Questões de Concurso Sobre veterinária

O ciclo de vida se desenvolve em um único hospedeiro (monoxeno), com uma etapa que ocorre dentro das células intestinais, chamada de esporogonia e uma segunda etapa que ocorre no meio ambiente, composta por uma fase assexuada (merogonia ou esquizogonia) e outra fase sexuada (gametogonia).

A ave ingere os oocistos esporulados presentes na cama ou ambiente de criação. O oocisto esporulado possui quatro esporozoítos, cada um com dois esporocistos, que são rompidos pela ação mecânica e química do trato gastrointestinal, liberando os esporocistos que penetrarão nas células caliciformes.

Dependendo da espécie de Eimeria, ocorrem de três a quatro merogonias, com ruptura das estruturas parasitárias e reinfecção das células adjacentes, resultando em grande dano ao epitélio.

A avaliação histopatológica é muito utilizada para fins de diagnóstico a campo, devido a precisão das alterações causadas pela coccidiose, como a visualização das estruturas parasitárias em diferentes estágios do ciclo, sendo um exame muito importante para o entendimento da real condição da infecção.

A infecção se dá pela inalação dos microconídios do H. capsulatum dispersos no ar, após a secagem dos excrementos. Os microrganismos atingem o trato respiratório inferior, podendo ficar restritos à árvore pulmonar ou ganhar a circulação sanguínea ou linfática.

A Histoplasmose é considerada a primeira causa mais comum de afecção micótica sistêmica em gatos, acometendo, em sua maioria, animais de idade superior a 4 anos, machos e em raças de pelagem curta.

Pesquisadores relatam uma relação entre a infecção pelo vírus da Imunodeficiência Felina (FIV) e da Leucemia Felina (FeLV) com o aumento da ocorrência da Histoplasmose e, nos casos de coinfecção, uma piora na taxa de sobrevida dos animais.

O diagnóstico pode ser facilitado por meio de exames diretos, como cultura fúngica, porém a citologia e histopatologia são consideradas mais efetivas, com a observação das estruturas do H. capsulatum em tecido acometido.

Os primeiros casos da doença no Continente Americano foram diagnosticados em 1983, em um surto na região do Washington nos Estados Unidos. Muitos casos fatais ocorreram em uma população indígena, o que levantou a suspeita de uma nova doença.

No continente americano os principais reservatórios são os roedores silvestres da ordem Rodentia, família Muridae e subfamílias Murinae e Arvicolinae, particularmente aos gêneros Apodemus e Clethrionomys. Já nos continentes asiático e europeu, os principais roedores envolvidos pertencem à subfamília Sigmodontinae,

Os roedores eliminam o vírus na urina, nas fezes e na saliva e a transmissão ocorre por inalação de aerossóis contendo partículas virais, formados por ressecamento dessas secreções.

Reação em cadeia da polimerase–transcriptase reversa (RT-PCR) tem sido bastante usada para o diagnóstico de hantavirose, visto que a detecção molecular do agente apresentou alta acurácia de nucleotídeos, diferindo com precisão de outros agentes associados com diversos reservatórios.

A penetração celular do vírus se dá por endocitose, e a penetração no genoma se dá por uma vesícula endocítica basificada. O vírus interage com as selectinas da membrana celular por meio de sua proteína VP2, ligando-se às sequencias RGC (alanina, glicina, cisteína).

Ao completar seu ciclo replicativo, o vírus que possui ciclo lítico leva à lise da membrana celular para que seja liberado e possa infectar novas células. Com isso, o acúmulo hídrico intracelular passa para o espaço transcelular, levando ao edema intersticial.

Em suínos a doença se manifesta de forma mais branda enquanto ovinos e caprinos apresentam lesões severas no focinho e em torno da banda coronária das patas, que podem se desprender e impedir a locomoção. Nessas espécies, a claudicação é o sinal predominante.

Nem todos os animais acometidos devem ser sacrificados, visto que há possibilidade de tratamento utilizando antivirais, imunoestimulantes e medidas de profilaxia no rebanho.

A febre aftosa (FMD) é a enfermidade animal com pouca repercussão em nível mundial, devido a sua baixa infecciosidade e contagiosidade entre animais, sendo uma doença caracterizada por baixa morbidade e mortalidade em animais.

Esta enfermidade ocorre geralmente quando o vírus é eliminado para o meio ambiente por meio de secreções nasais contaminando o meio ambiente. Outras secreções e excreções dos bovinos não costumam apresentar carga viral que contamine o meio ambiente.

Humanos apresentam importante papel na difusão do vírus, pois ao saírem de uma propriedade afetada, não devem visitar nenhum lugar onde existam animais susceptíveis, por um período de 72 horas.

A principal via de infecção da febre aftosa é a aerógena, por meio de aerossóis, além do contato direto através de mucosas, abrasões na pele e por via alimentícia. O período de incubação desde a infecção até a manifestação da doença é de 15 a 20 dias, podendo chegar a 30 dias em casos extremos.