter que responder ao mundo quais são suas qualidades, sua cor preferida, seu prato favorito, que bicho seria. Que mania de se autoconhecer. Chega de se autoconhecer. Você é o que é, um imperfeito bem-intencionado e que muda de opinião sem a menor culpa.
        Ser feliz por nada talvez seja isso.
(MEDEIROS, Martha. Feliz por nada, 2011. Ediora L&PM., 216 p.)
No trecho “Feliz porque daqui a pouco será hora de dormir e não há lugar no mundo mais acolhedor do que sua cama.” (3º§), o termo sublinhado é empregado para:
Alternativas
Q3099525 Português
Feliz por nada

        Geralmente, quando uma pessoa exclama Estou tão feliz!, é porque engatou um novo amor, conseguiu uma promoção, ganhou uma bolsa de estudos, perdeu os quilos que precisava ou algo do tipo. Há sempre um porquê. Eu costumo torcer para que essa felicidade dure um bom tempo, mas sei que as novidades envelhecem e que não é seguro se sentir feliz apenas por atingimento de metas. Muito melhor é ser feliz por nada.
        Digamos: feliz porque maio recém começou e temos longos oito meses para fazer de 2010 um ano memorável. Feliz por estar com as dívidas pagas. Feliz porque alguém o elogiou.
        Feliz porque existe uma perspectiva de viagem daqui a alguns meses. Feliz porque você não magoou ninguém hoje. Feliz porque daqui a pouco será hora de dormir e não há lugar no mundo mais acolhedor do que sua cama.
         Esquece. Mesmo sendo motivos prosaicos, isso ainda é ser feliz por muito.
         Feliz por nada, nada mesmo?
       Talvez passe pela total despreocupação com essa busca. Essa tal de felicidade inferniza.
        “Faça isso, faça aquilo”. A troco? Quem garante que todos chegam lá pelo mesmo caminho?
      Particularmente, gosto de quem tem compromisso com a alegria, que procura relativizar as chatices diárias e se concentrar no que importa pra valer, e assim alivia o seu cotidiano e não atormenta o dos outros. Mas não estando alegre, é possível ser feliz também. Não estando “realizado”, também. Estando triste, felicíssimo igual. Porque felicidade é calma.
     Consciência. É ter talento para aturar o inevitável, é tirar algum proveito do imprevisto, é ficar debochadamente assombrado consigo próprio: como é que eu me meti nessa, como é que foi acontecer comigo? Pois é, são os efeitos colaterais de se estar vivo.
        Benditos os que conseguem se deixar em paz. Os que não se cobram por não terem cumprido suas resoluções, que não se culpam por terem falhado, não se torturam por terem sido contraditórios, não se punem por não terem sido perfeitos. Apenas fazem o melhor que podem.
        Se é para ser mestre em alguma coisa, então que sejamos mestres em nos libertar da patrulha do pensamento. De querer se adequar à sociedade e ao mesmo tempo ser livre.
        Adequação e liberdade simultaneamente? É uma senhora ambição. Demanda a energia de uma usina. Para que se consumir tanto?
        A vida não é um questionário de Proust. Você não precisa ter que responder ao mundo quais são suas qualidades, sua cor preferida, seu prato favorito, que bicho seria. Que mania de se autoconhecer. Chega de se autoconhecer. Você é o que é, um imperfeito bem-intencionado e que muda de opinião sem a menor culpa.
        Ser feliz por nada talvez seja isso.
(MEDEIROS, Martha. Feliz por nada, 2011. Ediora L&PM., 216 p.)
No trecho “[...] é porque engatou um novo amor, conseguiu uma promoção, ganhou uma bolsa de estudos, perdeu os quilos que precisava ou algo do tipo.” (1º§), é possível afirmar que as palavras em destaque exprimem ideias de: 
Alternativas
Q3099524 Português
Feliz por nada

        Geralmente, quando uma pessoa exclama Estou tão feliz!, é porque engatou um novo amor, conseguiu uma promoção, ganhou uma bolsa de estudos, perdeu os quilos que precisava ou algo do tipo. Há sempre um porquê. Eu costumo torcer para que essa felicidade dure um bom tempo, mas sei que as novidades envelhecem e que não é seguro se sentir feliz apenas por atingimento de metas. Muito melhor é ser feliz por nada.
        Digamos: feliz porque maio recém começou e temos longos oito meses para fazer de 2010 um ano memorável. Feliz por estar com as dívidas pagas. Feliz porque alguém o elogiou.
        Feliz porque existe uma perspectiva de viagem daqui a alguns meses. Feliz porque você não magoou ninguém hoje. Feliz porque daqui a pouco será hora de dormir e não há lugar no mundo mais acolhedor do que sua cama.
         Esquece. Mesmo sendo motivos prosaicos, isso ainda é ser feliz por muito.
         Feliz por nada, nada mesmo?
       Talvez passe pela total despreocupação com essa busca. Essa tal de felicidade inferniza.
        “Faça isso, faça aquilo”. A troco? Quem garante que todos chegam lá pelo mesmo caminho?
      Particularmente, gosto de quem tem compromisso com a alegria, que procura relativizar as chatices diárias e se concentrar no que importa pra valer, e assim alivia o seu cotidiano e não atormenta o dos outros. Mas não estando alegre, é possível ser feliz também. Não estando “realizado”, também. Estando triste, felicíssimo igual. Porque felicidade é calma.
     Consciência. É ter talento para aturar o inevitável, é tirar algum proveito do imprevisto, é ficar debochadamente assombrado consigo próprio: como é que eu me meti nessa, como é que foi acontecer comigo? Pois é, são os efeitos colaterais de se estar vivo.
        Benditos os que conseguem se deixar em paz. Os que não se cobram por não terem cumprido suas resoluções, que não se culpam por terem falhado, não se torturam por terem sido contraditórios, não se punem por não terem sido perfeitos. Apenas fazem o melhor que podem.
        Se é para ser mestre em alguma coisa, então que sejamos mestres em nos libertar da patrulha do pensamento. De querer se adequar à sociedade e ao mesmo tempo ser livre.
        Adequação e liberdade simultaneamente? É uma senhora ambição. Demanda a energia de uma usina. Para que se consumir tanto?
        A vida não é um questionário de Proust. Você não precisa ter que responder ao mundo quais são suas qualidades, sua cor preferida, seu prato favorito, que bicho seria. Que mania de se autoconhecer. Chega de se autoconhecer. Você é o que é, um imperfeito bem-intencionado e que muda de opinião sem a menor culpa.
        Ser feliz por nada talvez seja isso.
(MEDEIROS, Martha. Feliz por nada, 2011. Ediora L&PM., 216 p.)
Em “Mas não estando alegre, é possível ser feliz também. Não estando ‘realizado’, também. Estando triste, felicíssimo igual. Porque felicidade é calma.” (8º§) há a presença do vocábulo “felicíssimo”. Independente do contexto, é possível afirmar que esse termo exprime a ideia de:
Alternativas
Q3099523 Português
Feliz por nada

        Geralmente, quando uma pessoa exclama Estou tão feliz!, é porque engatou um novo amor, conseguiu uma promoção, ganhou uma bolsa de estudos, perdeu os quilos que precisava ou algo do tipo. Há sempre um porquê. Eu costumo torcer para que essa felicidade dure um bom tempo, mas sei que as novidades envelhecem e que não é seguro se sentir feliz apenas por atingimento de metas. Muito melhor é ser feliz por nada.
        Digamos: feliz porque maio recém começou e temos longos oito meses para fazer de 2010 um ano memorável. Feliz por estar com as dívidas pagas. Feliz porque alguém o elogiou.
        Feliz porque existe uma perspectiva de viagem daqui a alguns meses. Feliz porque você não magoou ninguém hoje. Feliz porque daqui a pouco será hora de dormir e não há lugar no mundo mais acolhedor do que sua cama.
         Esquece. Mesmo sendo motivos prosaicos, isso ainda é ser feliz por muito.
         Feliz por nada, nada mesmo?
       Talvez passe pela total despreocupação com essa busca. Essa tal de felicidade inferniza.
        “Faça isso, faça aquilo”. A troco? Quem garante que todos chegam lá pelo mesmo caminho?
      Particularmente, gosto de quem tem compromisso com a alegria, que procura relativizar as chatices diárias e se concentrar no que importa pra valer, e assim alivia o seu cotidiano e não atormenta o dos outros. Mas não estando alegre, é possível ser feliz também. Não estando “realizado”, também. Estando triste, felicíssimo igual. Porque felicidade é calma.
     Consciência. É ter talento para aturar o inevitável, é tirar algum proveito do imprevisto, é ficar debochadamente assombrado consigo próprio: como é que eu me meti nessa, como é que foi acontecer comigo? Pois é, são os efeitos colaterais de se estar vivo.
        Benditos os que conseguem se deixar em paz. Os que não se cobram por não terem cumprido suas resoluções, que não se culpam por terem falhado, não se torturam por terem sido contraditórios, não se punem por não terem sido perfeitos. Apenas fazem o melhor que podem.
        Se é para ser mestre em alguma coisa, então que sejamos mestres em nos libertar da patrulha do pensamento. De querer se adequar à sociedade e ao mesmo tempo ser livre.
        Adequação e liberdade simultaneamente? É uma senhora ambição. Demanda a energia de uma usina. Para que se consumir tanto?
        A vida não é um questionário de Proust. Você não precisa ter que responder ao mundo quais são suas qualidades, sua cor preferida, seu prato favorito, que bicho seria. Que mania de se autoconhecer. Chega de se autoconhecer. Você é o que é, um imperfeito bem-intencionado e que muda de opinião sem a menor culpa.
        Ser feliz por nada talvez seja isso.
(MEDEIROS, Martha. Feliz por nada, 2011. Ediora L&PM., 216 p.)
A palavra “bem-intencionado” (13º§) é grafada com hífen, assim como: 
Alternativas
Respostas
1821: A
1822: C
1823: A
1824: D
1825: C
1826: A
1827: B
1828: D
1829: A
1830: B
1831: B
1832: A
1833: A
1834: D
1835: A
1836: B
1837: A
1838: C
1839: D
1840: B