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Sobre geologia
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Na classificação de uma bacia sedimentar, deve-se considerar que ela passou por um processo evolutivo- dinâmico, vivenciando diferentes estágios tectono- sedimentares que lhe imprimia, em cada um desses estágios, um tipo de bacia.
Os perfis do poço apresentado na figura abaixo sugerem que o reservatório 1 possui água salgada; o reservatório 2 possui hidrocarboneto; o reservatório 3 é o de melhor qualidade, mas possui água salgada; e o reservatório 4, embora não seja o melhor, possui hidrocarboneto no topo e passa para a zona de transição quando se desce no poço.
Mapas de contorno estrutural, feitos a partir do tempo obtido nas seções sísmicas, são igualmente usados no mapeamento de estruturas para definição de locações.
Os mapas de espessura das camadas com petróleo são chamados de mapas de net-pay e são necessários para serem integrados aos de porosidades e de saturação no cálculo de reserva.
Os perfis sônicos corridos nos poços são mais úteis quando associados aos de densidade e neutrão para determinar porosidades, mas são usados também para posicionar camadas ou marcos nas seções sísmicas.
Os mapas mais importantes para cubar uma jazida de hidrocarbonetos são os de contorno estrutural do topo dos reservatórios, pois eles informam a exata posição das camadas.
Datum e marco estratigráfico possuem o mesmo significado e são úteis na confecção de seções geológicas horizontais.
Os perfis de resistividades corridos nos poços abertos são excelentes para a obtenção dos dados de saturação de água, que entram na equação para calcular o volume de óleo ou gás in place.
Na correlação de perfil de raios gama entre três poços que possuem curvas/ciclos com baixo raio gama, denotando um arenito limpo, com mesma espessura e mesmo padrão, esses raios podem ser correlacionados lateralmente, pelo fato de serem da mesma camada.
Os perfis de ressonância magnética usam o tempo de relaxação dos spins após a passagem do magneto. Esse tempo é proporcional ao tamanho dos poros do reservatório.
A produção nacional de hidrocarbonetos provém de reservatórios das sequências rifte e marinho franco nas bacias da margem continental, incluindo-se o rifte do Recôncavo e, na produção total, a bacia intracratônica do Solimões.
A sequência carbonática, albiana e marinha das bacias marginais brasileiras sobrepõe evaporitos, utilizando-se de uma morfologia de plataforma como a atual.
A bacia do São Francisco tem sido alvo exploratório de gás e, embora tenha sido fortemente afetada pelos eventos compressivos do período Brasiliano, durante sua evolução tectono-sedimentar, passou por estágios rifte, antepaís e sinéclise, do paleoproterozoico ao permocarbonífero, em cinturões de dobramentos, tais como o Araçuaí.
Muitas feições compressivas em bacias marginais podem ser atribuídas a grandes escorregamentos de sedimentos do talude, já no período Cretáceo Superior e(ou) Terciário, e não relacionadas diretamente a esforços tectônicos.
Na figura abaixo, os números de 1 a 6 identificam, respectivamente, a bacia do Solimões, a bacia do Amazonas, a bacia do Parnaíba, a bacia do Ceará, a bacia do Recôncavo e a bacia de Santos.
As principais bacias sedimentares brasileiras responsáveis pelas atuais reservas de hidrocarbonetos, em torno de 14 bilhões de barris, são: Campos, Espírito Santo, Potiguar, Solimões, Recôncavo e, atualmente, Santos, que inicia a sua produção no pré-sal. As idades desses reservatórios variam do período Paleozoico ao Terciário.
A Formação Sergi, na bacia do Recôncavo (Bahia), é uma unidade litoestratigráfica, sendo, portanto, geocronologicamente da idade Dom João, do Período Jurássico, e geocronometricamente está entre 145 e 150 Ma.
Turbiditos, vales encaixados ou incisos na plataforma e onlap marinho são típicos de tratos de sistemas transgressivos.
O método de estudo do preenchimento das bacias sedimentares, conhecido como estratigrafia de sequências, é eficaz em sequências deposicionais de ambientes transicionais que estejam orientadas de acordo com o mergulho, funcionando eficazmente também no strike deposicional.
As unidades litodêmicas, tais como diques e soleiras de diabásio, auxiliaram na geração de hidrocarbonetos da bacia do Solimões.