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Texto 19 de maio. Belém. Durante a noite o Pedro I portou em Salinas pra emprestar um tapejara que nos guiasse através da foz traiçoeira do Amazonas e quando nos levantamos no dia de hoje bem cedinho já estávamos nela. Que posso falar dessa foz tão literária e que comove tanto quando assuntada no mapa?... A imensidão das águas é tão vasta, as ilhas imensas por demais ficam tão no longe fraco que a gente não encontra nada que encante. A foz do Amazonas é uma dessas grandezas tão grandiosas que ultrapassam as percepções fisiológicas do homem. Nós só podemos monumentalizá-las na inteligência. O que a retina bota na consciência é apenas um mundo de águas sujas e um matinho sempre igual no longe mal percebido das ilhas. O Amazonas prova decisivamente que a monotonia é um dos elementos mais grandiosos do sublime. É incontestável que Dante e o Amazonas são igualmente monótonos. Pra gente gozar um bocado e perceber a variedade que tem nessas monotonias do sublime carece limitar em molduras mirins a sensação. Então acha uma lindeza os barcos veleiros coloridos e acha cotuba a morte dos pretendentes, se prende ao horizonte plantado de árvores que a refração apara do firme das ilhas e ao livro de Jó. A foz do Amazonas é tão ingente que blefa a grandeza. Wordsworth, o quarteirão dos cinemas no Rio, “I Juca-Pirama ” são muito mais grandiosos.
Mas quando Belém principia diminuindo a vista larga a boniteza surge outra vez. Chegamos lá antes da chuva e o calor era tanto que vinha dos mercados um cheiro de carne-seca. Os barcos veleiros sentados no cais do Ver-o-peso sacudiam as velas roseadas azuis negras se abanando com lerdeza. Nos esperavam oficialmente no cais dois automóveis da Presidência prontinhos pra batalha de flores. Pra cada uma das companheiras do poeta um buquê famoso, fomos. Então passamos revista a todos os desperdícios da chegada. Só de noite nos reunimos pra janta excelente. Belém andara indagando dos nossos gostos e mantinha na esquina de boreste do hotel, um cinema. Fomos ver William Fairbanks em Não percas tempo, filme horrível. A noite dormiu feliz.
ANDRADE, Mário de. O turista aprendiz / Mário de Andrade ; edição de texto apurado, anotada e acrescida de documentos por Telê Ancona Lopez, Tatiana Longo Figueiredo ; Leandro Raniero Fernandes, colaborador. – Brasília, DF: Iphan, 2015. P. 68 – 70
Texto 19 de maio. Belém. Durante a noite o Pedro I portou em Salinas pra emprestar um tapejara que nos guiasse através da foz traiçoeira do Amazonas e quando nos levantamos no dia de hoje bem cedinho já estávamos nela. Que posso falar dessa foz tão literária e que comove tanto quando assuntada no mapa?... A imensidão das águas é tão vasta, as ilhas imensas por demais ficam tão no longe fraco que a gente não encontra nada que encante. A foz do Amazonas é uma dessas grandezas tão grandiosas que ultrapassam as percepções fisiológicas do homem. Nós só podemos monumentalizá-las na inteligência. O que a retina bota na consciência é apenas um mundo de águas sujas e um matinho sempre igual no longe mal percebido das ilhas. O Amazonas prova decisivamente que a monotonia é um dos elementos mais grandiosos do sublime. É incontestável que Dante e o Amazonas são igualmente monótonos. Pra gente gozar um bocado e perceber a variedade que tem nessas monotonias do sublime carece limitar em molduras mirins a sensação. Então acha uma lindeza os barcos veleiros coloridos e acha cotuba a morte dos pretendentes, se prende ao horizonte plantado de árvores que a refração apara do firme das ilhas e ao livro de Jó. A foz do Amazonas é tão ingente que blefa a grandeza. Wordsworth, o quarteirão dos cinemas no Rio, “I Juca-Pirama ” são muito mais grandiosos.
Mas quando Belém principia diminuindo a vista larga a boniteza surge outra vez. Chegamos lá antes da chuva e o calor era tanto que vinha dos mercados um cheiro de carne-seca. Os barcos veleiros sentados no cais do Ver-o-peso sacudiam as velas roseadas azuis negras se abanando com lerdeza. Nos esperavam oficialmente no cais dois automóveis da Presidência prontinhos pra batalha de flores. Pra cada uma das companheiras do poeta um buquê famoso, fomos. Então passamos revista a todos os desperdícios da chegada. Só de noite nos reunimos pra janta excelente. Belém andara indagando dos nossos gostos e mantinha na esquina de boreste do hotel, um cinema. Fomos ver William Fairbanks em Não percas tempo, filme horrível. A noite dormiu feliz.
ANDRADE, Mário de. O turista aprendiz / Mário de Andrade ; edição de texto apurado, anotada e acrescida de documentos por Telê Ancona Lopez, Tatiana Longo Figueiredo ; Leandro Raniero Fernandes, colaborador. – Brasília, DF: Iphan, 2015. P. 68 – 70
Observe o seguinte texto:
“... acha uma lindeza os barcos veleiros coloridos ...” Considere as palavras ‘acha’ – ‘veleiros’ – ‘pretendentes’ e analise as afirmativas:
I. Identifica-se a ocorrência de dígrafo em ‘acha’.
II. Em ‘veleiros’ apresenta-se ditongo crescente.
III. Tem-se um encontro consonantal em ‘barcos’.
É correto o que se afirma:
I. Chaves assimétricas são duas chaves relacionadas, uma pública e uma privada, que são usadas para realizar operações complementares, como encriptação e decriptação ou geração e verificação de assinatura. II. O algoritmo criptográfico de chave pública é um algoritmo que usa duas chaves relacionadas, uma pública e uma privada. As duas possuem a propriedade de ser computacionalmente viável derivar uma da outra, ou seja, derivar a chave pública a partir da privada e vice-versa. III. O certificado de chave pública é um documento emitido e assinado digitalmente pela chave privada de uma autoridade de certificação, que vincula o nome de um assinante a uma chave pública. O certificado indica que o assinante identificado tem o único controle e acesso à chave privada correspondente. IV. A infraestrutura de chave pública é um conjunto de políticas, processos, plataformas de servidor, software e estações de trabalho usadas para fins de administrar certificados e pares de chave pública-privada, incluindo a capacidade de emitir, manter e revogar certificados de chave pública.
É CORRETO o que consta:
I. O DES (Data Encryption Standard) criptografa um bloco de texto de 64 bits usando uma chave de 64 bits. Ele possui dois blocos de transposição e 16 cifras cíclicas complexas. Embora as 16 cifras cíclicas de iteração sejam conceitualmente as mesmas, cada uma usa uma chave diferente derivada da chave original. II. O AES (Advanced Encryption Standard) é um algoritmo de criptografia de chave simétrica que foi concebido para substituir o algoritmo DES devido a chave do último ser muito pequena. Ele foi projetado com três tamanhos de chave: 128, 192 ou 256 bits. III. O RSA (Rivest-Shamir-Adleman) é uma cifra de bloco em que o texto claro e o cifrado são inteiros entre 0 e n - 1, para algum n. Um tamanho típico para n é 1024 bits, ou 309 dígitos decimais, ou seja, n é menor que 21024.
É CORRETO o que consta:
Assinale a opção que contém o nome do ataque descrito acima:
AUCUCGUUUAAACCG.
Desconsiderando possíveis códons de iniciação e terminação, assinale a opção que contém a quantidade de anticódons que foram utilizados para a tradução desse RNA mensageiro e a quantidade de aminoácidos que foram incorporados na cadeia polipeptídica, respectivamente.
Sobre a esse assunto, assinale a alternativa correta.
I. Na unidade de emergência médica o tratamento da overdose por opioides, o coma e a depressão respiratória devem ser abordados com o uso de Naloxona. II. Múltiplas adaptações celulares são desencadeadas pelo uso crônico, relacionadas a três fenômenos maiores: o desenvolvimento de tolerância, a síndrome de abstinência e dependência. III. Apesar do surgimento da dependência química por opióides, a tolerância não parece ocorrer com os ligantes de receptores opióides.
É correto o que se afirma em
A expansão dos gases gerados nessa reação causa o efeito explosivo da pólvora. Considere uma munição com 10,10 g de pólvora reagindo de acordo com a equação acima, porém com somente 60% do salitre presente sofrendo essa reação. Assinale a alternativa que apresenta a quantidade de mols de gases gerados no disparo dessa munição?
MM (K=39 g/mol; N=14 g/mol; O=16 g/mol; C=12 g/mol; S=32 g/mol)
Sobre as espécies envolvidas na reação acima, assinale a alternativa correta:
• C < 0,263 ➝ Curva Leptocúrtica. • C = 0,263 ➝ Curva Mesocúrtica. • C > 0,263 ➝ Curva Plasticúrtica.
Sabendo que a distribuição apresenta as seguintes medidas Q3 = 40,5; Q1 = 25; P10 = 19,3 e P90 = 49,8.
Determine o valor que aproxima de C e qual tipo de curva.
I. Na ação penal pública incondicionada, vigora o princípio da intranscendência. II. São dois os tipos de ação penal pública condicionada: a que se processa mediante queixa da vítima e a sujeita à requisição do Ministério da Justiça. III. A ação penal pública subsidiária da privada se inicia por iniciativa do Ministério Público, motivada em razão da inércia do ofendido em se valer do jus puniendi estatal.
Está(ão) correto(s) o(s) item(ns):
I. Dentre os vários parâmetros possíveis de predição pela análise do DNA, a cor dos olhos e a cor do cabelo são dois exemplos de características que podem ser determinadas com boa precisão, como nos resultados obtidos pelo sistema HIrisPlex-S®. II. Em consonância com os resultados das pesquisas mundiais, a Lei brasileira nº 12.654/12, no ano em que foi aprovada, já permitia que as informações genéticas contidas nos bancos de dados de perfis genéticos poderiam revelar traços somáticos das pessoas, como a determinação genética de gênero e a cor da pele. III. Tanto a identificação da cor da pele quanto da morfologia facial a partir do DNA são parâmetros que estão apresentando resultados promissores, assim como a determinação da idade aparente. IV. Como há muito mais genes ligados à forma do rosto do que o número de genes ligados à ancestralidade/cor da pele, a ciência está mais próxima de desvendar o formato facial das pessoas a partir do DNA do que a real cor da pele.
É correto o que se afirma: