O texto seguinte servirá de base para responder a questão.
No Brasil, segundo pesquisa realizada pela Associação
Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos
Especiais (ABRELPE), em 2009, foram gerados cerca de 215 milhões de toneladas de resíduos sólidos (superior a
1 tonelada por habitante). Destes, 66,7 milhões de
toneladas (Mton) são urbanos (RSU), 8 Mton são
provenientes de serviços de saúde (RSS), 90 Mton são
industriais (RSI) e 50,3 Mton são de construção e
demolição (RCD). A mudança nos padrões de consumo
fez com que o lixo produzido pela população brasileira
aumentasse de 0,5 kg/habitante por dia para uma média
de 0,8 a 1,2 kg/hab./dia, em pouco mais de 20 anos.
Além disso, os dados sobre desperdício no Brasil são
assustadores. Jogamos fora anualmente 14 bilhões de
toneladas de alimentos, desperdiçamos 20% da energia
consumida em todo país e quase metade da água que é
distribuída. Verifica-se que a atual geração consumiu
uma quantidade maior de recursos naturais do que todas
as populações desde o aparecimento do homem na
terra.
Sabe-se que a qualidade de vida das pessoas depende
da conservação da natureza. A problemática dos
resíduos sólidos produzidos principalmente no espaço
urbano exige uma mudança urgente da prática e
mentalidade, por parte dos educandos e de todos os
cidadãos. Cuidar bem do lugar onde se vive é
responsabilidade de todos, desta forma estaremos
cuidando de nós mesmos. Quanto mais se consome,
mais lixo se produz. No consumo é importante saber
realizar a escolha consciente de embalagens e para isso
vários fatores devem ser considerados, tanto pela
indústria, quanto pelos usuários: peso da matéria prima
necessária, possibilidade de reciclagem e outros usos e
limitações, como contaminação e degradação em aterros
sanitários. Vive-se a época dos descartáveis, em que as
embalagens ou produtos são utilizados uma única vez e
em seguida descartados. As cidades cresceram, a
população aumentou, os hábitos de consumo mudaram
e os espaços destinados ao lixo já não comportam mais
a demanda, causando assim um grande impacto
ambiental. Na sociedade em que estamos inseridos,
deixar de produzir lixo é impossível, porém ignorar a
seriedade da problemática é inaceitável.
Cleunice Maria Dick Strieder; Barbara Grace Tobaldini. Redução na Produção de
Resíduos: Destino do Lixo Reciclável e do Lixo Orgânico. Governo do Estado do Paraná.
2012.