Questões de Concurso Para colégio pedro ii

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Q938005 Português

TEXTO I


Mapa dos sonhos


    A guerra devastou nosso país. Os prédios ruíram, viraram pó. Perdemos tudo o que tínhamos e fugimos de mãos vazias.

    Percorremos um longo caminho, rumo ao leste, e chegamos a um país de verões quentes e invernos gelados, a uma cidade cujas casas eram de barro, palha e estrume de camelo, rodeada por estepes poeirentas, abrasadas pelo sol.

    Fomos morar num quartinho, com um casal que não conhecíamos. Dormíamos no chão de terra batida. Eu não tinha brinquedos nem livros. E o pior: a comida era pouca.

    Um dia, meu pai foi ao mercado comprar pão. A tarde foi caindo, e ele não voltava. Minha mãe e eu o esperávamos, preocupados e famintos. Já estava escurecendo quando ele chegou, trazendo um rolo de papel embaixo do braço.

    – Comprei um mapa – anunciou, triunfante.

    – Onde está o pão? – minha mãe perguntou.

    – Comprei um mapa – ele repetiu.

    Mamãe e eu não dissemos nada.

    – Meu dinheiro só dava para comprar um pedaço minúsculo de pão, que não mataria nossa fome – ele explicou, se desculpando.

    – Não temos nada para comer – minha mãe disse, amargurada.

    – Em compensação, temos um mapa.

    Fiquei furioso. Achei que não ia conseguir perdoá-lo, e fui para a cama com fome, enquanto o casal que morava conosco comia seu jantar minguado.

    O marido era escritor. Ele escrevia em silêncio, mas fazia um barulhão danado quando mastigava. Mastigava uma casquinha de pão com o maior entusiasmo, como se fosse a guloseima mais deliciosa do mundo. Senti inveja do pão dele. Quem dera eu pudesse mastigá-lo! Cobri a cabeça com o cobertor para não ouvi-lo estalar os lábios com aquela satisfação tão barulhenta.

    No dia seguinte, meu pai pendurou o mapa. Ele ocupou a parede inteira! Nosso quartinho sem graça inundou-se de cores.

    Fiquei fascinado pelo mapa e passei horas olhando para ele, examinando cada detalhe. E durante muitos dias eu o desenhei em cada pedacinho de papel que me aparecia pela frente.

    Eu encontrava nomes desconhecidos naquele mapa. Lia-os em voz alta, me deliciando com seu som estranho e usando-os para compor quadrinhas rimadas:

        Fukuoka Takaoka Omsk,

        Fukuyama Nagayama Tomsk,

        Okasaki Miyasaki Pinsk,

        Pensilvânia Transilvânia Minsk!

    Eu repetia esses versos como uma fórmula mágica, e, sem nunca sair do quarto, me transportava para longe.

    Aterrissei em desertos abrasadores.

    Percorri praias, sentindo a areia entre os dedos dos pés.

    Escalei montanhas nevadas onde o vento gelado me lambia o rosto.

    Vi templos maravilhosos com esculturas de pedra dançando nas paredes e pássaros de todas as cores cantando nos telhados.

    Atravessei pomares cheios de frutas, comi mamões e mangas até me fartar.

    Bebi água fresquinha e descansei à sombra de palmeiras.

    Cheguei a uma cidade de arranha-céus e tentei contar suas janelas. Eram tantas que caí no sono antes de acabar.

    E assim passei horas de encantamento longe da fome e da miséria.

    E perdoei meu pai. Afinal, ele fez a coisa certa.

Nota do autor: Nasci em Varsóvia, na Polônia. O bombardeio de Varsóvia aconteceu em 1939, quando eu tinha 4 anos. Lembro-me das ruas afundando, dos edifícios queimados ou desmoronando, virando pó, e de uma bomba que caiu no vão da escada do nosso prédio. Pouco depois, fugi da Polônia com minha família. Durante seis anos moramos na União Soviética, a maior parte do tempo na Ásia Central, na cidade de Turquestão, onde hoje é o Casaquistão. Por fim chegamos a Paris, em 1947, e nos mudamos para Israel em 1949. Vim para os Estados Unidos em 1959. A história desse livro é de quando eu tinha quatro ou cinco anos, nos primeiros tempos de nossa permanência no Turquestão. O mapa original se perdeu há muito tempo.


SHULEVITZ, Uri. Mapa dos sonhos. São Paulo: Martins Fontes, 2009.
Liberdade, espontaneidade, afetividade e fantasia são elementos que fundam a infância. Tais substâncias são também pertinentes à construção literária. Daí, a literatura ser próxima da criança. Possibilitar aos mais jovens acesso ao texto literário é garantir a presença de tais elementos, que inauguram a vida, como essenciais para o seu crescimento. Nesse sentido é indispensável a presença da literatura em todos os espaços por onde circula a infância. Todas as atividades que têm a literatura como objeto central serão promovidas para fazer do País uma sociedade leitora. (QUEIRÓS, Bartolomeu Campos de. Manifesto por um Brasil literário. Parati, RJ, 2009. Disponível em: http://www.brasilliterario.org.br. Acesso em: 6 jul. 2018.)
Para Queirós, “Liberdade, espontaneidade, afetividade e fantasia são elementos que fundam a infância”. Assinale a alternativa que apresenta um trecho do Texto I contendo esses elementos.
Alternativas
Q936859 Português

“Pode-se dizer que, hoje, todas as tendências temáticas e estilísticas se impõem com igual força na produção literária para crianças, jovens e adultos. Passado e presente se fundem para gerar novas formas. No panorama literário geral coexistem, com igual interesse, diferentes linhas ou tendências de criação literária.” (COELHO, Nelly Novaes. Literatura infantil: teoria, análise e didática. São Paulo: Moderna, 2000, p. 155)


Do livro de aventura às crônicas de nossos maiores escritores, são muitos os títulos de obras para os alunos do ensino fundamental II aos quais o professor tem acesso.


O Texto XI pode ser incluído nas

Alternativas
Q936858 Português

“Para que o convívio do leitor com a literatura resulte efetivo, nessa aventura espiritual que é a leitura, muitos são os fatores em jogo. Entre os mais importantes está a necessária adequação dos textos às diversas etapas do desenvolvimento infantil/juvenil.” (COELHO, Nelly Novaes. Literatura infantil: teoria, análise e didática. São Paulo: Moderna, 2000, p. 32.)


A obra de Pedro Bandeira pode ser considerada um clássico entre os leitores infantojuvenis, não só pela liderança nas vendagens, como também pelo sucesso entre os jovens leitores do Brasil.


A escolha dessa obra e os trabalhos desenvolvidos sobre ela, para alunos do ensino fundamental II, deverão levar em conta

Alternativas
Q936857 Português

TEXTO X


                                         Aula de português


                               A linguagem

                               na ponta da língua

                               tão fácil de falar

                               e de entender.


                               A linguagem

                               na superfície estrelada de letras,

                               sabe lá o que ela quer dizer?


                                Professor Carlos Góis, ele é quem sabe,

                                e vai desmatando

                                o amazonas de minha ignorância.

                                Figuras de gramática, esquipáticas,

                                atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me.


                                Já esqueci a língua em que comia,

                                 em que pedia para ir lá fora,

                                 em que levava e dava pontapé,

                                 a língua, breve língua entrecortada

                                 do namoro com a prima.


                                 O português são dois; o outro, mistério.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Boitempo: esquecer para lembrar. São Paulo: Companhia das Letras, 2017, p. 129.

“As figuras de linguagem podem atuar na área da semântica lexical, da construção gramatical, da associação cognitiva do pensamento ou da camada fônica da linguagem. Assim, temos o que tradicionalmente se denomina de figuras de palavras, figuras de construção (ou de sintaxe), de pensamento e figuras fônicas.” (AZEREDO, José Carlos de. Gramática Houaiss da língua portuguesa. São Paulo: Publifolha, 2010, p. 484.)


No Texto X, a linguagem literária se faz presente e ganha força expressiva também com a utilização de algumas figuras de linguagem.


Assinale a alternativa que apresenta a correta relação entre o(s) verso(s) destacado(s) e as figuras de linguagem correspondentes.

Alternativas
Q936856 Português

TEXTO X


                                         Aula de português


                               A linguagem

                               na ponta da língua

                               tão fácil de falar

                               e de entender.


                               A linguagem

                               na superfície estrelada de letras,

                               sabe lá o que ela quer dizer?


                                Professor Carlos Góis, ele é quem sabe,

                                e vai desmatando

                                o amazonas de minha ignorância.

                                Figuras de gramática, esquipáticas,

                                atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me.


                                Já esqueci a língua em que comia,

                                 em que pedia para ir lá fora,

                                 em que levava e dava pontapé,

                                 a língua, breve língua entrecortada

                                 do namoro com a prima.


                                 O português são dois; o outro, mistério.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Boitempo: esquecer para lembrar. São Paulo: Companhia das Letras, 2017, p. 129.

“Os processos de formação de palavras servem regularmente à produção de efeitos emotivo-afetivo, conativo-apelativo e poético, assim como participam dos meios de coesão textual.” (AZEREDO, José Carlos de. Gramática Houaiss da língua portuguesa. São Paulo: Publifolha, 2008, p. 470.)


No Texto X, Drummond se utiliza da função poética para conseguir, valendo-se das potencialidades linguísticas, certo efeito de sentido.


Acerca do processo de formação da palavra “esquipáticas”, é correto afirmar que se trata de

Alternativas
Q936855 Português

“A classificação de formas de preenchimento da categoria sujeito por critérios puramente sintáticos constitui-se em uma redução do fenômeno linguístico, [...] pois [...] se contemplam apenas aspectos da imanência linguística, silenciando outros situacionais, político-ideológicos, que indicam a posição do enunciador em relação às representações sociais que ele tem da realidade de que fala.” (ANTUNES, Irandé. “Particularidades sintático-semânticas da categoria de sujeito em gêneros textuais da comunicação pública formal”. In: MEURER, José Luiz; MOTTA-ROTH, Desirée (Org.). Gêneros textuais e práticas discursivas: subsídios para o ensino da linguagem. São Paulo: Edusc, 2002, p. 215-216.)


No Texto VIII, o texto ao lado da foto diz que “O garoto tinha só 14 anos e estava indo para a escola quando uma bala o matou. Em Realengo, outro adolescente da mesma idade foi morto a tiros”. A gramática tradicional classifica os sujeitos das duas orações destacadas como “determinados”, por estarem explícitos na frase, e “simples”, por conterem somente um núcleo.

No entanto, sabe-se que o lugar sintático do sujeito é um lugar de proeminência na estrutura sintagmática dos enunciados e pode transparecer escolhas feitas pelo enunciador.


Tomando por base a citação de Antunes (2002), uma análise mais aprofundada, que ultrapassa os critérios puramente sintáticos de classificação, revela que a escolha feita tem o objetivo de

Alternativas
Q936854 Português

A charge (Texto IX) critica o fato de muitas pessoas terem dado mais importância para a Copa do Mundo do que para os problemas políticos e sociais ocorridos durante o mesmo período.


Na imagem, vários índices são responsáveis por acionar essa crítica na mente do leitor. Dentre estes, o mais significativo é o fato de

Alternativas
Q936853 Português

“Usamos a expressão domínio discursivo para designar uma esfera ou instância de produção discursiva ou de atividade humana. [...] Do ponto de vista dos domínios, falamos em discurso jurídico, discurso jornalístico, discurso religioso etc., já que as atividades jurídica, jornalística ou religiosa não abrangem um gênero em particular, mas dão origem a vários deles.” (MARCUSCHI, L. A. “Gêneros textuais: definição e funcionalidade”. In: DIONÍSIO, Ângela; MACHADO, Anna Rachel et al. Gêneros textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2003, p. 23.)


Apesar de os textos VIII e IX serem de gêneros diferentes, eles pertencem à mesma esfera discursiva: o domínio jornalístico. Além disso, ambos foram publicados na mesma época (final de junho de 2018) e retratam dois fatos concomitantes: a Copa do Mundo 2018 e a morte de um estudante atingido durante um confronto entre policiais e traficantes na favela da Maré, no Rio de Janeiro.


Ao comparar os textos, é correto afirmar que o Texto VIII

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Q936852 Português

“Em resumo, que elementos distinguiriam essa literatura? Para além das discussões conceituais, alguns indicadores podem ser destacados: uma voz autoral afrodescendente, explícita ou não no discurso; temas afro-brasileiros; construções linguísticas marcadas por uma afro-brasilidade de tom, ritmo, sintaxe ou sentido; um projeto de transitividade discursiva, explícita ou não, com vistas ao universo recepcional; mas sobretudo, um ponto de vista ou lugar de enunciação política e culturalmente identificado à afrodescendência, como fim e começo.” (DUARTE, Eduardo de Assis. “Por um conceito de literatura afro-brasileira”. In: DUARTE, Eduardo de Assis; FONSECA, Maria Nazareth Soares (Org.). Literatura e afrodescendência: antologia crítica. Belo Horizonte: UFMG, 2011, p. 385.)


Segundo o conceito defendido por Duarte, assim como Carolina Maria de Jesus, também constitui exemplo legítimo de literatura afro-brasileira

Alternativas
Q936851 Português

Uma das funções contemporâneas dos estudos literários é a revisão do cânone, dando publicidade às vozes sociais que foram recalcadas pela tradição por razões que nem sempre corresponderam à da qualidade estética. É o caso de Quarto de despejo, romance em forma de diário em que a favela não é apresentada por um intelectual consagrado, mas pela própria favelada.


No Texto VII, a percepção aguda da narradora quanto à opressão vivida nas relações sociais estabelecidas na favela põe em destaque o(a)

Alternativas
Q936850 Português

“Para Catherine Kerbrat-Orecchioni (1986), o receptor de um enunciado percorre um caminho que vai do conteúdo explícito ao implícito eventual. Conforme a autora, não existem marcas de implícito, mas sempre se pode estabelecer uma ancoragem textual explícita para ele.” (ARGELIM, Regina Célia. “Polifonia e implícito como recursos argumentativos em textos midiáticos”. In: PAULIUKONIS, Maria Aparecida; GAVAZZI, Sigrid (Org.). Texto e discurso: mídia, literatura e ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2003, p.16.)


Tendo por base a citação acima, pode-se afirmar em relação ao Texto VI que, no fragmento “Mas agora já chega, o Comissário já não consegue mobilizar-me mais. E o que disse é verdade, tem razão.” (linhas 29-30), o subentendido está pautado em uma ancoragem de natureza

Alternativas
Q936849 Português

No processo argumentativo desenvolvido no Texto VI, teses distintas entram em conflito.


Assinale a alternativa que apresenta as teses defendidas por Mundo Novo e Lutamos, respectivamente, sobre a manutenção das conquistas da Revolução, evitando-se futuros golpes de Estado.

Alternativas
Q936848 Português

Uma das marcas mais típicas da narrativa machadiana é a expressão de uma mundividência em que a desilusão com a vida, com a sociedade e com o ser humano são as tônicas.


O Texto V apresenta, sutilmente, a visão desiludida do narrador em relação à existência humana e à vida, por meio da

Alternativas
Q936847 Português

Ainda que as histórias da literatura brasileira tradicionalmente insiram Machado de Assis no bojo do Realismo, parte da crítica contemporânea vê em sua narrativa traços sui generis, que extrapolam os limites daquele estilo de época.


O traço presente no Texto V que o afasta da proposta realista, segundo a qual a literatura deve apresentar-se ao leitor como uma representação o mais possível mimética da realidade, dissimulando o jogo literário, é a

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Q936846 Literatura

TEXTO IV


                                 A educação pela pedra


                     Uma educação pela pedra: por lições;

                      para aprender da pedra, frequentá-la;

                      captar sua voz inenfática, impessoal

                      (pela de dicção ela começa as aulas).

                      A lição de moral, sua resistência fria

                      ao que flui e a fluir, a ser maleada;

                      a de poética, sua carnadura concreta;

                      a de economia, seu adensar-se compacta:

                      lições da pedra (de fora para dentro,

                      cartilha muda), para quem soletrá-la.

                      Outra educação pela pedra: no Sertão

                      (de dentro para fora, e pré-didática).

                      No Sertão a pedra não sabe lecionar,

                      e se lecionasse, não ensinaria nada;

                      lá não se aprende a pedra: lá a pedra,

                      uma pedra de nascença, entranha a alma.

MELLO NETO, João Cabral de. Poesias completas. Rio de Janeiro: José Olympio, 1979, p. 11. 

O poeta João Cabral de Melo Neto está inserido, segundo a crítica literária tradicional, na terceira geração modernista.


As principais características do projeto literário dessa geração são,

Alternativas
Q936845 Português

TEXTO IV


                                 A educação pela pedra


                     Uma educação pela pedra: por lições;

                      para aprender da pedra, frequentá-la;

                      captar sua voz inenfática, impessoal

                      (pela de dicção ela começa as aulas).

                      A lição de moral, sua resistência fria

                      ao que flui e a fluir, a ser maleada;

                      a de poética, sua carnadura concreta;

                      a de economia, seu adensar-se compacta:

                      lições da pedra (de fora para dentro,

                      cartilha muda), para quem soletrá-la.

                      Outra educação pela pedra: no Sertão

                      (de dentro para fora, e pré-didática).

                      No Sertão a pedra não sabe lecionar,

                      e se lecionasse, não ensinaria nada;

                      lá não se aprende a pedra: lá a pedra,

                      uma pedra de nascença, entranha a alma.

MELLO NETO, João Cabral de. Poesias completas. Rio de Janeiro: José Olympio, 1979, p. 11. 

“O Sertão não é unicamente um lugar; é um estilo. Captá-lo, traduzir-se nele, é estar atento a suas incontáveis configurações, sobretudo as discursivas.” (SECCHIN, Antônio Carlos. In: AZEREDO, José Carlos de. Ensino de português: fundamentos, percursos, objetos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007, p. 180.)


Em João Cabral de Melo Neto, a simples pontuação é discurso, uma vez que reverbera certos efeitos de sentido elaborados pelo poeta. Nessa perspectiva, tal recurso linguístico

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Q936844 Português

No Texto III, o jogo dos tempos verbais articula-se para a construção de sentidos da narrativa e para a compreensão, pelo leitor, da relação entre as impressões e os fatos relatados.


A respeito desse jogo dos tempos verbais na narrativa, pode-se afirmar que

Alternativas
Q936843 Português

Vidas secas apresenta uma voz narrativa em terceira pessoa que, no entanto, consegue matizarse pelo uso estratégico de recursos ligados à polifonia.


Considerando a leitura do Texto II, percebe-se essa elaboração multiperspectivada e polifônica da voz narrativa no(a)

Alternativas
Q936842 Português

“O profissional de Letras enquanto aprende a aprender sobre os fatos da língua não deve limitar-se a preencher suas lacunas de conhecimento do padrão culto da gramática tradicional escolar (nem se esquecer de preenchê-las).” (BARBOSA, Afrânio Gonçalves. “Saberes gramaticais na escola”. In: BRANDÃO, Silvia Figueiredo; VIEIRA, Silvia Rodrigues (Org.). Ensino de gramática. Rio de Janeiro: Contexto, 2011).


Levando-se em consideração a morfossintaxe da gramática tradicional, algumas palavras podem apresentar uma variedade de classificações. Observe as classificações dadas ao vocábulo que nos trechos do Texto I a seguir:


I - "Era uma vez um jovem casal que estava muito feliz" (linha 1) – pronome relativo

II - “Que felicidade ter um computador como filho!” (linha 4) – advérbio de intensidade

III - “[...] julgavam que uma memória perfeita é o essencial para uma boa educação” (linhas 7-8) – conjunção integrante

IV – “De tudo o que você memorizou qual foi aquilo que você mais amou?” (linha 35) – pronome interrogativo

V - “É que tais respostas não se encontram na memória” (linhas 44-45) – partícula de realce



Estão corretas
Alternativas
Q936841 Português

“Tanto quanto as demais espécies de conectivos, as preposições contribuem de forma mais ou menos relevante para o significado das construções de que participam. Essa maior ou menor relevância está relacionada a graus de liberdade do enunciador na seleção da preposição.” (AZEREDO, José Carlos de. Gramática Houaiss da língua portuguesa. 3. ed. São Paulo: Publifolha, 2010, p. 196.)


Nas frases a seguir, extraídas do texto de Rubem Alves, as preposições compõem estruturas sintáticas diversas, estabelecendo diferentes relações de sentido:


I – “Transcorridos os nove meses de gravidez, ele nasceu.” (linha 3)

II – “Sabia de cor todas as informações sobre o mundo cultural.” (linhas 19-20)

III – “E os outros casais, pais e mães dos colegas de Memorioso, morriam de inveja.” (linhas 22-23)

IV – “Levado às pressas para o hospital de computadores [...].” (linha 42)


Assinale a afirmativa correta acerca dos termos introduzidos pela preposição DE.

Alternativas
Respostas
1621: D
1622: A
1623: A
1624: B
1625: D
1626: C
1627: D
1628: B
1629: B
1630: C
1631: B
1632: B
1633: D
1634: C
1635: D
1636: C
1637: B
1638: A
1639: D
1640: B