Questões de Concurso Comentadas para ifb

Foram encontradas 869 questões

Resolva questões gratuitamente!

Junte-se a mais de 4 milhões de concurseiros!

Q2744638 Português

Os dois poemas seguintes, de Manuel Bandeira e de Carlos Drummond de Andrade, são as referências para as questões 5 e 6:


POEMA TIRADO DE UMA NOTÍCIA DE JORNAL


João Gostoso era carregador de feira-livre e morava no

[morro da Babilônia num barracão sem número.

Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro

Bebeu

Cantou

Dançou

Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.


(BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: José Olympio, 1990.)


SOCIEDADE


O homem disse para o amigo:

— Breve irei a tua casa

e levarei minha mulher.


O amigo enfeitou a casa

e quando o homem chegou com a mulher,

soltou uma dúzia de foguetes.


O homem comeu e bebeu.

A mulher bebe e cantou.

Os dois dançaram.

O amigo estava muito satisfeito.


Quando foi hora de sair,

o amigo disse para o homem:

— Breve irei a tua casa.

E apertou a mão dos dois.


No caminho o homem resmunga:

— Ora essa, era o que faltava:

E a mulher ajunta: — Que idiota.


— A casa é um ninho de pulgas.

— Reparaste o bife queimado?

O piano ruim e a comida pouca.


E todas as quintas-feiras

eles voltam à casa do amigo

que ainda não pôde retribuir a visita.


(ANDRADE, Carlos Drummond de. Reunião. Rio de Janeiro: José Olympio, 1980.)

Está CORRETO afirmar em relação à sintaxe do primeiro texto:

Alternativas
Q2744637 Português

Leia o texto a seguir, a fim de resolver as questões de 1 a 4:


DIGA NÃO AOS LIVROS


Tenho saudades do tempo em que ainda não havia aprendido a ler. A vida era tão mais leve, entre brincadeiras à sombra dos laranjais. Não precisava ficar debruçado sobre cartilhas e cadernos, horas sem conta, espremendo o cérebro (é verdade que ainda bem pequeno) para descobrir o que aquela professora meio megera, meio bruxa, queria que eu fizesse com letras e números.

Mal sabia eu o quanto ainda era um paraíso aquele conjunto de palavras meio desordenado e sem sentido! O Ivo que via a uva, o macaco matuto comendo mamão e o papai que passava pomada na panela eram companheiros numa amizade sem conflitos nas páginas coloridas da cartilha, com uma graça forçada, igual ao sorriso amarelo que damos após uma gafe monumental. Mas o Ivo, o macaco e o papai se davam muito bem, porque não precisavam ter coesão nem coerência, palavrinhas infernais que aprendi a pronunciar mais tarde nas aulas de redação. E que nunca soube muito bem para que serviam...

Hoje, após muita reflexão e experiência, concluo que as atividades de ler e escrever deveriam ser banidas do currículo das escolas. Afinal, se as estatísticas sobre o assunto e todas as provas de leitura e língua a que se submetem os alunos brasileiros sempre acabam em números mínimos e vergonhosos, por que insistir nisso? Veja bem: os governantes não ignoram as pesquisas sobre os problemas da cidade ou sobre o valor do salário mínimo quando elas dão resultados irrisórios? Então... Vamos fazer o mesmo com a leitura e a escrita. Ah, e também com a matemática (por sinal, dispensável depois que inventaram a calculadora!).

Acho que os estudantes ficariam muito mais contentes se não precisassem ler. Principalmente se fosse para adquirir o tal de conhecimento sobre o mundo. Acho desnecessário saber sobre o mundo. Acho que nunca vou sair da minha cidade: para que me serviria o mundo? Se for para saber sobre a história, também dispenso a leitura. Nada tenho a ver com gente antiga e com acontecimentos já terminados. A vida começa hoje, e toda a história começa e termina comigo.

Se for para aprender sobre mim mesmo, como os professores insistem em dizer quando falam da leitura da literatura, continua dispensando. Já me conheço o suficiente: todos os meus gostos e preferências eu já conheço. Se tenho alguma dúvida, ela é resolvida no meu grupo. Porque o que meus amigos e eu decidimos, todos adotamos. Não tenho nada a esconder. Afinal, querer um carrão, uma casa bonita, férias na praia e um carrinho cheio no supermercado todos querem. E não precisam de estudo para isso. Podem conseguir com um pouco de sorte na loteria. Claro que fica mais fácil se o sujeito dá a sorte de virar cantor, ou se aprender a jogar futebol com alguma qualidade. Aí, então, analfabetismo vira charme, diferencial, pitoresco.

Dizem que devo ler para, ao menos, saber do que se passa na cidade, pertinho de mim. Para que me serve saber das notícias? Elas acontecem sem minha participação. E vão continuar acontecendo. Só me interessa o resultado do futebol. O resto é preocupação que não preciso ter.

Nem sei por que continuo indo à escola. Meus pais dizem que é para que eu tenha uma vida melhor que a deles. De que adianta? Eles estudaram mais que eu e, no entanto, dão um duro danado para sustentar a família. Se estudar é tão importante, por quê é que os outros desvalorizam o trabalho dos que passaram vários anos estudando e lendo um monte de textos?

Outro dia fiquei sabendo que um ex-colega de escola conseguiu emprego numa livraria. É esquisito como tem gente que põe dinheiro nesse tipo de comércio. Passei lá nessa loja por acaso e entrei para falar com o cara. É verdade que tinha uns livros bonitos nas prateleiras... Parecia coisa de muito luxo e importância. Abri um deles e li um pedaço de uma página. Não entendi nada: algumas palavras eu conhecia, mas as frases não faziam sentido para mim. Achei um desperdício de papel e tinta: de que serve um livro se as pessoas não conseguem entender o que lêem? O colega falou que isso era porque eu não sabia ler. “Como não?”, respondi. “Tenho até diploma que diz que fui alfabetizado!” Aí ele me disse uma coisa que me deixou muito impressionado. “Pior analfabeto é o que aprendeu a ler e não lê!” Me senti ofendido. Mas, dentro de mim, reconheci que ele estava certo. Mas eu não estava ali para dar a ele o gostinho do acerto. Saí da livraria de cabeça erguida, dizendo que livro que não se entende é coisa mais que inútil. E livraria é lugar de gente que não tem, ou que não sabe, o que fazer na vida. Melhor que livro são os games. Melhor que os games, só o rock. Melhor que eles é a azaração. Ler para quê?

A experiência acumulada sobre os malefícios da leitura em meus anos de vida me deram a idéia de criar um movimento de alerta para meus amigos, e até para os inimigos. Eles estão indo na conversa dos mais velhos. Ficam na dúvida e começam a pensar que a leitura e o estudo podem lhes trazer benefícios futuros. Vou criar uma associação dos inimigos da leitura que terá como palavra de ordem “Abaixo os livros!” Tenho certeza de que muitos virão se unir a mim. Penso que só assim acabaremos com essa farsa de civilização, história e cultura.

O que vale mesmo é a azaração. O resto é silêncio. Palha.


(COSTA, Marta Morais da. Mapa do mundo: crônicas sobre leitura. Belo Horizonte: Leitura, 2006.)

Com saudosismo, a cronista diz que, no tempo em que aprendia a ler, não se preocupava com duas palavrinhas “infernais”: coesão e coerência. E, com ênfase, confirma a necessidade que teve de lidar com esses recursos em aulas de redação no seu estudo posterior. Essa reflexão pode levar o leitor a pensar na importância do domínio da coesão e da coerência na produção de qualquer texto.


Quais explicações, a seguir, são VERDADEIRAS (V) ou FALSAS (F) em respeito a esses recursos linguísticos?


( ) A cronista usa um tema que desaconselha a leitura inquestionavelmente. Todo o texto é construído com frases de sentido literal. Por isso que essa crônica não faz sentido para os leitores do século XXI, pois vivemos em uma época exclusivamente letrada;

( ) Apesar de todo o discurso parecer desaconselhar a leitura, há, pelos menos, uma passagem no texto que conecta o pensamento da cronista ao mundo significativo da leitura;

( ) A cronista mantém um discurso forçosamente radical quanto aos prejuízos da leitura. Mas, dependendo do leitor, é possível identificar ironias em várias partes do texto. Nesse caso, a crônica deixa de ser um discurso contraditório ao mundo da leitura e se transforma numa crítica;

( ) O penúltimo parágrafo da crônica está bem estruturado, porque, principalmente, responde, com boa coesão, a pergunta feita no parágrafo anterior: “Ler para quê?”;

( ) As reticências incluídas nos parágrafos segundo e terceiro deixam as frases incompletas. Isso significa erros de coesão.


Escolha, agora, a opção adequada de cima para baixo:

Alternativas
Q2744636 Português

Leia o texto a seguir, a fim de resolver as questões de 1 a 4:


DIGA NÃO AOS LIVROS


Tenho saudades do tempo em que ainda não havia aprendido a ler. A vida era tão mais leve, entre brincadeiras à sombra dos laranjais. Não precisava ficar debruçado sobre cartilhas e cadernos, horas sem conta, espremendo o cérebro (é verdade que ainda bem pequeno) para descobrir o que aquela professora meio megera, meio bruxa, queria que eu fizesse com letras e números.

Mal sabia eu o quanto ainda era um paraíso aquele conjunto de palavras meio desordenado e sem sentido! O Ivo que via a uva, o macaco matuto comendo mamão e o papai que passava pomada na panela eram companheiros numa amizade sem conflitos nas páginas coloridas da cartilha, com uma graça forçada, igual ao sorriso amarelo que damos após uma gafe monumental. Mas o Ivo, o macaco e o papai se davam muito bem, porque não precisavam ter coesão nem coerência, palavrinhas infernais que aprendi a pronunciar mais tarde nas aulas de redação. E que nunca soube muito bem para que serviam...

Hoje, após muita reflexão e experiência, concluo que as atividades de ler e escrever deveriam ser banidas do currículo das escolas. Afinal, se as estatísticas sobre o assunto e todas as provas de leitura e língua a que se submetem os alunos brasileiros sempre acabam em números mínimos e vergonhosos, por que insistir nisso? Veja bem: os governantes não ignoram as pesquisas sobre os problemas da cidade ou sobre o valor do salário mínimo quando elas dão resultados irrisórios? Então... Vamos fazer o mesmo com a leitura e a escrita. Ah, e também com a matemática (por sinal, dispensável depois que inventaram a calculadora!).

Acho que os estudantes ficariam muito mais contentes se não precisassem ler. Principalmente se fosse para adquirir o tal de conhecimento sobre o mundo. Acho desnecessário saber sobre o mundo. Acho que nunca vou sair da minha cidade: para que me serviria o mundo? Se for para saber sobre a história, também dispenso a leitura. Nada tenho a ver com gente antiga e com acontecimentos já terminados. A vida começa hoje, e toda a história começa e termina comigo.

Se for para aprender sobre mim mesmo, como os professores insistem em dizer quando falam da leitura da literatura, continua dispensando. Já me conheço o suficiente: todos os meus gostos e preferências eu já conheço. Se tenho alguma dúvida, ela é resolvida no meu grupo. Porque o que meus amigos e eu decidimos, todos adotamos. Não tenho nada a esconder. Afinal, querer um carrão, uma casa bonita, férias na praia e um carrinho cheio no supermercado todos querem. E não precisam de estudo para isso. Podem conseguir com um pouco de sorte na loteria. Claro que fica mais fácil se o sujeito dá a sorte de virar cantor, ou se aprender a jogar futebol com alguma qualidade. Aí, então, analfabetismo vira charme, diferencial, pitoresco.

Dizem que devo ler para, ao menos, saber do que se passa na cidade, pertinho de mim. Para que me serve saber das notícias? Elas acontecem sem minha participação. E vão continuar acontecendo. Só me interessa o resultado do futebol. O resto é preocupação que não preciso ter.

Nem sei por que continuo indo à escola. Meus pais dizem que é para que eu tenha uma vida melhor que a deles. De que adianta? Eles estudaram mais que eu e, no entanto, dão um duro danado para sustentar a família. Se estudar é tão importante, por quê é que os outros desvalorizam o trabalho dos que passaram vários anos estudando e lendo um monte de textos?

Outro dia fiquei sabendo que um ex-colega de escola conseguiu emprego numa livraria. É esquisito como tem gente que põe dinheiro nesse tipo de comércio. Passei lá nessa loja por acaso e entrei para falar com o cara. É verdade que tinha uns livros bonitos nas prateleiras... Parecia coisa de muito luxo e importância. Abri um deles e li um pedaço de uma página. Não entendi nada: algumas palavras eu conhecia, mas as frases não faziam sentido para mim. Achei um desperdício de papel e tinta: de que serve um livro se as pessoas não conseguem entender o que lêem? O colega falou que isso era porque eu não sabia ler. “Como não?”, respondi. “Tenho até diploma que diz que fui alfabetizado!” Aí ele me disse uma coisa que me deixou muito impressionado. “Pior analfabeto é o que aprendeu a ler e não lê!” Me senti ofendido. Mas, dentro de mim, reconheci que ele estava certo. Mas eu não estava ali para dar a ele o gostinho do acerto. Saí da livraria de cabeça erguida, dizendo que livro que não se entende é coisa mais que inútil. E livraria é lugar de gente que não tem, ou que não sabe, o que fazer na vida. Melhor que livro são os games. Melhor que os games, só o rock. Melhor que eles é a azaração. Ler para quê?

A experiência acumulada sobre os malefícios da leitura em meus anos de vida me deram a idéia de criar um movimento de alerta para meus amigos, e até para os inimigos. Eles estão indo na conversa dos mais velhos. Ficam na dúvida e começam a pensar que a leitura e o estudo podem lhes trazer benefícios futuros. Vou criar uma associação dos inimigos da leitura que terá como palavra de ordem “Abaixo os livros!” Tenho certeza de que muitos virão se unir a mim. Penso que só assim acabaremos com essa farsa de civilização, história e cultura.

O que vale mesmo é a azaração. O resto é silêncio. Palha.


(COSTA, Marta Morais da. Mapa do mundo: crônicas sobre leitura. Belo Horizonte: Leitura, 2006.)

Uma crônica pode ser, também, um texto de opinião: expressar a posição do autor/cronista diante dos fatos do cotidiano. Para essa construção, usa-se o argumento e/ou o contra-argumento.


Em alguns dos trechos seguintes, há marcas argumentativas. Observe-as:


I) “O Ivo que via a uva, o macaco matuto comendo mamão e o papai que passava pomada na panela eram companheiros numa amizade sem conflitos nas páginas coloridas da cartilha, com uma graça forçada, igual ao sorriso amarelo que damos após uma gafe monumental. ”

II) “Mas o Ivo, o macaco e o papai se davam muito bem, porque não precisavam ter coesão nem coerência, palavrinhas infernais que aprendi a pronunciar mais tarde nas aulas de redação. E que nunca soube muito bem para que serviam...”

III) “Então... Vamos fazer o mesmo com a leitura e a escrita. Ah, e também com a matemática (por sinal, dispensável depois que inventaram a calculadora!). ”

IV) “Acho que os estudantes ficariam muito mais contentes se não precisassem ler. Principalmente se fosse para adquirir o tal de conhecimento sobre o mundo. Acho desnecessário saber sobre o mundo. Acho que nunca vou sair da minha cidade: para que me serviria o mundo? ”

V) “Outro dia fiquei sabendo que um ex-colega de escola conseguiu emprego numa livraria. (...) Passei lá nessa loja por acaso e entrei para falar com o cara. ”


Agora, escolha a opção que apresenta a indicação CORRETA sobre essas marcas argumentativas:

Alternativas
Q2744634 Português

Leia o texto a seguir, a fim de resolver as questões de 1 a 4:


DIGA NÃO AOS LIVROS


Tenho saudades do tempo em que ainda não havia aprendido a ler. A vida era tão mais leve, entre brincadeiras à sombra dos laranjais. Não precisava ficar debruçado sobre cartilhas e cadernos, horas sem conta, espremendo o cérebro (é verdade que ainda bem pequeno) para descobrir o que aquela professora meio megera, meio bruxa, queria que eu fizesse com letras e números.

Mal sabia eu o quanto ainda era um paraíso aquele conjunto de palavras meio desordenado e sem sentido! O Ivo que via a uva, o macaco matuto comendo mamão e o papai que passava pomada na panela eram companheiros numa amizade sem conflitos nas páginas coloridas da cartilha, com uma graça forçada, igual ao sorriso amarelo que damos após uma gafe monumental. Mas o Ivo, o macaco e o papai se davam muito bem, porque não precisavam ter coesão nem coerência, palavrinhas infernais que aprendi a pronunciar mais tarde nas aulas de redação. E que nunca soube muito bem para que serviam...

Hoje, após muita reflexão e experiência, concluo que as atividades de ler e escrever deveriam ser banidas do currículo das escolas. Afinal, se as estatísticas sobre o assunto e todas as provas de leitura e língua a que se submetem os alunos brasileiros sempre acabam em números mínimos e vergonhosos, por que insistir nisso? Veja bem: os governantes não ignoram as pesquisas sobre os problemas da cidade ou sobre o valor do salário mínimo quando elas dão resultados irrisórios? Então... Vamos fazer o mesmo com a leitura e a escrita. Ah, e também com a matemática (por sinal, dispensável depois que inventaram a calculadora!).

Acho que os estudantes ficariam muito mais contentes se não precisassem ler. Principalmente se fosse para adquirir o tal de conhecimento sobre o mundo. Acho desnecessário saber sobre o mundo. Acho que nunca vou sair da minha cidade: para que me serviria o mundo? Se for para saber sobre a história, também dispenso a leitura. Nada tenho a ver com gente antiga e com acontecimentos já terminados. A vida começa hoje, e toda a história começa e termina comigo.

Se for para aprender sobre mim mesmo, como os professores insistem em dizer quando falam da leitura da literatura, continua dispensando. Já me conheço o suficiente: todos os meus gostos e preferências eu já conheço. Se tenho alguma dúvida, ela é resolvida no meu grupo. Porque o que meus amigos e eu decidimos, todos adotamos. Não tenho nada a esconder. Afinal, querer um carrão, uma casa bonita, férias na praia e um carrinho cheio no supermercado todos querem. E não precisam de estudo para isso. Podem conseguir com um pouco de sorte na loteria. Claro que fica mais fácil se o sujeito dá a sorte de virar cantor, ou se aprender a jogar futebol com alguma qualidade. Aí, então, analfabetismo vira charme, diferencial, pitoresco.

Dizem que devo ler para, ao menos, saber do que se passa na cidade, pertinho de mim. Para que me serve saber das notícias? Elas acontecem sem minha participação. E vão continuar acontecendo. Só me interessa o resultado do futebol. O resto é preocupação que não preciso ter.

Nem sei por que continuo indo à escola. Meus pais dizem que é para que eu tenha uma vida melhor que a deles. De que adianta? Eles estudaram mais que eu e, no entanto, dão um duro danado para sustentar a família. Se estudar é tão importante, por quê é que os outros desvalorizam o trabalho dos que passaram vários anos estudando e lendo um monte de textos?

Outro dia fiquei sabendo que um ex-colega de escola conseguiu emprego numa livraria. É esquisito como tem gente que põe dinheiro nesse tipo de comércio. Passei lá nessa loja por acaso e entrei para falar com o cara. É verdade que tinha uns livros bonitos nas prateleiras... Parecia coisa de muito luxo e importância. Abri um deles e li um pedaço de uma página. Não entendi nada: algumas palavras eu conhecia, mas as frases não faziam sentido para mim. Achei um desperdício de papel e tinta: de que serve um livro se as pessoas não conseguem entender o que lêem? O colega falou que isso era porque eu não sabia ler. “Como não?”, respondi. “Tenho até diploma que diz que fui alfabetizado!” Aí ele me disse uma coisa que me deixou muito impressionado. “Pior analfabeto é o que aprendeu a ler e não lê!” Me senti ofendido. Mas, dentro de mim, reconheci que ele estava certo. Mas eu não estava ali para dar a ele o gostinho do acerto. Saí da livraria de cabeça erguida, dizendo que livro que não se entende é coisa mais que inútil. E livraria é lugar de gente que não tem, ou que não sabe, o que fazer na vida. Melhor que livro são os games. Melhor que os games, só o rock. Melhor que eles é a azaração. Ler para quê?

A experiência acumulada sobre os malefícios da leitura em meus anos de vida me deram a idéia de criar um movimento de alerta para meus amigos, e até para os inimigos. Eles estão indo na conversa dos mais velhos. Ficam na dúvida e começam a pensar que a leitura e o estudo podem lhes trazer benefícios futuros. Vou criar uma associação dos inimigos da leitura que terá como palavra de ordem “Abaixo os livros!” Tenho certeza de que muitos virão se unir a mim. Penso que só assim acabaremos com essa farsa de civilização, história e cultura.

O que vale mesmo é a azaração. O resto é silêncio. Palha.


(COSTA, Marta Morais da. Mapa do mundo: crônicas sobre leitura. Belo Horizonte: Leitura, 2006.)

De acordo com o Novo Acordo Ortográfico em vigor no Brasil, identifique a opção que destaca e explica a regra adequadamente:

Alternativas
Ano: 2016 Banca: IFB Órgão: IFB
Q1238722 Áudio e Vídeo
O acoplamento do microfone à câmera permite fazer coincidir o ponto de vista com o ponto de escuta, possibilitando restituir a verdade do espaço sonoro em concordância com a do espaço visual. Em qual das situações abaixo isso é mais vantajoso?
Alternativas
Ano: 2016 Banca: IFB Órgão: IFB
Q1238312 Áudio e Vídeo
Com que objetivos um equalizador pode ser utilizado? Analise as afirmativas como VERDADEIRAS (V) ou FALSAS (F) e marque a alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo.
I) Aumentar a inteligibilidade de uma fala.
II) Simular um efeito de conversa ao telefone.
III) Normalizar intensidades de diferentes áudios.
IV) Atenuar a sibilância de uma voz.
V) Aumentar a intensidade de ruídos pouco perceptíveis.
Alternativas
Ano: 2016 Banca: IFB Órgão: IFB
Q1238068 Conhecimentos Gerais
“Ao definirem o tema transversal ‘pluralidade cultural’, os autores dos PCNs enfatizam que não se trata de dividir a sociedade brasileira em grupos culturalmente fechados, mas de educar com vistas a estimular a convivência entre tradições e práticas culturais diferenciadas, presentes na sociedade brasileira [...]” (MATTOS, Hebe. O Ensino da História e a Luta Contra a Discriminação Racial no Brasil. In: ABREU, Martha; SOIHET, Rachel. Ensino de História. Conceitos, temáticas e metodologias. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2003. p. 127-128).Com relação a essa educação com “[...] vistas a estimular a convivência entre tradições e práticas culturais diferenciadas, presentes na sociedade brasileira [...]”, leia as afirmativas.
I) Objetiva educar para a tolerância e o respeito às diversidades, sejam culturais, linguísticas, étnico-raciais, regionais ou religiosas.
II) No texto dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) de 1998, não é possível encontrar uma noção essencializada de cultura.
III) Para Hebe Maria Mattos, a interpretação dada à “pluralidade cultural” – mencionada no texto dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) de 1998 – deve enfatizar a tolerância, a convivência e o respeito entre as tradições.
IV) O aprendizado do respeito às diferenças está na base de qualquer possibilidade de superação do racismo.
V) A ideia de um Brasil formado originalmente por três raças – o índio, o branco e o negro – reforça a perspectiva da “pluralidade cultural”. 
Assinale a alternativa que apresenta somente as afirmativas CORRETAS.
Alternativas
Ano: 2016 Banca: IFB Órgão: IFB
Q1235572 Libras
Quadros (2013), ao discutir a contextualização dos estudos linguísticos sobre a Libras no Brasil, apresenta o estado da arte em torno da Libras. Dentre as alternativas abaixo, marque a que apresenta esta relação.
Alternativas
Ano: 2016 Banca: IFB Órgão: IFB
Q1235171 Educação Física
O Esporte Educação é uma manifestação social do fenômeno esportivo que sustenta dois diferentes conceitos, o Esporte Educacional e o Esporte Escolar. Tais conceitos são sustentados por Tubino (2001) e pelo Decreto Nº 7.984 de 08 de abril de 2013 que regulamenta a legislação esportiva no Brasil. Em relação a esses dois conceitos, assinale V para VERDADEIRO e F para FALSO.
(   ) O esporte educacional tem a finalidade de dar oportunidade de uma prática diferenciada para aqueles jovens que possuem talentos e biótipos adequados para determinadas modalidades esportivas.
(   ) O esporte educacional tem a finalidade de formação para a cidadania e se apoia em princípios em que a inclusão de todos reforça a democratização da prática esportiva.
(   ) O esporte escolar é desenvolvido através de treinamentos específicos e também por competições escolares.
(   ) O esporte educacional se alicerça principalmente sobre o princípio do fair play, pelo qual as crianças e adolescentes aprendem nas competições a respeitar os adversários, companheiros, árbitros, dirigentes e todos os códigos, inclusive as regras.
Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA de cima para baixo:
Alternativas
Ano: 2016 Banca: IFB Órgão: IFB
Q1235023 Geografia
Sobre a expansão econômica no mundo capitalista da segunda metade do século XIX é CORRETO afirmar que: 
Alternativas
Ano: 2016 Banca: IFB Órgão: IFB
Q1234310 Literatura
Segundo Bosi (2013), “na esteira do Camões épico e das epopeias menores dos fins do século XVI, o poemeto em oitavas heroicas publicado em 1601 pode ser considerado um primeiro e canhestro exemplo de maneirismo nas letras da colônia”. Considerando a literatura barroca no Brasil, tal excerto se refere a:
Alternativas
Ano: 2016 Banca: IFB Órgão: IFB
Q1234123 Filosofia
A escola de Platão teorizou o conhecimento dos babilônios sobre a propagação retilínea da luz. Todas as afirmativas abaixo estão corretas, EXCETO:
Alternativas
Ano: 2016 Banca: IFB Órgão: IFB
Q1233938 Enfermagem
Os dados obtidos nos exames médicos, as conclusões e as medidas aplicadas deverão ser registradas em prontuário clínico individual, que ficarão sob responsabilidade do médico coordenador do PCMSO e deverão ser mantidos, após o desligamento do trabalhador, por um período mínimo de:
Alternativas
Ano: 2016 Banca: IFB Órgão: IFB
Q1232641 História
Leia as afirmativas com relação aos fatores que levaram à derrocada da Primeira República brasileira (1889 - 1930). I) A crise econômica mundial de 1929 coincidiu com um período de queda da produção cafeeira do Brasil, o que trouxe profundo impacto na balança comercial brasileira.
II) A Primeira Guerra Mundial trouxe impactos profundos, como a queda do preço do café, um dos principais produtos de exportação brasileira.
III) Como um dos desdobramentos internacionais da Revolução Russa (1917), criou-se, em 1922, o Partido Comunista do Brasil, um novo ator na cena política do país.
IV) A semana de Arte Moderna, organizada em São Paulo em 1822, com inspiração no modernismo e futurismo europeu, questionou a natureza da sociedade brasileira, suas raízes e relações com a civilização europeia.
V) Com um profundo teor democrático, o Tenentismo foi uma poderosa força de oposição ao governo das oligarquias regionais, uma das principais características da Primeira República do Brasil.
Assinale a alternativa que apresenta somente as afirmativas CORRETAS.
Alternativas
Ano: 2016 Banca: IFB Órgão: IFB
Q1231505 Conhecimentos Gerais
A temática da cidadania envolve, no campo das ciências sociais, duas noções-chave, com as quais a educação histórica deve se encontrar comprometida. 
Assinale a opção em que essas duas noções se encontram CORRETAMENTE explicitadas:
Alternativas
Ano: 2016 Banca: IFB Órgão: IFB
Q1229976 Algoritmos e Estrutura de Dados
Na análise de algoritmos para resolver certos problemas, é necessário avaliar não só o tamanho dos dados de entrada, mas os diferentes cenários para esses dados de entrada. Estes cenários são:
Alternativas
Ano: 2016 Banca: IFB Órgão: IFB
Q1229831 Áudio e Vídeo
O manifesto do Dogma 95, movimento cinematográfico surgido na Dinamarca durante a década de 1990, possuía uma lista de mandamentos, também conhecida como “voto de castidade”. Assinale a alternativa que NÃO está de acordo com os preceitos do movimento:
Alternativas
Ano: 2016 Banca: IFB Órgão: IFB
Q1228697 Engenharia de Software
Avalie as afirmativas abaixo sobre a Modelagem de Requisitos de Software:
I) Elementos orientados a fluxo mostram como o usuário interage com o sistema, apresentando sequências de atividades que ocorrem à medida que o software é utilizado.
II) Elementos baseados em classes modelam os objetos que o sistema irá manipular, suas operações e seus relacionamentos.
III) Os elementos comportamentais são representações de como eventos externos mudam o estado do sistema.
IV) Os elementos baseados em cenários representam o sistema como uma transformação de informações, indicando como os objetos de dados são transformados pelas várias funções do sistema.
V) Um caso de uso é um contrato de comportamento e este contrato define a maneira como um ator utiliza o sistema para alcançar uma meta.
Assinale a alternativa que apresenta todas as afirmativas acima que estão CORRETAS.
Alternativas
Ano: 2016 Banca: IFB Órgão: IFB
Q1228671 Geografia
Em relação aos domínios paisagísticos e macroecológicos, propostos por Ab’ Sáber, julgue as afirmativas abaixo. 
I) O Domínio das Terras Baixas Florestadas da Amazônia se caracteriza por apresentar em grande parte de seu território nuvens baixas, fortemente carregadas de umidade ao longo do ano.
II) O Domínio das Depressões Interplanálticas Semiáridas do Nordeste, é caracterizada também como subequatorial e tropical.
III) O Domínio dos “Mares de Morros” Florestados apresenta uma distribuição geográfica marcadamente Azonal, apresentando uma área de aproximadamente 1 milhão e seiscentos mil quilômetros quadrados.
IV) O Domínio dos Planaltos das Araucárias, em sua acepção mais ampla, coincide com o setor do Planalto Meridional brasileiro.
V) O Domínio dos Cerrados é um espaço dotado de solos pobres com condições topográficas e climáticas desfavoráveis.
São VERDADEIRAS as opções:
Alternativas
Ano: 2016 Banca: IFB Órgão: IFB
Q1228638 Turismo
A respeito da forma como ocorreu o surgimento e a evolução da hotelaria global, leia e analise as asserções abaixo.
I) A hotelaria surgiu em paralelo às viagens empreendidas pelo homem objetivando atendê-lo em suas necessidades primordiais de proteção, repouso, segurança, higiene e até alimentação, porque;
II) à medida que o comércio surgia e se consolidava nas cidades, as hospedagens eram instaladas e evoluíam de acordo com as necessidades de sua clientela. Duarte (1999, p.15) ressalta que “no século VI a.C. já existia demanda de hospedagem, em função do intercâmbio comercial entre as cidades europeias da região mediterrânea”.
A respeito das afirmativas acima, assinale a opção CORRETA.
Alternativas
Respostas
41: E
42: A
43: D
44: E
45: B
46: E
47: B
48: D
49: C
50: E
51: A
52: B
53: D
54: E
55: B
56: C
57: C
58: D
59: A
60: A