Questões de Concurso
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Considere o período a seguir.
O Ronaldo que o Corinthians contratou não é o Ronaldo que foi goleador da Copa de 2002.
Sobre esse enunciado, afirma-se:
I. As orações em itálico são orações adjetivas, pois exercem a função sintática de nomes.
II. As orações em itálico são de natureza restritiva, pois elas pressupõem a referência a dois Ronaldos.
III. As estruturas linguísticas produzem efeitos de sentido nem sempre previstos pelas normas gramaticais.
Está CORRETO o que se afirma em:
Considere o diagrama abaixo.
No período do diagrama, identifica-se uma oração
I. subordinada, pois depende sintaticamente do período complexo do qual é constituinte.
II. subordinada adverbial, pois funciona como adjunto adverbial do período complexo.
III. subordinada subjetiva, que funciona como sujeito da outra oração.
Está CORRETO o que se afirma em:
1. Ele nos oferece o resultado de toda uma vida dedicada à ciência. 1(a). Ele oferece-nos os resultados de toda uma vida dedicada à ciência. 2. Rodrigues nos lembra que o isolamento é um ato de amor. 2(a). Rodrigues lembra-nos que o isolamento é um ato de amor.
Sobre elas, é CORRETO o que se afirma em:
Faça a associação correta entre as duas colunas, relacionando o tipo de ambiguidade e a sentença que a exemplifica.
1. Ambiguidade pelo uso de pronomes possessivos na terceira pessoa 2. Ambiguidade relacionada ao uso de formas nominais 3. Ambiguidade entre pronome relativo e conjunção integrante. 4. Ambiguidade pela colocação inadequada de sintagmas.
a) Assistente social nega que menor fugiu de sua casa. b) A mãe cansada saiu apressada do trabalho. c) Rita avisou a Clarice que estava terminando o trabalho. d) O garoto mal-humorado resmungou durante o treino.
A associação CORRETA entre números e letras é:
Aposto que você já atinou para o problemão pré-histórico que isto representa: as pessoas que os europeus encontraram ao ancorar seus navios em Porto Seguro 517 anos atrás, por mais morenas que fossem, não tinham nada de africanas. Sua aparência – em especial o formato do crânio e os olhos que popularmente descreveríamos como “puxados” – lembra muito mais a de gente do nordeste da Ásia. [LOPES, Reinaldo José. 1499: o Brasil antes de Cabral. Rio de Janeiro: Harper Collins, 2017. P.40]
Na passagem em análise, as aspas têm a seguinte função:
“Minha avaliação (bastante informal) é que ‘cujo’ desapareceu. O que quer dizer ‘desapareceu’? Que não se emprega mais? Não! Quer dizer que não é mais de emprego corrente; só aparece em algumas circunstâncias – tipicamente, em textos muito formais.”
Considere as sentenças a seguir em que se verifica o uso do pronome cujo e suas flexões.
I. A opção pela expressão Círculo dá-se em virtude de sua tradicional utilização na referência a um grupo de pensadores russos cujo encontro está ligado à cidade russa de Niével.
II. Um exemplo de controle do texto encontra-se em uma redação do vestibular Unicamp de 2000 cujo tema estava relacionado aos 500 anos do descobrimento do Brasil.
III. Os autores são escritores cujo o texto é, usualmente, considerado “correto” do ponto de vista da norma linguística.
Tendo em vista as regras da gramática normativa, estão CORRETAS as sentenças:
Línguas mudam Sírio Possenti
Desde a década de 1960, um fator foi associado sistematicamente à mudança linguística: a variação. Isso quer dizer que, antes que haja mudança de uma forma a outra, há um período de variação, quando as duas (ou mais) ocorrem – inicialmente em espaços ou com falantes diferentes. Aos poucos, a forma nova vai sendo empregada por todos; depois, a antiga desaparece. Qualquer exemplo de mudança serve para ilustrar o fato: tomemos “igreja”, derivado de “ecclesia”. São mudanças gerais na passagem do latim ao português. As mais óbvias são a sonorização do ‘c’ (k), uma surda que se torna sonora (g) entre vogais; o ‘e’ que se eleva e se torna ‘i’. Fixemo-nos neste caso, para ilustrar a tese mencionada acima: a grafia “egreja” é atestada, o que significa que a pronúncia com ‘e’ inicial esteve em variação com outra, com ‘i’.
O que quer dizer [que determinada forma] “desapareceu”? Que não se emprega mais? Não! Quer dizer que não é mais de emprego corrente. De vez em quando, há discussões sobre certos casos. Dois exemplos: o pronome ‘cujo’ e a segunda pessoa do plural dos verbos (‘jogai’ etc.).
Minha avaliação (bastante informal) é que ‘cujo’ desapareceu. O que quer dizer “desapareceu”? Que não se emprega mais? Não! Quer dizer que não é mais de emprego corrente; só aparece em algumas circunstâncias – tipicamente, em textos muito formais.
Que apareça em textos antigos é uma evidência de que a forma era / foi empregada. Que apareça cada vez menos é um indício de que tende a desaparecer. Com um detalhe: desaparecer não quer dizer não aparecer nunca mais em lugar nenhum. Quer dizer não ser de uso corrente.
Outro caso é a segunda pessoa do plural, em qualquer tempo ou modo. Recentemente, um colunista defendeu a tese de que a forma está viva. Seu argumento: aparece em cartazes de torcedores em estádios de futebol, especialmente do Corinthians, no apelo “jogai por nós”. Apesar de utilizada em torcidas de times de futebol, em especial a do Corinthians, a segunda pessoa do plural tende a desaparecer, ficando limitada a situações muito específicas.
Mesmo que este seja um fato, a conclusão é fraca. A forma é inspirada numa ladainha de Nossa Senhora, toda muito solene, muito mais do que formal. E é bem antiga, traduzida do latim. Os ‘vocativos’ são títulos de Nossa Senhora: Arca da Aliança, Torre de Marfim etc. A cada invocação, os fiéis respondem “rogai por nós”. “Jogai por nós” é uma fórmula inspirada em outra fórmula, típica dessa oração.
Para que se possa sustentar que a segunda pessoa do plural não desapareceu, seria necessário que seu uso fosse regular. Que, por exemplo, os corintianos também gritassem “Recuai, Wendel”, “Não erreis estas bolas fáceis, Vagner Love”, “Tite, fazei Malcolm treinar finalizações” e, quando chateados, gritassem “Como sois burro!”. Espero que nenhum colunista sustente que isso ocorre…
O uso eventual de uma forma não significa que ela está viva; significa que resiste em certos casos, os mais óbvios sendo os textos antigos ou muito formais, como alguns dos religiosos. Sempre cito a Carta de Caminha para mostrar mudanças, das quais ninguém reclama, aliás. Caminha pede a Sua Alteza que traga seu cunhado de volta do exílio, e lhe diz que “será de mim mui(to) bem servida”. Mesmo quando a Carta é atualizada, estas formas permanecem.
[POSSENTI, Sírio. Línguas mudam. Ciência Hoje. Coluna Palavreado. 2015. Adaptado]
O texto de Sírio Possenti apresenta argumentos sobre as mudanças das línguas. Tendo em vista essa afirmação, analise as alternativas que se seguem.
I. O artigo permite entrever variação, na escrita e na fala, da palavra ‘você’, pois encontra-se a forma ‘cê’ tanto em textos escritos em redes sociais quanto em textos falados cotidianamente.
II. Itens lexicais podem sofrer alterações fonéticas, morfológicas, semânticas e discursivas.
III. O pronome cujo tem sido usado em situações bastante formais, indicando posse e concordando com a palavra posterior a ele.
Está CORRETO o que se afirma em:
Considere o excerto a seguir:
Lembro que, quando tudo começou, era escuro. E hoje, depois de todos esses anos de labirinto, todos esses anos em que avanço pela neblina empunhando a caneta adiante do meu peito, percebo que o escuro era uma ausência. Uma ausência de palavras. Essa escuridão é minha pré-história. Eu antes da história, eu antes das palavras. Eu caos.
[BRUM, Eliane. Meus desacontecimentos: a história da minha vida com palavras. 2 ed. Porto Alegra: Arquipélago Editorial, 2017. p. 9]
Quanto à regência do verbo ‘lembrar’, vale dizer que ele pode ser usado como verbo transitivo direto ou como verbo transitivo indireto. No excerto anterior, há a presença do verbo “lembrar” como transitivo direto em “Lembro [...] que era escuro”.
A única alternativa em que a regência do verbo “lembrar” está INCORRETA é:
( ) Um texto se realiza a partir de vozes que são oriundas de discursos distintos. Por exemplo, podemos encontrar em um romance vozes originadas do senso comum, da ciência e da religião.
( ) Haverá sempre uma voz que predomina em um dado texto. Por exemplo, no texto bíblico, a voz divina terá essa predominância.
( ) Um texto apropriado é aquele cuja voz predominante é a que segue as regras gramaticais da variedade padrão da língua.
A sequência CORRETA de preenchimento dos parênteses é:
I. Desse modo, percebe-se que nesse início de século XXI houve um reforçar do processo de concentração nesse território, ocorrendo um aprofundamento das desigualdades regionais.
II. Os territórios do Sul, Triângulo do Norte, Vale do Aço, Triângulo do Sul, Oeste e Zona da Mata representaram, em média, 35% do valor adicionado da indústria, na primeira década do século XXI, e 31% em média nos primeiros anos da segunda década.
III. Em contraposição à situação apresentada acima, os territórios com maior participação na indústria são: Alto Jequitinhonha, Médio e Baixo Jequitinhonha, Mucuri, Caparaó Central e Rio Doce, comparados à região central.
IV. Os territórios Nordeste, Oeste e Vertentes apresentaram, ao longo do período de 2010 a 2013, um crescimento na participação do valor adicionado da indústria mineira. No Noroeste, a participação aumentou de 1,6% para 2,1%, a principal atividade industrial é a extração de recursos minerais, principalmente no município de Paracatu, com a extração de minério e metais preciosos.
Estão CORRETAS apenas as afirmativas:
( ) O fluxo de entrada na agenda se constitui a partir de uma condição social percebida como tal, tornando-se, de fato, um problema quando os formuladores interpretam essa condição e acreditam ser necessário fazer algo. Essa percepção é baseada em indicadores, eventos, crises e símbolos, e feedbacks governamentais que sinalizam questões específicas e cuja transformação em problema resulta da interpretação que envolve a percepção.
( ) Os fluxos de soluções compõem o conjunto de alternativas disponíveis para os problemas, o que remete a ideias sobre o que fazer. O processo de criação de soluções geralmente antecede aos problemas. O compartilhamento da preocupação em relação à questão pela comunidade de políticas já oferece inúmeras propostas de soluções. Nesse amontoado de soluções dispersas, emerge um pequeno conjunto que é levado à efetiva consideração dos participantes que fazem a escolha, não necessariamente a partir da percepção anterior sobre os problemas específicos.
( ) Os fluxos da análise técnica, que se dá a partir da abertura de janelas de oportunidades, em que os empreendedores de políticas (policy entrepreneurs) se debruçam sobre o tema, ocorrem em face das condições materiais e dos recursos passíveis de serem disponibilizados por meio do orçamento público. Esses recursos são considerados pelos formuladores de políticas e constituem-se como parte da negociação que envolve a política e sua viabilidade.
( ) O fluxo da dimensão da política propriamente dita se desenrola a partir da influência de determinados elementos sobre a agenda governamental, tais como: o clima ou humor nacional, que pode ou não criar incentivos para que os participantes dos processos decisórios promovam algumas ideias em detrimento de outras; a oposição ou o apoio de forças políticas organizadas, que tornam provável a avaliação, pelos formuladores, do ambiente propício ou não da proposta; as mudanças de pessoas em posições estratégicas, inclusive nas instâncias parlamentares, ou mudanças de competência sobre uma dada questão.
A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:
I. Instrumento político para moldar e articular os diversos interesses presentes no processo de intervenção governamental de políticas públicas.
II. Processo de aprendizado contínuo nas interações de decisões políticas, o que requer, além de um conjunto de informações precisas, transparência e soluções construídas de forma compartilhada.
III. Modos de organização de políticas que envolvem fortes componentes participativos, o que supõe um alto grau de horizontalidade em suas concepções.
IV. Capacidade de prover as políticas de informações técnicas, de prever o futuro e antecipar os problemas que possam impactar a política, estabelecendo as soluções necessárias, garantindo a eficiência do processo.
Estão CORRETAS apenas as afirmativas:
( ) O caráter institucional, que se refere ao fato de a política ser elaborada ou decidida por uma autoridade legalmente constituída no âmbito de sua competência, sendo coletivamente vinculante.
( ) O caráter decisório, que se refere ao fato de a política se constituir como um conjunto-sequência de decisões relativas à escolha de fins e ou meios, como resposta a problemas e necessidades.
( ) O caráter comportamental, que se refere às condicionalidades interpostas na etapa de formulação da política.
( ) Caráter causal, que se refere aos produtos das ações que têm efeitos no sistema político social.
A sequência CORRETA, de cima para baixo, é: