Questões de Concurso
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Das cinco comunicações abaixo, indique quais não seriam apropriadas para veiculação no âmbito de uma intranet.
1) Vídeo instrutor de técnicas de vendas recomendadas para o mais novo produto de uma empresa.
2) Vídeo de promoção do mais novo produto de uma empresa, para impulsionar as vendas em todo o país.
3) Relatório listando as políticas estratégicas a serem adotadas pelas gerências locais de uma empresa na articulação com os sindicatos locais dos trabalhadores.
4) Relatório listando as estratégias de vendas de uma concorrente da empresa, elaborado por um diretor.
5) Mensagem anunciando um recall de um produto de uma empresa.
Estão corretas, apenas:
Sobre Web, analise as afirmações a seguir.
1) Internet Explorer, Google Chrome, Mozilla Firefox e o Safari são exemplos de ferramentas para gerenciar o envio e o recebimento de mensagens de correio eletrônico.
2) O HTML é uma linguagem que permite a definição da estrutura e a aparência de hipertextos apresentados na Web.
3) Um identificador como ‘[email protected]’ designa uma URL de caixa postal de correio eletrônico.
Estão(ão) correta(s), apenas:
Sobre serviços e protocolos relacionados à internet, analise as afirmações abaixo.
1) O Telnet é o protocolo que permite a internet ser fornecida através de linhas de telefone fixo.
2) O TCP é o protocolo da Web responsável pelo envio de mensagens de correio eletrônico.
3) O HTTP é o principal protocolo utilizado pelos navegadores para transferir e interpretar os arquivos que definem as páginas da Web.
Está(ão) correta(s), apenas:
Considere o OpenOffice Calc, com uma planilha parcialmente mostrada na figura a seguir:
Acerca da planilha, analise as afirmações a seguir.
1) É admissível a célula D7 conter a fórmula: SE(D4>5;D3*E4;D4*E3);
2) É admissível a célula D7 conter a fórmula: SOMA(C3:D4);
3) É admissível a célula D7 conter a fórmula: MULT(D4:E3);
Está(ão) correta(s), apenas:
TEXTO 1
Não existe criatura sobre a face da terra que não reflita todo dia sobre a própria língua, embora nem sempre se dê conta disso. Às vezes até “colocamos no ar” pedaços dessa reflexão. Certamente você já se pilhou dizendo ao seu interlocutor: “me deixa dizer isso de outro modo”, “esse assunto, digamos assim, terá outros desdobramentos”, “por assim dizer, tudo o que preciso agora é que você me empreste uma grana”, “agora estou pensando em calar a boca”, etc., etc.
Os linguistas chamam esses lances de “atividade epilinguística”. Complicado? Não, se você pensar que “epi” é uma preposição-prefixo tomada de empréstimo ao grego, e que quer dizer “a respeito de, sobre”. Uma atividade epilinguística é isso aí: ao mesmo tempo que você fala, você reflete a respeito das formas linguísticas que usou, para ver se estão adequadas à situação de fala em que se encontra. E seu cérebro dá conta de tudo isso. Por outras palavras, ninguém é “burro” se consegue falar.
Outros linguistas dispõem esse tipo de atividade no campo da Psicopragmática. Esse é um rumo de estudos que considera o uso da língua “para-si-mesmo”: você pensa em português, sonha em português, e nessas situações está usando a língua para si mesmo. Não para o outro. Abrindo um parêntese: o divertido nessa história é que, enquanto sonhamos, constituímos um interlocutor, que nos diz coisas de que não sabíamos.
Mas como é isso? Não fomos nós mesmos que inventamos o sonho e o interlocutor?! Então por que não sabíamos o que o “locutor inventado” nos ia dizer? Não, não, não pense que isto é coisa de maluco! Pondo de lado que todo mundo tem dessas “maluquices”, essas perguntas nos mostram que a língua é um fenômeno basicamente mental, criado por nossa mente, e a mente é um setor do conhecimento hoje em dia sujeito a muita pesquisa.
Outro exemplo: alguém pergunta sobre determinado assunto a respeito do qual não se tem uma noção clara. É normal, nesses casos, que a resposta seja mais ou menos assim:
-- Bem... o caso é que... não... o caso é que tudo isso tá muito enrolado.
O que foi que o locutor negou? Ele nem tinha dado a resposta ainda! O que se negou aqui foi o pensamento, negou-se o que ia ser dito, mediante uma “negação psicopragmática”. Outros fatos epilinguísticos e psicopragmáticos são estudados por uma disciplina chamada Análise da Conversação.
Enfim, depois de pensar calado, “falando com os nossos botões”, somente depois disso é que sentimos a necessidade de nos comunicar com outros. Aqui está a outra natureza das línguas, que não existiria sem a primeira: a língua serve para comunicar. Bem, isso você já sabia.
Mesmo assim, pense nisto: quando nos comunicamos, produz-se outro dos “mistérios linguísticos”, pois lançamos ao ar um conjunto de sons que são portadores de sentidos. Nosso interlocutor, se sabe nossa língua, apreende esses sons e interpreta grande parte dos sentidos que quisemos transmitir. Aí dizemos que ele “captou a mensagem”. Ninguém sabe como explicar direito esse emparelhamento entre som e sentido. Daí ter-se considerado como arbitrária a ligação som-sentido. A relação som-sentido é uma convenção que estabelecemos entre nós. E por aqui teremos de ficar, até que os neurologistas e os neurolinguistas entendam melhor o funcionamento do cérebro, e nos apresentem uma explicação para esse mistério.
Ataliba T. de Castilho. Disponível em: http://museudalinguaportuguesa.org.br/wp-content/uploads/2017/09/O-que-se-entende-por-língua-elinguagem.pdf. Acesso em 28/10/2019. Adaptado.