Questões da Prova PR-4 UFRJ - 2014 - UFRJ - Bibliotecário - Documentarista
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Enquanto nos TEXTOS I e III, em função de sua natureza poética, os termos Banana e bananeira,
respectivamente, são repetidos, enfatizados; no TEXTO II, por sua característica de prosa, são utilizados vários recursos de coesão para evitar repetições e, assim, fazê-lo progredir, favorecendo o movimento e a compreensão do fuxo das informações escritas.
TEXTO I
Yes, nós temos bananas
Bananas pra dar e vender
Banana menina
Tem vitamina
Banana engorda e faz crescer
Versos de Yes, nós temos banana, marchinha de João de Barro e Alberto Ribeiro, gravada originalmente em 1937 por Almirante.
TEXTO II
1 O pesquisador Athayde Motta, que se dedica há quase vinte anos ao estudo de questões
2 raciais no Brasil, vê problemas na campanha que inundou as redes sociais do país.
3 Ele considera positivo o fato de jogadores de futebol responderem publicamente aos racistas
4 que os atacam em campo. Mas acha que o reforço da associação da figura da pessoa negra
5 com o animal macaco é ruim na luta pela igualdade racial.
6 “O perigo é você, querendo fazer o oposto, reforçar o estereótipo de que negros e macacos
7 são, de alguma maneira, similares”, afirma o pesquisador. “Essa associação não é a melhor.
8 O excesso de humor pode afetar o resultado da campanha, esvaziar a discussão.”; conclui
9 o estudioso.
Adaptado do texto Campanha Somos todos macacos pode reforçar racismo.
TEXTO III
bananeira, não sei
bananeira, sei lá
a bananeira, sei não
a maneira de ver
bananeira, não sei
bananeira, sei lá
a bananeira, sei não
isso é lá com você
será
no fundo do quintal
quintal do seu olhar
olhar do coração
Letra da música Bananeira, de Gilberto Gil e João Donato.
“O morro do Vidigal é um clássico do Rio de Janeiro. A vista dá para Ipanema e a favela é pequena e relativamente segura. Há pousadas com diárias de até 200 reais por dia por pessoa. Nos últimos anos, festas bacanas passaram a atrair um público rico e descolado. Um hotel de luxo está sendo erguido. Aos poucos, casas de um padrão mais alto estão sendo construídas. Artistas plásticos e gringos compraram imóveis ali. Os moradores recebem propostas atraentes e se mudam. Não são propostas milionárias. Apenas o suficiente para se transferirem para um lugar mais longe e um pouco — pouco — melhor. Os novos habitantes, aos poucos, impõem uma nova rotina e uma nova cara.
O que ocorre com o Vidigal é um processo de “gentrificação”, uma palavra horrenda, anglicismo não dicionarizado que deriva de “gentry” (o que é “de origem nobre”). Foi usada pela primeira vez para definir a mudança na paisagem urbana de San Francisco e de Toronto. E será cada vez mais ouvida.”
Fragmento do texto O que é ‘gentrifcação’ e por que ela está gerando tanto barulho no Brasil
http://www.diariodocentrodomundo.com.br
Ao que tudo indica, o novo fenômeno urbano e sua designação, com o vocábulo gentrificação, vieram para fcar. Quanto à classe gramatical da nova palavra, é correto afirmar que se trata de um:
Fonte: contramachismo.wordpress.com
2014, como se pode ver, está sendo um ano pleno de acontecimentos e significados que não apenas nos remetem ao passado histórico como também, por isso mesmo, nos inquietam quanto ao presente e nos inspiram para melhorar o tempo futuro. Um desses eventos foi a celebração, em 25 de abril, dos 40 anos da Revolução dos Cravos, que pôs fim a décadas de ditadura e obscurantismo e restabeleceu as condições para uma vida democrática em Portugal.
O texto abaixo é a letra da primeira versão da música Tanto Mar, que Chico Buarque compôs, em 1974, para homenagear o povo português por sua conquista. Censurada pela ditadura brasileira, esta versão foi editada apenas em Portugal, em 1975. Leia-a, com atenção, e responda à questão.
“TANTO MAR
Sei que estás em festa, pá / Fico contente / E enquanto estou ausente / (1) Guarda um cravo para mim Eu queria estar na festa, pá / Com a tua gente / E (2) colher pessoalmente / Uma for do teu jardim Sei que há léguas a nos separar / Tanto mar, tanto mar / Sei também quanto é / preciso, pá / Navegar, navegar Lá faz primavera, pá / Cá estou doente / (3) Manda urgentemente / Algum cheirinho de alecrim"
Quanto à regência, os verbos numerados e sublinhados no texto são, respectivamente:
“(...) O comandante olhou Fermina Daza e viu em suas pestanas (1) os primeiros lampejos de um orvalho de inverno. Depois olhou Florentino Ariza, seu domínio invencível, seu amor impávido, e se assustou com a suspeita tardia de que é a vida, mais que a morte, a que não tem limites.
– E até quando acredita o senhor que podemos continuar neste ir e vir do caralho? – perguntou.
Florentino Ariza tinha a resposta preparada havia cinquenta e três anos, sete meses e onze dias com as respectivas noites.
– Toda a vida – disse."
A expressão (1), destacada no trecho, mostra uma bela “figura de linguagem" utilizada por García Márquez. Assinale, dentre as alternativas adiante, aquela que a nomeia corretamente.
O texto adiante relaciona trechos de matéria publicada em 14 de abril de 2014 no Portal Brasil, página eletrônica de comunicação do governo federal, e apresenta diversos defeitos e incorreções. Leia-o, atentamente, e responda à questão proposta.
“Nove a cada dez jovens acreditam que é possível mudar o mundo”
“Segundo o Censo 2010, último censo do Instituto Brasileiro de Geografa e Estatística (IBGE), os jovens ocupam, hoje, um quarto da população do País. (...) Um levantamento feito entre abril e maio de 2013, pela Secretaria Nacional da Juventude (SNJ) da Secretaria Geral da Presidência da República, para analisar o perfil dos jovens brasileiros, detalha um pouco mais essa porcentagem. (...).
Entre os assuntos que os jovens consideram mais importantes para serem discutidos pela sociedade estão a desigualdade social e pobreza, para 40%, e drogas e violência, para 38% dos jovens que participaram da pesquisa da Secretaria Nacional da Juventude. Em seguida vêm política (33%), cidadania e direitos humanos (32%), educação e futuro profissional (25%), racismo (25%) e meio-ambiente e desenvolvimento sustentável (24%). E por fim, o que os jovens avaliam como mais positivo no Brasil é, em primeiro lugar, a possibilidade de estudar (63%) e em segundo lugar, a liberdade de expressão. Apenas 4% dos jovens declaram que não há nada de positivo no País.
Podendo aí se subentender uma característica de sonhador e batalhador do jovem brasileiro, (1) o estudo da SNJ mostra também que é muito clara para eles a percepção sobre a capacidade da juventude de mudar o mundo. Cerca de nove em cada dez dos entrevistados responderam que os jovens podem mudar o mundo, sendo que para 7, eles podem mudá-lo e muito.”
Fonte: Portal Brasil, com informações do Instituto Brasileiro de Geografa e Estatística, da Secretaria Nacional da Juventude e do Ministério do Trabalho e Emprego