Questões de Concurso Para cefet-mg

O órgão responsável pela padronização de trabalhos com caráter científico e tecnológico é a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). De acordo com a ABNT (NBR 6022), o trabalho científico pode ser definido como a “publicação com autoria declarada, que apresenta e discute ideias, métodos, técnicas, processos e resultados nas diversas áreas do conhecimento”. No meio acadêmico, percebe-se o ensino de normas da ABNT como conteúdo da metodologia de ensino, que é o nome dado à ciência que estuda os métodos empregados na elaboração de pesquisas científicas e em sua publicação. Atualmente as regras para a apresentação de trabalhos são regidas pela ABNT, mas precisamos, com urgência, deixar de focar exclusivamente no ensino de normas da ABNT em metodologia científica e passar a ensinar metodologia científica mais pertinente. Estamos preparando pessoas que sabem o tamanho da margem em uma monografia, mas não têm a menor ideia de como se lê um artigo científico.  

Há duas formas de razão, segundo o filósofo Max Horkheimer: a razão subjetiva e a razão objetiva. A razão subjetiva representa a capacidade de inferir, deduzir e classificar que proporciona o “funcionamento abstrato do mecanismo de pensamento” (Horkheimer, 1976); e, segundo o autor, é a capacidade de estabelecer uma conclusão apenas quando houver dados para isso. A razão objetiva é explicada por Horkheimer “como a dimensão capaz de definir os fins das ações”, não se tratando apenas da capacidade mental, pois é expressa num mundo objetivo. A razão objetiva não precisa de dados para comprovar sua verdade.

Disponível em: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/modernidaderazao-instrumental-e-educacao-uma-analise-filosofica-a-partir-das-contribuicoes-deadorno-e-horkheimer.htm/. Acesso em: 25 ago. 2021. 

A questão refere-se ao texto abaixo.

“Entre os amantes de futebol, vê-se todo tipo de superstições, aqueles rituais irracionais que se investem de forte conteúdo afetivo em prol do ideal da vitória. Porém, tais rituais têm o poder de destruir relacionamentos. Na reportagem de hoje, conheçam a história do casal mineiro que sofreu com as superstições futebolísticas. Pedro é atleticano roxo e assiste a todos os jogos de seu time, religiosamente. Para promover maior sorte nos resultados do Atlético-MG, o fervoroso torcedor não ia ao estádio acompanhado de simpatizantes de outros clubes. Por essa razão, Júlio, seu esposo, que também adora futebol, era impedido pelo marido de acompanhá-lo nas partidas do Atlético-MG. Júlio, menos fanático, preza pela companhia constante em detrimento do futebol; não importa qual seja o time, sentia-se abandonado pelo marido a cada ida deste ao estádio sem o amado. A relação estava desgastada e à beira de um colapso quando veio a pandemia. Na impossibilidade das torcidas presenciais, Pedro passou a ver todos os jogos de casa, não sendo possível evitar a presença de Júlio. Analisando os jogos do Atlético-MG meses antes e após o início da pandemia, Pedro logo percebeu que a taxa de vitórias do seu time seguiu tendência muito semelhante. Dessa forma, não mais adotou tal comportamento supersticioso e pediu desculpas ao esposo, que prontamente o abraçou e, num profundo respiro de alívio, viu seu casamento prospectar dias mais felizes.”