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Q2762558 Português

Texto – Saudade


1----------Conversávamos sobre saudade. E de

2---repente me apercebi de que não tenho

3---saudade de nada. (...) Nem da infância

4---querida, nem sequer das borboletas azuis,

5---Casimiro. Nem mesmo de quem morreu. De

6---quem morreu sinto é falta, o prejuízo da

7---perda, a ausência. A vontade da presença,

8---mas não no passado, e sim presença atual.

9---Saudade será isso? Queria tê-los aqui, agora.

10--Voltar atrás? Acho que não, nem com eles.

11----------A vida é uma coisa que tem de passar,

12--uma obrigação de que é preciso dar conta.

13--Uma dívida que se vai pagando todos os

14--meses, todos os dias. Parece loucura lamentar

15--o tempo em que se devia muito mais.

16----------Gostaria de ter palavras boas, eficientes,

17--para explicar como é isso de não ter

18--saudades; fazer sentir que estou exprimindo

19--um sentimento real, a humilde, a nua verdade.

20--Você insinua a suspeita de que talvez seja isso

21--uma atitude.(...) Pois então eu lhe digo que

22--essa capacidade de morrer de saudades, creio

23--que ela só afeta a quem não cresceu direito;

24--feito uma cobra que se sentisse melhor na

25--pele antiga, não se acomodasse nunca à pele

26--nova. (...)

27----------Fala que saudade é sensação de perda.

28--Pois é. E eu lhe digo que, pessoalmente, não

29--sinto que perdi nada. Gastei, gastei tempo,

30--emoções, corpo e alma. E gastar não é perder,

31--é usar até consumir.

32----------E não pense que estou a lhe sugerir

33--tragédias. Tirando a média, não tive quinhão

34--por demais pior que o dos outros. Houve

35--muito pedaço duro, mas a vida é assim

36--mesmo, a uns traz os seus golpes mais cedo e

37--a outros mais tarde; no fim, iguala a todos.

38----------Infância sem lágrimas, amada, protegida.

39--Mocidade - mas a mocidade já é de si uma

40--etapa infeliz. Coração inquieto que não sabe o

41--que quer, ou quer demais. Qual será, nesta

42--vida, o jovem satisfeito? Um jovem pode nos

43--fazer confidências de exaltação, de

44--embriaguez; de felicidade, nunca. Mocidade é

45--a quadra dramática por excelência, o período

46--dos conflitos, dos ajustamentos penosos, dos

47--desajustamentos trágicos. A idade dos

48--suicídios, dos desenganos e, por isso mesmo,

49--dos grandes heroísmos. É o tempo em que a

50--gente quer ser dono do mundo - e ao mesmo

51--tempo sente que sobra nesse mesmo mundo.

52--A idade em que se descobre a solidão

53--irremediável de todos os viventes. (...)

54----------Não sei mesmo como, entre as inúmeras

55--mentiras do mundo, se consegue manter essa

56--mentira maior de todas: a suposta felicidade

57--dos moços. Por mim, sempre tive pena deles,

58--da sua angústia e do seu desamparo.

59--Enquanto esta idade a que chegamos, você e

60--eu, é o tempo da estabilidade e das batalhas

61--ganhas. Já pouco se exige, já pouco se espera.

62--E mesmo quando se exige muito, só se espera

63--o possível. Se as surpresas são poucas,

64--poucos também os desenganos. A gente vai

65--se aferrando a hábitos, a pessoas e objetos.

-----(...)

66----------E depois há o capítulo da morte, sempre

67--presente em todas as idades. Com a diferença

68--de que a morte é a amante dos moços e a

69--companheira dos velhos. Para os jovens ela é

70--abismo e paixão. Para nós, foi se tornando

71--pouco a pouco uma velha amiga, a se anunciar

72--devagarinho: o cabelo branco, a preguiça, a

73--ruga no rosto, a vista fraca, os achaques.

74--Velha amiga que vem de viagem e de cada

75--porto nos manda um postal, para indicar que

76--já embarcou.


QUEIROZ, Rachel de. Um alpendre, uma rede, um

açude. Rio de Janeiro: José Olympio, 2006.

Texto adaptado.

Assinale a opção em que a anteposição ou a posposição do adjetivo ao substantivo implica mudança de significado.

Alternativas
Q2762557 Português

Texto – Saudade


1----------Conversávamos sobre saudade. E de

2---repente me apercebi de que não tenho

3---saudade de nada. (...) Nem da infância

4---querida, nem sequer das borboletas azuis,

5---Casimiro. Nem mesmo de quem morreu. De

6---quem morreu sinto é falta, o prejuízo da

7---perda, a ausência. A vontade da presença,

8---mas não no passado, e sim presença atual.

9---Saudade será isso? Queria tê-los aqui, agora.

10--Voltar atrás? Acho que não, nem com eles.

11----------A vida é uma coisa que tem de passar,

12--uma obrigação de que é preciso dar conta.

13--Uma dívida que se vai pagando todos os

14--meses, todos os dias. Parece loucura lamentar

15--o tempo em que se devia muito mais.

16----------Gostaria de ter palavras boas, eficientes,

17--para explicar como é isso de não ter

18--saudades; fazer sentir que estou exprimindo

19--um sentimento real, a humilde, a nua verdade.

20--Você insinua a suspeita de que talvez seja isso

21--uma atitude.(...) Pois então eu lhe digo que

22--essa capacidade de morrer de saudades, creio

23--que ela só afeta a quem não cresceu direito;

24--feito uma cobra que se sentisse melhor na

25--pele antiga, não se acomodasse nunca à pele

26--nova. (...)

27----------Fala que saudade é sensação de perda.

28--Pois é. E eu lhe digo que, pessoalmente, não

29--sinto que perdi nada. Gastei, gastei tempo,

30--emoções, corpo e alma. E gastar não é perder,

31--é usar até consumir.

32----------E não pense que estou a lhe sugerir

33--tragédias. Tirando a média, não tive quinhão

34--por demais pior que o dos outros. Houve

35--muito pedaço duro, mas a vida é assim

36--mesmo, a uns traz os seus golpes mais cedo e

37--a outros mais tarde; no fim, iguala a todos.

38----------Infância sem lágrimas, amada, protegida.

39--Mocidade - mas a mocidade já é de si uma

40--etapa infeliz. Coração inquieto que não sabe o

41--que quer, ou quer demais. Qual será, nesta

42--vida, o jovem satisfeito? Um jovem pode nos

43--fazer confidências de exaltação, de

44--embriaguez; de felicidade, nunca. Mocidade é

45--a quadra dramática por excelência, o período

46--dos conflitos, dos ajustamentos penosos, dos

47--desajustamentos trágicos. A idade dos

48--suicídios, dos desenganos e, por isso mesmo,

49--dos grandes heroísmos. É o tempo em que a

50--gente quer ser dono do mundo - e ao mesmo

51--tempo sente que sobra nesse mesmo mundo.

52--A idade em que se descobre a solidão

53--irremediável de todos os viventes. (...)

54----------Não sei mesmo como, entre as inúmeras

55--mentiras do mundo, se consegue manter essa

56--mentira maior de todas: a suposta felicidade

57--dos moços. Por mim, sempre tive pena deles,

58--da sua angústia e do seu desamparo.

59--Enquanto esta idade a que chegamos, você e

60--eu, é o tempo da estabilidade e das batalhas

61--ganhas. Já pouco se exige, já pouco se espera.

62--E mesmo quando se exige muito, só se espera

63--o possível. Se as surpresas são poucas,

64--poucos também os desenganos. A gente vai

65--se aferrando a hábitos, a pessoas e objetos.

-----(...)

66----------E depois há o capítulo da morte, sempre

67--presente em todas as idades. Com a diferença

68--de que a morte é a amante dos moços e a

69--companheira dos velhos. Para os jovens ela é

70--abismo e paixão. Para nós, foi se tornando

71--pouco a pouco uma velha amiga, a se anunciar

72--devagarinho: o cabelo branco, a preguiça, a

73--ruga no rosto, a vista fraca, os achaques.

74--Velha amiga que vem de viagem e de cada

75--porto nos manda um postal, para indicar que

76--já embarcou.


QUEIROZ, Rachel de. Um alpendre, uma rede, um

açude. Rio de Janeiro: José Olympio, 2006.

Texto adaptado.

Sobre a sintaxe da frase “Gastei, gastei tempo, emoções, corpo e alma.” (linhas 29-30), é correto afirmar que

Alternativas
Q2762556 Português

Texto – Saudade


1----------Conversávamos sobre saudade. E de

2---repente me apercebi de que não tenho

3---saudade de nada. (...) Nem da infância

4---querida, nem sequer das borboletas azuis,

5---Casimiro. Nem mesmo de quem morreu. De

6---quem morreu sinto é falta, o prejuízo da

7---perda, a ausência. A vontade da presença,

8---mas não no passado, e sim presença atual.

9---Saudade será isso? Queria tê-los aqui, agora.

10--Voltar atrás? Acho que não, nem com eles.

11----------A vida é uma coisa que tem de passar,

12--uma obrigação de que é preciso dar conta.

13--Uma dívida que se vai pagando todos os

14--meses, todos os dias. Parece loucura lamentar

15--o tempo em que se devia muito mais.

16----------Gostaria de ter palavras boas, eficientes,

17--para explicar como é isso de não ter

18--saudades; fazer sentir que estou exprimindo

19--um sentimento real, a humilde, a nua verdade.

20--Você insinua a suspeita de que talvez seja isso

21--uma atitude.(...) Pois então eu lhe digo que

22--essa capacidade de morrer de saudades, creio

23--que ela só afeta a quem não cresceu direito;

24--feito uma cobra que se sentisse melhor na

25--pele antiga, não se acomodasse nunca à pele

26--nova. (...)

27----------Fala que saudade é sensação de perda.

28--Pois é. E eu lhe digo que, pessoalmente, não

29--sinto que perdi nada. Gastei, gastei tempo,

30--emoções, corpo e alma. E gastar não é perder,

31--é usar até consumir.

32----------E não pense que estou a lhe sugerir

33--tragédias. Tirando a média, não tive quinhão

34--por demais pior que o dos outros. Houve

35--muito pedaço duro, mas a vida é assim

36--mesmo, a uns traz os seus golpes mais cedo e

37--a outros mais tarde; no fim, iguala a todos.

38----------Infância sem lágrimas, amada, protegida.

39--Mocidade - mas a mocidade já é de si uma

40--etapa infeliz. Coração inquieto que não sabe o

41--que quer, ou quer demais. Qual será, nesta

42--vida, o jovem satisfeito? Um jovem pode nos

43--fazer confidências de exaltação, de

44--embriaguez; de felicidade, nunca. Mocidade é

45--a quadra dramática por excelência, o período

46--dos conflitos, dos ajustamentos penosos, dos

47--desajustamentos trágicos. A idade dos

48--suicídios, dos desenganos e, por isso mesmo,

49--dos grandes heroísmos. É o tempo em que a

50--gente quer ser dono do mundo - e ao mesmo

51--tempo sente que sobra nesse mesmo mundo.

52--A idade em que se descobre a solidão

53--irremediável de todos os viventes. (...)

54----------Não sei mesmo como, entre as inúmeras

55--mentiras do mundo, se consegue manter essa

56--mentira maior de todas: a suposta felicidade

57--dos moços. Por mim, sempre tive pena deles,

58--da sua angústia e do seu desamparo.

59--Enquanto esta idade a que chegamos, você e

60--eu, é o tempo da estabilidade e das batalhas

61--ganhas. Já pouco se exige, já pouco se espera.

62--E mesmo quando se exige muito, só se espera

63--o possível. Se as surpresas são poucas,

64--poucos também os desenganos. A gente vai

65--se aferrando a hábitos, a pessoas e objetos.

-----(...)

66----------E depois há o capítulo da morte, sempre

67--presente em todas as idades. Com a diferença

68--de que a morte é a amante dos moços e a

69--companheira dos velhos. Para os jovens ela é

70--abismo e paixão. Para nós, foi se tornando

71--pouco a pouco uma velha amiga, a se anunciar

72--devagarinho: o cabelo branco, a preguiça, a

73--ruga no rosto, a vista fraca, os achaques.

74--Velha amiga que vem de viagem e de cada

75--porto nos manda um postal, para indicar que

76--já embarcou.


QUEIROZ, Rachel de. Um alpendre, uma rede, um

açude. Rio de Janeiro: José Olympio, 2006.

Texto adaptado.

O valor semântico da preposição destacada nas orações está corretamente identificado em

Alternativas
Q2762555 Português

Texto – Saudade


1----------Conversávamos sobre saudade. E de

2---repente me apercebi de que não tenho

3---saudade de nada. (...) Nem da infância

4---querida, nem sequer das borboletas azuis,

5---Casimiro. Nem mesmo de quem morreu. De

6---quem morreu sinto é falta, o prejuízo da

7---perda, a ausência. A vontade da presença,

8---mas não no passado, e sim presença atual.

9---Saudade será isso? Queria tê-los aqui, agora.

10--Voltar atrás? Acho que não, nem com eles.

11----------A vida é uma coisa que tem de passar,

12--uma obrigação de que é preciso dar conta.

13--Uma dívida que se vai pagando todos os

14--meses, todos os dias. Parece loucura lamentar

15--o tempo em que se devia muito mais.

16----------Gostaria de ter palavras boas, eficientes,

17--para explicar como é isso de não ter

18--saudades; fazer sentir que estou exprimindo

19--um sentimento real, a humilde, a nua verdade.

20--Você insinua a suspeita de que talvez seja isso

21--uma atitude.(...) Pois então eu lhe digo que

22--essa capacidade de morrer de saudades, creio

23--que ela só afeta a quem não cresceu direito;

24--feito uma cobra que se sentisse melhor na

25--pele antiga, não se acomodasse nunca à pele

26--nova. (...)

27----------Fala que saudade é sensação de perda.

28--Pois é. E eu lhe digo que, pessoalmente, não

29--sinto que perdi nada. Gastei, gastei tempo,

30--emoções, corpo e alma. E gastar não é perder,

31--é usar até consumir.

32----------E não pense que estou a lhe sugerir

33--tragédias. Tirando a média, não tive quinhão

34--por demais pior que o dos outros. Houve

35--muito pedaço duro, mas a vida é assim

36--mesmo, a uns traz os seus golpes mais cedo e

37--a outros mais tarde; no fim, iguala a todos.

38----------Infância sem lágrimas, amada, protegida.

39--Mocidade - mas a mocidade já é de si uma

40--etapa infeliz. Coração inquieto que não sabe o

41--que quer, ou quer demais. Qual será, nesta

42--vida, o jovem satisfeito? Um jovem pode nos

43--fazer confidências de exaltação, de

44--embriaguez; de felicidade, nunca. Mocidade é

45--a quadra dramática por excelência, o período

46--dos conflitos, dos ajustamentos penosos, dos

47--desajustamentos trágicos. A idade dos

48--suicídios, dos desenganos e, por isso mesmo,

49--dos grandes heroísmos. É o tempo em que a

50--gente quer ser dono do mundo - e ao mesmo

51--tempo sente que sobra nesse mesmo mundo.

52--A idade em que se descobre a solidão

53--irremediável de todos os viventes. (...)

54----------Não sei mesmo como, entre as inúmeras

55--mentiras do mundo, se consegue manter essa

56--mentira maior de todas: a suposta felicidade

57--dos moços. Por mim, sempre tive pena deles,

58--da sua angústia e do seu desamparo.

59--Enquanto esta idade a que chegamos, você e

60--eu, é o tempo da estabilidade e das batalhas

61--ganhas. Já pouco se exige, já pouco se espera.

62--E mesmo quando se exige muito, só se espera

63--o possível. Se as surpresas são poucas,

64--poucos também os desenganos. A gente vai

65--se aferrando a hábitos, a pessoas e objetos.

-----(...)

66----------E depois há o capítulo da morte, sempre

67--presente em todas as idades. Com a diferença

68--de que a morte é a amante dos moços e a

69--companheira dos velhos. Para os jovens ela é

70--abismo e paixão. Para nós, foi se tornando

71--pouco a pouco uma velha amiga, a se anunciar

72--devagarinho: o cabelo branco, a preguiça, a

73--ruga no rosto, a vista fraca, os achaques.

74--Velha amiga que vem de viagem e de cada

75--porto nos manda um postal, para indicar que

76--já embarcou.


QUEIROZ, Rachel de. Um alpendre, uma rede, um

açude. Rio de Janeiro: José Olympio, 2006.

Texto adaptado.

Assinale a opção em que a relação de ideias estabelecida nas orações está identificada corretamente.

Alternativas
Q2762554 Português

Texto – Saudade


1----------Conversávamos sobre saudade. E de

2---repente me apercebi de que não tenho

3---saudade de nada. (...) Nem da infância

4---querida, nem sequer das borboletas azuis,

5---Casimiro. Nem mesmo de quem morreu. De

6---quem morreu sinto é falta, o prejuízo da

7---perda, a ausência. A vontade da presença,

8---mas não no passado, e sim presença atual.

9---Saudade será isso? Queria tê-los aqui, agora.

10--Voltar atrás? Acho que não, nem com eles.

11----------A vida é uma coisa que tem de passar,

12--uma obrigação de que é preciso dar conta.

13--Uma dívida que se vai pagando todos os

14--meses, todos os dias. Parece loucura lamentar

15--o tempo em que se devia muito mais.

16----------Gostaria de ter palavras boas, eficientes,

17--para explicar como é isso de não ter

18--saudades; fazer sentir que estou exprimindo

19--um sentimento real, a humilde, a nua verdade.

20--Você insinua a suspeita de que talvez seja isso

21--uma atitude.(...) Pois então eu lhe digo que

22--essa capacidade de morrer de saudades, creio

23--que ela só afeta a quem não cresceu direito;

24--feito uma cobra que se sentisse melhor na

25--pele antiga, não se acomodasse nunca à pele

26--nova. (...)

27----------Fala que saudade é sensação de perda.

28--Pois é. E eu lhe digo que, pessoalmente, não

29--sinto que perdi nada. Gastei, gastei tempo,

30--emoções, corpo e alma. E gastar não é perder,

31--é usar até consumir.

32----------E não pense que estou a lhe sugerir

33--tragédias. Tirando a média, não tive quinhão

34--por demais pior que o dos outros. Houve

35--muito pedaço duro, mas a vida é assim

36--mesmo, a uns traz os seus golpes mais cedo e

37--a outros mais tarde; no fim, iguala a todos.

38----------Infância sem lágrimas, amada, protegida.

39--Mocidade - mas a mocidade já é de si uma

40--etapa infeliz. Coração inquieto que não sabe o

41--que quer, ou quer demais. Qual será, nesta

42--vida, o jovem satisfeito? Um jovem pode nos

43--fazer confidências de exaltação, de

44--embriaguez; de felicidade, nunca. Mocidade é

45--a quadra dramática por excelência, o período

46--dos conflitos, dos ajustamentos penosos, dos

47--desajustamentos trágicos. A idade dos

48--suicídios, dos desenganos e, por isso mesmo,

49--dos grandes heroísmos. É o tempo em que a

50--gente quer ser dono do mundo - e ao mesmo

51--tempo sente que sobra nesse mesmo mundo.

52--A idade em que se descobre a solidão

53--irremediável de todos os viventes. (...)

54----------Não sei mesmo como, entre as inúmeras

55--mentiras do mundo, se consegue manter essa

56--mentira maior de todas: a suposta felicidade

57--dos moços. Por mim, sempre tive pena deles,

58--da sua angústia e do seu desamparo.

59--Enquanto esta idade a que chegamos, você e

60--eu, é o tempo da estabilidade e das batalhas

61--ganhas. Já pouco se exige, já pouco se espera.

62--E mesmo quando se exige muito, só se espera

63--o possível. Se as surpresas são poucas,

64--poucos também os desenganos. A gente vai

65--se aferrando a hábitos, a pessoas e objetos.

-----(...)

66----------E depois há o capítulo da morte, sempre

67--presente em todas as idades. Com a diferença

68--de que a morte é a amante dos moços e a

69--companheira dos velhos. Para os jovens ela é

70--abismo e paixão. Para nós, foi se tornando

71--pouco a pouco uma velha amiga, a se anunciar

72--devagarinho: o cabelo branco, a preguiça, a

73--ruga no rosto, a vista fraca, os achaques.

74--Velha amiga que vem de viagem e de cada

75--porto nos manda um postal, para indicar que

76--já embarcou.


QUEIROZ, Rachel de. Um alpendre, uma rede, um

açude. Rio de Janeiro: José Olympio, 2006.

Texto adaptado.

Na frase: “Saudade será isso?” (linha 9), o pronome destacado

Alternativas
Q2762552 Português

Texto – Saudade


1----------Conversávamos sobre saudade. E de

2---repente me apercebi de que não tenho

3---saudade de nada. (...) Nem da infância

4---querida, nem sequer das borboletas azuis,

5---Casimiro. Nem mesmo de quem morreu. De

6---quem morreu sinto é falta, o prejuízo da

7---perda, a ausência. A vontade da presença,

8---mas não no passado, e sim presença atual.

9---Saudade será isso? Queria tê-los aqui, agora.

10--Voltar atrás? Acho que não, nem com eles.

11----------A vida é uma coisa que tem de passar,

12--uma obrigação de que é preciso dar conta.

13--Uma dívida que se vai pagando todos os

14--meses, todos os dias. Parece loucura lamentar

15--o tempo em que se devia muito mais.

16----------Gostaria de ter palavras boas, eficientes,

17--para explicar como é isso de não ter

18--saudades; fazer sentir que estou exprimindo

19--um sentimento real, a humilde, a nua verdade.

20--Você insinua a suspeita de que talvez seja isso

21--uma atitude.(...) Pois então eu lhe digo que

22--essa capacidade de morrer de saudades, creio

23--que ela só afeta a quem não cresceu direito;

24--feito uma cobra que se sentisse melhor na

25--pele antiga, não se acomodasse nunca à pele

26--nova. (...)

27----------Fala que saudade é sensação de perda.

28--Pois é. E eu lhe digo que, pessoalmente, não

29--sinto que perdi nada. Gastei, gastei tempo,

30--emoções, corpo e alma. E gastar não é perder,

31--é usar até consumir.

32----------E não pense que estou a lhe sugerir

33--tragédias. Tirando a média, não tive quinhão

34--por demais pior que o dos outros. Houve

35--muito pedaço duro, mas a vida é assim

36--mesmo, a uns traz os seus golpes mais cedo e

37--a outros mais tarde; no fim, iguala a todos.

38----------Infância sem lágrimas, amada, protegida.

39--Mocidade - mas a mocidade já é de si uma

40--etapa infeliz. Coração inquieto que não sabe o

41--que quer, ou quer demais. Qual será, nesta

42--vida, o jovem satisfeito? Um jovem pode nos

43--fazer confidências de exaltação, de

44--embriaguez; de felicidade, nunca. Mocidade é

45--a quadra dramática por excelência, o período

46--dos conflitos, dos ajustamentos penosos, dos

47--desajustamentos trágicos. A idade dos

48--suicídios, dos desenganos e, por isso mesmo,

49--dos grandes heroísmos. É o tempo em que a

50--gente quer ser dono do mundo - e ao mesmo

51--tempo sente que sobra nesse mesmo mundo.

52--A idade em que se descobre a solidão

53--irremediável de todos os viventes. (...)

54----------Não sei mesmo como, entre as inúmeras

55--mentiras do mundo, se consegue manter essa

56--mentira maior de todas: a suposta felicidade

57--dos moços. Por mim, sempre tive pena deles,

58--da sua angústia e do seu desamparo.

59--Enquanto esta idade a que chegamos, você e

60--eu, é o tempo da estabilidade e das batalhas

61--ganhas. Já pouco se exige, já pouco se espera.

62--E mesmo quando se exige muito, só se espera

63--o possível. Se as surpresas são poucas,

64--poucos também os desenganos. A gente vai

65--se aferrando a hábitos, a pessoas e objetos.

-----(...)

66----------E depois há o capítulo da morte, sempre

67--presente em todas as idades. Com a diferença

68--de que a morte é a amante dos moços e a

69--companheira dos velhos. Para os jovens ela é

70--abismo e paixão. Para nós, foi se tornando

71--pouco a pouco uma velha amiga, a se anunciar

72--devagarinho: o cabelo branco, a preguiça, a

73--ruga no rosto, a vista fraca, os achaques.

74--Velha amiga que vem de viagem e de cada

75--porto nos manda um postal, para indicar que

76--já embarcou.


QUEIROZ, Rachel de. Um alpendre, uma rede, um

açude. Rio de Janeiro: José Olympio, 2006.

Texto adaptado.

É correto afirmar que a autora

Alternativas
Q2762551 Português

Texto – Saudade


1----------Conversávamos sobre saudade. E de

2---repente me apercebi de que não tenho

3---saudade de nada. (...) Nem da infância

4---querida, nem sequer das borboletas azuis,

5---Casimiro. Nem mesmo de quem morreu. De

6---quem morreu sinto é falta, o prejuízo da

7---perda, a ausência. A vontade da presença,

8---mas não no passado, e sim presença atual.

9---Saudade será isso? Queria tê-los aqui, agora.

10--Voltar atrás? Acho que não, nem com eles.

11----------A vida é uma coisa que tem de passar,

12--uma obrigação de que é preciso dar conta.

13--Uma dívida que se vai pagando todos os

14--meses, todos os dias. Parece loucura lamentar

15--o tempo em que se devia muito mais.

16----------Gostaria de ter palavras boas, eficientes,

17--para explicar como é isso de não ter

18--saudades; fazer sentir que estou exprimindo

19--um sentimento real, a humilde, a nua verdade.

20--Você insinua a suspeita de que talvez seja isso

21--uma atitude.(...) Pois então eu lhe digo que

22--essa capacidade de morrer de saudades, creio

23--que ela só afeta a quem não cresceu direito;

24--feito uma cobra que se sentisse melhor na

25--pele antiga, não se acomodasse nunca à pele

26--nova. (...)

27----------Fala que saudade é sensação de perda.

28--Pois é. E eu lhe digo que, pessoalmente, não

29--sinto que perdi nada. Gastei, gastei tempo,

30--emoções, corpo e alma. E gastar não é perder,

31--é usar até consumir.

32----------E não pense que estou a lhe sugerir

33--tragédias. Tirando a média, não tive quinhão

34--por demais pior que o dos outros. Houve

35--muito pedaço duro, mas a vida é assim

36--mesmo, a uns traz os seus golpes mais cedo e

37--a outros mais tarde; no fim, iguala a todos.

38----------Infância sem lágrimas, amada, protegida.

39--Mocidade - mas a mocidade já é de si uma

40--etapa infeliz. Coração inquieto que não sabe o

41--que quer, ou quer demais. Qual será, nesta

42--vida, o jovem satisfeito? Um jovem pode nos

43--fazer confidências de exaltação, de

44--embriaguez; de felicidade, nunca. Mocidade é

45--a quadra dramática por excelência, o período

46--dos conflitos, dos ajustamentos penosos, dos

47--desajustamentos trágicos. A idade dos

48--suicídios, dos desenganos e, por isso mesmo,

49--dos grandes heroísmos. É o tempo em que a

50--gente quer ser dono do mundo - e ao mesmo

51--tempo sente que sobra nesse mesmo mundo.

52--A idade em que se descobre a solidão

53--irremediável de todos os viventes. (...)

54----------Não sei mesmo como, entre as inúmeras

55--mentiras do mundo, se consegue manter essa

56--mentira maior de todas: a suposta felicidade

57--dos moços. Por mim, sempre tive pena deles,

58--da sua angústia e do seu desamparo.

59--Enquanto esta idade a que chegamos, você e

60--eu, é o tempo da estabilidade e das batalhas

61--ganhas. Já pouco se exige, já pouco se espera.

62--E mesmo quando se exige muito, só se espera

63--o possível. Se as surpresas são poucas,

64--poucos também os desenganos. A gente vai

65--se aferrando a hábitos, a pessoas e objetos.

-----(...)

66----------E depois há o capítulo da morte, sempre

67--presente em todas as idades. Com a diferença

68--de que a morte é a amante dos moços e a

69--companheira dos velhos. Para os jovens ela é

70--abismo e paixão. Para nós, foi se tornando

71--pouco a pouco uma velha amiga, a se anunciar

72--devagarinho: o cabelo branco, a preguiça, a

73--ruga no rosto, a vista fraca, os achaques.

74--Velha amiga que vem de viagem e de cada

75--porto nos manda um postal, para indicar que

76--já embarcou.


QUEIROZ, Rachel de. Um alpendre, uma rede, um

açude. Rio de Janeiro: José Olympio, 2006.

Texto adaptado.

A autora associa a capacidade de “se morrer de saudades” às pessoas

Alternativas
Q2762550 Português

Texto – Saudade


1----------Conversávamos sobre saudade. E de

2---repente me apercebi de que não tenho

3---saudade de nada. (...) Nem da infância

4---querida, nem sequer das borboletas azuis,

5---Casimiro. Nem mesmo de quem morreu. De

6---quem morreu sinto é falta, o prejuízo da

7---perda, a ausência. A vontade da presença,

8---mas não no passado, e sim presença atual.

9---Saudade será isso? Queria tê-los aqui, agora.

10--Voltar atrás? Acho que não, nem com eles.

11----------A vida é uma coisa que tem de passar,

12--uma obrigação de que é preciso dar conta.

13--Uma dívida que se vai pagando todos os

14--meses, todos os dias. Parece loucura lamentar

15--o tempo em que se devia muito mais.

16----------Gostaria de ter palavras boas, eficientes,

17--para explicar como é isso de não ter

18--saudades; fazer sentir que estou exprimindo

19--um sentimento real, a humilde, a nua verdade.

20--Você insinua a suspeita de que talvez seja isso

21--uma atitude.(...) Pois então eu lhe digo que

22--essa capacidade de morrer de saudades, creio

23--que ela só afeta a quem não cresceu direito;

24--feito uma cobra que se sentisse melhor na

25--pele antiga, não se acomodasse nunca à pele

26--nova. (...)

27----------Fala que saudade é sensação de perda.

28--Pois é. E eu lhe digo que, pessoalmente, não

29--sinto que perdi nada. Gastei, gastei tempo,

30--emoções, corpo e alma. E gastar não é perder,

31--é usar até consumir.

32----------E não pense que estou a lhe sugerir

33--tragédias. Tirando a média, não tive quinhão

34--por demais pior que o dos outros. Houve

35--muito pedaço duro, mas a vida é assim

36--mesmo, a uns traz os seus golpes mais cedo e

37--a outros mais tarde; no fim, iguala a todos.

38----------Infância sem lágrimas, amada, protegida.

39--Mocidade - mas a mocidade já é de si uma

40--etapa infeliz. Coração inquieto que não sabe o

41--que quer, ou quer demais. Qual será, nesta

42--vida, o jovem satisfeito? Um jovem pode nos

43--fazer confidências de exaltação, de

44--embriaguez; de felicidade, nunca. Mocidade é

45--a quadra dramática por excelência, o período

46--dos conflitos, dos ajustamentos penosos, dos

47--desajustamentos trágicos. A idade dos

48--suicídios, dos desenganos e, por isso mesmo,

49--dos grandes heroísmos. É o tempo em que a

50--gente quer ser dono do mundo - e ao mesmo

51--tempo sente que sobra nesse mesmo mundo.

52--A idade em que se descobre a solidão

53--irremediável de todos os viventes. (...)

54----------Não sei mesmo como, entre as inúmeras

55--mentiras do mundo, se consegue manter essa

56--mentira maior de todas: a suposta felicidade

57--dos moços. Por mim, sempre tive pena deles,

58--da sua angústia e do seu desamparo.

59--Enquanto esta idade a que chegamos, você e

60--eu, é o tempo da estabilidade e das batalhas

61--ganhas. Já pouco se exige, já pouco se espera.

62--E mesmo quando se exige muito, só se espera

63--o possível. Se as surpresas são poucas,

64--poucos também os desenganos. A gente vai

65--se aferrando a hábitos, a pessoas e objetos.

-----(...)

66----------E depois há o capítulo da morte, sempre

67--presente em todas as idades. Com a diferença

68--de que a morte é a amante dos moços e a

69--companheira dos velhos. Para os jovens ela é

70--abismo e paixão. Para nós, foi se tornando

71--pouco a pouco uma velha amiga, a se anunciar

72--devagarinho: o cabelo branco, a preguiça, a

73--ruga no rosto, a vista fraca, os achaques.

74--Velha amiga que vem de viagem e de cada

75--porto nos manda um postal, para indicar que

76--já embarcou.


QUEIROZ, Rachel de. Um alpendre, uma rede, um

açude. Rio de Janeiro: José Olympio, 2006.

Texto adaptado.

Com base nas ideias apresentadas no texto, é correto afirmar que a autora demonstra ser

Alternativas
Q2762549 Português

Texto – Saudade


1----------Conversávamos sobre saudade. E de

2---repente me apercebi de que não tenho

3---saudade de nada. (...) Nem da infância

4---querida, nem sequer das borboletas azuis,

5---Casimiro. Nem mesmo de quem morreu. De

6---quem morreu sinto é falta, o prejuízo da

7---perda, a ausência. A vontade da presença,

8---mas não no passado, e sim presença atual.

9---Saudade será isso? Queria tê-los aqui, agora.

10--Voltar atrás? Acho que não, nem com eles.

11----------A vida é uma coisa que tem de passar,

12--uma obrigação de que é preciso dar conta.

13--Uma dívida que se vai pagando todos os

14--meses, todos os dias. Parece loucura lamentar

15--o tempo em que se devia muito mais.

16----------Gostaria de ter palavras boas, eficientes,

17--para explicar como é isso de não ter

18--saudades; fazer sentir que estou exprimindo

19--um sentimento real, a humilde, a nua verdade.

20--Você insinua a suspeita de que talvez seja isso

21--uma atitude.(...) Pois então eu lhe digo que

22--essa capacidade de morrer de saudades, creio

23--que ela só afeta a quem não cresceu direito;

24--feito uma cobra que se sentisse melhor na

25--pele antiga, não se acomodasse nunca à pele

26--nova. (...)

27----------Fala que saudade é sensação de perda.

28--Pois é. E eu lhe digo que, pessoalmente, não

29--sinto que perdi nada. Gastei, gastei tempo,

30--emoções, corpo e alma. E gastar não é perder,

31--é usar até consumir.

32----------E não pense que estou a lhe sugerir

33--tragédias. Tirando a média, não tive quinhão

34--por demais pior que o dos outros. Houve

35--muito pedaço duro, mas a vida é assim

36--mesmo, a uns traz os seus golpes mais cedo e

37--a outros mais tarde; no fim, iguala a todos.

38----------Infância sem lágrimas, amada, protegida.

39--Mocidade - mas a mocidade já é de si uma

40--etapa infeliz. Coração inquieto que não sabe o

41--que quer, ou quer demais. Qual será, nesta

42--vida, o jovem satisfeito? Um jovem pode nos

43--fazer confidências de exaltação, de

44--embriaguez; de felicidade, nunca. Mocidade é

45--a quadra dramática por excelência, o período

46--dos conflitos, dos ajustamentos penosos, dos

47--desajustamentos trágicos. A idade dos

48--suicídios, dos desenganos e, por isso mesmo,

49--dos grandes heroísmos. É o tempo em que a

50--gente quer ser dono do mundo - e ao mesmo

51--tempo sente que sobra nesse mesmo mundo.

52--A idade em que se descobre a solidão

53--irremediável de todos os viventes. (...)

54----------Não sei mesmo como, entre as inúmeras

55--mentiras do mundo, se consegue manter essa

56--mentira maior de todas: a suposta felicidade

57--dos moços. Por mim, sempre tive pena deles,

58--da sua angústia e do seu desamparo.

59--Enquanto esta idade a que chegamos, você e

60--eu, é o tempo da estabilidade e das batalhas

61--ganhas. Já pouco se exige, já pouco se espera.

62--E mesmo quando se exige muito, só se espera

63--o possível. Se as surpresas são poucas,

64--poucos também os desenganos. A gente vai

65--se aferrando a hábitos, a pessoas e objetos.

-----(...)

66----------E depois há o capítulo da morte, sempre

67--presente em todas as idades. Com a diferença

68--de que a morte é a amante dos moços e a

69--companheira dos velhos. Para os jovens ela é

70--abismo e paixão. Para nós, foi se tornando

71--pouco a pouco uma velha amiga, a se anunciar

72--devagarinho: o cabelo branco, a preguiça, a

73--ruga no rosto, a vista fraca, os achaques.

74--Velha amiga que vem de viagem e de cada

75--porto nos manda um postal, para indicar que

76--já embarcou.


QUEIROZ, Rachel de. Um alpendre, uma rede, um

açude. Rio de Janeiro: José Olympio, 2006.

Texto adaptado.

A seguir encontram-se listados aleatoriamente assuntos tratados ao longo do texto. Coloque-os na sequência em que são apresentados pela autora numerando-os de 1 a 10.


( ) Definição da vida

( ) Concepção da morte

( ) Exaltação da idade madura

( ) Explicitação do desejo de explicar bem o que é não ter saudades

(1) Percepção de que não sente saudade de nada

( ) Aceitação de como é a vida

( ) Opinião sobre o que é morrer de saudades

( ) Descrição da mocidade

( ) Descrição da própria infância

( ) Análise da definição de saudade defendida pelo interlocutor


A sequência correta, de cima para baixo, é:

Alternativas
Q2758901 Artes Visuais

Compreendendo o currículo como algo em processo permanente de construção e fruto de valores referendados por meio da ação coletiva, cabe à escola organizar o currículo da disciplina arte em consonância com as reivindicações historicamente consolidadas, incorporando o movimento de transformação que se vem dando na sala de aula, em encontros científicos. Considerando essa proposição, atente para as seguintes afirmações:

I. O currículo deve propor uma agenda afirmativa que possibilite a superação dos entraves ou das omissões identificados nas orientações curriculares anteriores, propiciando o diálogo polifônico entre os diferentes atores do processo educacional.

II. Esse documento deve ter em vista contemplar, no contexto do cotidiano escolar, uma perspectiva avaliativa e crítica da realidade.

III. A reflexão sobre o processo pedagógico escolar, no que diz respeito a Arte, não é enfatizada nesse documento.

É correto o que se afirma em

Alternativas
Q2758899 Artes Visuais
A defesa pelo conhecimento histórico da Arte denota preocupação constante nas proposições da arte-educadora Ana Mae Barbosa, de promover o sentido de pertencimento a uma história, a uma cultura, a uma comunidade, possibilitando a significação e a reflexão. Para o arte-educador não importa não só o “fazer artístico”, mas também dar informações para torná-lo apto a uma crítica individual e cultural. Pertence a essa discussão teórica a ideia de
Alternativas
Q2758898 Artes Visuais
O ensino de arte no período da Escola Nova teve como tendência teórico-metodológica, o ensino centrado no aluno, sendo a arte utilizada para a liberação emocional, o desenvolvimento da criatividade e do espírito experimental na livre solução de problemas. Considerando essa proposição, é correto afirmar que
Alternativas
Q2758896 Legislação Federal
O ensino de arte encontra-se na área de Linguagem, Códigos e suas Tecnologias, nos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio (2000), que apresenta como eixo as capacidades de representação e comunicação. Assim, o documento discute as implicações da relação entre os elementos destacando duas grandes áreas, quais sejam:
Alternativas
Q2758895 Legislação Federal

A Lei Nº 11.769, de 18 de agosto de 2008, estabelece a obrigatoriedade do ensino de música nas escolas de educação básica. A aprovação dessa Lei foi sem dúvida uma grande conquista para a área de educação musical no País. Contudo, existem grandes desafios que precisam ser enfrentados para que se viabilizem, de fato, propostas consistentes de ensino de música nas escolas de educação básica.

Esses desafios incluem:

I. o reconhecimento da diversidade cultural, com a inclusão de valores simbólicos e culturais;

II. a criação de políticas de formação de professores na área;

III. a inclusão de práticas musicais como fatores potencialmente favoráveis à transformação social;

IV. a valorização da música na escola.

Estão corretas as complementações contidas em

Alternativas
Q2758892 Artes Visuais

De acordo com a estudiosa da linguagem musical Teca Alencar de Brito (1999) os instrumentos podem-se agrupar pela forma de como produzem o som. Segundo essa classificação, relacione corretamente os instrumentos com os tipos sonoros, numerando a Coluna II de acordo com a Coluna I.

Imagem associada para resolução da questão

A sequência correta, de cima para baixo, é:

Alternativas
Q2758889 Artes Visuais

Buscando a compreensão sobre o trabalho de arte ao longo do contexto histórico tem-se, na pedagogia tradicional, o entendimento de que o ensino de arte era hierarquizado em seus conteúdos e em relação ao seu público. A arte era estudada nas academias de belas artes e em conservatórios de música. Considerando o estudo da arte e suas características nesse contexto, relacione corretamente as colunas a seguir, numerando a Coluna II de acordo com a Coluna I.

Imagem associada para resolução da questão

A sequência correta, de cima para baixo é:

Alternativas
Q2758888 Artes Visuais

Ensino e aprendizagem de arte não é mera proposição de atividades sem fundamentos, ao aluno bem como a instituição de ensino deve se fazer entender que a disciplina tem objetivos específicos e os conteúdos “sempre se ligam a determinado espaço cultural, tempo histórico e a condições particulares que envolvem aspectos sociais, ambientais, econômicos, culturais, etários.” (BRASIL, 1997, p.49). O professor é o mediador entre as partes: instituição/aluno – disseminação do conhecimento. Os três eixos norteadores produzir, apreciar e contextualizar, são definidos nesta articulação individualizados, porém interligados no contexto. Considerando esses três eixos, numere os parênteses abaixo, de acordo com a seguinte indicação:

1. Produzir

2. Apreciar

3. Contextualizar

( ) Percepção, decodificação, interpretação, fruição de arte e do universo a ela relacionado. Refere-se à análise da produção artística individual e do outro, interpretando segundo seus conhecimentos preconcebidos, “a produção histórico-social em sua diversidade, a identificação de qualidades estéticas e significados artísticos no cotidiano, nas mídias, na indústria cultural, nas práticas populares, no meio ambiente”. (BRASIL, 1997, p.50)

( ) A seleção dos conteúdos é baseada em critérios que visam despertar a curiosidade estimulando o conhecimento da própria cultura, e a descoberta da cultura do outro em diferentes épocas. Segundo os PCN’s. (BRASIL, 1997, p.51)

( ) São as experiências que o aluno tem na prática nas atividades propostas (como expressão, construção, representação), observando a temática a que está relacionada. É o processo de criação que se realiza por intermédio de experimentações (técnicas, materiais, substratos) e também do uso das diversidades de linguagens artísticas. (BRASIL, 1997, p.50)

A sequência correta, de cima para baixo é:

Alternativas
Q2758884 Artes Visuais
A linguagem audiovisual, como a própria palavra expressa, é feita da junção de elementos de duas naturezas: os sonoros e os visuais. Portanto, estamos falando de artefatos da cultura que afetam esses dois sentidos do homem, a visão e a audição. O que encontramos hoje no domínio da arte seria muito mais uma mistura de diversos elementos: os valores da arte moderna e os da arte que nós chamamos de contemporânea, sem estarem em conflito aberto, constituindo então dispositivos maleáveis complexos, instáveis em transformação. Assinale a opção que NÃO corresponde a uma linguagem específica das artes audiovisuais.
Alternativas
Q2758883 Artes Visuais

A escola, ao contrário do que possa parecer, não é um local neutro, homogêneo, universal. Cada escola é um lugar repleto de peculiaridades, valores, rituais e procedimentos que lhe são próprios. Ainda que certos elementos estejam presentes de uma maneira aparentemente uniforme, cada escola é também resultado daquilo que cada um dos seus sujeitos (professores, pais, alunos, funcionários, etc.) faz dela. É um lugar de produção, criação e reprodução de cultura, de valores, de saberes: tempo/espaço de encontros, tensões, conflitos, preconceitos. Pensar a escola multicultural é pensar

I. no tratamento dado à cultura que se está defendendo.

II. em um projeto cultural, que apresente às novas gerações uma gama de saberes, conhecimentos e valores.

III. a escola como produtora de toda uma dinâmica cultural que institui visões de homem, de mulher, de mundo e de sociedade.

IV. que nem todos têm potencial para aprender sobre a cultura.

Estão corretas as complementações contidas em

Alternativas
Q2758881 Legislação Federal

Faz parte das metas do Ministério da Educação e Cultura promover a valorização do patrimônio artístico cultural nacional, regional e local de uma forma ativa e interventiva. Para estar de acordo com essa proposição, no que diz respeito ao desenvolvimento de seu trabalho com arte, a escola deve

I. considerar arte como objeto de conhecimento escolar, incluindo as expressões locais resultantes da imaginação criadora do homem em um determinado contexto sociocultural e geográfico.

II. considerar sua função de preservação e desenvolvimento da cultura viva de sua localidade.

III. desconsiderar a identificação de elementos do patrimônio artístico local.

IV. desassociar as festas populares do conjunto de aspectos da vida social cultural e educativa.

Estão corretas somente as complementações contidas em

Alternativas
Respostas
1181: D
1182: B
1183: D
1184: B
1185: B
1186: A
1187: D
1188: B
1189: A
1190: D
1191: C
1192: A
1193: B
1194: D
1195: B
1196: A
1197: C
1198: D
1199: A
1200: B