Questões da Prova IF-TO - 2015 - IF-TO - Enfermeiro - Reaplicação

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Q627155 Português

Medicina policialesca

1.      Passei da idade de me surpreender com a estupidez humana. Ainda assim, fiquei revoltado com a atitude do médico que entregou à polícia a menina que tomou Cytotec para abortar.

5.      Em nome de que princípios um profissional recebe uma menina de 19 anos, fragilizada pelas complicações de um abortamento provocado sem assistência médica, ouve sua história, calça as luvas, toca seu útero e os anexos, adota a conduta que lhe parece mais adequada, sai da sala e chama a polícia para prender em flagrante a paciente que lhe confiou a intimidade?

13.     Existe covardia mais torpe?

          A função primordial da medicina é aliviar o sofrimento humano. Independentemente das contradições jurídicas criadas por uma legislação medieval, machista e desumana como a brasileira, entregar a menina à polícia contribuiu para tornar-lhe o sofrimento mais suportável?

20.     A questão do aborto ilustra como nenhuma outra a hipocrisia moralista imposta às mulheres pobres, pelos que se intitulam defensores da vida e atribuem a si próprios o papel de guardiões dos bons costumes e porta-vozes oficiais da vontade de Deus.

26.     A realidade é cristalina: o aborto é livre no Brasil, basta ter dinheiro para pagar por ele.

         Não faltam clínicas particulares e hospitais com médicos experientes que realizem abortamentos em boas condições técnicas, desde que bem remunerados.

32.    Muitos ginecologistas que se negam a praticá-los em suas pacientes indicam esses colegas, não raro criticados pelos mesmos que fizeram o encaminhamento.

36.    Dias atrás, Cláudia Collucci, colunista desta Folha, lembrou a pesquisa realizada pela Unicamp em conjunto com a Associação dos Magistrados Brasileiros mostrando que 20% dos 1.148 juízes entrevistados tiveram parceiras que ficaram grávidas sem desejá-lo: 79,2% abortaram.

42.    Das 345 juízas que participaram, 15% já haviam tido gestações indesejadas: 74% fizeram aborto.

          A colunista citou estudo semelhante conduzido pela Federação das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) entre ginecologistas e obstetras: diante de gestações indesejadas, cerca de 80% de suas mulheres recorreram à prática.

51.     Entre as médicas ginecologistas a situação é semelhante: 77% interromperam sua gravidez indesejada.

          Por outro lado, 60% dos profissionais ouvidos confessaram que não ajudariam uma paciente, encaminhando-a a outro médico ou indicando medicamento abortivo.

58.     Na Penitenciária Feminina da Capital, são muitas as meninas que abortaram em espeluncas mantidas, na periferia, por mulheres que vendem Cytotec e realizam procedimentos cirúrgicos semelhantes às torturas dos tempos da Inquisição.

          Mas, quando essas mulheres vão parar na cadeia, são encaminhadas para a ala do seguro.

65.     As mesmas que a elas recorrem nos momentos de aflição recusam-se a cumprir pena ao seu lado. Dizem que "elas matam criancinhas".

68.     Estudo da Universidade Estadual do Rio de Janeiro revelou que, em 2013, o SUS internou 154.391 mulheres com complicações de abortamentos. Como a estimativa é de que aconteça uma complicação para cada quatro ou cinco casos, o cálculo é de que tenham ocorrido de 685 mil a 856 mil abortos clandestinos no país.

75.     Um estudo publicado por pesquisadores da Universidade de Brasília mostra que 20% das 37 milhões de brasileiras com mais de 40 anos já fizeram aborto. Esses números servem de referência para a Organização Mundial da Saúde.

Feitos nas piores condições, complicações em abortos são a quinta causa de morte materna, no país.

          A questão não pode ser mais tratada da forma bizarra e irresponsável como tem sido.

85.     Não se trata de ser a favor ou contra. Todos somos contrários, especialmente as mulheres grávidas que a ele recorrem como última saída.

          O problema do aborto não é moral, é questão de saúde pública. Se 20% das brasileiras com mais de 40 anos já abortaram na clandestinidade, deveríamos puni-las com o rigor das leis atuais? Haveria cadeia para mais de 7 milhões?

94.      Deixemos de hipocrisia. Nossa legislação só não muda porque as mulheres de melhor poder aquisitivo abortam em condições relativamente seguras. As mais pobres é que correm risco de morte e sentem na pele os rigores da lei.

                                    VARELLA, Drauzio. Folha de S. Paulo, 7/3/2015. 

Em relação ao texto, assinale a opção correta.
Alternativas
Q627198 Enfermagem

No que concerne ao dimensionamento de pessoal de enfermagem, conforme delineia a Resolução COFEN nº 293/2004, podemos afirmar que, para efeito de cálculo, devem ser consideradas como horas de enfermagem, por leito, nas 24 horas:

I. 3,6 horas de enfermagem, por cliente, na assistência mínima ou autocuidado;

II. 5,6 horas de enfermagem, por cliente, na assistência intermediaria;

III. 9,6 horas de enfermagem, por cliente, na assistência semi-intensiva;

IV. 17,7 horas de enfermagem, por cliente, na assistência intensiva.

V. O Índice de Segurança Técnica (IST) não deve ser inferior a 15% do total;

VI. Para os serviços que não podem ser referenciados por leito/dia, usar-se-á o sitio funcional, atividade, local, e o período de 4, 5 e 6 horas;

VII. Ao cliente crônico com idade superior a 60 anos deverá ser acrescido de 0,5 às horas de enfermagem.

Estão corretas as assertivas:

Alternativas
Q627197 Enfermagem

Na cervicite mucopurulenta ou endocervicite há inflamação da mucosa endocervical (epitélio colunar do colo uterino). Os principais agentes etiológicos das cervicites são Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae, contudo, há evidências da associação de C. trachomatis e N. gonorrhoeae aos seguintes fatores:

I. mulheres sexualmente ativas com idade inferior a 35 anos;

II. más condições de higiene após ato sexual;

III. múltiplas parcerias sexuais,

IV. parcerias com história prévia ou presença de outra IST;

V. uso irregular de métodos contraceptivos.

Alternativas
Q627188 Enfermagem

Atualmente, quatro grupos de doenças crônicas têm causado maior impacto mundial (doenças do aparelho circulatório, diabetes, cânceres e doenças respiratórias) e possuem quatro fatores de risco em comum: tabagismo, inatividade física, alimentação não saudável e consumo excessivo de álcool. Com relação a estes fatores de risco, julgue os itens que se seguem.

I. O tabagismo é considerado um dos maiores fatores de risco para as doenças cardiovasculares e a maior causa de doença coronariana, tanto em homens quanto em mulheres, assim como já está bem estabelecida a sua correlação com a doença cerebrovascular.

II. Mulheres fumantes têm risco relativo maior de desenvolver doenças cardiovasculares do que os homens.

III. O cigarro também aumenta as concentrações de colesterol total e LDL, diminui o HDL e aumenta a resistência à insulina.

IV. Pessoas com doenças crônicas, incluindo o diabetes, podem tomar álcool com moderação como parte de um estilo de vida saudável. O consumo deve ser dentro dos limites estabelecidos para pessoas sem doenças, ou seja, menos de 210 g/semana para homens e menos de 140 g/semana para mulheres.

V. A alimentação está relacionada diretamente a alguns fatores que interferem na prevenção e/ou controle das doenças crônicas e seus agravos. São eles: excesso de peso, dislipidemia, mau controle glicêmico e padrão alimentar com consumo excessivo de gordura saturada e pouca ingestão de frutas e vegetais.

É correto apenas o que se afirma nos itens:

Alternativas
Q627185 Enfermagem
A drenagem torácica objetiva manter ou restabelecer a pressão negativa do espaço pleural e manter a função cardiorrespiratória e a estabilidade hemodinâmica por meio da retirada de ar, líquidos e sólidos do espaço pleural ou mediastino. Assinale a alternativa incorreta quanto aos cuidados de enfermagem nos pacientes drenados.
Alternativas
Respostas
46: A
47: D
48: X
49: X
50: X