Questões de Concurso para UECE-CEV

Q2758814

Ano: 2018 Banca: UECE-CEV Órgão: SEDUC-CE Provas: UECE-CEV - 2018 - SEDUC-CE - Professor - Arte-Educação | UECE-CEV - 2018 - SEDUC-CE - Professor - Língua Brasileira de Sinais - Libras |

Q2758814 Português

Texto associado

A violência em Roraima é contra a imagem no espelho

Os venezuelanos encarnam o pesadelo real de que toda estabilidade é provisória e o pertencimento é sempre precário

Eliane Brum

Não se compreende a violência dos brasileiros
contra os venezuelanos sem entender o que é
estar na fronteira e se saber à beira do mapa,
a borda como o precipício que lembra a quem
se agarra ao lado de cá que há uma fera
rosnando no desconhecido. Com exceção dos
povos indígenas, a população não indígena de
Roraima é formada por migrantes recentes, a
maioria da segunda metade do século XX. E
sempre chegando de um outro lugar em que o
chão se tornou movediço embaixo dos pés.
Muitos não desembarcaram em Roraima
diretamente do lugar em que nasceram, mas
antes tentaram pertencer a outros pontos do
mapa e não puderam se fixar por falta de
trabalho ou outras faltas. Quem alcança um
estado como Roraima vindo das regiões mais
pobres do Brasil — ou das porções mais
pobres dos estados rico s— sabe que alcançou
uma espécie de território limite. Dali pra
frente não há mais para onde andar. Talvez o
que um brasileiro de Roraima vislumbre num
venezuelano desesperado e sem lugar seja o
retrato de si mesmo. Uma velha foto bem
conhecida empurrada para o fundo de uma
gaveta da qual ninguém quer lembrar, mas
que nunca pôde ser totalmente esquecida.
Diante dos venezuelanos famintos, doentes e
assustados, desejando desesperadamente
entrar, a imagem se materializa como um
espelho que é preciso destruir. O que
destroem no corpo do outro é a imagem de si
mesmos cujo retorno não podem aceitar.
A angústia de não pertencer rugia dentro da
maioria das pessoas que entrevistei em
Roraima, em diferentes momentos. Mas isso
jamais era admitido. Ao contrário. Como
costuma acontecer neste tipo de fenômeno,
ela se expressava como uma identidade feroz,
a de ser o único cidadão legítimo, o único com
o direito de estar ali, o único que trabalha e
quer progredir. Isso se manifestava em três
comportamentos clássicos: a hostilidade
contra estrangeiros de outra língua,
especialmente americanos, a desconfiança
com relação a brasileiros não migrantes, o
desejo de apagar as populações nativas,
ainda que pela assimilação ou pela supressão
de direitos. (...)
A identidade roraimense é fomentada na
população por velhas e novas elites locais a
partir da ideia de que o Brasil é contra eles
(ou os ignora ou só aparece para se meter
onde não devia, como na atual disputa pelo
fechamento da fronteira com a Venezuela), os
“gringos” querem tomar a Amazônia de seus
legítimos donos e os indígenas impedem o
progresso do estado e também de cada
indivíduo que ali chegou com o sonho de fazer
história, fortuna e, principalmente casa —
lugar de pertencimento para quem tanto
peregrinou pelo mapa do Brasil até finalmente
alcançar a sua borda. Essa é sempre a
condição de fronteira entre aqueles que as
disputam. (...) A fronteira é um espaço de
sobreviventes, que já conheceram o pior de
vários mundos, sofreram estigmas,
preconceitos e indignidades, e estão lutando
por um lugar e sabem muito bem o porquê.
(...)
A imagem dos venezuelanos entrando e
entrando, desesperados, miseráveis e
famintos, é a imagem que um migrante mais
teme para si mesmo. É também a prova de
que a estabilidade é sempre provisória, de
que é possível perder tudo mais uma vez. É a
evidência viva, encarnada, de que não há
lugar seguro, de que o pertencimento é
sempre precário. De que do outro lado da
borda, o abismo espreita com olhos injetados
de sangue. Quem viveu escorregando de
todos os mapas sente a dor dessa experiência
no corpo.

Fonte:

https://brasil.elpais.com/brasil/2018/08/27/opinion.html

Acesso em 06/09/2018. Adaptação.

Considerando a justificativa para a acentuação da palavra “pôde” em “... mas que nunca pôde ser totalmente esquecida” (linhas 26-27), assinale a opção em que a acentuação do termo destacado é justificada pelo mesmo motivo.

A

“Dali pra frente não há mais para onde andar.” (linhas 20-21)

B

“Isso se manifestava em três comportamentos...” (linhas 42-43)

C

“...a evidência viva, encarnada.” (linhas 76-77)

D

“...estão lutando por um lugar e sabem muito bem o porquê.” (linhas 68-69)

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Q2758813

Ano: 2018 Banca: UECE-CEV Órgão: SEDUC-CE Provas: UECE-CEV - 2018 - SEDUC-CE - Professor - Arte-Educação | UECE-CEV - 2018 - SEDUC-CE - Professor - Língua Brasileira de Sinais - Libras |

Q2758813 Português

Texto associado

A violência em Roraima é contra a imagem no espelho

Os venezuelanos encarnam o pesadelo real de que toda estabilidade é provisória e o pertencimento é sempre precário

Eliane Brum

Não se compreende a violência dos brasileiros
contra os venezuelanos sem entender o que é
estar na fronteira e se saber à beira do mapa,
a borda como o precipício que lembra a quem
se agarra ao lado de cá que há uma fera
rosnando no desconhecido. Com exceção dos
povos indígenas, a população não indígena de
Roraima é formada por migrantes recentes, a
maioria da segunda metade do século XX. E
sempre chegando de um outro lugar em que o
chão se tornou movediço embaixo dos pés.
Muitos não desembarcaram em Roraima
diretamente do lugar em que nasceram, mas
antes tentaram pertencer a outros pontos do
mapa e não puderam se fixar por falta de
trabalho ou outras faltas. Quem alcança um
estado como Roraima vindo das regiões mais
pobres do Brasil — ou das porções mais
pobres dos estados rico s— sabe que alcançou
uma espécie de território limite. Dali pra
frente não há mais para onde andar. Talvez o
que um brasileiro de Roraima vislumbre num
venezuelano desesperado e sem lugar seja o
retrato de si mesmo. Uma velha foto bem
conhecida empurrada para o fundo de uma
gaveta da qual ninguém quer lembrar, mas
que nunca pôde ser totalmente esquecida.
Diante dos venezuelanos famintos, doentes e
assustados, desejando desesperadamente
entrar, a imagem se materializa como um
espelho que é preciso destruir. O que
destroem no corpo do outro é a imagem de si
mesmos cujo retorno não podem aceitar.
A angústia de não pertencer rugia dentro da
maioria das pessoas que entrevistei em
Roraima, em diferentes momentos. Mas isso
jamais era admitido. Ao contrário. Como
costuma acontecer neste tipo de fenômeno,
ela se expressava como uma identidade feroz,
a de ser o único cidadão legítimo, o único com
o direito de estar ali, o único que trabalha e
quer progredir. Isso se manifestava em três
comportamentos clássicos: a hostilidade
contra estrangeiros de outra língua,
especialmente americanos, a desconfiança
com relação a brasileiros não migrantes, o
desejo de apagar as populações nativas,
ainda que pela assimilação ou pela supressão
de direitos. (...)
A identidade roraimense é fomentada na
população por velhas e novas elites locais a
partir da ideia de que o Brasil é contra eles
(ou os ignora ou só aparece para se meter
onde não devia, como na atual disputa pelo
fechamento da fronteira com a Venezuela), os
“gringos” querem tomar a Amazônia de seus
legítimos donos e os indígenas impedem o
progresso do estado e também de cada
indivíduo que ali chegou com o sonho de fazer
história, fortuna e, principalmente casa —
lugar de pertencimento para quem tanto
peregrinou pelo mapa do Brasil até finalmente
alcançar a sua borda. Essa é sempre a
condição de fronteira entre aqueles que as
disputam. (...) A fronteira é um espaço de
sobreviventes, que já conheceram o pior de
vários mundos, sofreram estigmas,
preconceitos e indignidades, e estão lutando
por um lugar e sabem muito bem o porquê.
(...)
A imagem dos venezuelanos entrando e
entrando, desesperados, miseráveis e
famintos, é a imagem que um migrante mais
teme para si mesmo. É também a prova de
que a estabilidade é sempre provisória, de
que é possível perder tudo mais uma vez. É a
evidência viva, encarnada, de que não há
lugar seguro, de que o pertencimento é
sempre precário. De que do outro lado da
borda, o abismo espreita com olhos injetados
de sangue. Quem viveu escorregando de
todos os mapas sente a dor dessa experiência
no corpo.

Fonte:

https://brasil.elpais.com/brasil/2018/08/27/opinion.html

Acesso em 06/09/2018. Adaptação.

Analise as seguintes orações:

I. “...a população não indígena de Roraima é formada por migrantes recentes...” (linhas 07-08)

II. “... mas antes tentaram pertencer a outros pontos do mapa....”(linhas 13-15)

III. “Talvez o que um brasileiro de Roraima vislumbre num venezuelano desesperado e sem lugar seja o retrato de si mesmo.” (linhas 21-24)

IV. “A angústia de não pertencer rugia dentro da maioria das pessoas que entrevistei em Roraima, em diferentes momentos.” (linhas 34-36)

V. “...o desejo de apagar as populações nativas, ainda que pela assimilação ou pela supressão de direitos.” (linhas 46-49)

VI. “A identidade roraimense é fomentada na população por velhas e novas elites locais a partir da ideia de que o Brasil é contra eles...” (linhas 20-52)

No que diz respeito à função sintática dos termos sublinhados, é correto afirmar que em

A

IV e V funcionam como complementos nominais.

B

I e III funcionam como agentes da passiva.

C

V funcionam como adjunto adnominal.

D

II e VI funcionam como objetos indiretos.

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Q2758811

Ano: 2018 Banca: UECE-CEV Órgão: SEDUC-CE Provas: UECE-CEV - 2018 - SEDUC-CE - Professor - Arte-Educação | UECE-CEV - 2018 - SEDUC-CE - Professor - Língua Brasileira de Sinais - Libras |

Q2758811 Português

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A violência em Roraima é contra a imagem no espelho

Os venezuelanos encarnam o pesadelo real de que toda estabilidade é provisória e o pertencimento é sempre precário

Eliane Brum

Não se compreende a violência dos brasileiros
contra os venezuelanos sem entender o que é
estar na fronteira e se saber à beira do mapa,
a borda como o precipício que lembra a quem
se agarra ao lado de cá que há uma fera
rosnando no desconhecido. Com exceção dos
povos indígenas, a população não indígena de
Roraima é formada por migrantes recentes, a
maioria da segunda metade do século XX. E
sempre chegando de um outro lugar em que o
chão se tornou movediço embaixo dos pés.
Muitos não desembarcaram em Roraima
diretamente do lugar em que nasceram, mas
antes tentaram pertencer a outros pontos do
mapa e não puderam se fixar por falta de
trabalho ou outras faltas. Quem alcança um
estado como Roraima vindo das regiões mais
pobres do Brasil — ou das porções mais
pobres dos estados rico s— sabe que alcançou
uma espécie de território limite. Dali pra
frente não há mais para onde andar. Talvez o
que um brasileiro de Roraima vislumbre num
venezuelano desesperado e sem lugar seja o
retrato de si mesmo. Uma velha foto bem
conhecida empurrada para o fundo de uma
gaveta da qual ninguém quer lembrar, mas
que nunca pôde ser totalmente esquecida.
Diante dos venezuelanos famintos, doentes e
assustados, desejando desesperadamente
entrar, a imagem se materializa como um
espelho que é preciso destruir. O que
destroem no corpo do outro é a imagem de si
mesmos cujo retorno não podem aceitar.
A angústia de não pertencer rugia dentro da
maioria das pessoas que entrevistei em
Roraima, em diferentes momentos. Mas isso
jamais era admitido. Ao contrário. Como
costuma acontecer neste tipo de fenômeno,
ela se expressava como uma identidade feroz,
a de ser o único cidadão legítimo, o único com
o direito de estar ali, o único que trabalha e
quer progredir. Isso se manifestava em três
comportamentos clássicos: a hostilidade
contra estrangeiros de outra língua,
especialmente americanos, a desconfiança
com relação a brasileiros não migrantes, o
desejo de apagar as populações nativas,
ainda que pela assimilação ou pela supressão
de direitos. (...)
A identidade roraimense é fomentada na
população por velhas e novas elites locais a
partir da ideia de que o Brasil é contra eles
(ou os ignora ou só aparece para se meter
onde não devia, como na atual disputa pelo
fechamento da fronteira com a Venezuela), os
“gringos” querem tomar a Amazônia de seus
legítimos donos e os indígenas impedem o
progresso do estado e também de cada
indivíduo que ali chegou com o sonho de fazer
história, fortuna e, principalmente casa —
lugar de pertencimento para quem tanto
peregrinou pelo mapa do Brasil até finalmente
alcançar a sua borda. Essa é sempre a
condição de fronteira entre aqueles que as
disputam. (...) A fronteira é um espaço de
sobreviventes, que já conheceram o pior de
vários mundos, sofreram estigmas,
preconceitos e indignidades, e estão lutando
por um lugar e sabem muito bem o porquê.
(...)
A imagem dos venezuelanos entrando e
entrando, desesperados, miseráveis e
famintos, é a imagem que um migrante mais
teme para si mesmo. É também a prova de
que a estabilidade é sempre provisória, de
que é possível perder tudo mais uma vez. É a
evidência viva, encarnada, de que não há
lugar seguro, de que o pertencimento é
sempre precário. De que do outro lado da
borda, o abismo espreita com olhos injetados
de sangue. Quem viveu escorregando de
todos os mapas sente a dor dessa experiência
no corpo.

Fonte:

https://brasil.elpais.com/brasil/2018/08/27/opinion.html

Acesso em 06/09/2018. Adaptação.

Assinale a opção em que a palavra “mapa” está empregada em um sentido metafórico e abstrato mais saliente.

A

“... sem entender o que é estar na fronteira e se saber à beira do mapa, a borda...” (linhas 02-04)

B

“... mas antes tentaram pertencer a outros pontos do mapa e não puderam se fixar por falta de trabalho ou outras faltas.” (linhas 13-16)

C

“...lugar de pertencimento para quem tanto peregrinou pelo mapa do Brasil até finalmente alcançar a sua borda.” (linhas 61-63)

D

“Quem viveu escorregando de todos os mapas sente a dor dessa experiência no corpo.” (linhas 81-83)

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Q2758810

Ano: 2018 Banca: UECE-CEV Órgão: SEDUC-CE Provas: UECE-CEV - 2018 - SEDUC-CE - Professor - Arte-Educação | UECE-CEV - 2018 - SEDUC-CE - Professor - Língua Brasileira de Sinais - Libras |

Q2758810 Português

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A violência em Roraima é contra a imagem no espelho

Os venezuelanos encarnam o pesadelo real de que toda estabilidade é provisória e o pertencimento é sempre precário

Eliane Brum

Não se compreende a violência dos brasileiros
contra os venezuelanos sem entender o que é
estar na fronteira e se saber à beira do mapa,
a borda como o precipício que lembra a quem
se agarra ao lado de cá que há uma fera
rosnando no desconhecido. Com exceção dos
povos indígenas, a população não indígena de
Roraima é formada por migrantes recentes, a
maioria da segunda metade do século XX. E
sempre chegando de um outro lugar em que o
chão se tornou movediço embaixo dos pés.
Muitos não desembarcaram em Roraima
diretamente do lugar em que nasceram, mas
antes tentaram pertencer a outros pontos do
mapa e não puderam se fixar por falta de
trabalho ou outras faltas. Quem alcança um
estado como Roraima vindo das regiões mais
pobres do Brasil — ou das porções mais
pobres dos estados rico s— sabe que alcançou
uma espécie de território limite. Dali pra
frente não há mais para onde andar. Talvez o
que um brasileiro de Roraima vislumbre num
venezuelano desesperado e sem lugar seja o
retrato de si mesmo. Uma velha foto bem
conhecida empurrada para o fundo de uma
gaveta da qual ninguém quer lembrar, mas
que nunca pôde ser totalmente esquecida.
Diante dos venezuelanos famintos, doentes e
assustados, desejando desesperadamente
entrar, a imagem se materializa como um
espelho que é preciso destruir. O que
destroem no corpo do outro é a imagem de si
mesmos cujo retorno não podem aceitar.
A angústia de não pertencer rugia dentro da
maioria das pessoas que entrevistei em
Roraima, em diferentes momentos. Mas isso
jamais era admitido. Ao contrário. Como
costuma acontecer neste tipo de fenômeno,
ela se expressava como uma identidade feroz,
a de ser o único cidadão legítimo, o único com
o direito de estar ali, o único que trabalha e
quer progredir. Isso se manifestava em três
comportamentos clássicos: a hostilidade
contra estrangeiros de outra língua,
especialmente americanos, a desconfiança
com relação a brasileiros não migrantes, o
desejo de apagar as populações nativas,
ainda que pela assimilação ou pela supressão
de direitos. (...)
A identidade roraimense é fomentada na
população por velhas e novas elites locais a
partir da ideia de que o Brasil é contra eles
(ou os ignora ou só aparece para se meter
onde não devia, como na atual disputa pelo
fechamento da fronteira com a Venezuela), os
“gringos” querem tomar a Amazônia de seus
legítimos donos e os indígenas impedem o
progresso do estado e também de cada
indivíduo que ali chegou com o sonho de fazer
história, fortuna e, principalmente casa —
lugar de pertencimento para quem tanto
peregrinou pelo mapa do Brasil até finalmente
alcançar a sua borda. Essa é sempre a
condição de fronteira entre aqueles que as
disputam. (...) A fronteira é um espaço de
sobreviventes, que já conheceram o pior de
vários mundos, sofreram estigmas,
preconceitos e indignidades, e estão lutando
por um lugar e sabem muito bem o porquê.
(...)
A imagem dos venezuelanos entrando e
entrando, desesperados, miseráveis e
famintos, é a imagem que um migrante mais
teme para si mesmo. É também a prova de
que a estabilidade é sempre provisória, de
que é possível perder tudo mais uma vez. É a
evidência viva, encarnada, de que não há
lugar seguro, de que o pertencimento é
sempre precário. De que do outro lado da
borda, o abismo espreita com olhos injetados
de sangue. Quem viveu escorregando de
todos os mapas sente a dor dessa experiência
no corpo.

Fonte:

https://brasil.elpais.com/brasil/2018/08/27/opinion.html

Acesso em 06/09/2018. Adaptação.

Considerando a tipologia do texto, é correto afirmar que ele é predominantemente

A

dissertativo, pois são frequentes os argumentos em favor de uma posição, com verbos, em geral no presente do indicativo.

B

injuntivo, pois os elementos de referência apresentam-se sem remissão a uma progressão temporal.

C

narrativo, já que faz o uso dos tempos verbais pretéritos, com remissão a uma progressão temporal, priorizando a informação do ‘antes’, do ‘durante’ e do ‘depois’.

D

expositivo, uma vez que privilegia o uso de expressões que denotam sequência temporal dos fatos, a localização dos agentes nos cenários referidos e a referência a seres concretos.

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Q2758809

Ano: 2018 Banca: UECE-CEV Órgão: SEDUC-CE Provas: UECE-CEV - 2018 - SEDUC-CE - Professor - Arte-Educação | UECE-CEV - 2018 - SEDUC-CE - Professor - Língua Brasileira de Sinais - Libras |

Q2758809 Português

Texto associado

A violência em Roraima é contra a imagem no espelho

Os venezuelanos encarnam o pesadelo real de que toda estabilidade é provisória e o pertencimento é sempre precário

Eliane Brum

Não se compreende a violência dos brasileiros
contra os venezuelanos sem entender o que é
estar na fronteira e se saber à beira do mapa,
a borda como o precipício que lembra a quem
se agarra ao lado de cá que há uma fera
rosnando no desconhecido. Com exceção dos
povos indígenas, a população não indígena de
Roraima é formada por migrantes recentes, a
maioria da segunda metade do século XX. E
sempre chegando de um outro lugar em que o
chão se tornou movediço embaixo dos pés.
Muitos não desembarcaram em Roraima
diretamente do lugar em que nasceram, mas
antes tentaram pertencer a outros pontos do
mapa e não puderam se fixar por falta de
trabalho ou outras faltas. Quem alcança um
estado como Roraima vindo das regiões mais
pobres do Brasil — ou das porções mais
pobres dos estados rico s— sabe que alcançou
uma espécie de território limite. Dali pra
frente não há mais para onde andar. Talvez o
que um brasileiro de Roraima vislumbre num
venezuelano desesperado e sem lugar seja o
retrato de si mesmo. Uma velha foto bem
conhecida empurrada para o fundo de uma
gaveta da qual ninguém quer lembrar, mas
que nunca pôde ser totalmente esquecida.
Diante dos venezuelanos famintos, doentes e
assustados, desejando desesperadamente
entrar, a imagem se materializa como um
espelho que é preciso destruir. O que
destroem no corpo do outro é a imagem de si
mesmos cujo retorno não podem aceitar.
A angústia de não pertencer rugia dentro da
maioria das pessoas que entrevistei em
Roraima, em diferentes momentos. Mas isso
jamais era admitido. Ao contrário. Como
costuma acontecer neste tipo de fenômeno,
ela se expressava como uma identidade feroz,
a de ser o único cidadão legítimo, o único com
o direito de estar ali, o único que trabalha e
quer progredir. Isso se manifestava em três
comportamentos clássicos: a hostilidade
contra estrangeiros de outra língua,
especialmente americanos, a desconfiança
com relação a brasileiros não migrantes, o
desejo de apagar as populações nativas,
ainda que pela assimilação ou pela supressão
de direitos. (...)
A identidade roraimense é fomentada na
população por velhas e novas elites locais a
partir da ideia de que o Brasil é contra eles
(ou os ignora ou só aparece para se meter
onde não devia, como na atual disputa pelo
fechamento da fronteira com a Venezuela), os
“gringos” querem tomar a Amazônia de seus
legítimos donos e os indígenas impedem o
progresso do estado e também de cada
indivíduo que ali chegou com o sonho de fazer
história, fortuna e, principalmente casa —
lugar de pertencimento para quem tanto
peregrinou pelo mapa do Brasil até finalmente
alcançar a sua borda. Essa é sempre a
condição de fronteira entre aqueles que as
disputam. (...) A fronteira é um espaço de
sobreviventes, que já conheceram o pior de
vários mundos, sofreram estigmas,
preconceitos e indignidades, e estão lutando
por um lugar e sabem muito bem o porquê.
(...)
A imagem dos venezuelanos entrando e
entrando, desesperados, miseráveis e
famintos, é a imagem que um migrante mais
teme para si mesmo. É também a prova de
que a estabilidade é sempre provisória, de
que é possível perder tudo mais uma vez. É a
evidência viva, encarnada, de que não há
lugar seguro, de que o pertencimento é
sempre precário. De que do outro lado da
borda, o abismo espreita com olhos injetados
de sangue. Quem viveu escorregando de
todos os mapas sente a dor dessa experiência
no corpo.

Fonte:

https://brasil.elpais.com/brasil/2018/08/27/opinion.html

Acesso em 06/09/2018. Adaptação.

O elemento que motivou a temática do texto é

A

a angústia dos roraimenses pelo não pertencimento.

B

o êxodo venezuelano.

C

a formação da população em Roraima.

D

a identidade roraimense.

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Q2758802

Ano: 2018 Banca: UECE-CEV Órgão: SEDUC-CE Provas: UECE-CEV - 2018 - SEDUC-CE - Professor - Arte-Educação | UECE-CEV - 2018 - SEDUC-CE - Professor - Língua Brasileira de Sinais - Libras |

Q2758802 Direito Administrativo

Em se tratando de Administração Púbica, consideram-se providos os cargos efetivos com a(o)

A

assinatura do termo de posse.

B

início do exercício efetivo no cargo.

C

publicação do ato de nomeação.

D

realização de concurso público.

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Q2734962

Ano: 2018 Banca: UECE-CEV Órgão: Funceme Provas: UECE-CEV - 2018 - Funceme - Pesquisador - Meteorologia | UECE-CEV - 2018 - Funceme - Pesquisador - Recursos Ambientais - Modelagem Hidrológica | UECE-CEV - 2018 - Funceme - Pesquisador - Recursos Ambientais - Pedologia, Mapeamento e Técnicas de Recuperação de Áreas Degradadas |

Q2734962 Geologia

Considerando-se os atributos do solo para avaliar áreas degradadas, analise as seguintes afirmações:

I. A densidade de partículas é uma propriedade física importante para avaliar a compactação de substratos degradados que pode comprometer o desenvolvimento radicular.

II. O teor de matéria orgânica do solo é um indicador químico de qualidade do solo, que é sensível ao manejo e ao clima, e que se correlaciona com as funções do solo nos agrossistemas.

III. A biomassa microbiana é uma variável biológica para avaliação de áreas degradadas que se refere à parte viva da matéria orgânica do solo, excluindo raízes e animais maiores que 5 mm.

É correto o que se afirma em

A

I, II e III.

B

I e II apenas.

C

I e III apenas.

D

II e III apenas.

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Q2734960

Ano: 2018 Banca: UECE-CEV Órgão: Funceme Provas: UECE-CEV - 2018 - Funceme - Pesquisador - Meteorologia | UECE-CEV - 2018 - Funceme - Pesquisador - Recursos Ambientais - Modelagem Hidrológica | UECE-CEV - 2018 - Funceme - Pesquisador - Recursos Ambientais - Pedologia, Mapeamento e Técnicas de Recuperação de Áreas Degradadas |

Q2734960 Geologia

Considerando a classificação de terras para irrigação, é correto afirmar que

A

nos levantamentos para fins de irrigação devem ser usados como material básico mapas que tenham escala entre 1:100.000 e 1:500.000.

B

no Sistema Brasileiro de Classificação de Terras para Irrigação, com enfoque na região semiárida - SiBCTI, a “Classe 6” é usada como a classe de “situação de referência”.

C

no SiBCTI, a “Classe 1” corresponde à terra que, explorada em alto nível tecnológico, apresenta a mais alta produtividade sustentável e baixo custo de produção.

D

os parâmetros do SiBCTI relacionados ao solo não levam em consideração a declividade, a pedregosidade e a rochosidade, pois as áreas para irrigação são planas e não podem apresentar pedregosidade e rochosidade.

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Q2734959

Ano: 2018 Banca: UECE-CEV Órgão: Funceme Provas: UECE-CEV - 2018 - Funceme - Pesquisador - Meteorologia | UECE-CEV - 2018 - Funceme - Pesquisador - Recursos Ambientais - Modelagem Hidrológica | UECE-CEV - 2018 - Funceme - Pesquisador - Recursos Ambientais - Pedologia, Mapeamento e Técnicas de Recuperação de Áreas Degradadas |

Q2734959 Geologia

São reconhecidos cinco tipos principais de levantamentos pedológicos que, do menor para o maior detalhamento, apresentam a seguinte ordem:

A

reconhecimento, exploratório, detalhado, semidetalhado, ultradetalhado.

B

exploratório, reconhecimento, detalhado, semidetalhado, ultradetalhado.

C

reconhecimento, exploratório, semidetalhado, detalhado, ultradetalhado.

D

exploratório, reconhecimento, semidetalhado, detalhado, ultradetalhado.

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Q2734958

Ano: 2018 Banca: UECE-CEV Órgão: Funceme Provas: UECE-CEV - 2018 - Funceme - Pesquisador - Meteorologia | UECE-CEV - 2018 - Funceme - Pesquisador - Recursos Ambientais - Modelagem Hidrológica | UECE-CEV - 2018 - Funceme - Pesquisador - Recursos Ambientais - Pedologia, Mapeamento e Técnicas de Recuperação de Áreas Degradadas |

Q2734958 Geologia

No que diz respeito à conceituação de áreas degradadas, considere as seguintes afirmações:

I. O conceito de degradação ou qualidade do solo depende da finalidade de uso atribuído ao solo.

II. Desertificação é a degradação das terras em áreas áridas, semiáridas e subúmidas secas.

III. As formas de degradação estão relacionadas com atmosfera, vegetação, solo e hidrologia.

É correto o que se afirma em

A

I, II e III.

B

I e II apenas.

C

II e III apenas

D

I e III apenas.

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Q2734957

Ano: 2018 Banca: UECE-CEV Órgão: Funceme Provas: UECE-CEV - 2018 - Funceme - Pesquisador - Meteorologia | UECE-CEV - 2018 - Funceme - Pesquisador - Recursos Ambientais - Modelagem Hidrológica | UECE-CEV - 2018 - Funceme - Pesquisador - Recursos Ambientais - Pedologia, Mapeamento e Técnicas de Recuperação de Áreas Degradadas |

Q2734957 Geologia

Sobre a reação do solo, quando o pH é alterado de 6 para 7, o número de vezes que a acidez é diminuída é

A

1.

B

10.

C

100.

D

1000.

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Q2734956

Ano: 2018 Banca: UECE-CEV Órgão: Funceme Provas: UECE-CEV - 2018 - Funceme - Pesquisador - Meteorologia | UECE-CEV - 2018 - Funceme - Pesquisador - Recursos Ambientais - Modelagem Hidrológica | UECE-CEV - 2018 - Funceme - Pesquisador - Recursos Ambientais - Pedologia, Mapeamento e Técnicas de Recuperação de Áreas Degradadas |

Q2734956 Geologia

Levando-se em consideração a caracterização que o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (Embrapa, 2013) adota para solos com problemas de sais e sódio, escreva V na afirmativa verdadeira e F na falsa.

( ) A avaliação de sais no solo, levando em consideração os sais mais solúveis em água fria que o sulfato de cálcio, é feita pela análise da condutividade elétrica (CE) no extrato de saturação.

( ) A saturação por sódio é avaliada pela percentagem de sódio trocável (PST) em relação à soma das bases.

( ) O caráter sódico é usado para horizontes ou camadas que apresentem saturação por sódio maior ou igual a 15%.

( ) O caráter sálico é indicado pela condutividade elétrica do extrato de saturação igual ou maior que 4 dS/m e menor que 7 dS/m (a 25 °C).

Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência:

A

F, V, F, V.

B

V, F, V, F.

C

F, F, F, V.

D

V, V, V,F.

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Q2734955

Ano: 2018 Banca: UECE-CEV Órgão: Funceme Provas: UECE-CEV - 2018 - Funceme - Pesquisador - Meteorologia | UECE-CEV - 2018 - Funceme - Pesquisador - Recursos Ambientais - Modelagem Hidrológica | UECE-CEV - 2018 - Funceme - Pesquisador - Recursos Ambientais - Pedologia, Mapeamento e Técnicas de Recuperação de Áreas Degradadas |

Q2734955 Geologia

Na série descontínua de Bowen, à medida que a temperatura diminui, os minerais formados reagem com o magma residual originando um mineral estável nas novas condições de temperatura. Nesse processo, o novo mineral apresenta

A

composição química e estrutura diferentes do mineral anterior.

B

composição química e estrutura iguais ao mineral anterior.

C

composição química igual e estrutura diferente do mineral anterior.

D

composição química diferente e estrutura igual ao mineral anterior.

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Q2734954

Ano: 2018 Banca: UECE-CEV Órgão: Funceme Provas: UECE-CEV - 2018 - Funceme - Pesquisador - Meteorologia | UECE-CEV - 2018 - Funceme - Pesquisador - Recursos Ambientais - Modelagem Hidrológica | UECE-CEV - 2018 - Funceme - Pesquisador - Recursos Ambientais - Pedologia, Mapeamento e Técnicas de Recuperação de Áreas Degradadas |

Q2734954 Geologia

Considerando as condições de oxirredução, assinale a afirmação verdadeira.

A

O processo de oxidação está relacionado com o ganho de elétrons, enquanto a redução envolve a perda de elétrons.

B

O manganês pode ocorrer no solo como Mn²⁺, Mn³⁺ e Mn⁴⁺, entretanto, não é afetado pelas condições de oxirredução, sofrendo influência somente do pH do solo.

C

Solos com lençol freático temporário no período chuvoso geram condições redutoras e, assim, permitem que o Fe²⁺ seja deslocado e se acumule em pontos de oxidação.

D

As condições redutoras não afetam os óxidos de ferro, pois atuam somente nos cátions do complexo de troca.

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Q2734953

Ano: 2018 Banca: UECE-CEV Órgão: Funceme Provas: UECE-CEV - 2018 - Funceme - Pesquisador - Meteorologia | UECE-CEV - 2018 - Funceme - Pesquisador - Recursos Ambientais - Modelagem Hidrológica | UECE-CEV - 2018 - Funceme - Pesquisador - Recursos Ambientais - Pedologia, Mapeamento e Técnicas de Recuperação de Áreas Degradadas |

Q2734953 Geologia

Atente às seguintes afirmações sobre alguns micronutrientes do solo, e assinale a verdadeira.

A

A matéria orgânica não reage com os micronutrientes catiônicos, que apresentam associações somente com os minerais secundários.

B

Em valores elevados de pH, a solubilidade dos micronutrientes catiônicos é alta, portanto, à medida que o pH baixa, há uma menor disponibilidade desses micronutrientes.

C

O boro é um micronutriente catiônico que se apresenta em alta disponibilidade nos solos ácidos, portanto, geralmente está em uma faixa de disponibilidade que se enquadra no nível de toxicidade para as plantas.

D

Os micronutrientes ferro e manganês ocorrem em mais de uma valência. Em valores comuns de pH do solo, os estados oxidados de ferro e manganês comumente são menos solúveis do que as formas reduzidas.

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Q2734952

Ano: 2018 Banca: UECE-CEV Órgão: Funceme Provas: UECE-CEV - 2018 - Funceme - Pesquisador - Meteorologia | UECE-CEV - 2018 - Funceme - Pesquisador - Recursos Ambientais - Modelagem Hidrológica | UECE-CEV - 2018 - Funceme - Pesquisador - Recursos Ambientais - Pedologia, Mapeamento e Técnicas de Recuperação de Áreas Degradadas |

Q2734952 Geologia

Assinale a opção que aborda de forma correta as características ou a formação de alguns solos.

A

A formação dos argissolos está associada aos processos de lessivagem, pois há uma expressiva translocação de compostos orgânicos para o horizonte B.

B

Os planossolos são formados em condições de baixa condutividade hidráulica, com a formação de um lençol freático temporário que estabelece um ambiente redutor nos períodos mais chuvosos.

C

Os luvissolos são solos não hidromórficos, com a presença de horizonte B textural - Bt, portanto, devido à ação da água nas translocações, as argilas desse horizonte (Bt) são de atividade baixa.

D

Os plintossolos são formados em condições que não oferecem restrição à percolação da água e caracterizam-se por expressiva plintitização. Estes solos apresentam pequena variação textural ao longo do perfil.

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Q2734951

Ano: 2018 Banca: UECE-CEV Órgão: Funceme Provas: UECE-CEV - 2018 - Funceme - Pesquisador - Meteorologia | UECE-CEV - 2018 - Funceme - Pesquisador - Recursos Ambientais - Modelagem Hidrológica | UECE-CEV - 2018 - Funceme - Pesquisador - Recursos Ambientais - Pedologia, Mapeamento e Técnicas de Recuperação de Áreas Degradadas |

Q2734951 Geologia

Escreva V ou F conforme seja verdadeiro ou falso o que se afirma a seguir sobre os fatores de formação do solo.

( ) Analisando-se a influência do material de origem, onde os demais fatores de formação do solo são semelhantes, observa-se que as rochas félsicas e ácidas favorecem a formação de solos com menores proporções de quartzo do que as rochas básicas.

( ) Na pedogênese, um efeito indireto do relevo está associado à influência no clima, pois pode favorecer o efeito orográfico que geralmente ocasiona um aumento na precipitação pluvial com a altitude.

( ) Efeitos diretos do relevo podem ser observados em uma topossequência em que solos mais avermelhados são encontrados nas encostas e no sopé, enquanto no topo estão localizados os solos mais amarelados.

( ) Com relação aos efeitos dos organismos, pode-se destacar a adição de resíduos orgânicos, que são metabolizados pela fauna do solo e, assim, há liberação de compostos orgânicos que atuam na formação de agregados do solo.

Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência:

A

F, V, V, V.

B

V, F, V, F.

C

V, F, F, V.

D

F, V, F, V.

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Q2734950

Ano: 2018 Banca: UECE-CEV Órgão: Funceme Provas: UECE-CEV - 2018 - Funceme - Pesquisador - Meteorologia | UECE-CEV - 2018 - Funceme - Pesquisador - Recursos Ambientais - Modelagem Hidrológica | UECE-CEV - 2018 - Funceme - Pesquisador - Recursos Ambientais - Pedologia, Mapeamento e Técnicas de Recuperação de Áreas Degradadas |

Q2734950 Geologia

O Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (Embrapa, 2013) adota seis níveis categóricos cuja sequência hierárquica é a seguinte:

A

ordem, subordem, grande grupo, subgrupo, família, série.

B

ordem, subordem, grande grupo, subgrupo, série, família.

C

grande grupo, subgrupo, ordem, subordem, família, série.

D

grande grupo, subgrupo, ordem, subordem, série, família.

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Q2734949

Ano: 2018 Banca: UECE-CEV Órgão: Funceme Provas: UECE-CEV - 2018 - Funceme - Pesquisador - Meteorologia | UECE-CEV - 2018 - Funceme - Pesquisador - Recursos Ambientais - Modelagem Hidrológica | UECE-CEV - 2018 - Funceme - Pesquisador - Recursos Ambientais - Pedologia, Mapeamento e Técnicas de Recuperação de Áreas Degradadas |

Q2734949 Geologia

Nos processos de intemperismo químico, as reações de hidrólise merecem destaque por atuarem intensamente sobre os silicatos. Levando-se em consideração as reações de hidrólise sobre os feldspatos, é correto afirmar que

A

nos solos bem drenados, em áreas com elevada taxa de precipitação pluvial que proporciona uma intensa lixiviação, há a perda total das bases e uma dessilicação completa, favorecendo a formação de minerais cauliníticos.

B

em ambientes com drenagem restrita, onde o fluxo de água é pouco intenso e a lixiviação é fraca, o silício permanece no sistema solo em proporção suficiente para haver a formação de argilominerais do tipo 2:1.

C

nos solos onde o fluxo de água é moderado, há um favorecimento para a perda total das bases e uma dessilicação parcial, favorecendo a formação de gibbisita.

D

as reações de hidrólise estão relacionadas com processos de dessilicação e lixiviação de bases, que podem ocorrer de forma completa ou parcial. Entretanto, a hidrólise proporciona a formação de minerais secundários, caracterizando uma reação congruente.

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Q2734948

Ano: 2018 Banca: UECE-CEV Órgão: Funceme Provas: UECE-CEV - 2018 - Funceme - Pesquisador - Meteorologia | UECE-CEV - 2018 - Funceme - Pesquisador - Recursos Ambientais - Modelagem Hidrológica | UECE-CEV - 2018 - Funceme - Pesquisador - Recursos Ambientais - Pedologia, Mapeamento e Técnicas de Recuperação de Áreas Degradadas |

Q2734948 Geografia

Considerando os coloides do solo, assinale a afirmação verdadeira.

A

As substituições isomórficas de Al³⁺ por Mg²⁺, assim como as de Si⁴⁺ por Al³⁺, originam as cargas dos coloides minerais.

B

As argilas silicatadas são constituídas por lâminas de tetraedros de alumínio e octaedros de silício.

C

As camadas de argilas silicatadas do tipo 2:1 são constituídas por duas lâminas de octaedros e uma de tetraedro.

D

O ponto de carga zero (PCZ) da caulinita ocorre numa faixa de pH alcalino, portanto, a prática da calagem não influencia a geração de cargas variáveis neste mineral.

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