Questões da Prova FCC - 2010 - DPE-SP - Agente de Defensoria - Arquiteto
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Os instrumentos e respectivos objetivos estão corretamente relacionados em:
Sobre as etapas do processo de projeto e seus respectivos produtos, considere:
I. Desenvolvimento do Produto: Levantamentos de Dados
Informações sobre o terreno, levantamento planialtimétrico, caracterização do solo, dados geoclimáticos, informações sobre o entorno (uso e ocupação do solo), levantamento da legislação.
II. Idealização do produto: Definições preliminares
Definição dos objetivos do edifício, dos prazos e recursos disponíveis, dos parâmetros de projetos, das restrições técnicas, tecnológicas, legais, ambientais e econômicas.
III. Detalhamento: Projeto Legal
É elaborado no caso de contratações para licitação ou concorrência pública. Fornece as soluções intermediárias para atender às necessidades de discussão das interfaces não resolvidas.
IV. Formalização: Anteprojeto
Representação gráfica intermediária da solução adotada com especificações técnicas, incluindo tecnologia construtiva, pré-dimensionamento estrutural e de fundação, concepção de sistemas de instalações prediais e avaliações preliminares da qualidade do projeto e dos custos das obras.
V. Planejamento para a execução: Projeto as-built
Simulação das alternativas técnicas e econômicas propostas, com o intuito de permitir a racionalização da produção ou adequar o projeto à cultura construtiva da construtora, favorecendo a gestão de custos e prazos do projeto.
Está correto o que se afirma APENAS em
Indique o trecho de matéria que tem nexo político e geográfico com a notícia acima.
A maior contribuição do antropólogo Claude Lévi-Strauss
(que, ainda jovem, trabalhou no Brasil, e morreu, centenário, em
2009) é de uma simplicidade fundamental, e se expressa na
convicção de que não pode existir uma civilização absoluta
mundial, porque a própria ideia de civilização implica a coexistência
de culturas marcadas pela diversidade. O melhor da
civilização é, justamente, essa "coalizão" de culturas, cada uma
delas preservando a sua originalidade. Ninguém deu um golpe
mais contundente no racismo do que Lévi-Strauss e poucos
pensadores nos ensinaram, como ele, a ser mais humildes.
Lévi-Strauss, em suas andanças pelo mundo, foi um
pensador aberto para influências de outras disciplinas, como a
linguística. Foi ele também quem abriu as portas da antropologia
para as ciências de ponta, como a cibernética, que era
então como se chamava a informática, conectando-a com novas
disciplinas como a teoria dos sistemas e a teoria da informação.
Isso deu um novo perfil à antropologia, que propiciou uma nova
abertura para as ciências exatas, e reuniu-a com as ciências
humanas.
Em 1952, escreveu o livro Raça e história, a pedido da
Unesco, para combater o racismo. De fato, foi um ataque feroz
ao etnocentrismo, materializado num texto onde se formulavam
de modo claro e inteligível teses que excediam a mera
discussão acadêmica e se apoiavam em fatos. Comenta o
antropólogo brasileiro Viveiros de Castro, do Museu Nacional:
"Ele traz para diante dos olhos ocidentais a questão dos índios
americanos, algo que nunca antes havia sido feito. O
colonialismo não mais podia sair nas ruas como costumava
fazer. Foi um crítico demolidor da arrogância ocidental: os
índios deixaram de ser relíquias do passado, deixaram de ser
alegorias, tornando-se nossos contemporâneos. Isso vale mais
do que qualquer análise."
Reconhecer a existência do outro, a identidade do outro,
a cultura do outro - eis a perspectiva generosa que Lévi-Strauss
abriu e consolidou, para que nos víssemos a todos como
variações de uma mesma humanidade essencial.
(Adaptado de Carlos Haag, Pesquisa Fapesp, dezembro 2009)