Questões de Concurso Para fumarc

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Q2495318 Enfermagem
De acordo com a Política Nacional de Promoção da Saúde, a Promoção da Saúde possui como princípios, EXCETO:
Alternativas
Q2495317 Enfermagem
O Sistema Único de Saúde (SUS) é composto pelo Ministério da Saúde, pelos Estados e Municípios, conforme determina a Constituição Federal. Cada ente tem suas corresponsabilidades. Assinale a afirmativa FALSA
Alternativas
Q2495315 Português

O pior surdo é o que não quer ouvir



    O cego chega no cruzamento e chove gente querendo ajudar. O surdo manda um “quê?” no caixa e recebe um urro na orelha: “CRÉDITO OU DÉBITO?!”. Por alguma razão, acham que o surdo é um preguiçoso, um desleixado que não fez o esforço suficiente para escutar o que foi dito. É mais ou menos como os gordos eram vistos tempos atrás, antes da luta identitária incluí-los em seu cabedal.

    Os surdos devem ter vacilado em algum momento. Perderam, talvez, o prazo de inscrição para a inclusão nos protocolos do politicamente correto, perdendo, assim, o bonde da história. Eis aqui uma frase que você nunca ouvirá — e não por ter qualquer problema no ouvido: “Nossa equipe é super diversa, veja só, temos aqui negros, indígenas, mulheres, trans e um deficiente auditivo”.

    Antes que me acusem de não ter lugar de fala, aviso: eu padeço de problema nos ouvidos. O que não tenho é lugar de escuta, prejudicada pela otospongiose, doença que acomete cerca de 10% da população mundial. Dentro do ouvido temos três ossinhos: martelo, estribo e bigorna. Por causas desconhecidas, em algumas pessoas esses ossinhos vão ficando esponjosos, e o que deveria fazer um tic-tac ao vibrar dos tímpanos passa a soar abafado como um poc-poc. Não tem cura, mas costuma ser um processo bem lento. Segundo meu otorrino, no ritmo da minha perda, quando eu ficar totalmente surdo, já estarei morto há décadas.

    A perda, contudo, incomoda, e como não pretendo passar meus dias restantes sobre a Terra sob berros de “CRÉDITO OU DÉBITO?!” ou “ABAIXA A TV!” ou “PODE VER IPAD, PAPAI?!”, comecei a usar aparelhos. É curioso quanta gente eu descobri, depois que comecei a tocar no assunto, que também precisa usar aparelhos auditivos. Mais curioso ainda é a maioria avassaladora destas pessoas não os usar. Talvez porque associemos o uso dessas traquitanas à velhice — assim como a ela associamos a palavra “traquitana”. Acontece que cabelos brancos, calvície, rugas e pelancas também são sinais da passagem dos anos e as pessoas não costumam ter muito pudor em relação à tintura, implantes, plásticas, botox ou silicone.

    Sem falar nos óculos. Ninguém deixa de usar quando surge a “vista cansada”. Conheço uma única pessoa, contudo, que aderiu aos aparelhos auditivos. Lanço aqui, portanto, uma campanha:

    #APARELHAMENTO #ESCUTAESSA #VALEOOUVIDO #APARELHAGEM #NÃOOLVIDEOOUVIDO

    Não me engajo na causa só por me preocupar com a saúde e a segurança dos meus amigos — a perda de audição causa depressão, degeneração neurológica; deficientes auditivos que usam aparelho vivem, em média, três anos mais do que os que não o usam. Lanço a campanha, também, porque não quero ser o único na praça com um araminho — discretíssimo, diga-se de passagem — entrando pelo ouvido. Já fui “quatro olhos”, pretendo evitar o “quatro ouvidos”.

    Vamos lá, amizades. O troço conecta no bluetooth, o celular já toca dentro da sua orelha e você ouve música ou podcasts no supermercado sem precisar de fones. O melhor de tudo é chegar ao caixa e, ao ouvir a voz cristalina do funcionário mal-humorado perguntar “crédito ou débito?”, franzir o cenho e responder “O quê?” — só pra vê-lo irritado.



(PRATA, Antonio. O pior surdo é o que não quer ouvir. Folha de S. Paulo, São

Paulo, 18 fev. 2024. Cotidiano, p. B4. Disponível em: https://www1.fo-

lha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2024/02/o-pior-surdo-e-o-que-nao-quer-ou-

vir.shtml. Com adaptações).

Assinale a alternativa cujo verbo em negrito deve sua flexão ao termo sublinhado.
Alternativas
Q2495313 Português

O pior surdo é o que não quer ouvir



    O cego chega no cruzamento e chove gente querendo ajudar. O surdo manda um “quê?” no caixa e recebe um urro na orelha: “CRÉDITO OU DÉBITO?!”. Por alguma razão, acham que o surdo é um preguiçoso, um desleixado que não fez o esforço suficiente para escutar o que foi dito. É mais ou menos como os gordos eram vistos tempos atrás, antes da luta identitária incluí-los em seu cabedal.

    Os surdos devem ter vacilado em algum momento. Perderam, talvez, o prazo de inscrição para a inclusão nos protocolos do politicamente correto, perdendo, assim, o bonde da história. Eis aqui uma frase que você nunca ouvirá — e não por ter qualquer problema no ouvido: “Nossa equipe é super diversa, veja só, temos aqui negros, indígenas, mulheres, trans e um deficiente auditivo”.

    Antes que me acusem de não ter lugar de fala, aviso: eu padeço de problema nos ouvidos. O que não tenho é lugar de escuta, prejudicada pela otospongiose, doença que acomete cerca de 10% da população mundial. Dentro do ouvido temos três ossinhos: martelo, estribo e bigorna. Por causas desconhecidas, em algumas pessoas esses ossinhos vão ficando esponjosos, e o que deveria fazer um tic-tac ao vibrar dos tímpanos passa a soar abafado como um poc-poc. Não tem cura, mas costuma ser um processo bem lento. Segundo meu otorrino, no ritmo da minha perda, quando eu ficar totalmente surdo, já estarei morto há décadas.

    A perda, contudo, incomoda, e como não pretendo passar meus dias restantes sobre a Terra sob berros de “CRÉDITO OU DÉBITO?!” ou “ABAIXA A TV!” ou “PODE VER IPAD, PAPAI?!”, comecei a usar aparelhos. É curioso quanta gente eu descobri, depois que comecei a tocar no assunto, que também precisa usar aparelhos auditivos. Mais curioso ainda é a maioria avassaladora destas pessoas não os usar. Talvez porque associemos o uso dessas traquitanas à velhice — assim como a ela associamos a palavra “traquitana”. Acontece que cabelos brancos, calvície, rugas e pelancas também são sinais da passagem dos anos e as pessoas não costumam ter muito pudor em relação à tintura, implantes, plásticas, botox ou silicone.

    Sem falar nos óculos. Ninguém deixa de usar quando surge a “vista cansada”. Conheço uma única pessoa, contudo, que aderiu aos aparelhos auditivos. Lanço aqui, portanto, uma campanha:

    #APARELHAMENTO #ESCUTAESSA #VALEOOUVIDO #APARELHAGEM #NÃOOLVIDEOOUVIDO

    Não me engajo na causa só por me preocupar com a saúde e a segurança dos meus amigos — a perda de audição causa depressão, degeneração neurológica; deficientes auditivos que usam aparelho vivem, em média, três anos mais do que os que não o usam. Lanço a campanha, também, porque não quero ser o único na praça com um araminho — discretíssimo, diga-se de passagem — entrando pelo ouvido. Já fui “quatro olhos”, pretendo evitar o “quatro ouvidos”.

    Vamos lá, amizades. O troço conecta no bluetooth, o celular já toca dentro da sua orelha e você ouve música ou podcasts no supermercado sem precisar de fones. O melhor de tudo é chegar ao caixa e, ao ouvir a voz cristalina do funcionário mal-humorado perguntar “crédito ou débito?”, franzir o cenho e responder “O quê?” — só pra vê-lo irritado.



(PRATA, Antonio. O pior surdo é o que não quer ouvir. Folha de S. Paulo, São

Paulo, 18 fev. 2024. Cotidiano, p. B4. Disponível em: https://www1.fo-

lha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2024/02/o-pior-surdo-e-o-que-nao-quer-ou-

vir.shtml. Com adaptações).

Sem falar nos óculos. Ninguém deixa de usar quando surge a “vista cansada”. Conheço uma única pessoa, contudo, que aderiu aos aparelhos auditivos. Lanço aqui, portanto, uma campanha...

Os valores semânticos das conjunções destacadas são, respectivamente
Alternativas
Q2495312 Português

O pior surdo é o que não quer ouvir



    O cego chega no cruzamento e chove gente querendo ajudar. O surdo manda um “quê?” no caixa e recebe um urro na orelha: “CRÉDITO OU DÉBITO?!”. Por alguma razão, acham que o surdo é um preguiçoso, um desleixado que não fez o esforço suficiente para escutar o que foi dito. É mais ou menos como os gordos eram vistos tempos atrás, antes da luta identitária incluí-los em seu cabedal.

    Os surdos devem ter vacilado em algum momento. Perderam, talvez, o prazo de inscrição para a inclusão nos protocolos do politicamente correto, perdendo, assim, o bonde da história. Eis aqui uma frase que você nunca ouvirá — e não por ter qualquer problema no ouvido: “Nossa equipe é super diversa, veja só, temos aqui negros, indígenas, mulheres, trans e um deficiente auditivo”.

    Antes que me acusem de não ter lugar de fala, aviso: eu padeço de problema nos ouvidos. O que não tenho é lugar de escuta, prejudicada pela otospongiose, doença que acomete cerca de 10% da população mundial. Dentro do ouvido temos três ossinhos: martelo, estribo e bigorna. Por causas desconhecidas, em algumas pessoas esses ossinhos vão ficando esponjosos, e o que deveria fazer um tic-tac ao vibrar dos tímpanos passa a soar abafado como um poc-poc. Não tem cura, mas costuma ser um processo bem lento. Segundo meu otorrino, no ritmo da minha perda, quando eu ficar totalmente surdo, já estarei morto há décadas.

    A perda, contudo, incomoda, e como não pretendo passar meus dias restantes sobre a Terra sob berros de “CRÉDITO OU DÉBITO?!” ou “ABAIXA A TV!” ou “PODE VER IPAD, PAPAI?!”, comecei a usar aparelhos. É curioso quanta gente eu descobri, depois que comecei a tocar no assunto, que também precisa usar aparelhos auditivos. Mais curioso ainda é a maioria avassaladora destas pessoas não os usar. Talvez porque associemos o uso dessas traquitanas à velhice — assim como a ela associamos a palavra “traquitana”. Acontece que cabelos brancos, calvície, rugas e pelancas também são sinais da passagem dos anos e as pessoas não costumam ter muito pudor em relação à tintura, implantes, plásticas, botox ou silicone.

    Sem falar nos óculos. Ninguém deixa de usar quando surge a “vista cansada”. Conheço uma única pessoa, contudo, que aderiu aos aparelhos auditivos. Lanço aqui, portanto, uma campanha:

    #APARELHAMENTO #ESCUTAESSA #VALEOOUVIDO #APARELHAGEM #NÃOOLVIDEOOUVIDO

    Não me engajo na causa só por me preocupar com a saúde e a segurança dos meus amigos — a perda de audição causa depressão, degeneração neurológica; deficientes auditivos que usam aparelho vivem, em média, três anos mais do que os que não o usam. Lanço a campanha, também, porque não quero ser o único na praça com um araminho — discretíssimo, diga-se de passagem — entrando pelo ouvido. Já fui “quatro olhos”, pretendo evitar o “quatro ouvidos”.

    Vamos lá, amizades. O troço conecta no bluetooth, o celular já toca dentro da sua orelha e você ouve música ou podcasts no supermercado sem precisar de fones. O melhor de tudo é chegar ao caixa e, ao ouvir a voz cristalina do funcionário mal-humorado perguntar “crédito ou débito?”, franzir o cenho e responder “O quê?” — só pra vê-lo irritado.



(PRATA, Antonio. O pior surdo é o que não quer ouvir. Folha de S. Paulo, São

Paulo, 18 fev. 2024. Cotidiano, p. B4. Disponível em: https://www1.fo-

lha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2024/02/o-pior-surdo-e-o-que-nao-quer-ou-

vir.shtml. Com adaptações).

Considere este esquema com informações adaptadas do texto:

Imagem associada para resolução da questão


Considerando o emprego formal da conjunção “não só... mas também...”, assinale alternativa cuja redação esteja clara, correta e coesa. 
Alternativas
Q2495310 Português

O pior surdo é o que não quer ouvir



    O cego chega no cruzamento e chove gente querendo ajudar. O surdo manda um “quê?” no caixa e recebe um urro na orelha: “CRÉDITO OU DÉBITO?!”. Por alguma razão, acham que o surdo é um preguiçoso, um desleixado que não fez o esforço suficiente para escutar o que foi dito. É mais ou menos como os gordos eram vistos tempos atrás, antes da luta identitária incluí-los em seu cabedal.

    Os surdos devem ter vacilado em algum momento. Perderam, talvez, o prazo de inscrição para a inclusão nos protocolos do politicamente correto, perdendo, assim, o bonde da história. Eis aqui uma frase que você nunca ouvirá — e não por ter qualquer problema no ouvido: “Nossa equipe é super diversa, veja só, temos aqui negros, indígenas, mulheres, trans e um deficiente auditivo”.

    Antes que me acusem de não ter lugar de fala, aviso: eu padeço de problema nos ouvidos. O que não tenho é lugar de escuta, prejudicada pela otospongiose, doença que acomete cerca de 10% da população mundial. Dentro do ouvido temos três ossinhos: martelo, estribo e bigorna. Por causas desconhecidas, em algumas pessoas esses ossinhos vão ficando esponjosos, e o que deveria fazer um tic-tac ao vibrar dos tímpanos passa a soar abafado como um poc-poc. Não tem cura, mas costuma ser um processo bem lento. Segundo meu otorrino, no ritmo da minha perda, quando eu ficar totalmente surdo, já estarei morto há décadas.

    A perda, contudo, incomoda, e como não pretendo passar meus dias restantes sobre a Terra sob berros de “CRÉDITO OU DÉBITO?!” ou “ABAIXA A TV!” ou “PODE VER IPAD, PAPAI?!”, comecei a usar aparelhos. É curioso quanta gente eu descobri, depois que comecei a tocar no assunto, que também precisa usar aparelhos auditivos. Mais curioso ainda é a maioria avassaladora destas pessoas não os usar. Talvez porque associemos o uso dessas traquitanas à velhice — assim como a ela associamos a palavra “traquitana”. Acontece que cabelos brancos, calvície, rugas e pelancas também são sinais da passagem dos anos e as pessoas não costumam ter muito pudor em relação à tintura, implantes, plásticas, botox ou silicone.

    Sem falar nos óculos. Ninguém deixa de usar quando surge a “vista cansada”. Conheço uma única pessoa, contudo, que aderiu aos aparelhos auditivos. Lanço aqui, portanto, uma campanha:

    #APARELHAMENTO #ESCUTAESSA #VALEOOUVIDO #APARELHAGEM #NÃOOLVIDEOOUVIDO

    Não me engajo na causa só por me preocupar com a saúde e a segurança dos meus amigos — a perda de audição causa depressão, degeneração neurológica; deficientes auditivos que usam aparelho vivem, em média, três anos mais do que os que não o usam. Lanço a campanha, também, porque não quero ser o único na praça com um araminho — discretíssimo, diga-se de passagem — entrando pelo ouvido. Já fui “quatro olhos”, pretendo evitar o “quatro ouvidos”.

    Vamos lá, amizades. O troço conecta no bluetooth, o celular já toca dentro da sua orelha e você ouve música ou podcasts no supermercado sem precisar de fones. O melhor de tudo é chegar ao caixa e, ao ouvir a voz cristalina do funcionário mal-humorado perguntar “crédito ou débito?”, franzir o cenho e responder “O quê?” — só pra vê-lo irritado.



(PRATA, Antonio. O pior surdo é o que não quer ouvir. Folha de S. Paulo, São

Paulo, 18 fev. 2024. Cotidiano, p. B4. Disponível em: https://www1.fo-

lha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2024/02/o-pior-surdo-e-o-que-nao-quer-ou-

vir.shtml. Com adaptações).

Assinale a alternativa em que são apresentadas CORRETAMENTE duas consequências para um mesmo fator.
Alternativas
Q2495309 Português

O pior surdo é o que não quer ouvir



    O cego chega no cruzamento e chove gente querendo ajudar. O surdo manda um “quê?” no caixa e recebe um urro na orelha: “CRÉDITO OU DÉBITO?!”. Por alguma razão, acham que o surdo é um preguiçoso, um desleixado que não fez o esforço suficiente para escutar o que foi dito. É mais ou menos como os gordos eram vistos tempos atrás, antes da luta identitária incluí-los em seu cabedal.

    Os surdos devem ter vacilado em algum momento. Perderam, talvez, o prazo de inscrição para a inclusão nos protocolos do politicamente correto, perdendo, assim, o bonde da história. Eis aqui uma frase que você nunca ouvirá — e não por ter qualquer problema no ouvido: “Nossa equipe é super diversa, veja só, temos aqui negros, indígenas, mulheres, trans e um deficiente auditivo”.

    Antes que me acusem de não ter lugar de fala, aviso: eu padeço de problema nos ouvidos. O que não tenho é lugar de escuta, prejudicada pela otospongiose, doença que acomete cerca de 10% da população mundial. Dentro do ouvido temos três ossinhos: martelo, estribo e bigorna. Por causas desconhecidas, em algumas pessoas esses ossinhos vão ficando esponjosos, e o que deveria fazer um tic-tac ao vibrar dos tímpanos passa a soar abafado como um poc-poc. Não tem cura, mas costuma ser um processo bem lento. Segundo meu otorrino, no ritmo da minha perda, quando eu ficar totalmente surdo, já estarei morto há décadas.

    A perda, contudo, incomoda, e como não pretendo passar meus dias restantes sobre a Terra sob berros de “CRÉDITO OU DÉBITO?!” ou “ABAIXA A TV!” ou “PODE VER IPAD, PAPAI?!”, comecei a usar aparelhos. É curioso quanta gente eu descobri, depois que comecei a tocar no assunto, que também precisa usar aparelhos auditivos. Mais curioso ainda é a maioria avassaladora destas pessoas não os usar. Talvez porque associemos o uso dessas traquitanas à velhice — assim como a ela associamos a palavra “traquitana”. Acontece que cabelos brancos, calvície, rugas e pelancas também são sinais da passagem dos anos e as pessoas não costumam ter muito pudor em relação à tintura, implantes, plásticas, botox ou silicone.

    Sem falar nos óculos. Ninguém deixa de usar quando surge a “vista cansada”. Conheço uma única pessoa, contudo, que aderiu aos aparelhos auditivos. Lanço aqui, portanto, uma campanha:

    #APARELHAMENTO #ESCUTAESSA #VALEOOUVIDO #APARELHAGEM #NÃOOLVIDEOOUVIDO

    Não me engajo na causa só por me preocupar com a saúde e a segurança dos meus amigos — a perda de audição causa depressão, degeneração neurológica; deficientes auditivos que usam aparelho vivem, em média, três anos mais do que os que não o usam. Lanço a campanha, também, porque não quero ser o único na praça com um araminho — discretíssimo, diga-se de passagem — entrando pelo ouvido. Já fui “quatro olhos”, pretendo evitar o “quatro ouvidos”.

    Vamos lá, amizades. O troço conecta no bluetooth, o celular já toca dentro da sua orelha e você ouve música ou podcasts no supermercado sem precisar de fones. O melhor de tudo é chegar ao caixa e, ao ouvir a voz cristalina do funcionário mal-humorado perguntar “crédito ou débito?”, franzir o cenho e responder “O quê?” — só pra vê-lo irritado.



(PRATA, Antonio. O pior surdo é o que não quer ouvir. Folha de S. Paulo, São

Paulo, 18 fev. 2024. Cotidiano, p. B4. Disponível em: https://www1.fo-

lha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2024/02/o-pior-surdo-e-o-que-nao-quer-ou-

vir.shtml. Com adaptações).

Assinale a alternativa em que é feita uma afirmação CORRETA
Alternativas
Q2495308 Português

O pior surdo é o que não quer ouvir



    O cego chega no cruzamento e chove gente querendo ajudar. O surdo manda um “quê?” no caixa e recebe um urro na orelha: “CRÉDITO OU DÉBITO?!”. Por alguma razão, acham que o surdo é um preguiçoso, um desleixado que não fez o esforço suficiente para escutar o que foi dito. É mais ou menos como os gordos eram vistos tempos atrás, antes da luta identitária incluí-los em seu cabedal.

    Os surdos devem ter vacilado em algum momento. Perderam, talvez, o prazo de inscrição para a inclusão nos protocolos do politicamente correto, perdendo, assim, o bonde da história. Eis aqui uma frase que você nunca ouvirá — e não por ter qualquer problema no ouvido: “Nossa equipe é super diversa, veja só, temos aqui negros, indígenas, mulheres, trans e um deficiente auditivo”.

    Antes que me acusem de não ter lugar de fala, aviso: eu padeço de problema nos ouvidos. O que não tenho é lugar de escuta, prejudicada pela otospongiose, doença que acomete cerca de 10% da população mundial. Dentro do ouvido temos três ossinhos: martelo, estribo e bigorna. Por causas desconhecidas, em algumas pessoas esses ossinhos vão ficando esponjosos, e o que deveria fazer um tic-tac ao vibrar dos tímpanos passa a soar abafado como um poc-poc. Não tem cura, mas costuma ser um processo bem lento. Segundo meu otorrino, no ritmo da minha perda, quando eu ficar totalmente surdo, já estarei morto há décadas.

    A perda, contudo, incomoda, e como não pretendo passar meus dias restantes sobre a Terra sob berros de “CRÉDITO OU DÉBITO?!” ou “ABAIXA A TV!” ou “PODE VER IPAD, PAPAI?!”, comecei a usar aparelhos. É curioso quanta gente eu descobri, depois que comecei a tocar no assunto, que também precisa usar aparelhos auditivos. Mais curioso ainda é a maioria avassaladora destas pessoas não os usar. Talvez porque associemos o uso dessas traquitanas à velhice — assim como a ela associamos a palavra “traquitana”. Acontece que cabelos brancos, calvície, rugas e pelancas também são sinais da passagem dos anos e as pessoas não costumam ter muito pudor em relação à tintura, implantes, plásticas, botox ou silicone.

    Sem falar nos óculos. Ninguém deixa de usar quando surge a “vista cansada”. Conheço uma única pessoa, contudo, que aderiu aos aparelhos auditivos. Lanço aqui, portanto, uma campanha:

    #APARELHAMENTO #ESCUTAESSA #VALEOOUVIDO #APARELHAGEM #NÃOOLVIDEOOUVIDO

    Não me engajo na causa só por me preocupar com a saúde e a segurança dos meus amigos — a perda de audição causa depressão, degeneração neurológica; deficientes auditivos que usam aparelho vivem, em média, três anos mais do que os que não o usam. Lanço a campanha, também, porque não quero ser o único na praça com um araminho — discretíssimo, diga-se de passagem — entrando pelo ouvido. Já fui “quatro olhos”, pretendo evitar o “quatro ouvidos”.

    Vamos lá, amizades. O troço conecta no bluetooth, o celular já toca dentro da sua orelha e você ouve música ou podcasts no supermercado sem precisar de fones. O melhor de tudo é chegar ao caixa e, ao ouvir a voz cristalina do funcionário mal-humorado perguntar “crédito ou débito?”, franzir o cenho e responder “O quê?” — só pra vê-lo irritado.



(PRATA, Antonio. O pior surdo é o que não quer ouvir. Folha de S. Paulo, São

Paulo, 18 fev. 2024. Cotidiano, p. B4. Disponível em: https://www1.fo-

lha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2024/02/o-pior-surdo-e-o-que-nao-quer-ou-

vir.shtml. Com adaptações).

Assinale a alternativa em que a expressão ou o termo destacado NÃO tem referente anafórico no texto.
Alternativas
Q2495306 Português

O pior surdo é o que não quer ouvir



    O cego chega no cruzamento e chove gente querendo ajudar. O surdo manda um “quê?” no caixa e recebe um urro na orelha: “CRÉDITO OU DÉBITO?!”. Por alguma razão, acham que o surdo é um preguiçoso, um desleixado que não fez o esforço suficiente para escutar o que foi dito. É mais ou menos como os gordos eram vistos tempos atrás, antes da luta identitária incluí-los em seu cabedal.

    Os surdos devem ter vacilado em algum momento. Perderam, talvez, o prazo de inscrição para a inclusão nos protocolos do politicamente correto, perdendo, assim, o bonde da história. Eis aqui uma frase que você nunca ouvirá — e não por ter qualquer problema no ouvido: “Nossa equipe é super diversa, veja só, temos aqui negros, indígenas, mulheres, trans e um deficiente auditivo”.

    Antes que me acusem de não ter lugar de fala, aviso: eu padeço de problema nos ouvidos. O que não tenho é lugar de escuta, prejudicada pela otospongiose, doença que acomete cerca de 10% da população mundial. Dentro do ouvido temos três ossinhos: martelo, estribo e bigorna. Por causas desconhecidas, em algumas pessoas esses ossinhos vão ficando esponjosos, e o que deveria fazer um tic-tac ao vibrar dos tímpanos passa a soar abafado como um poc-poc. Não tem cura, mas costuma ser um processo bem lento. Segundo meu otorrino, no ritmo da minha perda, quando eu ficar totalmente surdo, já estarei morto há décadas.

    A perda, contudo, incomoda, e como não pretendo passar meus dias restantes sobre a Terra sob berros de “CRÉDITO OU DÉBITO?!” ou “ABAIXA A TV!” ou “PODE VER IPAD, PAPAI?!”, comecei a usar aparelhos. É curioso quanta gente eu descobri, depois que comecei a tocar no assunto, que também precisa usar aparelhos auditivos. Mais curioso ainda é a maioria avassaladora destas pessoas não os usar. Talvez porque associemos o uso dessas traquitanas à velhice — assim como a ela associamos a palavra “traquitana”. Acontece que cabelos brancos, calvície, rugas e pelancas também são sinais da passagem dos anos e as pessoas não costumam ter muito pudor em relação à tintura, implantes, plásticas, botox ou silicone.

    Sem falar nos óculos. Ninguém deixa de usar quando surge a “vista cansada”. Conheço uma única pessoa, contudo, que aderiu aos aparelhos auditivos. Lanço aqui, portanto, uma campanha:

    #APARELHAMENTO #ESCUTAESSA #VALEOOUVIDO #APARELHAGEM #NÃOOLVIDEOOUVIDO

    Não me engajo na causa só por me preocupar com a saúde e a segurança dos meus amigos — a perda de audição causa depressão, degeneração neurológica; deficientes auditivos que usam aparelho vivem, em média, três anos mais do que os que não o usam. Lanço a campanha, também, porque não quero ser o único na praça com um araminho — discretíssimo, diga-se de passagem — entrando pelo ouvido. Já fui “quatro olhos”, pretendo evitar o “quatro ouvidos”.

    Vamos lá, amizades. O troço conecta no bluetooth, o celular já toca dentro da sua orelha e você ouve música ou podcasts no supermercado sem precisar de fones. O melhor de tudo é chegar ao caixa e, ao ouvir a voz cristalina do funcionário mal-humorado perguntar “crédito ou débito?”, franzir o cenho e responder “O quê?” — só pra vê-lo irritado.



(PRATA, Antonio. O pior surdo é o que não quer ouvir. Folha de S. Paulo, São

Paulo, 18 fev. 2024. Cotidiano, p. B4. Disponível em: https://www1.fo-

lha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2024/02/o-pior-surdo-e-o-que-nao-quer-ou-

vir.shtml. Com adaptações).

Assinale a alternativa em que o recurso empregado pelo autor está CORRETAMENTE exemplificado. 
Alternativas
Q2494210 Administração Geral
Analise as assertivas abaixo quanto à temática da gestão de processos, e, após, escolha a alternativa CORRETA.

I. O termo Processo de Negócio, embora abstrato, pode ser exemplificado de diversas formas,
E
II. é possível dar concretude à definição de um processo de negócio, verificando-se, por exemplo, o trabalho na linha de produção, por meio de atividades sequenciais, com vistas à composição do produto.
Alternativas
Q2494209 Administração Geral
Levando em conta a temática sobre estruturas organizacionais e as estratégias aplicadas pela empresa na exigência de mobilidade dessas estruturas, temos o conceito de Postura Estratégica. Postura estratégica é a:
Alternativas
Q2494208 Administração Geral
“É uma abordagem estratégica, estruturada de cima para baixo, por meio da implementação de uma camada de regras de negócio que conecta aplicações com o objetivo de atender aos processos de negócios.”

Esta definição, no contexto da gestão de processos, diz respeito a:
Alternativas
Q2494207 Administração Geral
Acerca da temática da reengenharia, analise as assertivas abaixo, considerandoas V (verdadeiras) e F (falsas), e, após, escolha a alternativa CORRETA:

1. ( ) A prática da reengenharia enquadra-se mais em estruturas horizontalizadas, em que atividades funcionais tradicionalmente separadas são interligadas de forma transparente.
2. ( ) A reengenharia não impacta nas habilidades e trabalhos já realizados na empresa, mantendo-os na forma tradicional, mesmo após a aplicação da técnica.
3. ( ) O sucesso da empresa não depende de sua capacidade de adaptação e mobilidade, requeridas fortemente na prática da reengenharia.
4. ( ) A prática da reengenharia facilita na diminuição das disputas internas provocadas pelas unidades organizacionais.
Alternativas
Q2494206 Direito Administrativo
Analise a descrição abaixo sob a ótica da temática da Descentralização e Desconcentração Administrativa. Após, assinale a opção que apresenta os termos que preenchem os respectivos espaços, tornando o texto CORRETO.

“Descentralização por _________I______ é a que se verifica quando, por meio de ______II____ ou ato ______III____, se transfere a _____IV______ de determinado serviço público a pessoa jurídica de direito privado, previamente existente, conservando o Poder Público a ______V_____ do serviço.”
Alternativas
Q2494205 Direito Administrativo
A Lei nº 14.133/2021 em seu artigo 14, versa sobre os entes que não poderão disputar licitação ou participar da execução de contrato, direta ou indiretamente. Eles estão representados abaixo, com uma EXCEÇÃO. Assinale-a.
Alternativas
Q2494204 Direito Administrativo
Segundo a Lei nº 14.133/2021, o processo licitatório tem por objetivos, EXCETO:
Alternativas
Q2494203 Direito Administrativo
“O __________________ constitui um dos alicerces da licitação, na medida em que esta visa, não apenas a permitir à Administração a escolha da melhor proposta, como também a assegurar igualdade de direitos a todos os interessados em contratar.”

Escolha a alternativa que apresente a opção que complete a assertiva acima, tornando-a CORRETA, segundo a temática acerca da prática de licitação:
Alternativas
Q2494202 Direito Administrativo
A Constituição Brasileira de 1988 destaca dois princípios a que se submete a Administração Pública Direta e Indireta, sem os quais não é possível se falar em Estado de Direito, pois eles constituem as principais garantias de respeito aos direitos individuais.

Assinale abaixo a opção que apresenta esses princípios:
Alternativas
Q2494201 Administração Geral
Autoridade pode ser considerada como o tipo de comunicação por meio da qual o indivíduo aceita uma ordem que governa as ações que ele toma na consecução dos processos organizacionais. Essa aceitação se dará sob condições listadas abaixo, com EXCEÇÃO de uma delas. Assinale-a. O indivíduo aceita uma ordem, se ele:
Alternativas
Q2494200 Administração Geral
Analise as assertivas abaixo acerca da temática da função Controle nas organizações. Depois escolha a alternativa CORRETA.

I. Podemos considerar, de forma simples, que controlar é fazer com que algo aconteça do modo como foi planejado,
DESTA FORMA PERCEBE-SE QUE

II. o planejamento e o controle são funções praticamente inseparáveis.
Alternativas
Respostas
1041: A
1042: A
1043: B
1044: D
1045: B
1046: A
1047: A
1048: B
1049: C
1050: A
1051: C
1052: C
1053: C
1054: B
1055: D
1056: A
1057: B
1058: B
1059: D
1060: A