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Q2726923 Português

Leia o texto abaixo transcrito e, em seguida, responda às questões a ele referentes:


É ético fazer a cabeça de nossos alunos?


Alguns dos livros de história mais usados nas escolas brasileiras carregam na ideologia, que divide o mundo entre os capitalistas malvados e os heróis da resistência

As aulas voltaram, por estas semanas, e decidi tirar a limpo uma velha questão: há ou não doutrinação ideológica em nossos livros didáticos? Para responder à pergunta, analisei alguns dos livros de história e sociologia mais adotados no país. Entre os dez livros que analisei, não encontrei, infelizmente, nenhum “pluralista” ou particularmente cuidadoso ao tratar de temas de natureza política ou econômica.

O viés político surge no recorte dos fatos, na seleção das imagens, nas indicações de leituras, de filmes e de links culturais. A coisa toda opera à moda Star wars: o lado negro da força é a “globalização neoliberal”. O lado bom é a “resistência” do Fórum Social Mundial, de Porto Alegre, e dos “movimentos sociais”. No Brasil contemporâneo, Fernando Henrique Cardoso é Darth Vader, Lula é Luke Skywalker.

No livro Estudos de história, da Editora FTD, por exemplo, nossos alunos aprenderão que Fernando Henrique era neoliberal (apesar de “tentar negar”) e seguiu a cartilha de Collor de Melo; e que os “resultados dessas políticas foram desastrosos”. Em sua época, havia “denúncias de subornos, favorecimentos e corrupção” por todos os lados, mas “pouco se investigou”.

Nossos adolescentes saberão que “as privatizações produziram desemprego” e que o país assistia ao aumento da violência urbana e da concentração de renda e à “diminuição dos investimentos”. E que, de quebra, o MST pressionava pela reforma agrária, “sem sucesso”.

Na página seguinte, a luz. Ilustrado com o decalque vermelho da campanha “Lula Rede Brasil Popular”, o texto ensina que, em 2002, “pela primeira vez” no país, alguém que “não era da elite” é eleito presidente. E que, “graças à política social do governo Lula”, 20 milhões de pessoas saíram da miséria. Isso tudo fez a economia crescer e “telefones celulares, eletrodomésticos sofisticados e computadores passaram a fazer parte do cotidiano de milhões de pessoas, que antes estavam à margem desse perfil de consumo”.

Na leitura seguinte, do livro História geral e do Brasil, da Editora Scipione, o quadro era o mesmo. O PSDB é um partido “supostamente ético e ideológico” e os anos de Fernando Henrique são o cão da peste. Foram tempos de desemprego crescente, de “compromissos com as finanças internacionais”, em que “o crime organizado expandiu-se em torno do tráfico de drogas, convertendo-se em poder paralelo nas favelas”.

Com o governo Lula, tudo muda, ainda que com alguns senões. Numa curiosa aula de economia, os autores tentam explicar por que a “expansão econômica” foi “limitada”: pela adoção de uma “política amigável aos interesses estrangeiros, simbolizada pela liberdade ao capital especulativo”; pela “manutenção, até 2005, dos acordos com o FMI” e dos “pagamentos da dívida externa”.

O livro História conecte, da Editora Saraiva, segue o mesmo roteiro. O governo Fernando Henrique é “neoliberal”. Privatizou “a maioria das empresas estatais” e os US$ 30 bilhões arrecadados “não foram investidos em saúde e educação, mas em lucros aos investidores e especuladores, com altas taxas de juros”. A frase mais curiosa vem no final: em seu segundo mandato, Fernando Henrique não fez “nenhuma reforma” nem tomou “nenhuma medida importante”. Imaginei o presidente deitado em uma rede, enquanto o país aprovava a Lei de Responsabilidade Fiscal (2000), o fator previdenciário (1999) ou o Bolsa Escola (2001).

No livro História para o ensino médio, da Atual Editora, é curioso o tratamento dado ao “mensalão”. Nossos alunos saberão apenas que houve “denúncias de corrupção” contra o governo Lula, incluindo-se um caso conhecido como mensalão, “amplamente explorado pela imprensa liberal de oposição ao petismo”.

Sobre a América Latina, nossos alunos aprenderão que o Paraguai foi excluído do Mercosul em 2012, por causa do “golpe de Estado”, que tirou do poder Fernando Hugo. Saberão que, com a eleição de Hugo Chávez, a Venezuela torna-se o “centro de contestação à política de globalização da economia liderada pelos Estados Unidos”. Que “a classe média e as elites conservadoras” não aceitaram as transformações produzidas pelo chavismo, mas que o comandante “conseguiu se consolidar”. Sobre a situação econômica da Venezuela, alguma informação? Algum dado crítico para dar uma equilibrada e permitir aos alunos que formem uma opinião? Nada.

Curioso é o tratamento dado às ditaduras da América Latina. Para os casos da Argentina, Uruguai e Chile, um capítulo (merecido) mostrando os horrores do autoritarismo e seus heróis: extratos de As veias abertas da América Latina, de Eduardo Galeano; as mães da Praça de Maio, na Argentina; o músico Víctor Jara, executado pelo regime de Pinochet. Tudo perfeito.

Quando, porém, se trata de Cuba, a conversa é inteiramente diferente. A única ditadura que aparece é a de Fulgêncio Batista. Em vez de filmes como Antes do anoitecer, sobre a repressão ao escritor homossexual Reynaldo Arenas, nossos estudantes são orientados a assistir a Diários de Motocicleta, Che e Personal Che.

As restrições do castrismo à “liberdade de pensamento” surgem como “contradições” da revolução. Alguma palavra sobre os balseiros cubanos? Alguma fotografia, sugestão de filme ou link cultural? Alguma coisa sobre o paredón cubano? Alguma coisa sobre Yoane Sánchez ou as Damas de Branco? Zero. Nossos estudantes não terão essas informações para produzir seu próprio juízo. É precisamente isso que se chama ideologização.

A doutrinação torna-se ainda mais aguda quando passamos para os manuais de sociologia. Em plena era das sociedades de rede, da revolução maker, da explosão dos coworkings e da economia colaborativa, nossos jovens aprendem uma rudimentar visão binária de mundo, feita de capitalistas malvados versus heróis da “resistência”. Em vez de encarar o século XXI e suas incríveis perspectivas, são conduzidos de volta à Manchester do século XIX.

Superar esse problema não é uma tarefa trivial. Há um “mercado” de produtores de livros didáticos bem estabelecido no país, agindo sob a inércia de nossas editoras e a passividade de pais, professores e autoridades de educação. Sob o argumento malandro de que “tudo é ideologia”, essas pessoas prejudicam o desenvolvimento do espírito crítico de nossos alunos. E com isso fazem muito mal à educação brasileira.


Artigo escrito pelo filósofo Fernando L. Schüler. Revista Época. Edição de 07 de março de 2016. Número 925

Marque a opção CORRETA, de acordo com o texto:

Alternativas
Q2726922 Português

Leia o texto abaixo transcrito e, em seguida, responda às questões a ele referentes:


É ético fazer a cabeça de nossos alunos?


Alguns dos livros de história mais usados nas escolas brasileiras carregam na ideologia, que divide o mundo entre os capitalistas malvados e os heróis da resistência

As aulas voltaram, por estas semanas, e decidi tirar a limpo uma velha questão: há ou não doutrinação ideológica em nossos livros didáticos? Para responder à pergunta, analisei alguns dos livros de história e sociologia mais adotados no país. Entre os dez livros que analisei, não encontrei, infelizmente, nenhum “pluralista” ou particularmente cuidadoso ao tratar de temas de natureza política ou econômica.

O viés político surge no recorte dos fatos, na seleção das imagens, nas indicações de leituras, de filmes e de links culturais. A coisa toda opera à moda Star wars: o lado negro da força é a “globalização neoliberal”. O lado bom é a “resistência” do Fórum Social Mundial, de Porto Alegre, e dos “movimentos sociais”. No Brasil contemporâneo, Fernando Henrique Cardoso é Darth Vader, Lula é Luke Skywalker.

No livro Estudos de história, da Editora FTD, por exemplo, nossos alunos aprenderão que Fernando Henrique era neoliberal (apesar de “tentar negar”) e seguiu a cartilha de Collor de Melo; e que os “resultados dessas políticas foram desastrosos”. Em sua época, havia “denúncias de subornos, favorecimentos e corrupção” por todos os lados, mas “pouco se investigou”.

Nossos adolescentes saberão que “as privatizações produziram desemprego” e que o país assistia ao aumento da violência urbana e da concentração de renda e à “diminuição dos investimentos”. E que, de quebra, o MST pressionava pela reforma agrária, “sem sucesso”.

Na página seguinte, a luz. Ilustrado com o decalque vermelho da campanha “Lula Rede Brasil Popular”, o texto ensina que, em 2002, “pela primeira vez” no país, alguém que “não era da elite” é eleito presidente. E que, “graças à política social do governo Lula”, 20 milhões de pessoas saíram da miséria. Isso tudo fez a economia crescer e “telefones celulares, eletrodomésticos sofisticados e computadores passaram a fazer parte do cotidiano de milhões de pessoas, que antes estavam à margem desse perfil de consumo”.

Na leitura seguinte, do livro História geral e do Brasil, da Editora Scipione, o quadro era o mesmo. O PSDB é um partido “supostamente ético e ideológico” e os anos de Fernando Henrique são o cão da peste. Foram tempos de desemprego crescente, de “compromissos com as finanças internacionais”, em que “o crime organizado expandiu-se em torno do tráfico de drogas, convertendo-se em poder paralelo nas favelas”.

Com o governo Lula, tudo muda, ainda que com alguns senões. Numa curiosa aula de economia, os autores tentam explicar por que a “expansão econômica” foi “limitada”: pela adoção de uma “política amigável aos interesses estrangeiros, simbolizada pela liberdade ao capital especulativo”; pela “manutenção, até 2005, dos acordos com o FMI” e dos “pagamentos da dívida externa”.

O livro História conecte, da Editora Saraiva, segue o mesmo roteiro. O governo Fernando Henrique é “neoliberal”. Privatizou “a maioria das empresas estatais” e os US$ 30 bilhões arrecadados “não foram investidos em saúde e educação, mas em lucros aos investidores e especuladores, com altas taxas de juros”. A frase mais curiosa vem no final: em seu segundo mandato, Fernando Henrique não fez “nenhuma reforma” nem tomou “nenhuma medida importante”. Imaginei o presidente deitado em uma rede, enquanto o país aprovava a Lei de Responsabilidade Fiscal (2000), o fator previdenciário (1999) ou o Bolsa Escola (2001).

No livro História para o ensino médio, da Atual Editora, é curioso o tratamento dado ao “mensalão”. Nossos alunos saberão apenas que houve “denúncias de corrupção” contra o governo Lula, incluindo-se um caso conhecido como mensalão, “amplamente explorado pela imprensa liberal de oposição ao petismo”.

Sobre a América Latina, nossos alunos aprenderão que o Paraguai foi excluído do Mercosul em 2012, por causa do “golpe de Estado”, que tirou do poder Fernando Hugo. Saberão que, com a eleição de Hugo Chávez, a Venezuela torna-se o “centro de contestação à política de globalização da economia liderada pelos Estados Unidos”. Que “a classe média e as elites conservadoras” não aceitaram as transformações produzidas pelo chavismo, mas que o comandante “conseguiu se consolidar”. Sobre a situação econômica da Venezuela, alguma informação? Algum dado crítico para dar uma equilibrada e permitir aos alunos que formem uma opinião? Nada.

Curioso é o tratamento dado às ditaduras da América Latina. Para os casos da Argentina, Uruguai e Chile, um capítulo (merecido) mostrando os horrores do autoritarismo e seus heróis: extratos de As veias abertas da América Latina, de Eduardo Galeano; as mães da Praça de Maio, na Argentina; o músico Víctor Jara, executado pelo regime de Pinochet. Tudo perfeito.

Quando, porém, se trata de Cuba, a conversa é inteiramente diferente. A única ditadura que aparece é a de Fulgêncio Batista. Em vez de filmes como Antes do anoitecer, sobre a repressão ao escritor homossexual Reynaldo Arenas, nossos estudantes são orientados a assistir a Diários de Motocicleta, Che e Personal Che.

As restrições do castrismo à “liberdade de pensamento” surgem como “contradições” da revolução. Alguma palavra sobre os balseiros cubanos? Alguma fotografia, sugestão de filme ou link cultural? Alguma coisa sobre o paredón cubano? Alguma coisa sobre Yoane Sánchez ou as Damas de Branco? Zero. Nossos estudantes não terão essas informações para produzir seu próprio juízo. É precisamente isso que se chama ideologização.

A doutrinação torna-se ainda mais aguda quando passamos para os manuais de sociologia. Em plena era das sociedades de rede, da revolução maker, da explosão dos coworkings e da economia colaborativa, nossos jovens aprendem uma rudimentar visão binária de mundo, feita de capitalistas malvados versus heróis da “resistência”. Em vez de encarar o século XXI e suas incríveis perspectivas, são conduzidos de volta à Manchester do século XIX.

Superar esse problema não é uma tarefa trivial. Há um “mercado” de produtores de livros didáticos bem estabelecido no país, agindo sob a inércia de nossas editoras e a passividade de pais, professores e autoridades de educação. Sob o argumento malandro de que “tudo é ideologia”, essas pessoas prejudicam o desenvolvimento do espírito crítico de nossos alunos. E com isso fazem muito mal à educação brasileira.


Artigo escrito pelo filósofo Fernando L. Schüler. Revista Época. Edição de 07 de março de 2016. Número 925

O texto em evidência, predominantemente, é:

Alternativas
Q2726921 Português

Leia o texto abaixo transcrito e, em seguida, responda às questões a ele referentes:


É ético fazer a cabeça de nossos alunos?


Alguns dos livros de história mais usados nas escolas brasileiras carregam na ideologia, que divide o mundo entre os capitalistas malvados e os heróis da resistência

As aulas voltaram, por estas semanas, e decidi tirar a limpo uma velha questão: há ou não doutrinação ideológica em nossos livros didáticos? Para responder à pergunta, analisei alguns dos livros de história e sociologia mais adotados no país. Entre os dez livros que analisei, não encontrei, infelizmente, nenhum “pluralista” ou particularmente cuidadoso ao tratar de temas de natureza política ou econômica.

O viés político surge no recorte dos fatos, na seleção das imagens, nas indicações de leituras, de filmes e de links culturais. A coisa toda opera à moda Star wars: o lado negro da força é a “globalização neoliberal”. O lado bom é a “resistência” do Fórum Social Mundial, de Porto Alegre, e dos “movimentos sociais”. No Brasil contemporâneo, Fernando Henrique Cardoso é Darth Vader, Lula é Luke Skywalker.

No livro Estudos de história, da Editora FTD, por exemplo, nossos alunos aprenderão que Fernando Henrique era neoliberal (apesar de “tentar negar”) e seguiu a cartilha de Collor de Melo; e que os “resultados dessas políticas foram desastrosos”. Em sua época, havia “denúncias de subornos, favorecimentos e corrupção” por todos os lados, mas “pouco se investigou”.

Nossos adolescentes saberão que “as privatizações produziram desemprego” e que o país assistia ao aumento da violência urbana e da concentração de renda e à “diminuição dos investimentos”. E que, de quebra, o MST pressionava pela reforma agrária, “sem sucesso”.

Na página seguinte, a luz. Ilustrado com o decalque vermelho da campanha “Lula Rede Brasil Popular”, o texto ensina que, em 2002, “pela primeira vez” no país, alguém que “não era da elite” é eleito presidente. E que, “graças à política social do governo Lula”, 20 milhões de pessoas saíram da miséria. Isso tudo fez a economia crescer e “telefones celulares, eletrodomésticos sofisticados e computadores passaram a fazer parte do cotidiano de milhões de pessoas, que antes estavam à margem desse perfil de consumo”.

Na leitura seguinte, do livro História geral e do Brasil, da Editora Scipione, o quadro era o mesmo. O PSDB é um partido “supostamente ético e ideológico” e os anos de Fernando Henrique são o cão da peste. Foram tempos de desemprego crescente, de “compromissos com as finanças internacionais”, em que “o crime organizado expandiu-se em torno do tráfico de drogas, convertendo-se em poder paralelo nas favelas”.

Com o governo Lula, tudo muda, ainda que com alguns senões. Numa curiosa aula de economia, os autores tentam explicar por que a “expansão econômica” foi “limitada”: pela adoção de uma “política amigável aos interesses estrangeiros, simbolizada pela liberdade ao capital especulativo”; pela “manutenção, até 2005, dos acordos com o FMI” e dos “pagamentos da dívida externa”.

O livro História conecte, da Editora Saraiva, segue o mesmo roteiro. O governo Fernando Henrique é “neoliberal”. Privatizou “a maioria das empresas estatais” e os US$ 30 bilhões arrecadados “não foram investidos em saúde e educação, mas em lucros aos investidores e especuladores, com altas taxas de juros”. A frase mais curiosa vem no final: em seu segundo mandato, Fernando Henrique não fez “nenhuma reforma” nem tomou “nenhuma medida importante”. Imaginei o presidente deitado em uma rede, enquanto o país aprovava a Lei de Responsabilidade Fiscal (2000), o fator previdenciário (1999) ou o Bolsa Escola (2001).

No livro História para o ensino médio, da Atual Editora, é curioso o tratamento dado ao “mensalão”. Nossos alunos saberão apenas que houve “denúncias de corrupção” contra o governo Lula, incluindo-se um caso conhecido como mensalão, “amplamente explorado pela imprensa liberal de oposição ao petismo”.

Sobre a América Latina, nossos alunos aprenderão que o Paraguai foi excluído do Mercosul em 2012, por causa do “golpe de Estado”, que tirou do poder Fernando Hugo. Saberão que, com a eleição de Hugo Chávez, a Venezuela torna-se o “centro de contestação à política de globalização da economia liderada pelos Estados Unidos”. Que “a classe média e as elites conservadoras” não aceitaram as transformações produzidas pelo chavismo, mas que o comandante “conseguiu se consolidar”. Sobre a situação econômica da Venezuela, alguma informação? Algum dado crítico para dar uma equilibrada e permitir aos alunos que formem uma opinião? Nada.

Curioso é o tratamento dado às ditaduras da América Latina. Para os casos da Argentina, Uruguai e Chile, um capítulo (merecido) mostrando os horrores do autoritarismo e seus heróis: extratos de As veias abertas da América Latina, de Eduardo Galeano; as mães da Praça de Maio, na Argentina; o músico Víctor Jara, executado pelo regime de Pinochet. Tudo perfeito.

Quando, porém, se trata de Cuba, a conversa é inteiramente diferente. A única ditadura que aparece é a de Fulgêncio Batista. Em vez de filmes como Antes do anoitecer, sobre a repressão ao escritor homossexual Reynaldo Arenas, nossos estudantes são orientados a assistir a Diários de Motocicleta, Che e Personal Che.

As restrições do castrismo à “liberdade de pensamento” surgem como “contradições” da revolução. Alguma palavra sobre os balseiros cubanos? Alguma fotografia, sugestão de filme ou link cultural? Alguma coisa sobre o paredón cubano? Alguma coisa sobre Yoane Sánchez ou as Damas de Branco? Zero. Nossos estudantes não terão essas informações para produzir seu próprio juízo. É precisamente isso que se chama ideologização.

A doutrinação torna-se ainda mais aguda quando passamos para os manuais de sociologia. Em plena era das sociedades de rede, da revolução maker, da explosão dos coworkings e da economia colaborativa, nossos jovens aprendem uma rudimentar visão binária de mundo, feita de capitalistas malvados versus heróis da “resistência”. Em vez de encarar o século XXI e suas incríveis perspectivas, são conduzidos de volta à Manchester do século XIX.

Superar esse problema não é uma tarefa trivial. Há um “mercado” de produtores de livros didáticos bem estabelecido no país, agindo sob a inércia de nossas editoras e a passividade de pais, professores e autoridades de educação. Sob o argumento malandro de que “tudo é ideologia”, essas pessoas prejudicam o desenvolvimento do espírito crítico de nossos alunos. E com isso fazem muito mal à educação brasileira.


Artigo escrito pelo filósofo Fernando L. Schüler. Revista Época. Edição de 07 de março de 2016. Número 925

Qual é o foco narrativo do texto?

Alternativas
Q2726920 Português

Leia o texto abaixo transcrito e, em seguida, responda às questões a ele referentes:


É ético fazer a cabeça de nossos alunos?


Alguns dos livros de história mais usados nas escolas brasileiras carregam na ideologia, que divide o mundo entre os capitalistas malvados e os heróis da resistência

As aulas voltaram, por estas semanas, e decidi tirar a limpo uma velha questão: há ou não doutrinação ideológica em nossos livros didáticos? Para responder à pergunta, analisei alguns dos livros de história e sociologia mais adotados no país. Entre os dez livros que analisei, não encontrei, infelizmente, nenhum “pluralista” ou particularmente cuidadoso ao tratar de temas de natureza política ou econômica.

O viés político surge no recorte dos fatos, na seleção das imagens, nas indicações de leituras, de filmes e de links culturais. A coisa toda opera à moda Star wars: o lado negro da força é a “globalização neoliberal”. O lado bom é a “resistência” do Fórum Social Mundial, de Porto Alegre, e dos “movimentos sociais”. No Brasil contemporâneo, Fernando Henrique Cardoso é Darth Vader, Lula é Luke Skywalker.

No livro Estudos de história, da Editora FTD, por exemplo, nossos alunos aprenderão que Fernando Henrique era neoliberal (apesar de “tentar negar”) e seguiu a cartilha de Collor de Melo; e que os “resultados dessas políticas foram desastrosos”. Em sua época, havia “denúncias de subornos, favorecimentos e corrupção” por todos os lados, mas “pouco se investigou”.

Nossos adolescentes saberão que “as privatizações produziram desemprego” e que o país assistia ao aumento da violência urbana e da concentração de renda e à “diminuição dos investimentos”. E que, de quebra, o MST pressionava pela reforma agrária, “sem sucesso”.

Na página seguinte, a luz. Ilustrado com o decalque vermelho da campanha “Lula Rede Brasil Popular”, o texto ensina que, em 2002, “pela primeira vez” no país, alguém que “não era da elite” é eleito presidente. E que, “graças à política social do governo Lula”, 20 milhões de pessoas saíram da miséria. Isso tudo fez a economia crescer e “telefones celulares, eletrodomésticos sofisticados e computadores passaram a fazer parte do cotidiano de milhões de pessoas, que antes estavam à margem desse perfil de consumo”.

Na leitura seguinte, do livro História geral e do Brasil, da Editora Scipione, o quadro era o mesmo. O PSDB é um partido “supostamente ético e ideológico” e os anos de Fernando Henrique são o cão da peste. Foram tempos de desemprego crescente, de “compromissos com as finanças internacionais”, em que “o crime organizado expandiu-se em torno do tráfico de drogas, convertendo-se em poder paralelo nas favelas”.

Com o governo Lula, tudo muda, ainda que com alguns senões. Numa curiosa aula de economia, os autores tentam explicar por que a “expansão econômica” foi “limitada”: pela adoção de uma “política amigável aos interesses estrangeiros, simbolizada pela liberdade ao capital especulativo”; pela “manutenção, até 2005, dos acordos com o FMI” e dos “pagamentos da dívida externa”.

O livro História conecte, da Editora Saraiva, segue o mesmo roteiro. O governo Fernando Henrique é “neoliberal”. Privatizou “a maioria das empresas estatais” e os US$ 30 bilhões arrecadados “não foram investidos em saúde e educação, mas em lucros aos investidores e especuladores, com altas taxas de juros”. A frase mais curiosa vem no final: em seu segundo mandato, Fernando Henrique não fez “nenhuma reforma” nem tomou “nenhuma medida importante”. Imaginei o presidente deitado em uma rede, enquanto o país aprovava a Lei de Responsabilidade Fiscal (2000), o fator previdenciário (1999) ou o Bolsa Escola (2001).

No livro História para o ensino médio, da Atual Editora, é curioso o tratamento dado ao “mensalão”. Nossos alunos saberão apenas que houve “denúncias de corrupção” contra o governo Lula, incluindo-se um caso conhecido como mensalão, “amplamente explorado pela imprensa liberal de oposição ao petismo”.

Sobre a América Latina, nossos alunos aprenderão que o Paraguai foi excluído do Mercosul em 2012, por causa do “golpe de Estado”, que tirou do poder Fernando Hugo. Saberão que, com a eleição de Hugo Chávez, a Venezuela torna-se o “centro de contestação à política de globalização da economia liderada pelos Estados Unidos”. Que “a classe média e as elites conservadoras” não aceitaram as transformações produzidas pelo chavismo, mas que o comandante “conseguiu se consolidar”. Sobre a situação econômica da Venezuela, alguma informação? Algum dado crítico para dar uma equilibrada e permitir aos alunos que formem uma opinião? Nada.

Curioso é o tratamento dado às ditaduras da América Latina. Para os casos da Argentina, Uruguai e Chile, um capítulo (merecido) mostrando os horrores do autoritarismo e seus heróis: extratos de As veias abertas da América Latina, de Eduardo Galeano; as mães da Praça de Maio, na Argentina; o músico Víctor Jara, executado pelo regime de Pinochet. Tudo perfeito.

Quando, porém, se trata de Cuba, a conversa é inteiramente diferente. A única ditadura que aparece é a de Fulgêncio Batista. Em vez de filmes como Antes do anoitecer, sobre a repressão ao escritor homossexual Reynaldo Arenas, nossos estudantes são orientados a assistir a Diários de Motocicleta, Che e Personal Che.

As restrições do castrismo à “liberdade de pensamento” surgem como “contradições” da revolução. Alguma palavra sobre os balseiros cubanos? Alguma fotografia, sugestão de filme ou link cultural? Alguma coisa sobre o paredón cubano? Alguma coisa sobre Yoane Sánchez ou as Damas de Branco? Zero. Nossos estudantes não terão essas informações para produzir seu próprio juízo. É precisamente isso que se chama ideologização.

A doutrinação torna-se ainda mais aguda quando passamos para os manuais de sociologia. Em plena era das sociedades de rede, da revolução maker, da explosão dos coworkings e da economia colaborativa, nossos jovens aprendem uma rudimentar visão binária de mundo, feita de capitalistas malvados versus heróis da “resistência”. Em vez de encarar o século XXI e suas incríveis perspectivas, são conduzidos de volta à Manchester do século XIX.

Superar esse problema não é uma tarefa trivial. Há um “mercado” de produtores de livros didáticos bem estabelecido no país, agindo sob a inércia de nossas editoras e a passividade de pais, professores e autoridades de educação. Sob o argumento malandro de que “tudo é ideologia”, essas pessoas prejudicam o desenvolvimento do espírito crítico de nossos alunos. E com isso fazem muito mal à educação brasileira.


Artigo escrito pelo filósofo Fernando L. Schüler. Revista Época. Edição de 07 de março de 2016. Número 925

Considerado na sua totalidade, qual é o tema central do texto?

Alternativas
Q2605183 Geografia
Considerando os padrões demográficos recentes e suas implicações socioeconômicas no Brasil, assinale a alternativa correta:
Alternativas
Q2605179 Psicologia
Carl Rogers
Carl Rogers é conhecido por desenvolver a terapia centrada na pessoa e por suas contribuições à psicologia humanista. Avalie as afirmativas abaixo e selecione a alternativa correta.

1. Rogers introduziu o conceito de "autoatualização", que é a tendência inata de um indivíduo para crescer e realizar seu potencial plenamente (Rogers, 1951).
2. A congruência é um dos três componentes essenciais da terapia centrada na pessoa, referindo-se à autenticidade e transparência do terapeuta na relação terapêutica (Rogers, 1961).
3. Rogers destacou a importância da "aceitação incondicional positiva", onde o terapeuta aceita e valoriza o cliente sem julgamento, promovendo um ambiente de segurança e crescimento (Rogers, 1957).
4. A "reciprocidade intrapessoal" na terapia centrada na pessoa envolve a capacidade do terapeuta de compreender e refletir os sentimentos e experiências do cliente, criando uma conexão profunda e significativa (Rogers, 1957).
5. A "tendência formativa" é um conceito rogeriano que se refere à capacidade de todos os seres vivos de evoluir e se desenvolver em direção a formas mais complexas e ordenadas (Rogers, 1980).

Alternativas:
Alternativas
Q2605178 Psicologia
Karen Horney
Karen Horney foi uma psicanalista que desafiou várias das ideias de Freud, desenvolvendo suas próprias teorias sobre a psicologia feminina e a neurose. Avalie as afirmativas abaixo e selecione a alternativa correta.

1. Horney postulou que a "ansiedade básica" surge da sensação de isolamento e desamparo na infância, levando ao desenvolvimento de estratégias neuróticas de adaptação (Horney, 1937).
2. A teoria das "necessidades neuróticas" de Horney descreve comportamentos compulsivos e rígidos que os indivíduos adotam para lidar com a ansiedade básica, como a necessidade de afeição, poder e aprovação (Horney, 1942).
3. Horney criticou a teoria freudiana da inveja do pênis, propondo que a inveja de poder é uma força motriz mais relevante para entender as dificuldades das mulheres (Horney, 1926).
4. A "self-realization" é um conceito central na teoria de Horney, referindo-se ao processo de realização do potencial pessoal e ao desenvolvimento de um self autêntico (Horney, 1950).
5. Horney destacou a importância da cultura e das relações sociais no desenvolvimento da personalidade, em concordância com a ênfase de Freud nas forças biológicas (Horney, 1939).

Alternativas:
Alternativas
Q2605177 Psicologia

Harry Stack Sullivan


Harry Stack Sullivan foi um pioneiro na teoria interpessoal da psiquiatria. Avalie as afirmativas abaixo e selecione a alternativa correta.


1. Sullivan enfatizou a importância das relações intrapessoais no desenvolvimento da personalidade, argumentando que a saúde mental é determinada pela qualidade das interações sociais (Sullivan, 1953).


2. O conceito de "ansiedade interpessoal" de Sullivan refere-se ao medo da desaprovação social, que surge nas interações interpessoais e influencia o comportamento (Sullivan, 1953).


3. Sullivan desenvolveu a "terapia interpessoal", que se concentra na melhoria das habilidades de comunicação e nas relações sociais para tratar transtornos mentais (Sullivan, 1954).


4. A "paratáxia" é um termo cunhado por Sullivan para descrever distorções perceptuais nas relações interpessoais, que resultam de experiências passadas e afetam o comportamento atual (Sullivan, 1953).


5. Sullivan postulou que o "self-sistema" é um mecanismo defensivo que protege o indivíduo contra a ansiedade, regulando as interações interpessoais para manter a segurança emocional (Sullivan, 1953).



Alternativas:

Alternativas
Q2605176 Psicologia

A Abordagem S = R


A abordagem S = R é fundamental na psicologia comportamental. Avalie as afirmativas abaixo e selecione a alternativa correta.



1. A abordagem S = R postula que o comportamento é uma resposta indireta a estímulos ambientais, sem a necessidade de intervenções mediadoras cognitivas (Skinner, 1953).


2. O condicionamento clássico, como demonstrado por Pavlov, exemplifica a formação de associações entre um estímulo neutro e um estímulo incondicionado para produzir uma resposta condicionada (Pavlov, 1927).


3. O condicionamento operante, introduzido por Skinner, enfatiza o papel do reforço e da punição na modificação do comportamento (Skinner, 1938).


4. A abordagem S = R sublinha a importância da observação objetiva e da experimentaçãocontrolada no estudo do comportamento humano (Watson, 1913).


5. Críticas à abordagem S = R argumentam que ela ignora os processos mentais internos e a complexidade das motivações humanas, levando ao desenvolvimento de abordagens cognitivas e humanistas (Bandura, 1977).



Alternativas:

Alternativas
Q2605175 Psicologia

Carl Jung


Carl Jung é conhecido por suas contribuições ao desenvolvimento da psicologia analítica. Avalie as afirmativas abaixo e selecione a alternativa correta.



1. Jung introduziu o conceito de "inconsciente coletivo", que se refere a estruturas mentais compartilhadas por toda a humanidade, compostas por arquétipos e experiências ancestrais (Jung, 1959).


2. Os arquétipos, segundo Jung, são imagens primordiais e universais que surgem do inconsciente coletivo e se manifestam em mitos, sonhos e símbolos culturais (Jung, 1954).


3. A individuação é o processo pelo qual um indivíduo integra os aspectos conscientes e inconscientes de sua personalidade, alcançando a totalidade e a realização pessoal (Jung, 1953).


4. Jung descreveu a "sombra" como o lado oculto da personalidade, composto de aspectos reprimidos e inaceitáveis do self, que deve ser confrontado para o crescimento psicológico (Jung, 1959).


5. A técnica da "imaginação passiva" foi desenvolvida por Jung como um método para dialogar diretamente com as imagens do inconsciente, facilitando a integração e a cura (Jung, 1916).



Alternativas:

Alternativas
Q2605174 Psicologia

Wilhelm Reich


Wilhelm Reich foi um psicanalista que introduziu conceitos inovadores sobre a relação entre corpo e mente. Avalie as afirmativas abaixo e selecione a alternativa correta.



1. Reich desenvolveu a teoria da "couraça muscular", sugerindo que as tensões crônicas no corpo são defesas psicológicas contra emoções reprimidas (Reich, 1933).


2. A terapia reichiana envolve técnicas para liberar a energia bloqueada no corpo, incluindo a respiração profunda, o movimento e a expressão emocional (Reich, 1945).


3. Reich introduziu o conceito de "força vitae", uma energia universal que, segundo ele, poderia ser acumulada e é utilizada para a cura de doenças físicas e mentais (Reich, 1942).


4. A análise do caráter de Reich expandiu a técnica tradicional da psicologia moderna ao focar na expressão corporal e nas posturas físicas como manifestações de conflitos psíquicos (Reich, 1933).


5. Reich foi pioneiro no estudo da sexualidade e da repressão sexual, argumentando que a repressão sexual é a base de muitas neuroses e distúrbios emocionais (Reich, 1945).



Alternativas:

Alternativas
Q2605173 Psicologia

Erik Erikson


Erik Erikson é conhecido por seu modelo de desenvolvimento psicossocial, que descreve as crises e tarefas específicas de cada etapa da vida. Avalie as afirmativas abaixo e selecione a alternativa correta.



1. Erikson ampliou as fases do desenvolvimento freudiano ao incluir estágios na vida adulta, como "intimidade versus isolamento" e "integridade versus desespero" (Erikson, 1950).


2. A crise de identidade na adolescência é central para o desenvolvimento saudável, onde o indivíduo explora diferentes papéis e ideologias antes de alcançar uma identidade estável (Erikson, 1968).


3. Erikson destacou a importância do "senso de confiança básica" no primeiro mês de vida, que se desenvolve através da consistência e confiabilidade dos cuidados maternos (Erikson, 1950).


4. A "geratividade versus estagnação" é uma crise do estágio adulto médio, onde o foco é na contribuição para a próxima geração e com foco na produtividade profissional (Erikson, 1959).


5. A resolução bem-sucedida das crises psicossociais em cada estágio resulta em umavirtude ou força básica, como a esperança, a vontade e o amor (Erikson, 1982).



Alternativas:

Alternativas
Q2605172 Psicologia

Melanie Klein


Melanie Klein foi uma psicanalista que contribuiu significativamente para o desenvolvimento da teoria psicanalítica, especialmente no campo da psicanálise infantil. Avalie as afirmativas abaixo e selecione a alternativa correta.



1. Melanie Klein introduziu o conceito de posição esquizo-paranoide, caracterizada pela defesa maníaca contra a ansiedade persecutória e a fragmentação do self (Klein, 1946).


2. A posição depressiva, segundo Klein, é um estágio no desenvolvimento psíquico em que o indivíduo começa a integrar os aspectos bons e maus dos objetos internos e externos, resultando em um luto primitivo pela perda do objeto idealizado (Klein, 1935).


3. A técnica do "jogo" foi uma inovação de Klein para acessar o inconsciente das crianças, permitindo que expressassem suas fantasias e conflitos internos através da brincadeira (Klein, 1955).


4. Klein enfatizou a importância da inveja primária na formação do superego e nas relações objetais, destacando a destrutividade inata e as defesas contra a inveja (Klein, 1957).


5. A transferência na psicanálise kleiniana é vista como a repetição dos conflitos infantis, onde o terapeuta é percebido como um objeto tanto bom quanto mau, refletindo a ambivalência das relações primitivas (Klein, 1952).



Alternativas:

Alternativas
Q2605171 Psicologia
Harry Stack Sullivan desenvolveu a teoria interpessoal da psiquiatria, que enfatiza a importância das relações interpessoais no desenvolvimento da personalidade. Imagine um paciente que apresenta uma grande dificuldade em formar relações íntimas e mantém um distanciamento emocional das pessoas. Qual seria a abordagem terapêutica baseada na teoria de Sullivan?
Alternativas
Q2605170 Psicologia
Carl Jung introduziu vários conceitos importantes em sua teoria analítica, incluindo os arquétipos e o inconsciente coletivo. Imagine um paciente que tem sonhos recorrentes com figuras arquetípicas, como um sábio ou uma sombra ameaçadora. Como Jung interpretaria esses sonhos?
Alternativas
Q2605169 Psicologia
Wilhelm Reich é conhecido por suas contribuições à psicoterapia corporal, que envolve o trabalho com a energia orgônica e a liberação de tensões musculares. Considere um paciente que apresenta uma postura corporal rígida e dificuldade para expressar emoções. Segundo Reich, qual seria a abordagem terapêutica adequada?
Alternativas
Q2605168 Psicologia
Uma criança de sete anos apresenta comportamentos de ansiedade de separação, demonstrando grande medo de ficar longe dos pais e recusando-se a ir à escola. Segundo John Bowlby e a teoria do apego, qual das seguintes afirmações poderia melhor explicar o comportamento da criança?

I. A ansiedade de separação pode ser resultado de um apego inseguro.
II. A relação precoce com os cuidadores influencia fortemente o desenvolvimento emocional.
III. A criança pode estar demonstrando um comportamento de apego ansioso-ambivalente.
IV. A análise dos sonhos da criança pode revelar conflitos inconscientes.
V. O comportamento de apego é irrelevante para a compreensão da ansiedade de separação.

Assinale a alternativa correta:
Alternativas
Q2605167 Psicologia
Um paciente de 50 anos está passando por uma crise existencial, sentindo que sua vida perdeu o sentido e que não consegue encontrar um propósito. Baseando-se na teoria de Erich Fromm, considere as seguintes afirmações:

I. A crise existencial pode ser uma manifestação da luta pela liberdade individual.
II. A alienação da sociedade pode contribuir para a sensação de falta de propósito.
III. A análise das necessidades humanas básicas pode ajudar a entender a crise.
IV. A transferência não é relevante para a compreensão desse tipo de problema.
V. A terapia deve focar na reconexão do paciente com sua própria humanidade.

Assinale a alternativa correta:
Alternativas
Q2605166 Psicologia
Um adolescente apresenta sintomas de ansiedade social, evitando interações e se sentindo extremamente desconfortável em ambientes públicos. Segundo Carl Rogers, qual das seguintes abordagens seria mais eficaz para ajudar esse paciente?

I. Prover uma atmosfera de aceitação positiva incondicional.
II. Demonstrar empatia profunda para compreender a experiência do paciente.
III. Utilizar a congruência para ser genuíno e autêntico na relação terapêutica.
IV. Analisar os sonhos do paciente para acessar os conflitos inconscientes.
V. Aplicar técnicas de condicionamento para modificar o comportamento evitativo.

Assinale a alternativa correta:
Alternativas
Q2605165 Psicologia
Uma mulher de 35 anos procura terapia relatando um medo intenso de mudanças e uma forte necessidade de manter tudo sob controle, o que causa grande sofrimento. Baseando-se na teoria psicanalítica de Sigmund Freud, considere as seguintes afirmações:

I. O medo de mudanças pode estar relacionado a ansiedades inconscientes de perda de controle.
II. A análise dos mecanismos de defesa pode revelar como a paciente lida com a ansiedade.
III. O desenvolvimento fixado na fase anal pode estar contribuindo para o comportamento da paciente.
IV. A transferência é um aspecto importante para entender a dinâmica subjacente.
V. A associação livre pode ser uma técnica eficaz para explorar os medos da paciente.

Assinale a alternativa correta:
Alternativas
Respostas
1321: A
1322: C
1323: B
1324: E
1325: B
1326: C
1327: D
1328: A
1329: C
1330: D
1331: E
1332: E
1333: A
1334: B
1335: B
1336: C
1337: A
1338: D
1339: A
1340: E