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Agricultura urbana pode ser resposta criativa à crise climática.
Estudo comparou a agricultura urbana desenvolvida em duas situações muito diferentes: na Cidade de São Paulo e na Cidade de Melbourne, na Austrália.
Divulgação, FMUSP. FacebookTwitterWhatsAppEmailLinkedIn
Aquela que, décadas atrás, seria considerada uma proposta utópica passou a ser reconhecida, agora, como uma necessidade urgente: ocupar o espaço urbano com hortas e pomares, aumentando a cobertura vegetal da cidade e o aporte de alimento saudável para a população.
“Há hoje uma consciência da necessidade de fortalecer a agricultura local e a segurança alimentar, diante das incertezas geradas pela crise climática global”, disse o engenheiro ambiental Luís Fernando Amato-Lourenço, doutor em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, (FMUSP), pós-doutor pelo Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo, (IEA – USP) e pela Universidade Livre de Berlim, na Alemanha. Lourenço é o primeiro autor de artigo publicado na Revista Científica Environment, Development and Sustainability, cujo estudo foi apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, (FAPESP).
“Nós comparamos a agricultura urbana desenvolvida em duas situações muito diferentes: na Cidade de São Paulo e na Cidade de Melbourne, na Austrália. Em Melbourne, a agricultura urbana é articulada com estratégias de saúde pública, como a promoção de exercícios físicos e outras atividades destinadas ao controle do sobrepeso e ao combate à obesidade. Em São Paulo, existem, predominantemente, dois modos: um de caráter socioeducativo, baseado em trabalho voluntário e princípios agroecológicos, como o desenvolvido no Parque das Corujas, na Vila Madalena; outro voltado para a geração de renda, principalmente, em áreas periféricas das Regiões Sul e Leste”, disse o Dr. Luís Fernando Lourenço.
O pesquisador destacou que, em Melbourne, a atividade agrícola urbana, que pode ser coletiva, em espaços comuns, ou particular, em propriedades privadas, é regulamentada por políticas públicas, que definem as áreas para a implantação das hortas e fazem a testagem do solo. Nos espaços comuns, os beneficiários das hortas pagam uma taxa por mês. É um modelo que ainda não existe em São Paulo.
O pesquisador ressalta, a propósito, que a criatividade é um diferencial que conta ponto a favor de São Paulo. Se em Melbourne as coisas são mais organizadas, em São Paulo as soluções inovadoras predominam. “Os pesquisadores australianos ficaram muito interessados em conhecer as iniciativas de agricultura orgânica desenvolvidas aqui”, contou. Um subtema cada vez mais comentado é o das hortas verticais, estabelecidas nos topos ou mesmo em andares dos edifícios. Essa solução, na qual Barcelona se destaca em primeiro lugar no mundo, também tem sido adotada em Berlim e São Paulo. Por exemplo, uma horta cultivada no topo do Shopping Eldorado fornece legumes, verduras e ervas livres de defensivos agrícolas aos funcionários e suas famílias.
“São Paulo tem um enorme potencial para a implantação de hortas nos topos dos edifícios. Além de possibilitar a produção de alimentos muito perto dos consumidores finais e de constituir espaços de socialização e educação ambiental, essas áreas verdes elevadas são também uma alternativa para a mitigação das ilhas de calor. Falta implantar políticas públicas duradouras que contribuam para isso”, ponderou o Dr. Luís Fernando Lourenço.
Considerando a agricultura urbana como um todo, a professora Dra. Thais Mauad – ex-orientadora do Dr. Lourenço e também autora do artigo, – comentou: “Frente ao cenário das mudanças climáticas, produzir alimentos na cidade traz vários benefícios. A expansão da cobertura vegetal, a permeabilidade do solo, o aumento da umidade do ar, a promoção da biodiversidade, o enriquecimento do solo por matéria orgânica e por compostagem, aliados a métodos agroecológicos, são certamente elementos mitigadores de caráter local das mudanças climáticas. Além disso, a produção de alimentos a curtas distâncias também traz vantagens na menor emissão de CO2 pelo transporte veicular. E, em situações extremas de inundações, queimadas e outras, que podem interromper o fluxo de alimentos para a cidade, as hortas urbanas constituem alternativas para garantir a segurança alimentar”.
Fonte: José Tadeu Arantes, Agência FAPESP. Imagem: horta da Faculdade de Medicina da USP. Fonte: Divulgação, FMUSP.
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Agricultura urbana pode ser resposta criativa à crise climática.
Estudo comparou a agricultura urbana desenvolvida em duas situações muito diferentes: na Cidade de São Paulo e na Cidade de Melbourne, na Austrália.
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Aquela que, décadas atrás, seria considerada uma proposta utópica passou a ser reconhecida, agora, como uma necessidade urgente: ocupar o espaço urbano com hortas e pomares, aumentando a cobertura vegetal da cidade e o aporte de alimento saudável para a população.
“Há hoje uma consciência da necessidade de fortalecer a agricultura local e a segurança alimentar, diante das incertezas geradas pela crise climática global”, disse o engenheiro ambiental Luís Fernando Amato-Lourenço, doutor em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, (FMUSP), pós-doutor pelo Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo, (IEA – USP) e pela Universidade Livre de Berlim, na Alemanha. Lourenço é o primeiro autor de artigo publicado na Revista Científica Environment, Development and Sustainability, cujo estudo foi apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, (FAPESP).
“Nós comparamos a agricultura urbana desenvolvida em duas situações muito diferentes: na Cidade de São Paulo e na Cidade de Melbourne, na Austrália. Em Melbourne, a agricultura urbana é articulada com estratégias de saúde pública, como a promoção de exercícios físicos e outras atividades destinadas ao controle do sobrepeso e ao combate à obesidade. Em São Paulo, existem, predominantemente, dois modos: um de caráter socioeducativo, baseado em trabalho voluntário e princípios agroecológicos, como o desenvolvido no Parque das Corujas, na Vila Madalena; outro voltado para a geração de renda, principalmente, em áreas periféricas das Regiões Sul e Leste”, disse o Dr. Luís Fernando Lourenço.
O pesquisador destacou que, em Melbourne, a atividade agrícola urbana, que pode ser coletiva, em espaços comuns, ou particular, em propriedades privadas, é regulamentada por políticas públicas, que definem as áreas para a implantação das hortas e fazem a testagem do solo. Nos espaços comuns, os beneficiários das hortas pagam uma taxa por mês. É um modelo que ainda não existe em São Paulo.
O pesquisador ressalta, a propósito, que a criatividade é um diferencial que conta ponto a favor de São Paulo. Se em Melbourne as coisas são mais organizadas, em São Paulo as soluções inovadoras predominam. “Os pesquisadores australianos ficaram muito interessados em conhecer as iniciativas de agricultura orgânica desenvolvidas aqui”, contou. Um subtema cada vez mais comentado é o das hortas verticais, estabelecidas nos topos ou mesmo em andares dos edifícios. Essa solução, na qual Barcelona se destaca em primeiro lugar no mundo, também tem sido adotada em Berlim e São Paulo. Por exemplo, uma horta cultivada no topo do Shopping Eldorado fornece legumes, verduras e ervas livres de defensivos agrícolas aos funcionários e suas famílias.
“São Paulo tem um enorme potencial para a implantação de hortas nos topos dos edifícios. Além de possibilitar a produção de alimentos muito perto dos consumidores finais e de constituir espaços de socialização e educação ambiental, essas áreas verdes elevadas são também uma alternativa para a mitigação das ilhas de calor. Falta implantar políticas públicas duradouras que contribuam para isso”, ponderou o Dr. Luís Fernando Lourenço.
Considerando a agricultura urbana como um todo, a professora Dra. Thais Mauad – ex-orientadora do Dr. Lourenço e também autora do artigo, – comentou: “Frente ao cenário das mudanças climáticas, produzir alimentos na cidade traz vários benefícios. A expansão da cobertura vegetal, a permeabilidade do solo, o aumento da umidade do ar, a promoção da biodiversidade, o enriquecimento do solo por matéria orgânica e por compostagem, aliados a métodos agroecológicos, são certamente elementos mitigadores de caráter local das mudanças climáticas. Além disso, a produção de alimentos a curtas distâncias também traz vantagens na menor emissão de CO2 pelo transporte veicular. E, em situações extremas de inundações, queimadas e outras, que podem interromper o fluxo de alimentos para a cidade, as hortas urbanas constituem alternativas para garantir a segurança alimentar”.
Fonte: José Tadeu Arantes, Agência FAPESP. Imagem: horta da Faculdade de Medicina da USP. Fonte: Divulgação, FMUSP.
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Estudo comparou a agricultura urbana desenvolvida em duas situações muito diferentes: na Cidade de São Paulo e na Cidade de Melbourne, na Austrália.
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Aquela que, décadas atrás, seria considerada uma proposta utópica passou a ser reconhecida, agora, como uma necessidade urgente: ocupar o espaço urbano com hortas e pomares, aumentando a cobertura vegetal da cidade e o aporte de alimento saudável para a população.
“Há hoje uma consciência da necessidade de fortalecer a agricultura local e a segurança alimentar, diante das incertezas geradas pela crise climática global”, disse o engenheiro ambiental Luís Fernando Amato-Lourenço, doutor em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, (FMUSP), pós-doutor pelo Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo, (IEA – USP) e pela Universidade Livre de Berlim, na Alemanha. Lourenço é o primeiro autor de artigo publicado na Revista Científica Environment, Development and Sustainability, cujo estudo foi apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, (FAPESP).
“Nós comparamos a agricultura urbana desenvolvida em duas situações muito diferentes: na Cidade de São Paulo e na Cidade de Melbourne, na Austrália. Em Melbourne, a agricultura urbana é articulada com estratégias de saúde pública, como a promoção de exercícios físicos e outras atividades destinadas ao controle do sobrepeso e ao combate à obesidade. Em São Paulo, existem, predominantemente, dois modos: um de caráter socioeducativo, baseado em trabalho voluntário e princípios agroecológicos, como o desenvolvido no Parque das Corujas, na Vila Madalena; outro voltado para a geração de renda, principalmente, em áreas periféricas das Regiões Sul e Leste”, disse o Dr. Luís Fernando Lourenço.
O pesquisador destacou que, em Melbourne, a atividade agrícola urbana, que pode ser coletiva, em espaços comuns, ou particular, em propriedades privadas, é regulamentada por políticas públicas, que definem as áreas para a implantação das hortas e fazem a testagem do solo. Nos espaços comuns, os beneficiários das hortas pagam uma taxa por mês. É um modelo que ainda não existe em São Paulo.
O pesquisador ressalta, a propósito, que a criatividade é um diferencial que conta ponto a favor de São Paulo. Se em Melbourne as coisas são mais organizadas, em São Paulo as soluções inovadoras predominam. “Os pesquisadores australianos ficaram muito interessados em conhecer as iniciativas de agricultura orgânica desenvolvidas aqui”, contou. Um subtema cada vez mais comentado é o das hortas verticais, estabelecidas nos topos ou mesmo em andares dos edifícios. Essa solução, na qual Barcelona se destaca em primeiro lugar no mundo, também tem sido adotada em Berlim e São Paulo. Por exemplo, uma horta cultivada no topo do Shopping Eldorado fornece legumes, verduras e ervas livres de defensivos agrícolas aos funcionários e suas famílias.
“São Paulo tem um enorme potencial para a implantação de hortas nos topos dos edifícios. Além de possibilitar a produção de alimentos muito perto dos consumidores finais e de constituir espaços de socialização e educação ambiental, essas áreas verdes elevadas são também uma alternativa para a mitigação das ilhas de calor. Falta implantar políticas públicas duradouras que contribuam para isso”, ponderou o Dr. Luís Fernando Lourenço.
Considerando a agricultura urbana como um todo, a professora Dra. Thais Mauad – ex-orientadora do Dr. Lourenço e também autora do artigo, – comentou: “Frente ao cenário das mudanças climáticas, produzir alimentos na cidade traz vários benefícios. A expansão da cobertura vegetal, a permeabilidade do solo, o aumento da umidade do ar, a promoção da biodiversidade, o enriquecimento do solo por matéria orgânica e por compostagem, aliados a métodos agroecológicos, são certamente elementos mitigadores de caráter local das mudanças climáticas. Além disso, a produção de alimentos a curtas distâncias também traz vantagens na menor emissão de CO2 pelo transporte veicular. E, em situações extremas de inundações, queimadas e outras, que podem interromper o fluxo de alimentos para a cidade, as hortas urbanas constituem alternativas para garantir a segurança alimentar”.
Fonte: José Tadeu Arantes, Agência FAPESP. Imagem: horta da Faculdade de Medicina da USP. Fonte: Divulgação, FMUSP.
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Agricultura urbana pode ser resposta criativa à crise climática.
Estudo comparou a agricultura urbana desenvolvida em duas situações muito diferentes: na Cidade de São Paulo e na Cidade de Melbourne, na Austrália.
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Aquela que, décadas atrás, seria considerada uma proposta utópica passou a ser reconhecida, agora, como uma necessidade urgente: ocupar o espaço urbano com hortas e pomares, aumentando a cobertura vegetal da cidade e o aporte de alimento saudável para a população.
“Há hoje uma consciência da necessidade de fortalecer a agricultura local e a segurança alimentar, diante das incertezas geradas pela crise climática global”, disse o engenheiro ambiental Luís Fernando Amato-Lourenço, doutor em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, (FMUSP), pós-doutor pelo Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo, (IEA – USP) e pela Universidade Livre de Berlim, na Alemanha. Lourenço é o primeiro autor de artigo publicado na Revista Científica Environment, Development and Sustainability, cujo estudo foi apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, (FAPESP).
“Nós comparamos a agricultura urbana desenvolvida em duas situações muito diferentes: na Cidade de São Paulo e na Cidade de Melbourne, na Austrália. Em Melbourne, a agricultura urbana é articulada com estratégias de saúde pública, como a promoção de exercícios físicos e outras atividades destinadas ao controle do sobrepeso e ao combate à obesidade. Em São Paulo, existem, predominantemente, dois modos: um de caráter socioeducativo, baseado em trabalho voluntário e princípios agroecológicos, como o desenvolvido no Parque das Corujas, na Vila Madalena; outro voltado para a geração de renda, principalmente, em áreas periféricas das Regiões Sul e Leste”, disse o Dr. Luís Fernando Lourenço.
O pesquisador destacou que, em Melbourne, a atividade agrícola urbana, que pode ser coletiva, em espaços comuns, ou particular, em propriedades privadas, é regulamentada por políticas públicas, que definem as áreas para a implantação das hortas e fazem a testagem do solo. Nos espaços comuns, os beneficiários das hortas pagam uma taxa por mês. É um modelo que ainda não existe em São Paulo.
O pesquisador ressalta, a propósito, que a criatividade é um diferencial que conta ponto a favor de São Paulo. Se em Melbourne as coisas são mais organizadas, em São Paulo as soluções inovadoras predominam. “Os pesquisadores australianos ficaram muito interessados em conhecer as iniciativas de agricultura orgânica desenvolvidas aqui”, contou. Um subtema cada vez mais comentado é o das hortas verticais, estabelecidas nos topos ou mesmo em andares dos edifícios. Essa solução, na qual Barcelona se destaca em primeiro lugar no mundo, também tem sido adotada em Berlim e São Paulo. Por exemplo, uma horta cultivada no topo do Shopping Eldorado fornece legumes, verduras e ervas livres de defensivos agrícolas aos funcionários e suas famílias.
“São Paulo tem um enorme potencial para a implantação de hortas nos topos dos edifícios. Além de possibilitar a produção de alimentos muito perto dos consumidores finais e de constituir espaços de socialização e educação ambiental, essas áreas verdes elevadas são também uma alternativa para a mitigação das ilhas de calor. Falta implantar políticas públicas duradouras que contribuam para isso”, ponderou o Dr. Luís Fernando Lourenço.
Considerando a agricultura urbana como um todo, a professora Dra. Thais Mauad – ex-orientadora do Dr. Lourenço e também autora do artigo, – comentou: “Frente ao cenário das mudanças climáticas, produzir alimentos na cidade traz vários benefícios. A expansão da cobertura vegetal, a permeabilidade do solo, o aumento da umidade do ar, a promoção da biodiversidade, o enriquecimento do solo por matéria orgânica e por compostagem, aliados a métodos agroecológicos, são certamente elementos mitigadores de caráter local das mudanças climáticas. Além disso, a produção de alimentos a curtas distâncias também traz vantagens na menor emissão de CO2 pelo transporte veicular. E, em situações extremas de inundações, queimadas e outras, que podem interromper o fluxo de alimentos para a cidade, as hortas urbanas constituem alternativas para garantir a segurança alimentar”.
Fonte: José Tadeu Arantes, Agência FAPESP. Imagem: horta da Faculdade de Medicina da USP. Fonte: Divulgação, FMUSP.