Questões de Concurso Para facet concursos

Foram encontradas 3.218 questões

Resolva questões gratuitamente!

Junte-se a mais de 4 milhões de concurseiros!

Q1765952 Odontologia
“A dentição permanente humana, se completa, contará com um total de ___ dentes.” Dentre as opções abaixo marque aquela que completa corretamente a lacuna do trecho citado.
Alternativas
Q1765951 Odontologia
Qual dos equipamentos abaixo é utilizado para a esterilização em vapor saturado de água? Marque a opção correta: 
Alternativas
Q1765949 Odontologia
Sobre a técnica de lavar as mãos, assinale a opção incorreta:
Alternativas
Q1765944 Português

Louco amor

(Ferreira Gullar)


     Era dado a paixões, desde menino. Na escola, aos oito anos, sentava-se ao lado de Nevinha, que tinha a mesma idade que ele e uns olhos que pareciam fechados: dois traços no rosto redondo e sorridente. Quando se vestia, de manhã cedo, para ir à escola, pensava nela e queria ir correndo encontrá-la. Puxava conversa a ponto da professora ralhar. Mas, chegaram as férias de dezembro, perguntou onde ela ia passá-las.

“No inferno”, respondeu. Ele se espantou, ela riu. “É como minha mãe chama o sítio de meus avós em Codó.” No ano seguinte, sua mãe o matriculou numa escola mais perto de sua casa e ele nunca mais viu Nevinha.

     Na nova escola, enamorou-se de Teca, que tinha duas tranças compridas caídas nos ombros. Era engraçada e sapeca, brincava com todo mundo e não dava atenção a ele. Já no ginásio, foi a Lúcia, de olhos fundos, silenciosa, quase não ria. Amor à distância. Uma vez ela deixa cair o estojo de lápis e ele, prestimoso, o juntou no chão, e lhe entregou. Ela riu, agradecida. 

     Enlouqueceu mesmo foi pela Paula, de 15 anos, quando ele já tinha 22 e se tornara pintor. Era filha de Bonetti, seu professor na Escola de Belas Artes e cuja casa passou a frequentar, bem como outros colegas de turma. A coisa nasceu sem que ele se desse conta, já que a via como uma menina. Mas, certo dia, acordou com a lembrança dela na mente, o perfil bem desenhado, o nariz, os lábios, os olhos inteligentes. Ela era muito inteligente, falava francês, já que vivera com os pais em Paris e lá estudara. A partir daquela manhã, quando visitava o professor era, na verdade, para revêla. De volta a seu quarto, no Catete, sentia sua falta e inventava pretextos para visitas. Ficava a olhá-la, o coração batendo forte, louco para tomar-lhe as mãos e dizer-lhe: “Eu te amo, Paula”.

     Mas não se atrevia, embora já não conseguisse pintar nem sair com os amigos sem pensar no momento em que declararia a ela o seu amor. Mas não o fazia e já agora custava a dormir e, quando dormia, sonhava com ela. Mas eis que, numa das visitas à casa do professor, não a encontrou. Puxou conversa com a mãe dela e soube que havia ido ao cinema com um primo. Quando chegou, foi em companhia dele, de mãos dadas. Era o Eduardo, que chegara dos Estados Unidos, onde se formara.

     Sentiu que o mundo ia desabar sobre sua cabeça, mal conseguia ver os dois, sentados no divã da sala, cochichando e rindo, encantados um com o outro.

    Agora, acordar de manhã era um suplício, já que a lembrança dela não lhe saía da cabeça. Evitava agora ir à casa de Bonetti, que, estranhando-lhe a ausência, telefonava para convidá-lo. Temia ir lá, mas terminava indo, porque pelo menos podia revê-la, mas voltava para casa arrasado. Muitas vezes nem entrava em casa, com medo de se defrontar com a insuportável realidade. Ficava pela rua andando à toa, até altas horas da noite. Decidiu entregar-se totalmente a sua pintura, comprou telas novas, tintas novas, mas postado em frente ao cavalete, tudo o que conseguia era pensar nela. “Então, vou fazer dela o tema de meus quadros”, decidiu-se e iniciou uma série de retratos dela, que eram antes alegorias patéticas e dolorosas. Os colegas gostaram e contaram ao Bonetti, que pediu para vê-los. Levou-lhe alguns dos quadros, que mereceram dele entusiasmados elogios. Paula, depois de elogiá-los, observou: “Ela parece comigo!”. Ele a fitou nos olhos: “Ela é você”. Sem entender, ela sorriu lisonjeada. 

    Paula e o primo se casaram e foram morar nos Estados Unidos. Júlio ganhou um prêmio de viagem ao exterior e foi conhecer os museus da Europa, fixandose em Paris, que era na época o centro irradiador de arte e literatura. De volta ao Brasil, conheceu Camila, com quem se casou e teve dois filhos, uma menina e um menino, que hoje estão casados e lhe deram netos. Quanto a Paula, de que nunca mais tivera notícias, soube que se separara do marido e voltara ao Brasil, indo morar em São Paulo.

     Júlio e Bonetti continuaram amigos. Já sem a mesma frequência, ia visitá-lo naquele mesmo apartamento de Botafogo, onde viveu com a mesma mulher, mãe de Paula. Morreu dormindo, como queria. Júlio foi ao velório, no Cemitério de São João Batista, onde ele encontrou Paula, quarenta anos depois.

    Ela estava sentada junto ao caixão, ao lado de uma moça. “Júlio foi amigo de meu pai a vida toda... Me conheceu menina.”

     Falou aquilo com toda a naturalidade. “Que estranha é a vida”, pensou ele, fitando o rosto da mocinha que jamais poderia ter sido filha sua.


Gullar, Ferreira. A alquimia na quitanda: artes, bichos e barulhos nas melhores crônicas do poeta. São Paulo: Três Estrelas, 2016.

A passagem adiante servirá de base para a próxima questão:

A coisa nasceu sem que ele se desse conta, que a via como uma menina.”


Aponte a relação de sentido fixado pelo convectivo grifado em relação à construção antecedente:

Alternativas
Q1765943 Português

Louco amor

(Ferreira Gullar)


     Era dado a paixões, desde menino. Na escola, aos oito anos, sentava-se ao lado de Nevinha, que tinha a mesma idade que ele e uns olhos que pareciam fechados: dois traços no rosto redondo e sorridente. Quando se vestia, de manhã cedo, para ir à escola, pensava nela e queria ir correndo encontrá-la. Puxava conversa a ponto da professora ralhar. Mas, chegaram as férias de dezembro, perguntou onde ela ia passá-las.

“No inferno”, respondeu. Ele se espantou, ela riu. “É como minha mãe chama o sítio de meus avós em Codó.” No ano seguinte, sua mãe o matriculou numa escola mais perto de sua casa e ele nunca mais viu Nevinha.

     Na nova escola, enamorou-se de Teca, que tinha duas tranças compridas caídas nos ombros. Era engraçada e sapeca, brincava com todo mundo e não dava atenção a ele. Já no ginásio, foi a Lúcia, de olhos fundos, silenciosa, quase não ria. Amor à distância. Uma vez ela deixa cair o estojo de lápis e ele, prestimoso, o juntou no chão, e lhe entregou. Ela riu, agradecida. 

     Enlouqueceu mesmo foi pela Paula, de 15 anos, quando ele já tinha 22 e se tornara pintor. Era filha de Bonetti, seu professor na Escola de Belas Artes e cuja casa passou a frequentar, bem como outros colegas de turma. A coisa nasceu sem que ele se desse conta, já que a via como uma menina. Mas, certo dia, acordou com a lembrança dela na mente, o perfil bem desenhado, o nariz, os lábios, os olhos inteligentes. Ela era muito inteligente, falava francês, já que vivera com os pais em Paris e lá estudara. A partir daquela manhã, quando visitava o professor era, na verdade, para revêla. De volta a seu quarto, no Catete, sentia sua falta e inventava pretextos para visitas. Ficava a olhá-la, o coração batendo forte, louco para tomar-lhe as mãos e dizer-lhe: “Eu te amo, Paula”.

     Mas não se atrevia, embora já não conseguisse pintar nem sair com os amigos sem pensar no momento em que declararia a ela o seu amor. Mas não o fazia e já agora custava a dormir e, quando dormia, sonhava com ela. Mas eis que, numa das visitas à casa do professor, não a encontrou. Puxou conversa com a mãe dela e soube que havia ido ao cinema com um primo. Quando chegou, foi em companhia dele, de mãos dadas. Era o Eduardo, que chegara dos Estados Unidos, onde se formara.

     Sentiu que o mundo ia desabar sobre sua cabeça, mal conseguia ver os dois, sentados no divã da sala, cochichando e rindo, encantados um com o outro.

    Agora, acordar de manhã era um suplício, já que a lembrança dela não lhe saía da cabeça. Evitava agora ir à casa de Bonetti, que, estranhando-lhe a ausência, telefonava para convidá-lo. Temia ir lá, mas terminava indo, porque pelo menos podia revê-la, mas voltava para casa arrasado. Muitas vezes nem entrava em casa, com medo de se defrontar com a insuportável realidade. Ficava pela rua andando à toa, até altas horas da noite. Decidiu entregar-se totalmente a sua pintura, comprou telas novas, tintas novas, mas postado em frente ao cavalete, tudo o que conseguia era pensar nela. “Então, vou fazer dela o tema de meus quadros”, decidiu-se e iniciou uma série de retratos dela, que eram antes alegorias patéticas e dolorosas. Os colegas gostaram e contaram ao Bonetti, que pediu para vê-los. Levou-lhe alguns dos quadros, que mereceram dele entusiasmados elogios. Paula, depois de elogiá-los, observou: “Ela parece comigo!”. Ele a fitou nos olhos: “Ela é você”. Sem entender, ela sorriu lisonjeada. 

    Paula e o primo se casaram e foram morar nos Estados Unidos. Júlio ganhou um prêmio de viagem ao exterior e foi conhecer os museus da Europa, fixandose em Paris, que era na época o centro irradiador de arte e literatura. De volta ao Brasil, conheceu Camila, com quem se casou e teve dois filhos, uma menina e um menino, que hoje estão casados e lhe deram netos. Quanto a Paula, de que nunca mais tivera notícias, soube que se separara do marido e voltara ao Brasil, indo morar em São Paulo.

     Júlio e Bonetti continuaram amigos. Já sem a mesma frequência, ia visitá-lo naquele mesmo apartamento de Botafogo, onde viveu com a mesma mulher, mãe de Paula. Morreu dormindo, como queria. Júlio foi ao velório, no Cemitério de São João Batista, onde ele encontrou Paula, quarenta anos depois.

    Ela estava sentada junto ao caixão, ao lado de uma moça. “Júlio foi amigo de meu pai a vida toda... Me conheceu menina.”

     Falou aquilo com toda a naturalidade. “Que estranha é a vida”, pensou ele, fitando o rosto da mocinha que jamais poderia ter sido filha sua.


Gullar, Ferreira. A alquimia na quitanda: artes, bichos e barulhos nas melhores crônicas do poeta. São Paulo: Três Estrelas, 2016.

A passagem adiante servirá de base para a próxima questão:

A coisa nasceu sem que ele se desse conta, que a via como uma menina.”


A que se refere o termo destacado “coisa”?

Alternativas
Q1763083 Enfermagem
Em tempos de Covid-19 as EPIS se tornaram necessárias para a população, mesmo quando não fazem parte das atividades de trabalho, porém, ela será de uso obrigatório para algumas atividades que os agentes de combate de endemias realizarão durante suas funções. Das alternativas abaixo, qual delas não é considerada uma EPI?
Alternativas
Q1763082 Biologia
O aquecimento global é um fenômeno climático que aumenta a temperatura média da Terra. Devido às ações antrópicas, o efeito estufa tem se intensificado e elevado as temperaturas do planeta e das águas dos oceanos. Sobre o aquecimento global e o efeito estufa, marque a alternativa correta:
Alternativas
Q1763081 Enfermagem
A doença de Chagas é causada por qual agente etiológico?
Alternativas
Q1763080 Saúde Pública
Sobre a Leishmaniose Visceral Americana, marque a alternativa incorreta:
Alternativas
Q1763079 Saúde Pública
A Leishmaniose apresenta diversas formas clínicas no Brasil, das espécies abaixo, qual delas é o agente etiológico da leishmaniose cutânea difusa?
Alternativas
Q1763078 Saúde Pública
“Bicho geográfico” é um nome popular para a doença larva migrans cutânea. Sobre essa doença, marque V, para as alternativas verdadeiras, e F, para as falsas:
( ) As regiões da areia onde há sombra, mas não há contato com a água do mar, são os melhores pontos para o desenvolvimento das larvas. ( ) A contaminação do homem se dá quando há um contato da pele com o solo contaminado por larvas, habitualmente, quando andamos descalços sobre terreno arenoso. ( ) A duração do processo é muito variável podendo curar-se espontaneamente ao fim de 2 semanas ou durar meses. A larva migrans quando desaparece espontaneamente, sem tratamento, pode reaparecer semanas ou meses depois. ( ) Não existe transmissão da Larva migrans cutânea de uma pessoa para outra.
Alternativas
Q1763077 Enfermagem
Das alternativas abaixo, qual delas não é uma forma de transmissão da doença de Chagas?
Alternativas
Q1763076 Saúde Pública
Em relação as doenças de caráter zoonótico, analise as sentenças abaixo, em seguida, marque a alternativa correta:
( I ) A leptospirose é uma doença provocada pela bactéria Leptospira interrogans e é transmitida principalmente por ratos de esgoto. ( II ) A criptococose é uma doença transmitida pela aspiração de bactérias que costuma estar presente nas fezes de aves, principalmente de pombos. ( III ) A dengue é uma doença causada por vírus, transmitida pela picada do mosquito Aedes albopictus.
Alternativas
Q1763075 Saúde Pública
Muitas doenças acometidas aos seres humanos são de caráter zoonótico. Abaixo, estão algumas dessas doenças e seus respectivos vetores. Correlacione a coluna da esquerda com a da direita, em seguida, marque a opção correta:
( I ) Teníase                                                              ( ) gato ( II ) Toxoplasmose                                                   ( ) morcego ( III ) Doença de Chagas                                          ( ) carne bovina ( IV ) Raiva                                                               ( ) inseto
Alternativas
Q1763074 Saúde Pública
Das doenças abaixo, qual delas, a única é transmitida por vírus?
Alternativas
Q1763073 Saúde Pública
Ancilostomíase é uma doença popularmente conhecida por “Amarelão” que tem grande prevalência em regiões úmidas e quentes do Brasil. Esta doença é causada por qual dos agentes biológicos abaixo?
Alternativas
Q1763072 Saúde Pública
A leptospirose é uma infecção aguda transmitida por animais de diferentes espécies. Qual agente biológico é responsável por causar essa doença?
Alternativas
Q1763071 Saúde Pública
Sobre os determinantes e indicadores em saúde, avalie as sentenças abaixo, em seguida, marque a alternativa correta:
I. Fator de risco refere-se aos aspectos de hábitos pessoais ou de exposição ambiental que está associado ao aumento da probabilidade de ocorrência de alguma doença. II. Indicadores de saúde são definidos como fatores sociais, econômicos, culturais e ambientais, a maioria fora do setor saúde, mas responsáveis pela manutenção da saúde ou doença no indivíduo. III. Determinante de saúde é uma variável que pode ser medida diretamente para refletir o estado de saúde das pessoas dentro da comunidade.
Alternativas
Q1763070 Saúde Pública
Sobre as medidas de saúde e doença utilizadas em epidemiologia, marque V para as alternativas verdadeiras e F para as falsas, em seguida, marque a alternativa correta:
( ) A taxa de morbidade é a medida de frequência de doenças operacionalizadas por duas taxas, a de prevalência e a de incidência. ( ) A taxa de mortalidade no Brasil são publicadas, no Brasil, pelo Ministério da Saúde. ( ) A fonte de dados utilizados para cálculo das estatísticas de mortalidade é o atestado de óbito. ( ) A taxa de incidência é definida pelo número de pessoas afetadas por uma determinada doença de uma dada população, em um tempo específico dividido pelo número de pessoas da população naquele mesmo período.
Alternativas
Q1763069 Saúde Pública
Dentre os conceitos básicos em epidemiologia estão as doenças pandêmicas. Sobre elas, assinale a alternativa correta:
Alternativas
Respostas
2141: D
2142: E
2143: A
2144: A
2145: D
2146: C
2147: D
2148: A
2149: C
2150: A
2151: D
2152: E
2153: D
2154: D
2155: A
2156: D
2157: A
2158: C
2159: C
2160: A