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É evidente que a desonestidade não é um fenômeno nativo nem recente. Existe desde que os homens desenvolveram o conceito da honestidade e seu oposto se encontra em todas as culturas e línguas desde o início da civilização – inclusive nas leis e religiões que há tantos milênios visam a reprimi-la e puni-la.
É aí que fico fascinado com o que me parece ser uma das principais e mais urgentes questões da nossa vida pública: a impunidade. Pois, se é verdade que na vida real somos todos permanentemente tentados a cometer uma ou outra desonestidade, é também verdade que a grande maioria consegue resistir às tentações correspondentes por uma mistura de ensinamentos, princípios éticos ou religiosos e – certamente – receio de alguma punição. (...)
(Sobre esquimós e larápios, Roberto Civita, Veja, 31/12/08 – fragmento)
Analise as afirmativas abaixo, de acordo com o texto II:
I. A desonestidade é um fenômeno existente desde o início da civilização.
II. Leis e religiões, há milênios, visam a reprimir e punir os que praticam a desonestidade.
III. Os princípios éticos e religiosos levam as pessoas a agirem honestamente.
IV. A desonestidade é uma questão nata.
V. A punição é freio para que a grande maioria das pessoas resista às tentações de cometer desonestidade.
Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s):
Não existe brasileiro de bom senso que não deseje, como o presidente, que esta crise dos países ricos não contamine o Brasil. Mas como ter esta esperança se temos uma política monetária invertida, que tem as maiores taxas de juros do planeta, sufoca os empresários e a produção, explode a dívida pública, favorecendo somente aos bancos, que nada produzem.
Desgraçadamente, temos ainda o descontrole total dos gastos públicos, comandado por gestores dos três poderes, irresponsáveis e ávidos por enriquecimento a qualquer custo. Pagam esta conta com tributos inflados e escorchantes. Recursos para financiar e desenvolver serviços públicos essenciais, nem pensar.
(Cartas dos Leitores, O Globo, 18/01/09)
De acordo com o texto I, todas as palavras grifadas podem ser substituídas pelas palavras dos parênteses, EXCETO em:
1. Irrigação.
2. Asseio pessoal.
3. Resíduos químicos.
4. Resíduos humanos.
5. Resíduos biológicos.
6. Preparação de alimentos.
7. Lavagem de máquinas agrícolas.
8. Lavagem de roupas e utensílios.
Assinale a seqüência correta acerca das fontes de águas residuárias domésticas:
( ) Tratamento anaeróbico: estabilização de resíduos orgânicos, efetuada pela ação de micro-organismos na presença de oxigênio. Refere-se normalmente ao tratamento por fermentação metanogênica.
( ) Tratamento biológico: forma de tratamento da água residuária, na qual a ação bacteriológica ou bioquímica é intensificada para estabilizar, oxidar e nitrificar a matéria orgânica presente.
( ) Tratamento com carvão ativado: processo utilizado para remoção das substâncias inorgânicas presentes na água bruta ou poluída, pela absorção dessas substâncias pelo carvão ativado.
( ) Tratamento de água: conjunto de ações destinadas a alterar as características físicas e/ou químicas e/ou biológicas da água, de modo a satisfazer o padrão de portabilidade adotado pela autoridade competente.
( ) Tratamento por oxidação: processo pelo qual, através da atuação de organismos vivos na presença de oxigênio, a matéria orgânica contida na água residuária é convertida em uma forma mais estável ou mineral.
A sequência está correta em:
É evidente que a desonestidade não é um fenômeno nativo nem recente. Existe desde que os homens desenvolveram o conceito da honestidade e seu oposto se encontra em todas as culturas e línguas desde o início da civilização – inclusive nas leis e religiões que há tantos milênios visam a reprimi-la e puni-la.
É aí que fico fascinado com o que me parece ser uma das principais e mais urgentes questões da nossa vida pública: a impunidade. Pois, se é verdade que na vida real somos todos permanentemente tentados a cometer uma ou outra desonestidade, é também verdade que a grande maioria consegue resistir às tentações correspondentes por uma mistura de ensinamentos, princípios éticos ou religiosos e – certamente – receio de alguma punição. (...)
(Sobre esquimós e larápios, Roberto Civita, Veja, 31/12/08 – fragmento)
O objetivo do texto é:
I. Explicitar como se deu a produção da clientela escolar.
II. Descrever o processo de transição da escola dualista burguesa para a escola única.
II. Evidenciar as características do trabalho didático na escola.
IV. Demonstrar que as necessidades da sociedade impõem à instituição escolar o exercício de funções sócias, que são históricas, portanto cambiantes.
V. Registrar alguns impactos que a crise econômica contemporânea faz incidir sobre a escola e os resultados decorrentes para o exercício de suas funções sociais.
Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s):
I. Sistema de Segurança, Navegação e Habilitação do SIAFI – SENHA que permite a autorização de acesso aos dados do SIAFI, estabelecendo diferentes níveis desse acesso às suas informações. II. Fidedignidade dos dados inseridos no sistema, por parte de seus usuários. III. Conformidade semanal, a ser realizada pelos titulares das UG (Unidades Gestoras), ou por operadores por eles indicados. IV. Conformidade de operadores a ser realizada pelos titulares das UG, ou por operadores por eles indicados.
Está INCORRETA apenas a afirmativa
[...] Há uma história famosa a respeito de uns parentes que tinham que comunicar por telegrama, a uma senhora que estava viajando, o falecimento de uma irmã. Reuniram-se em volta de uma mesa e toca a escrever. Primeiro foi o primo quem redigiu a nota. Depois de alguns minutos mostrou o resultado do seu trabalho: “Interrompa viagem e volte correndo. Tua irmã morreu.” Todos leram e um dos tios fez o seguinte comentário:
– Eu acho que não está bom. Afinal de contas, vocês sabem que ela é cardíaca, está viajando e um telegrama assim pode ser um choque. – Todos concordaram, inclusive um outro primo afastado que era meio sovina e achou o telegrama muito longo:
– Depois, com o preço que se paga por palavra, isso não é mais um telegrama, é um telegrana.
Ninguém riu do infame trocadilho, mesmo porque velório não é lugar para gargalhadas. Foi a vez do cunhado tentar redigir uma forma mais amena que não assustasse a senhora em passeio. Sentou-se e escreveu: “Interrompa viagem e volte correndo. Tua irmã passando muito mal.” Novamente o telegrama não foi aprovado.
Um irmão psicólogo observou:
– Não sejamos infantis. Se ela está viajando pela Europa e recebe esta notícia, não vai acreditar na história de “passando muito mal.” Sobretudo com “volte correndo” no meio.
– Também concordo – falou o primo afastado, sempre pensando no custo. Então o genro aproximou-se:
– Acho que tenho a forma ideal. – Pegou no bloco e rabiscou rapidamente: “Interrompa viagem e volte devagar. Tua irmã passando mais ou menos.” Todos examinaram atentamente o telegrama. A filha reclamou:
– Vocês acham que mamãe é boba? Se a gente escrever que a titia está passando mais ou menos e que ela pode voltar devagar, ela já vai adivinhar que todas estas precauções são pelo fato de ela ser cardíaca e que na realidade a irmã dela morreu!
– Concordo plenamente – disse o facultativo da família, que era também sobrinho da senhora em questão. Resolveu, como médico, escrever o telegrama: “Paciente fora de perigo. Volte assim que puder. Paciente tua irmã.” De todas as fórmulas até então apresentadas, esta foi a que causou mais revolta.
– Que troço imbecil – gritou o netinho, que passava pela sala no momento em que a mensagem era lida. Puseram o menino para fora da sala, mas no íntimo a família concordava com ele.
– Não, isso não. Se a gente mandar dizer que ela está fora de perigo, para que vamos pedir que ela interrompa a viagem? – argumentou o tio.
– Também acho – responderam todos num coro de aprovação. O filho mais velho resolveu tentar. Pensou bem, ponderou, sentou-se, molhou a ponta do lápis na língua e caprichou: “Se possível volte. Tua irmã saudosa passando quase mal. Por favor acredite. Cuidado coração. Venha logo. Saudades surpresa.”
– Realmente, esse bate todos os recordes! – disse uma nora professora. – Em primeiro lugar, não é “se possível”, ela tem que voltar mesmo. Em segundo lugar, “saudosa” tem duplo sentido. Em terceiro lugar, ninguém passa “quase mal”. Ou passa mal ou bem. “Quase mal” e “quase bem” é a mesma coisa. “Por favor, acredite” é um insulto à família toda. Ninguém aqui é mentiroso. Depois, “cuidado coração” não fica claro. Como telegrama não tem vírgula, ela pode pensar que a gente está dizendo “cuidado, coração”, já que a palavra coração também é usada como uma forma carinhosa de chamar os outros. Por exemplo: “Oi coração, tudo bem?” E finalmente a palavra “surpresa” no telegrama chega a ser um requinte de crueldade. Qual é a surpresa que ela pode esperar?
– Ela pode pensar que a tia está esperando neném – falou um sobrinho. – Aos noventa anos de idade?
– Abandonaram a idéia rapidamente. Seguiu-se um longo período de silêncio em que a família andava de lá pra cá, pensando numa solução. Pela primeira vez estavam se dando conta de que não era tão fácil assim mandar um telegrama. Serviu-se o costumeiro cafezinho, enquanto cada qual do seu lado procurava uma maneira de escrever para a senhora em viagem sem que tivesse conseqüências desastrosas. De repente o irmão psicólogo explodiu num grito eurekiano de descoberta:
– Achei!
– Escreveu febrilmente no papel. O telegrama passou de mão em mão e foi finalmente aprovado por todo mundo. Seu texto dizia:
“Siga viagem divirta-se. Tua irmã está ótima.”
(Jô Soares. O astronauta sem regime) “ – Não, isso não.” O pronome destacado anteriormente é: