Questões de Concurso
Para pr-4 ufrj
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TEXTO 9
FRAGMENTO DE UM EDIFÍCIO CHAMADO 200*
PAULO PONTES | Vicente de Paula Holanda Pontes nasceu em Campina Grande, Paraíba, em 8 de novembro de 1940, e faleceu no Rio de Janeiro, em 27 de dezembro de 1976. Dramaturgo, produtor de rádio e teatro, locutor, jornalista e tradutor. Autor de textos premiados para o teatro, como Gota D’água (escrito com Chico Buarque), Parai-be-a-bá, Check-up, Brasileiro: profissão esperança, O Homem de La Mancha.
*1971
“Gamelão: Karla, santa ignorância, toma o fósforo, acende o teu cigarro, o beijo, amigo, é a véspera... isto é uma imagem do poeta. Uma metáfora. Sabe o que é uma metáfora, Karla? Mas qualquer criança de cinco anos sabe o que é uma metáfora. Uma metáfora, Karla, é... traz aí uma criança de cinco anos.”
Nesse trecho, por meio da fala do personagem
Gamelão, Paulo Pontes faz referência a versos
célebres de seu conterrâneo Augusto dos Anjos.
Ao “ensinar” o que é uma metáfora, o dramaturgo
se vale de outra figura de linguagem. Assinale a
alternativa em que ela está citada.
A fim de otimizar o trabalho de edição, ao menos na etapa inicial da decisão de montagem, na qual resoluções mais baixas ainda não se fazem necessárias ao acabamento de finalização de pós-produção, uma alternativa dos softwares de edição não linear é realizar o fluxo de trabalho através de:
TEXTO 10
O texto adiante é um fragmento do conto “NÓS
MATÁMOS O CÃO TINHOSO”, do escritor moçambicano Luís Bernardo Honwana. Após a independência de Moçambique, o autor foi alto funcionário
do governo e presidente da Organização Nacional
dos Jornalistas. Desempenhou também funções de
diretor do gabinete do Presidente Samora Machel e
do Secretário de Estado da Cultura. Leia-o, atentamente, e responda às questões propostas a seguir.
“O Cão-Tinhoso olhava-me com força. Os seus olhos azuis não tinham brilho nenhum, mas eram enormes e estavam cheios de lágrimas que lhe escorriam pelo focinho. Metiam medo aqueles olhos, assim tão grandes, a olhar como uma pessoa a pedir qualquer coisa sem querer dizer. Quando eu olhava agora para dentro deles, sentia um peso muito maior do que quando tinha a corda a tremer de tão esticada, com os ossos a querer fugir da minha mão e com os latidos que saíam a chiar, afogados na boca fechada. (...)”.
Fragmento do conto “NÓS MATÁMOS O CÃO TINHOSO”, do escritor moçambicano Luís Bernardo Honwana.
Leia o trecho a seguir:
“Os seus olhos azuis não tinham brilho nenhum, mas eram enormes e estavam cheios de lágrimas que lhe escorriam pelo focinho.”
Quanto a esse período composto do texto
dado, é correto afirmar que, além da oração principal, há:
TEXTO 4
O texto adiante apresenta trechos do artigo Linguagem é poder: sobre jogos sujos e democracia, publicado pela filósofa e escritora Marcia Tiburi (Revista Cult.uol, 22.02.2018). Leia-o e responda à questão proposta.
“Linguagem é poder. Antes de serem puros e simples atos de comunicação, todos os atos da linguagem são atos de poder. (...)
O que se pode chamar de “jogo de poder” é estratégia de poder em seu sentido político. Todo jogo de poder é, na verdade, um jogo de linguagem. Há jogos de linguagem sem “jogos de poder”, mas não há jogo de poder sem linguagem.
A linguagem preferida do jogo de poder político em seu estado deturpado é a da dominação e da violência. O poder político – aquele que se exerce juntamente com outro, ou contra os outros com a consciência do seu efeito – é como uma engrenagem, como um dispositivo, é como um organismo que funciona para fazer sobreviver a si mesmo. Como as pessoas se relacionam com esse poder é uma pergunta que deve ser respondida por cada um.
Ninguém na sociedade humana, que é uma sociedade política – na qual mesmo quem não quer fazer política faz política, mesmo que a sua política seja uma espécie de antipolítica –, vive fora de relações de poder. Justamente porque não pode viver fora da linguagem. O poder político que não interessa a todos, a todos afeta e, na sua forma deturpada, depende justamente desse desinteresse da maioria para manter-se como é. (...)
Fora do jogo da democracia, todo jogo de poder é um jogo sujo. Vamos aceitar?