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Q2495445 Português

O pior surdo é o que não quer ouvir



    O cego chega no cruzamento e chove gente querendo ajudar. O surdo manda um “quê?” no caixa e recebe um urro na orelha: “CRÉDITO OU DÉBITO?!”. Por alguma razão, acham que o surdo é um preguiçoso, um desleixado que não fez o esforço suficiente para escutar o que foi dito. É mais ou menos como os gordos eram vistos tempos atrás, antes da luta identitária incluí-los em seu cabedal.

    Os surdos devem ter vacilado em algum momento. Perderam, talvez, o prazo de inscrição para a inclusão nos protocolos do politicamente correto, perdendo, assim, o bonde da história. Eis aqui uma frase que você nunca ouvirá — e não por ter qualquer problema no ouvido: “Nossa equipe é super diversa, veja só, temos aqui negros, indígenas, mulheres, trans e um deficiente auditivo”.

    Antes que me acusem de não ter lugar de fala, aviso: eu padeço de problema nos ouvidos. O que não tenho é lugar de escuta, prejudicada pela otospongiose, doença que acomete cerca de 10% da população mundial. Dentro do ouvido temos três ossinhos: martelo, estribo e bigorna. Por causas desconhecidas, em algumas pessoas esses ossinhos vão ficando esponjosos, e o que deveria fazer um tic-tac ao vibrar dos tímpanos passa a soar abafado como um poc-poc. Não tem cura, mas costuma ser um processo bem lento. Segundo meu otorrino, no ritmo da minha perda, quando eu ficar totalmente surdo, já estarei morto há décadas.

    A perda, contudo, incomoda, e como não pretendo passar meus dias restantes sobre a Terra sob berros de “CRÉDITO OU DÉBITO?!” ou “ABAIXA A TV!” ou “PODE VER IPAD, PAPAI?!”, comecei a usar aparelhos. É curioso quanta gente eu descobri, depois que comecei a tocar no assunto, que também precisa usar aparelhos auditivos. Mais curioso ainda é a maioria avassaladora destas pessoas não os usar. Talvez porque associemos o uso dessas traquitanas à velhice — assim como a ela associamos a palavra “traquitana”. Acontece que cabelos brancos, calvície, rugas e pelancas também são sinais da passagem dos anos e as pessoas não costumam ter muito pudor em relação à tintura, implantes, plásticas, botox ou silicone.

    Sem falar nos óculos. Ninguém deixa de usar quando surge a “vista cansada”. Conheço uma única pessoa, contudo, que aderiu aos aparelhos auditivos. Lanço aqui, portanto, uma campanha:

    #APARELHAMENTO #ESCUTAESSA #VALEOOUVIDO #APARELHAGEM #NÃOOLVIDEOOUVIDO

    Não me engajo na causa só por me preocupar com a saúde e a segurança dos meus amigos — a perda de audição causa depressão, degeneração neurológica; deficientes auditivos que usam aparelho vivem, em média, três anos mais do que os que não o usam. Lanço a campanha, também, porque não quero ser o único na praça com um araminho — discretíssimo, diga-se de passagem — entrando pelo ouvido. Já fui “quatro olhos”, pretendo evitar o “quatro ouvidos”.

    Vamos lá, amizades. O troço conecta no bluetooth, o celular já toca dentro da sua orelha e você ouve música ou podcasts no supermercado sem precisar de fones. O melhor de tudo é chegar ao caixa e, ao ouvir a voz cristalina do funcionário mal-humorado perguntar “crédito ou débito?”, franzir o cenho e responder “O quê?” — só pra vê-lo irritado.



(PRATA, Antonio. O pior surdo é o que não quer ouvir. Folha de S. Paulo, São

Paulo, 18 fev. 2024. Cotidiano, p. B4. Disponível em: https://www1.fo-

lha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2024/02/o-pior-surdo-e-o-que-nao-quer-ou-

vir.shtml. Com adaptações).

Assinale a alternativa em que são apresentadas CORRETAMENTE duas consequências para um mesmo fator.
Alternativas
Q2495442 Português

O pior surdo é o que não quer ouvir



    O cego chega no cruzamento e chove gente querendo ajudar. O surdo manda um “quê?” no caixa e recebe um urro na orelha: “CRÉDITO OU DÉBITO?!”. Por alguma razão, acham que o surdo é um preguiçoso, um desleixado que não fez o esforço suficiente para escutar o que foi dito. É mais ou menos como os gordos eram vistos tempos atrás, antes da luta identitária incluí-los em seu cabedal.

    Os surdos devem ter vacilado em algum momento. Perderam, talvez, o prazo de inscrição para a inclusão nos protocolos do politicamente correto, perdendo, assim, o bonde da história. Eis aqui uma frase que você nunca ouvirá — e não por ter qualquer problema no ouvido: “Nossa equipe é super diversa, veja só, temos aqui negros, indígenas, mulheres, trans e um deficiente auditivo”.

    Antes que me acusem de não ter lugar de fala, aviso: eu padeço de problema nos ouvidos. O que não tenho é lugar de escuta, prejudicada pela otospongiose, doença que acomete cerca de 10% da população mundial. Dentro do ouvido temos três ossinhos: martelo, estribo e bigorna. Por causas desconhecidas, em algumas pessoas esses ossinhos vão ficando esponjosos, e o que deveria fazer um tic-tac ao vibrar dos tímpanos passa a soar abafado como um poc-poc. Não tem cura, mas costuma ser um processo bem lento. Segundo meu otorrino, no ritmo da minha perda, quando eu ficar totalmente surdo, já estarei morto há décadas.

    A perda, contudo, incomoda, e como não pretendo passar meus dias restantes sobre a Terra sob berros de “CRÉDITO OU DÉBITO?!” ou “ABAIXA A TV!” ou “PODE VER IPAD, PAPAI?!”, comecei a usar aparelhos. É curioso quanta gente eu descobri, depois que comecei a tocar no assunto, que também precisa usar aparelhos auditivos. Mais curioso ainda é a maioria avassaladora destas pessoas não os usar. Talvez porque associemos o uso dessas traquitanas à velhice — assim como a ela associamos a palavra “traquitana”. Acontece que cabelos brancos, calvície, rugas e pelancas também são sinais da passagem dos anos e as pessoas não costumam ter muito pudor em relação à tintura, implantes, plásticas, botox ou silicone.

    Sem falar nos óculos. Ninguém deixa de usar quando surge a “vista cansada”. Conheço uma única pessoa, contudo, que aderiu aos aparelhos auditivos. Lanço aqui, portanto, uma campanha:

    #APARELHAMENTO #ESCUTAESSA #VALEOOUVIDO #APARELHAGEM #NÃOOLVIDEOOUVIDO

    Não me engajo na causa só por me preocupar com a saúde e a segurança dos meus amigos — a perda de audição causa depressão, degeneração neurológica; deficientes auditivos que usam aparelho vivem, em média, três anos mais do que os que não o usam. Lanço a campanha, também, porque não quero ser o único na praça com um araminho — discretíssimo, diga-se de passagem — entrando pelo ouvido. Já fui “quatro olhos”, pretendo evitar o “quatro ouvidos”.

    Vamos lá, amizades. O troço conecta no bluetooth, o celular já toca dentro da sua orelha e você ouve música ou podcasts no supermercado sem precisar de fones. O melhor de tudo é chegar ao caixa e, ao ouvir a voz cristalina do funcionário mal-humorado perguntar “crédito ou débito?”, franzir o cenho e responder “O quê?” — só pra vê-lo irritado.



(PRATA, Antonio. O pior surdo é o que não quer ouvir. Folha de S. Paulo, São

Paulo, 18 fev. 2024. Cotidiano, p. B4. Disponível em: https://www1.fo-

lha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2024/02/o-pior-surdo-e-o-que-nao-quer-ou-

vir.shtml. Com adaptações).

Segundo o texto,

I. o uso de aparelhos auditivos pode auxiliar os surdos em suas interações sociais.
II. a grande maioria dos surdos relaciona o uso de aparelhos auditivos a sinais da velhice.
III. o preconceito social em relação aos surdos advém do estado de solidão em que eles vivem.
IV. a publicidade em favor do uso de aparelhos auditivos garante a inclusão social dos surdos.

É CORRETO o que se afirma apenas em: 
Alternativas
Q2495340 Enfermagem
Sobre a vacina tríplice viral, são corretas as afirmativas, EXCETO:
Alternativas
Q2495339 Enfermagem
A vacina adsorvida difteria e tétano (dT - dupla bacteriana adulto) é uma composição combinada que previne contra a difteria e o tétano acidental, doenças graves, que muitas vezes podem ser fatais.
Assinale a afirmativa FALSA sobre a vacinação dT:
Alternativas
Q2495338 Enfermagem
Dengue: Doença infecciosa febril aguda, que pode ser de curso benigno ou grave, dependendo da forma como se apresente. A primeira manifestação da Dengue é a febre, geralmente alta (39ºC a 40ºC).
Sobre a dengue, é correto afirmar, EXCETO:
Alternativas
Q2495337 Enfermagem
Devemos considerar, para a assistência à gestante portadora de HIV, as seguintes informações, de acordo com o guia de bolso de Doenças Infecciosas e Parasitárias do MS, EXCETO:
Alternativas
Q2495336 Enfermagem
Assinale V ou F para as afirmativas, conforme sejam verdadeiras ou falsas:

( ) Assepsia é o conjunto de métodos e técnicas por meio dos quais impede-se a entrada (contaminação) de microrganismos durante a realização de procedimentos invasivos.
( ) Assepsia é a degermação do paciente para que o esterilize ou a escovação das mãos do médico para que as esterilize antes de cirurgias, por exemplo.
( ) Desinfecção é feita em superfícies ou objetos inanimados e pode ser em vários níveis, conforme a necessidade de destruição dos microrganismos.
( ) Antissepsia é a remoção de microrganismos da pele ou mucosas, a fim de diminuir a microbiota patológica e prevenir infecções em procedimentos invasivos.

A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:
Alternativas
Q2495335 Enfermagem
De acordo com a política nacional de humanização (PNH) do SUS, é correto afirmar, EXCETO
Alternativas
Q2495334 Enfermagem
São proibições do profissional de Enfermagem, de acordo com código de ética e a Resolução 564/2017, EXCETO
Alternativas
Q2495333 Enfermagem
Para calcular o gotejamento da solução prescrita, no tempo prescrito, mas em equipo de microgotas:
Alternativas
Q2495332 Enfermagem
Qual será o gotejamento para que essa solução, em equipo macrogotas, corra no tempo prescrito?
Alternativas
Q2495331 Enfermagem
Instrução:

Hélcio precisa receber 1 g de Sulfato de magnésio diluído em 250 ml de SF 0,9% para correr em 1 hora. Sabendo que a apresentação é ampola de 10 ml do Sulfato Mg a 50%, responda:
Quanto de Sulfato de Magnésio deve ser colocado na solução de SF 0,9%?
Alternativas
Q2495330 Enfermagem
Sobre os mecanismos da pequena circulação e da grande circulação, por meio dos quais o coração realiza suas funções, estão corretas as afirmativas, EXCETO
Alternativas
Q2495329 Enfermagem
A principal função do coração é garantir a circulação do sangue com oxigênio e nutrientes para todo o corpo por meio dos movimentos cardíacos de sístole e diástole, que representam, respectivamente:
Alternativas
Q2495328 Enfermagem
INSTRUÇÃO: De acordo com a diretrizes de RCP da AHA, 2020, responda à questão:

A relação entre as compressões torácicas e as ventilações durante a reanimação cardiopulmonar de um adulto, SEM via aérea avançada (tubo traqueal ou máscara laríngea), e com 2 socorristas, deve ser de:
Alternativas
Q2495327 Enfermagem
INSTRUÇÃO: De acordo com a diretrizes de RCP da AHA, 2020, responda à questão:

Você está administrando compressões torácicas durante uma tentativa de reanimação cardiopulmonar de um usuário adulto do serviço de saúde da sua região que entrou em colapso ao entrar na Unidade Básica em que você trabalha.
Que frequência você deve usar para administrar as compressões? 
Alternativas
Q2495326 Enfermagem
INSTRUÇÃO: De acordo com a diretrizes de RCP da AHA, 2020, responda à questão:


Um paciente adulto em parada respiratória isolada (parada respiratória com pulso) deve ser ventilado manualmente com a bolsa autoinflável (ambu) numa frequência de:
Alternativas
Q2495325 Enfermagem
A Vigilância em Saúde compreende várias frentes de vigilância sanitária, atenção às doenças infectocontagiosas, notificação de eventos adversos, entre outras.
Sobre a necessidade de notificar a ocorrência de agravos, assinale a afirmativa FALSA:
Alternativas
Q2495320 Enfermagem
A respeito da legislação estruturante do SUS, estão corretas as afirmativas, EXCETO:
Alternativas
Q2495319 Enfermagem
Analise as afirmativas e responda:

I. Promoção da Saúde é definida como a capacitação das pessoas e comunidades para modificarem os determinantes da saúde em benefício da própria qualidade de vida, segundo a Carta de Ottawa (1986), documento que se tornou referência para as demais Conferências Internacionais de Promoção da Saúde, promovidas pela OMS (Adelaide, 1988; Sundswall, 1991; Bogotá, 1992; Jacarta, 1997; México, 2000, Bangkok, 2005) assim como para as Conferências Mundiais realizadas pela UIPES (1991, 1995, 1998, 2001, 2004), sua III Conferência Regional Latino-Americana de Promoção da Saúde (São Paulo, 2002).
II. A definição de ‘Promoção da Saúde’ chama atenção para o almejado protagonismo das pessoas e a necessidade de que sejam “empoderadas”, isto é, desenvolvam a habilidade e o poder de atuar em benefício da própria qualidade de vida, enquanto sujeitos e/ou comunidades ativas.
Alternativas
Respostas
1021: A
1022: A
1023: A
1024: A
1025: A
1026: B
1027: D
1028: A
1029: C
1030: B
1031: D
1032: B
1033: B
1034: A
1035: D
1036: C
1037: B
1038: C
1039: C
1040: B