Marta testemunhou a morte de um homem baleado por um assaltante à porta do banco em que possui conta bancária. Passou a
ter lembranças angustiantes e recorrentes do episódio, sem que pudesse controlá-las, embora tentasse evitá-las; demorava a
dormir e quando já dormia, acordava lembrando-se de sonhos relacionados ao assassinato presenciado; adiava sua ida ao banco,
mesmo quando muito precisava, pois a cena lhe vinha à mente, na entrada do estabelecimento, o que lhe causava mal-estar
e seu corpo paralisava como se estivesse na eminência do episódio vivido; não conseguia mais ficar feliz, mesmo quando algo
favorável ocorria; seus familiares preocupavam-se com ela dizendo que estava muito lenta, percebiam-na irritadiça e passou a
ter surtos de raiva, o que não era seu costume; passou a se sobressaltar com pequenos fatos e a manter-se hipervigilante;
começou a ter dificuldade de concentrar-se em leituras, atividade anterior constante. Transtornada com os sintomas que
desenvolveu, procurou ajuda profissional em uma clínica de Psiquiatria e Psicologia. Para determinar um diagnóstico, a equipe
consultou o Manual de Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais – DSM 5 e considerou uma diferença entre o
transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e o transtorno de estresse agudo é que no TEPT a perturbação