Questões de Concurso Para pr-4 ufrj
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Considere o seguinte contexto:
___Durante um julgamento, em agosto deste ano, o ministro Ricardo Lewandowski passou, assim, a palavra à colega Cármen Lúcia, que o substituiria na presidência do Supremo Tribunal Federal (STF): “Então eu concedo a palavra à eminente ministra Cármen Lúcia, nossa presidenta eleita… ou presidente?”
___A ministra – em alusão à preferência da então presidenta afastada Dilma Rousseff pelo termo presidenta – respondeu: “Eu fui estudante e eu sou amante da língua portuguesa. Acho que o cargo é de presidente, não é não?”, disse, rindo.
___Inconveniências à parte, o fato é que ambas as formas são aceitas para designar uma mulher que assume a presidência de qualquer órgão ou do país. Presidenta ou presidente. No dicionário ‘Houaiss’, por exemplo, está consignado o termo presidenta para definir ‘mulher que preside (algo)’ ou ‘mulher que se elege para a presidência de um país’. O termo, portanto, é vernáculo.
___Leia, atentamente, os três títulos e subtítulos selecionados da repercussão que o episódio teve na mídia e assinale a alternativa correta:
(1) “Cármen Lúcia pede para ser chamada de ‘presidente’ em vez de ‘presidenta’” | G1;
(2) “Presidenta ou presidente?
Cármen Lúcia assume o STF e recusa-se ser chamada pelo feminino de presidente” | Revista Carta Capital;
(3) “Carmen Lúcia revogou a invencionice arrogante de Dilma” | Revista Veja.
Considere o texto a seguir:
___“O tradicional colégio Pedro II, escola federal fundada em 1837, no Rio, não tem mais uniformes masculino e feminino. Na prática, o uso de saias está autorizado para os meninos, que podem usá-las livremente. Desde maio deste ano, o Pedro II adota nas listas de chamada o nome social escolhido por alunos e alunas transexuais”.
Adaptado de Colégio Pedro II, no Rio, libera saia para
meninos. Estadão, 20/09/2016.
http://educacao.estadao.com.br/noticias/geral,colegio-pedro-
-ii-no-rio-libera-saia-para-meninos,10000077010
___Para o estabelecimento da coesão textual, são diversos os recursos disponíveis na língua portuguesa. Entre eles estão os pronomes. O termo las, em destaque no primeiro parágrafo, trata-se de pronome pessoal:
Considere o texto a seguir:
___“Movimento apoiado por conservadores motiva sindicâncias contra professores e provoca censura nas aulas em estados e municípios, onde a restrição de liberdade de expressão já é lei.”
___Janeth de Souza terminou de dar suas aulas de inglês no Instituto de Educação Rangel Pestana, em Nova Iguaçu, e estava a caminho de casa quando recebeu um telefonema. Deveria comparecer (1) a Diretoria Regional de Educação Metropolitana I para responder (2) a uma sindicância. Chegando lá, foi informada de que havia uma “denúncia anônima” feita (3) aquela Diretoria: um vídeo de 40 minutos de uma de suas aulas, em que explicava (4) a alunos porque os professores entrariam em greve. Janeth estava sendo acusada de “doutrinação ideológica” – um termo que nunca tinha ouvido em seus mais de 30 anos de profissão.
Adaptado de Escola Sem Partido caça bruxas nas salas de aula, de Andrea Dip. Pública | Agência de Reportagem e Jornalis-
mo Investigativo | agosto de 2016. http://apublica.org/2016/08/escola-sem-partido-caca-bruxas-nas-salas-de-aula/
___Atente para os termos (1), (2), (3) e (4) em destaque no texto. A seguir, assinale, dentre as alternativas adiante, aquela que apresenta a sequência correta quanto ao emprego do sinal indicativo da crase.
O verbete golpista é assim descrito no dicionário HOUAISS da língua portuguesa:
___Como substantivo, golpista apresenta uma só forma para o gênero masculino e o gênero feminino. A distinção de gênero deve ser feita com o uso dos artigos o, a, um, uma ou de outros determinantes (o golpista, a golpista, um golpista, uma golpista).
___Marque a alternativa em que aparece, também, um substantivo biforme, aquele que apresenta duas formas diferentes, uma para o gênero masculino e outra para o gênero feminino.
TEXTO 4
APERTEM OS CINTOS, ESTAMOS ENTRANDO NA ERA DA PÓS-VERDADE
___Pós-verdade parece mais uma expressão de impacto para chamar a atenção de um público saturado de informações e inclinado para a alienação noticiosa. Mas o fato é que estamos diante de um (1) fenômeno que já começou a mudar nossos comportamentos e valores em relação aos conceitos tradicionais de verdade, mentira, honestidade e desonestidade, credibilidade e dúvida.
___Segundo a revista The Economist, o mundo contemporâneo está substituindo os fatos por indícios, percepções por convicções, distorções por vieses. Estamos saindo da dicotomia tradicional entre certo ou errado, bom ou mau, justo ou injusto, fatos ou versões, verdade ou mentira para ingressarmos numa era de avaliações fluidas, terminologias vagas ou juízos baseados mais em sensações do que em evidências. A verossimilhança ganhou mais peso que a comprovação.
___A pós-verdade, um termo já incorporado ao vocabulário da mídia mundial, é parte de um processo inédito provocado essencialmente pela avalancha de informações gerada pelas novas tecnologias de informação e comunicação (TICs). Com tanta informação ao nosso redor é inevitável que surjam dezenas e até centenas de versões sobre um mesmo fato. A consequência também inevitável foi a relativização dos conceitos e sentenças.
___Tudo torna-se mais sério e complexo quando se combina com a teoria da “cognição preguiçosa”, criada pelo psicólogo e prêmio Nobel Daniel Kahneman, para quem as pessoas tendem a ignorar fatos, dados e eventos que obriguem o cérebro a um esforço adicional.
Trechos adapados do original Apertem os cintos, estamos
entrando na era da pós-verdade, de Carlos Castilho, Pós-doutorando
no POSJOR/UFSC e membro da diretoria do Observatório
da Imprensa. Publicado em OBJETHOS | Observatório da
Ética Jornalística. https://objethos.wordpress.com/2016/09/26/
comentario-da-semana-apertem-os-cintos-estamos-entrando-
-na-era-da-pos-verdade/
Quanto à tipologia textual que caracteriza o terceiro parágrafo do TEXTO 4, é correto afirmar que: