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Q2776654 Português

Leia os textos 2, 3 e 4 para responder às questões de 08 a 10.


TEXTO 2


Receita de se olhar no espelho


Roseana Murray


“Se olhe de frente

De lado

De costas

De cabeça para baixo

5 Pinte o espelho

De azul dourado vermelho

Faça caretas ria sorria

Feche os olhos abra os olhos

E se veja sempre surpresa

10 Quem é você?”


Disponível em: <http://poemandopq.pensamentosvalemouro.com.br/2012/02/receita-de-se-olhar-noespelho.html>. Acesso em 11 nov. 2016



TEXTO 3


Quem é você?


Detonautas

[...]

A gente acha como se por um milagre

Deus, no auge da bondade, fosse um

dia interceder

Enquanto esse dia não chega, a

05 gente vai aceitando

E esperando alguma coisa acontecer

Mas

Quem é você?

Quem é você?

10 Me diz

Quem é você?

Quem é você?

O teu avô que trabalhou a vida inteira

Dia e noite, noite e dia, até se

15 aposentar

Recebe agora uma miséria de salário

Fica 10 horas na fila esperando e não

pode reclamar [...]

Disponível em:

<https://www.vagalume.com.br/detonautasroque-clube/quem-e-voce.html>. Acesso em 12

nov. 2016


TEXTO 4


Noite dos Mascarados


Chico Buarque


Quem é você, adivinha se gosta de mim

Hoje os dois mascarados procuram os seus

namorados perguntando assim

Quem é você, diga logo que eu quero saber

05 o seu jogo

Que eu quero morrer no seu bloco, que eu

quero me arder no seu fogo

[...]

Mas é carnaval, não me diga mais quem é

10 você

Amanhã tudo volta ao normal, deixa a festa

acabar, deixa o barco correr

Deixa o dia raiar que hoje eu sou da maneira

que vo...cê me quer

15 O que você pedir eu lhe dou, seja você

quem for

Seja o que Deus quiser


Disponível em: <https://www.vagalume.com.br/chicobuarque/noite-dos-mascarados.html>. Acesso em: 12 nov. 2016

Tomando por base os excertos apresentados nos textos 3 e 4, analise as especificidades da linguagem e o valor semântico das palavras e expressões apresentadas nas assertivas a seguir, indicando com V as verdadeiras e com F as falsas.


( ) No texto 3, a forma verbal “ esperando” (linha 6) está no particípio.

( ) No texto 3, a forma verbal “fosse” (linha 2) está empregada no modo imperativo.

( ) No texto 3, o vocábulo “ auge” (linha 2) poderia, sem prejuízo semântico, ser substituído por “apogeu”.

( ) No texto 3, a expressão “interceder” (linha 3) poderia, sem prejuízo semântico, ser substituída por “advogar”.

( ) No texto 4, a forma verbal “perguntando” (linha 3) poderia, sem prejuízo para a coerência do texto, ser substituída pela forma verbal “indagando”.


A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é

Alternativas
Q2776651 Português

Leia os textos 2, 3 e 4 para responder às questões de 08 a 10.


TEXTO 2


Receita de se olhar no espelho


Roseana Murray


“Se olhe de frente

De lado

De costas

De cabeça para baixo

5 Pinte o espelho

De azul dourado vermelho

Faça caretas ria sorria

Feche os olhos abra os olhos

E se veja sempre surpresa

10 Quem é você?”


Disponível em: <http://poemandopq.pensamentosvalemouro.com.br/2012/02/receita-de-se-olhar-noespelho.html>. Acesso em 11 nov. 2016



TEXTO 3


Quem é você?


Detonautas

[...]

A gente acha como se por um milagre

Deus, no auge da bondade, fosse um

dia interceder

Enquanto esse dia não chega, a

05 gente vai aceitando

E esperando alguma coisa acontecer

Mas

Quem é você?

Quem é você?

10 Me diz

Quem é você?

Quem é você?

O teu avô que trabalhou a vida inteira

Dia e noite, noite e dia, até se

15 aposentar

Recebe agora uma miséria de salário

Fica 10 horas na fila esperando e não

pode reclamar [...]

Disponível em:

<https://www.vagalume.com.br/detonautasroque-clube/quem-e-voce.html>. Acesso em 12

nov. 2016


TEXTO 4


Noite dos Mascarados


Chico Buarque


Quem é você, adivinha se gosta de mim

Hoje os dois mascarados procuram os seus

namorados perguntando assim

Quem é você, diga logo que eu quero saber

05 o seu jogo

Que eu quero morrer no seu bloco, que eu

quero me arder no seu fogo

[...]

Mas é carnaval, não me diga mais quem é

10 você

Amanhã tudo volta ao normal, deixa a festa

acabar, deixa o barco correr

Deixa o dia raiar que hoje eu sou da maneira

que vo...cê me quer

15 O que você pedir eu lhe dou, seja você

quem for

Seja o que Deus quiser


Disponível em: <https://www.vagalume.com.br/chicobuarque/noite-dos-mascarados.html>. Acesso em: 12 nov. 2016

Sobre a interação texto-leitor nos textos 2, 3 e 4, é correto afirmar que

Alternativas
Q2776649 Português

Leia os textos 2, 3 e 4 para responder às questões de 08 a 10.


TEXTO 2


Receita de se olhar no espelho


Roseana Murray


“Se olhe de frente

De lado

De costas

De cabeça para baixo

5 Pinte o espelho

De azul dourado vermelho

Faça caretas ria sorria

Feche os olhos abra os olhos

E se veja sempre surpresa

10 Quem é você?”


Disponível em: <http://poemandopq.pensamentosvalemouro.com.br/2012/02/receita-de-se-olhar-noespelho.html>. Acesso em 11 nov. 2016



TEXTO 3


Quem é você?


Detonautas

[...]

A gente acha como se por um milagre

Deus, no auge da bondade, fosse um

dia interceder

Enquanto esse dia não chega, a

05 gente vai aceitando

E esperando alguma coisa acontecer

Mas

Quem é você?

Quem é você?

10 Me diz

Quem é você?

Quem é você?

O teu avô que trabalhou a vida inteira

Dia e noite, noite e dia, até se

15 aposentar

Recebe agora uma miséria de salário

Fica 10 horas na fila esperando e não

pode reclamar [...]

Disponível em:

<https://www.vagalume.com.br/detonautasroque-clube/quem-e-voce.html>. Acesso em 12

nov. 2016


TEXTO 4


Noite dos Mascarados


Chico Buarque


Quem é você, adivinha se gosta de mim

Hoje os dois mascarados procuram os seus

namorados perguntando assim

Quem é você, diga logo que eu quero saber

05 o seu jogo

Que eu quero morrer no seu bloco, que eu

quero me arder no seu fogo

[...]

Mas é carnaval, não me diga mais quem é

10 você

Amanhã tudo volta ao normal, deixa a festa

acabar, deixa o barco correr

Deixa o dia raiar que hoje eu sou da maneira

que vo...cê me quer

15 O que você pedir eu lhe dou, seja você

quem for

Seja o que Deus quiser


Disponível em: <https://www.vagalume.com.br/chicobuarque/noite-dos-mascarados.html>. Acesso em: 12 nov. 2016

Analise o conteúdo semântico dos trechos do texto 2.


I: “Se olhe de frente” (linha 1) e “de costas” (linha 3).

II: “feche os olhos abra os olhos” (linha 8).


As palavras destacadas estabelecem, respectivamente, entre si a relação de

Alternativas
Q2776647 Português

Sobre o uso correto da concordância verbal, analise as frases a seguir e identifique com V as verdadeiras e com F as falsas.


( ) Férias são um motivo de alegria.

( ) Hoje são quatro de novembro de 2016.

( ) Ou o aluno do 6º ano ou o aluno do 7º ano ganharão a disputa.

( ) Cerca de mil estudantes estavam no colégio aguardando o resultado do jogo.

( ) Após o assalto ao posto de gasolina, a quadrilha desapareceu com o dinheiro.


A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é

Alternativas
Q2776644 Português

A concordância nominal se baseia na relação entre um substantivo (ou pronome, ou numeral substantivo) e as palavras que a ele se ligam para caracterizá-lo (artigos, adjetivos, pronomes adjetivos, numerais adjetivos e particípios). Basicamente, ocupa-se da relação entre nomes.


Em relação à concordância do(s) vocábulo(s) sublinhado(s), analise as assertivas e identifique com V as verdadeiras e com F as falsas.


( ) : As crianças ficaram ( sozinhas) em casa.

( ) Mesma: A mulher mesma acusa o marido. / As filhas mesmas acusam o pai.

( ) Quite: Estou quite com o serviço militar. / Estamos quites com nossos credores

( ) Nenhum: Não votarei em candidatos nenhuns. / Elas não são nenhuma candidatas.

( ) Incluso: Já está inclusa na conta a gorjeta. / Vieram inclusos na nota a gorjeta do garçom e o couvert artístico.


A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é

Alternativas
Q2776643 Português

Leia o texto 1 para responder às questões de 01 a 04.


Texto 1


Março, 12

Tanto trabalho para redigir a carta de resposta a uma diretora de

serviço público que me mandou observações sobre uma crônica

que publiquei no Jornal do Brasil. Problema: achar o tom

adequado, a palavra justa, a expressão medida e insubstituível,

05 nem mais nem menos. Chego à conclusão de que escritor é

aquele que não sabe escrever, pois quem não sabe, escreve sem

esforço. Já Manoel Bandeira era de outra opinião: “Se você faz

uma coisa com dificuldade, é que não tem jeito para ela.” Duvido

(grifos meus).

ANDRADE, Carlos Drummond de. O observador no escritório: páginas de diário. Rio de Janeiro: Record, 1985.

A crase é a fusão de duas vogais da mesma natureza, assinalada com o acento grave. Sabemos que é fundamental, para o entendimento da crase, dominar a regência dos verbos e nomes que exigem a preposição "a". De acordo com a regência do verbo “chegar” no trecho: “Chego à conclusão [...]” (linha 5), a justificativa correta para o emprego da crase é que se trata de

Alternativas
Q2776642 Português

Leia o texto 1 para responder às questões de 01 a 04.


Texto 1


Março, 12

Tanto trabalho para redigir a carta de resposta a uma diretora de

serviço público que me mandou observações sobre uma crônica

que publiquei no Jornal do Brasil. Problema: achar o tom

adequado, a palavra justa, a expressão medida e insubstituível,

05 nem mais nem menos. Chego à conclusão de que escritor é

aquele que não sabe escrever, pois quem não sabe, escreve sem

esforço. Já Manoel Bandeira era de outra opinião: “Se você faz

uma coisa com dificuldade, é que não tem jeito para ela.” Duvido

(grifos meus).

ANDRADE, Carlos Drummond de. O observador no escritório: páginas de diário. Rio de Janeiro: Record, 1985.

Todo texto possui uma rede de retomadas pronominais, adverbiais ou lexicais que promovem a continuidade referencial e lhe emprestam unidade.


Esse processo está presente no seguinte fragmento

Alternativas
Q2776641 Português

Leia o texto 1 para responder às questões de 01 a 04.


Texto 1


Março, 12

Tanto trabalho para redigir a carta de resposta a uma diretora de

serviço público que me mandou observações sobre uma crônica

que publiquei no Jornal do Brasil. Problema: achar o tom

adequado, a palavra justa, a expressão medida e insubstituível,

05 nem mais nem menos. Chego à conclusão de que escritor é

aquele que não sabe escrever, pois quem não sabe, escreve sem

esforço. Já Manoel Bandeira era de outra opinião: “Se você faz

uma coisa com dificuldade, é que não tem jeito para ela.” Duvido

(grifos meus).

ANDRADE, Carlos Drummond de. O observador no escritório: páginas de diário. Rio de Janeiro: Record, 1985.

Pode-se inferir que para se chegar à “palavra justa”, tão procurada por Drummond, exige-se um posicionamento de quem escreve, baseado em

Alternativas
Q2776460 Português

Leia o texto 1 para responder às questões de 01 a 04.


Texto 1


Março, 12

Tanto trabalho para redigir a carta de resposta a uma diretora de

serviço público que me mandou observações sobre uma crônica

que publiquei no Jornal do Brasil. Problema: achar o tom

adequado, a palavra justa, a expressão medida e insubstituível,

05 nem mais nem menos. Chego à conclusão de que escritor é

aquele que não sabe escrever, pois quem não sabe, escreve sem

esforço. Já Manoel Bandeira era de outra opinião: “Se você faz

uma coisa com dificuldade, é que não tem jeito para ela.” Duvido

(grifos meus).

ANDRADE, Carlos Drummond de. O observador no escritório: páginas de diário. Rio de Janeiro: Record, 1985.

Segundo o texto 1, o grande dilema de Drummond era

Alternativas
Q2757087 Odontologia

Considerando as interações medicamentosas, numere a segunda coluna de acordo com a primeira.


(1) Antagonismo

(2) Potencialização

(3) Sinergismo

(4) Somação


( ) Resposta aumentada quando drogas com efeitos similares são administradas em conjunto.

( ) Interação que diminui a resposta clínica de uma droga quando uma segunda droga é administrada.

( ) Interação que produz uma resposta exagerada, maior que quando administrada isoladamente na sua máxima dose efetiva.

( ) Combinação de duas drogas com atividades farmacológicas diferentes, que resulta em uma resposta maior que a normal.


A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é

Alternativas
Q2757086 Odontologia

A extensa variedade de doenças que podem afetar a região oral e maxilofacial exige do cirurgião dentista um amplo conhecimento da patogênese, aspectos clínicos, tratamento e prognóstico. Com este propósito, é correto afirmar que

Alternativas
Q2757085 Odontologia

A consolidação das restaurações diretas em resina composta no mercado odontológico tem sido pautada em exigências estéticas, na evolução dos materiais resinosos e aprimoramento da técnica adesiva.


Sobre as restaurações em resina composta, é correto afirmar que

Alternativas
Q2757083 Odontologia

Dentre as medidas para o controle do biofilme dental e do processo de desmineralização-remineralização (des-re) destaca-se a ação terapêutica do flúor. Considerando a aplicação de fluoretos na clínica restauradora, é correto afirmar que

Alternativas
Q2757081 Odontologia

Exames laboratoriais e radiológicos são importantes ferramentas complementares utilizadas pelo cirurgião dentista para se chegar ao correto diagnóstico. Tais recursos revelam evidências de patologias que, inicialmente, podem não ser detectadas clinicamente.


Considerando os exames radiográficos e os recursos suplementares de exames, é correto afirmar que

Alternativas
Q2757080 Odontologia

Uma criança de dois anos de idade comparece no consultório odontopediátrico acompanhada de sua mãe. A mãe se queixa que o filho sente um mal-estar geral, febre, muita dor ao deglutir e não consegue comer há cerca de dois dias. No exame clínico, observa-se linfoadenopatia regional, inflamação gengival com edema, eritema e dor. Há a presença de vesículas com halo eritematoso na gengiva, mucosa jugal, língua, palato e orofaringe.


Diante deste quadro clínico, o diagnóstico e o tratamento mais adequado para este paciente, são, respectivamente,

Alternativas
Q2757079 Odontologia

A perda prematura de dentes decíduos é um dos aspectos que pode interferir diretamente no equilíbrio do sistema estomatognático. O odontopediatra poderá utilizar mantenedores de espaço para preservar espaços presentes na dentição decídua ou mista e são indicados quando há ausência de um ou mais elementos dentários (ASSED, 2005).


Nos casos de pacientes com perdas múltiplas e bilaterais de dentes decíduos posteriores inferiores, que já apresentam os incisivos e primeiros molares permanentes, o mantenedor de espaço mais indicado é

Alternativas
Q2757057 Português

Leia o texto 5 para responder à questão 19.

Fonte: Google imagens (2016)

Texto 5

Pátria Minha

Vinícius de Moraes

[...]

Mais do que a mais garrida a minha pátria tem

Uma quentura, um querer bem, um bem

Um “libertas quae sera tamen

Que um dia traduzi num exame escrito:

“Liberta que serás também”

E repito!

[...]

Disponível em: <www.releituras.com/viniciusm_patria.asp>. Acesso em: 12 nov. 2016.

A frase em latim “libertas quae sera tamen” traduz-se, comumente, por “liberdade ainda que tardia”.


A esse diálogo entre obras dá-se o nome de intertextualidade. Sobre esse recurso, pode-se afirmar que

Alternativas
Q2757052 Português

Leia o texto 4 para responder às questões de 12 a 18.

Texto 4

Aquela velha carta de A B C dava arrepios. Três faixas verticais borravam a capa, duras,

antipáticas; e, fugindo a elas, encontrávamos num papel de embrulho o alfabeto, sílabas,

frases soltas e afinal máximas sisudas.

Suportávamos esses horrores como um castigo e inutilizávamos as folhas percorridas,

05 esperando sempre que as coisas melhorassem. Engano: as letras eram pequeninas e

feias; o exercício da soletração, cantado, embrutecia a gente; os provérbios, os graves

conselhos morais ficavam impenetráveis, apesar dos esforços dos mestres arreliados,

dos puxavantes de orelhas e da palmatória.

“A preguiça é a chave da pobreza”, afirmava-se ali. Que espécie de chave seria aquela?

10 Aos seis anos, eu e os meus companheiros de infelicidade escolar, quase todos pobres,

não conhecíamos a pobreza pelo nome e tínhamos poucas chaves, de gavetas, de

armários e de portas. Chave de pobreza para uma criança de seis anos é terrível.

Nessa medonha carta, que rasgávamos com prazer, salvam-se algumas linhas. “Paulina

mastigou pimenta.” Bem. Conhecíamos pimenta e achávamos natural que a língua de

15 Paulina estivesse ardendo. Mas que teria acontecido depois? Essa história contada em

três palavras não nos satisfazia, precisávamos saber mais alguma coisa a respeito da

aventura de Paulina.

O que ofereciam, porém, à nossa curiosidade infantil eram conceitos idiotas: “Fala pouco

e bem: ter-te-ão por alguém”. Ter-te-ão! Esse Terteão para mim era um homem, e nunca

20 pude compreender o que ele fazia na última página do odioso folheto. Éramos realmente

uns pirralhos bastante desgraçados.

Marques Rebelo enviou-me há dias um A B C novo. Recebendo-o, lembrei-me com

amargura da chave da pobreza e do Terteão, que ainda circulam no interior.

A capa da brochura que hoje me aparece tem uns balões — e logo aí o futuro cidadão

25 aprende algumas letras. Na primeira folha, em tabuleiros de xadrez de casas brancas e

vermelhas, procurou-se a melhor maneira de impingir aos inocentes essa coisa

desagradável que é o alfabeto. O resto do livro encerra pedaços de vida de um casal de

crianças. João e Maria regam flores, bebem leite, brincam na praia, jogam bola,

passeiam em bicicleta, nadam, apanham legumes, vão ao Jardim Zoológico.

30 Tudo isso é dito em poucas palavras, como na história de Paulina, que mastigava

pimentas na velha carta de A B C. Mas enquanto ali o caso se narrava com letras miúdas

e safadas, em papel de embrulho, aqui as brincadeiras e as ocupações das personagens

se contam em bonitas legendas e principalmente em desenhos cheios de pormenores

que a narração curta não poderia conter.

35 As legendas são de Marques Rebêlo, as ilustrações, de Santa rosa, dois artistas que há

tempo tiveram livros premiados no concurso de literatura infantil realizado pelo Ministério

da Educação. Onde andam esses livros? Premiados e inéditos, exatamente como se não

tivessem sido premiados.

Marques Rebêlo e Santa Rosa fizeram agora um pequeno álbum e a Companhia Nestlé

40 editou-o, espalhou quinhentos mil volumes entre os garotos do Brasil. Está certo. A

Companhia Nestlê não se dedica a negócios de livros, mas isto não tem importância:

parece que a melhor edição de obra portuguesa foi feita por um negociante de vinhos.

Graciliano Ramos. Linhas tortas. Obra póstuma.13. ed., Rio de Janeiro: Record,1986. p.174-175 (Adaptado).

Um texto com coesão é aquele que apresenta conexão entre suas ideias. Para que essa ligação seja estabelecida de forma clara, podemos utilizar diversas ferramentas. Um importantíssimo processo coesivo: a COESÃO REFERENCIAL, cuja função é evitar indesejáveis repetições vocabulares.


No texto 4, os termos que exercem a coesão referencial são

Alternativas
Q2757049 Português

Leia o texto 4 para responder às questões de 12 a 18.

Texto 4

Aquela velha carta de A B C dava arrepios. Três faixas verticais borravam a capa, duras,

antipáticas; e, fugindo a elas, encontrávamos num papel de embrulho o alfabeto, sílabas,

frases soltas e afinal máximas sisudas.

Suportávamos esses horrores como um castigo e inutilizávamos as folhas percorridas,

05 esperando sempre que as coisas melhorassem. Engano: as letras eram pequeninas e

feias; o exercício da soletração, cantado, embrutecia a gente; os provérbios, os graves

conselhos morais ficavam impenetráveis, apesar dos esforços dos mestres arreliados,

dos puxavantes de orelhas e da palmatória.

“A preguiça é a chave da pobreza”, afirmava-se ali. Que espécie de chave seria aquela?

10 Aos seis anos, eu e os meus companheiros de infelicidade escolar, quase todos pobres,

não conhecíamos a pobreza pelo nome e tínhamos poucas chaves, de gavetas, de

armários e de portas. Chave de pobreza para uma criança de seis anos é terrível.

Nessa medonha carta, que rasgávamos com prazer, salvam-se algumas linhas. “Paulina

mastigou pimenta.” Bem. Conhecíamos pimenta e achávamos natural que a língua de

15 Paulina estivesse ardendo. Mas que teria acontecido depois? Essa história contada em

três palavras não nos satisfazia, precisávamos saber mais alguma coisa a respeito da

aventura de Paulina.

O que ofereciam, porém, à nossa curiosidade infantil eram conceitos idiotas: “Fala pouco

e bem: ter-te-ão por alguém”. Ter-te-ão! Esse Terteão para mim era um homem, e nunca

20 pude compreender o que ele fazia na última página do odioso folheto. Éramos realmente

uns pirralhos bastante desgraçados.

Marques Rebelo enviou-me há dias um A B C novo. Recebendo-o, lembrei-me com

amargura da chave da pobreza e do Terteão, que ainda circulam no interior.

A capa da brochura que hoje me aparece tem uns balões — e logo aí o futuro cidadão

25 aprende algumas letras. Na primeira folha, em tabuleiros de xadrez de casas brancas e

vermelhas, procurou-se a melhor maneira de impingir aos inocentes essa coisa

desagradável que é o alfabeto. O resto do livro encerra pedaços de vida de um casal de

crianças. João e Maria regam flores, bebem leite, brincam na praia, jogam bola,

passeiam em bicicleta, nadam, apanham legumes, vão ao Jardim Zoológico.

30 Tudo isso é dito em poucas palavras, como na história de Paulina, que mastigava

pimentas na velha carta de A B C. Mas enquanto ali o caso se narrava com letras miúdas

e safadas, em papel de embrulho, aqui as brincadeiras e as ocupações das personagens

se contam em bonitas legendas e principalmente em desenhos cheios de pormenores

que a narração curta não poderia conter.

35 As legendas são de Marques Rebêlo, as ilustrações, de Santa rosa, dois artistas que há

tempo tiveram livros premiados no concurso de literatura infantil realizado pelo Ministério

da Educação. Onde andam esses livros? Premiados e inéditos, exatamente como se não

tivessem sido premiados.

Marques Rebêlo e Santa Rosa fizeram agora um pequeno álbum e a Companhia Nestlé

40 editou-o, espalhou quinhentos mil volumes entre os garotos do Brasil. Está certo. A

Companhia Nestlê não se dedica a negócios de livros, mas isto não tem importância:

parece que a melhor edição de obra portuguesa foi feita por um negociante de vinhos.

Graciliano Ramos. Linhas tortas. Obra póstuma.13. ed., Rio de Janeiro: Record,1986. p.174-175 (Adaptado).

Observe os fragmentos I e II.


I. “Aquela velha carta de A B C dava arrepios” (linha 1)

II. “[...] letras miúdas e safadas [...]” (linha 31-32)”.


A partir da análise dos fragmentos I e II, é correto afirmar que

Alternativas
Q2757046 Português

Leia o texto 4 para responder às questões de 12 a 18.

Texto 4

Aquela velha carta de A B C dava arrepios. Três faixas verticais borravam a capa, duras,

antipáticas; e, fugindo a elas, encontrávamos num papel de embrulho o alfabeto, sílabas,

frases soltas e afinal máximas sisudas.

Suportávamos esses horrores como um castigo e inutilizávamos as folhas percorridas,

05 esperando sempre que as coisas melhorassem. Engano: as letras eram pequeninas e

feias; o exercício da soletração, cantado, embrutecia a gente; os provérbios, os graves

conselhos morais ficavam impenetráveis, apesar dos esforços dos mestres arreliados,

dos puxavantes de orelhas e da palmatória.

“A preguiça é a chave da pobreza”, afirmava-se ali. Que espécie de chave seria aquela?

10 Aos seis anos, eu e os meus companheiros de infelicidade escolar, quase todos pobres,

não conhecíamos a pobreza pelo nome e tínhamos poucas chaves, de gavetas, de

armários e de portas. Chave de pobreza para uma criança de seis anos é terrível.

Nessa medonha carta, que rasgávamos com prazer, salvam-se algumas linhas. “Paulina

mastigou pimenta.” Bem. Conhecíamos pimenta e achávamos natural que a língua de

15 Paulina estivesse ardendo. Mas que teria acontecido depois? Essa história contada em

três palavras não nos satisfazia, precisávamos saber mais alguma coisa a respeito da

aventura de Paulina.

O que ofereciam, porém, à nossa curiosidade infantil eram conceitos idiotas: “Fala pouco

e bem: ter-te-ão por alguém”. Ter-te-ão! Esse Terteão para mim era um homem, e nunca

20 pude compreender o que ele fazia na última página do odioso folheto. Éramos realmente

uns pirralhos bastante desgraçados.

Marques Rebelo enviou-me há dias um A B C novo. Recebendo-o, lembrei-me com

amargura da chave da pobreza e do Terteão, que ainda circulam no interior.

A capa da brochura que hoje me aparece tem uns balões — e logo aí o futuro cidadão

25 aprende algumas letras. Na primeira folha, em tabuleiros de xadrez de casas brancas e

vermelhas, procurou-se a melhor maneira de impingir aos inocentes essa coisa

desagradável que é o alfabeto. O resto do livro encerra pedaços de vida de um casal de

crianças. João e Maria regam flores, bebem leite, brincam na praia, jogam bola,

passeiam em bicicleta, nadam, apanham legumes, vão ao Jardim Zoológico.

30 Tudo isso é dito em poucas palavras, como na história de Paulina, que mastigava

pimentas na velha carta de A B C. Mas enquanto ali o caso se narrava com letras miúdas

e safadas, em papel de embrulho, aqui as brincadeiras e as ocupações das personagens

se contam em bonitas legendas e principalmente em desenhos cheios de pormenores

que a narração curta não poderia conter.

35 As legendas são de Marques Rebêlo, as ilustrações, de Santa rosa, dois artistas que há

tempo tiveram livros premiados no concurso de literatura infantil realizado pelo Ministério

da Educação. Onde andam esses livros? Premiados e inéditos, exatamente como se não

tivessem sido premiados.

Marques Rebêlo e Santa Rosa fizeram agora um pequeno álbum e a Companhia Nestlé

40 editou-o, espalhou quinhentos mil volumes entre os garotos do Brasil. Está certo. A

Companhia Nestlê não se dedica a negócios de livros, mas isto não tem importância:

parece que a melhor edição de obra portuguesa foi feita por um negociante de vinhos.

Graciliano Ramos. Linhas tortas. Obra póstuma.13. ed., Rio de Janeiro: Record,1986. p.174-175 (Adaptado).

Observe o fragmento: “[...] a melhor edição de obra portuguesa foi feita por um negociante de vinhos.” (linha 42).


A forma ativa dessa frase é

Alternativas
Respostas
361: D
362: E
363: B
364: D
365: D
366: C
367: E
368: A
369: E
370: A
371: B
372: B
373: C
374: A
375: E
376: D
377: D
378: A
379: C
380: B