Questões de Concurso Para inaz do pará

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Q728399 Matemática
Uma pessoa possui R$ 5.000,00 e deseja comprar uma moto no valor de R$ 9.000,00. Ela realizou um empréstimo da diferença que falta para finalizar essa compra, nas seguintes condições: prazo de 20 meses a juros simples de 2% ao mês. O valor final a ser pago nessa moto foi de:
Alternativas
Q728398 Português

                                            A última crônica

A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café, junto ao balcão. Na realidade, estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório, no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico.

Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete, na lembrança: “Assim eu quereria o meu último poema”. Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço, então, um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.

Ao fundo do botequim, um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore, ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.

Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás, na cadeira, e aponta, no balcão, um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e, depois, se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado, o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem, atrás do balcão, apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho – um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular.

A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três: pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe, na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda, também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.

São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E, enquanto ela serve a Coca-cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente, põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: “Parabéns pra você, parabéns pra você…”. Depois, a mãe recolhe as velas, torna a guardá- las, na bolsa.

A negrinha agarra, finalmente, o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura – ajeita-lhe a fitinha, no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido – vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e, enfim, se abre num sorriso.

Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.

(Sabino, Fernando. Blog do Noblat – O Globo. Postado em 1º de janeiro de 2012)

Assinale a figura de linguagem existente, na seguinte estrutura oracional: “A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café, junto ao balcão.”
Alternativas
Q728397 Português

                                            A última crônica

A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café, junto ao balcão. Na realidade, estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório, no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico.

Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete, na lembrança: “Assim eu quereria o meu último poema”. Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço, então, um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.

Ao fundo do botequim, um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore, ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.

Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás, na cadeira, e aponta, no balcão, um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e, depois, se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado, o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem, atrás do balcão, apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho – um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular.

A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três: pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe, na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda, também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.

São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E, enquanto ela serve a Coca-cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente, põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: “Parabéns pra você, parabéns pra você…”. Depois, a mãe recolhe as velas, torna a guardá- las, na bolsa.

A negrinha agarra, finalmente, o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura – ajeita-lhe a fitinha, no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido – vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e, enfim, se abre num sorriso.

Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.

(Sabino, Fernando. Blog do Noblat – O Globo. Postado em 1º de janeiro de 2012)

QUESTÃO 04 Em relação às classes de palavras, assinale a alternativa que classifica corretamente, e respectivamente, os vocábulos em destaque, no seguinte trecho: “ comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido – vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e, enfim, se abre num sorriso.”
Alternativas
Q728396 Português

                                            A última crônica

A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café, junto ao balcão. Na realidade, estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório, no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico.

Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete, na lembrança: “Assim eu quereria o meu último poema”. Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço, então, um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.

Ao fundo do botequim, um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore, ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.

Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás, na cadeira, e aponta, no balcão, um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e, depois, se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado, o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem, atrás do balcão, apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho – um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular.

A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três: pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe, na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda, também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.

São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E, enquanto ela serve a Coca-cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente, põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: “Parabéns pra você, parabéns pra você…”. Depois, a mãe recolhe as velas, torna a guardá- las, na bolsa.

A negrinha agarra, finalmente, o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura – ajeita-lhe a fitinha, no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido – vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e, enfim, se abre num sorriso.

Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.

(Sabino, Fernando. Blog do Noblat – O Globo. Postado em 1º de janeiro de 2012)

Assinale a estrutura que possui um desvio gramatical, relacionado à regência verbal:
Alternativas
Q728395 Português

                                            A última crônica

A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café, junto ao balcão. Na realidade, estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório, no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico.

Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete, na lembrança: “Assim eu quereria o meu último poema”. Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço, então, um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.

Ao fundo do botequim, um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore, ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.

Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás, na cadeira, e aponta, no balcão, um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e, depois, se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado, o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem, atrás do balcão, apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho – um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular.

A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três: pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe, na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda, também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.

São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E, enquanto ela serve a Coca-cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente, põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: “Parabéns pra você, parabéns pra você…”. Depois, a mãe recolhe as velas, torna a guardá- las, na bolsa.

A negrinha agarra, finalmente, o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura – ajeita-lhe a fitinha, no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido – vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e, enfim, se abre num sorriso.

Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.

(Sabino, Fernando. Blog do Noblat – O Globo. Postado em 1º de janeiro de 2012)

Assinale a estrutura oracional que possui uma metáfora:
Alternativas
Q728394 Português

                                            A última crônica

A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café, junto ao balcão. Na realidade, estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório, no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico.

Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete, na lembrança: “Assim eu quereria o meu último poema”. Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço, então, um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.

Ao fundo do botequim, um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore, ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.

Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás, na cadeira, e aponta, no balcão, um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e, depois, se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado, o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem, atrás do balcão, apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho – um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular.

A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três: pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe, na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda, também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.

São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E, enquanto ela serve a Coca-cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente, põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: “Parabéns pra você, parabéns pra você…”. Depois, a mãe recolhe as velas, torna a guardá- las, na bolsa.

A negrinha agarra, finalmente, o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura – ajeita-lhe a fitinha, no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido – vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e, enfim, se abre num sorriso.

Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.

(Sabino, Fernando. Blog do Noblat – O Globo. Postado em 1º de janeiro de 2012)

“A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer?” O trecho acima é finalizado com uma pergunta feita pelo cronista. Assinale a alternativa que possui a resposta mais coerente, de acordo com a interpretação do contexto, na crônica de Fernando Sabino:
Alternativas
Q705213 Engenharia de Software
A UML (Linguagem de Modelagem Unificada), que significa Linguagem Unificada de Modelagem, é uma linguagem padrão para modelagem orientada a objetos. Além de fornecer a tecnologia necessária para apoiar a prática de engenharia de software orientada a objetos, a UML apresenta uma linguagem de modelagem padrão para modelar sistemas concorrentes e distribuídos através de diagramas. Assinale a alternativa que corresponde ao diagrama da UML, que enfatiza os relacionamentos entre os objetos participantes, sendo constituídos de nodos, arcos, rótulos dos arcos, números de sequência e possíveis anotações complementares
Alternativas
Q705212 Banco de Dados
Para representar uma realidade vários diagramas são apresentados no estudo de banco de dados. Isso é chamado de abstração da realidade do mundo real. Analise o diagrama do exemplo abaixo e marque a alternativa corretaImagem associada para resolução da questão
Alternativas
Q705211 Engenharia de Software
Quando se fornece um produto, seja desenvolvendo um software, escrevendo um relatório ou fazendo uma viagem a negócios, segue-se costumeiramente uma sequência de etapas para completar um conjunto de tarefas. A respeito dos modelos de processo de software, assinale a alternativa correta
Alternativas
Q705210 Banco de Dados

Pedro Paulo está concorrendo para uma vaga de analista de sistema em uma empresa conceituada do setor farmacêutico. Para garantir a vaga, teve que analisar e responder a seguinte situação:

Em um modelo de entidade e relacionamento, consideremos X uma entidade e Y um auto relacionamento de X. Do ponto de vista semântico, X é um conjunto, e Y, um conjunto de pares ordenados, cujos elementos pertencem a X. Se X representa um conjunto da população de uma determinada cidade onde a poligamia é ilegal e Y representa a relação casamento entre a população desta cidade:

Qual seria o tipo geral de relacionamento em que Y seria enquadrado?

Alternativas
Q705209 Algoritmos e Estrutura de Dados
Atualmente quase todas as profissões interagem com o computador. A administração, por exemplo, utiliza muitas planilhas Excel com macros. A Biologia por outro lado trabalha com simuladores para criar novas molecas. Esses são apenas alguns exemplos de como o computador está derrubando barreiras e levando conhecimento e inovação tecnológica para todos os setores da sociedade. Grande parte desse avanço se deve também da utilização de algoritmos e estruturas de dados por parte dos profissionais de informática. A respeito dos algoritmos e da estrutura de dados, assinale a alternativa correta
Alternativas
Q705208 Engenharia de Software
No que diz respeito às métricas de projeto de software, é correto afirmar que a metodologia utilizada para dimensionar um produto, quantificando a funcionalidade proporcionada ao usuário a partir do seu desenho lógico, constituindo-se, portanto, em medidas indiretas do produto e do processo por meio do qual ele é desenvolvido, está representado por qual tipo de métrica?
Alternativas
Q705207 Programação
Em uma implementação para gerenciar contas bancárias usando a linguagem Java, considere que um método sacar( ) lança uma exceção Saldo Insuficiente quando o saldo da conta se encontra menor que o solicitado no saque. Nesta situação, ao se definir o método sacar( ), para identificar o nome da exceção que pode ser lançada, qual palavra chave da linguagem deve-se usar ?
Alternativas
Q705206 Engenharia de Software
Considere o diagrama de caso de uso abaixo utilizado na UML (Linguagem de Modelagem Unificada), e assinale a alternativa correta: Imagem associada para resolução da questão
Alternativas
Q705205 Arquitetura de Software
Definir o que é um padrão de projeto de maneira clara e objetiva tem sido o objetivo da comunidade de software, desde a década de 80. Assinale a alternativa que associa corretamente as definições a seguir com os padrões a que pertencem. I. - Garantem que uma classe tenha somente uma instância e fornece somente um ponto de acesso à instância. II. - Define uma família de algoritmos, encapsula-os em objetos e torna-os intercambiáveis. Permite que se possam mudar os algoritmos independentemente de quem os está utilizando.
Alternativas
Q705204 Banco de Dados
Considere as seguintes tabelas de um banco de dados hipotético. Imagem associada para resolução da questão
E considerando que um DBA (Administrador de Banco de dados) digitou o seguinte código, escrito na linguagem SQL:
SELECT nomecliente, prazoentrega FROM cliente, pedidos WHERE cliente.codcliente = pedidos.codcliente ORDER BY prazoentrega desc;
A opção correta que corresponde ao resultado da consulta SQL escrita pelo DBA se encontra em qual das afirmativas abaixo:
Alternativas
Q705203 Atualidades
A crise política pela qual passa o Brasil já dura bastante tempo. A política de juros e pagamento de impostos no Brasil vem causando descontentamento na população de trabalhadores desse país, porque reduz a capacidade de compra dos mesmos. Os escândalos políticos e os desvios de dinheiro público têm causados uma revolta ainda maior, sobretudo em época de recessão e aumento do preço da cesta básica do brasileiro. O feijão é um dos produtos da cesta básica que mais tem subido de preço. Disponível em http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2016/06/preco-do-feijao-sobe-33-em-2016.html . Acesso em: 20 agosto 2016.
Assinale nas alternativas abaixo a que apresenta a(s) causa(s) para o aumento do preço do feijão.
Alternativas
Q705202 Atualidades
O Reino Unido integrava a União Europeia desde 1973. Com sua saída do bloco, mais uma vez a crise que já rondava os países membros poderá se instalar de vez. Esse fato tem gerando grande instabilidade política e econômica não só na Europa, mas também em outros países, devido aos investimentos feitos por lá. A saída do Reino Unido do bloco da União Europeia gerou muita polêmica, pois esse ato poderá comprometer a estabilidade do bloco como um todo, a considerar a crise econômica pela qual passam vários países europeus. Disponível em http://www.bbc.com/portuguese/internacional-36609225 . Acesso em: 20 agosto 2016.
Assinale nas alternativas abaixo a que apresenta uma das possíveis razões para a saída do Reino Unido do Bloco da União Europeia. 
Alternativas
Q705201 Atualidades
No mundo inteiro vêm sendo discutidas questões a respeito dos impactos ambientais das atividades humanas pela necessidade que temos em minimizá-los. O Brasil possui leis ambientais muito severas, mas não o suficiente para coibir a falta de controle ambiental das empresas brasileiras, sobretudo as de mineração. No dia 05 de novembro de 2015, a barragem de Fundão da mineradora Samarco, controlada pela Vale e pela BHP Billiton, rompeu-se, causando uma grande enxurrada de lama. Os impactos causados às pessoas e ao meio ambiente na região de Mariana são imensuráveis e o processo de recuperação será longo. Disponível em http://brasilescola.uol.com.br/biologia/impactos-ambientais-acidente-mariana-mg.htm . Acesso em: 22 agosto 2016. Assinale a alternativa que apresenta uma consequência dos impactos socioambientais da região. 
Alternativas
Q705200 Atualidades
A Coreia do Norte tem causando preocupação ao mundo inteiro devido aos testes nucleares que foram realizados no mar do Japão. O teste nuclear norte-coreano de 2016, que a Coreia afirmou ter sido um teste bem sucedido de uma bomba de hidrogênio, foi o quarto experimento do tipo do país, sendo realizado no dia 6 de janeiro, por volta das 11:30 locais. Inicialmente, o Serviço Geológico dos Estados Unidos detectou um abalo sísmico de 5,1 graus na escala de Richter, na região de Pungyye-Ri, onde os norte-coreanos já haviam realizado três detonações nucleares, em 2006, 2009 e 2013. Logo de imediato, autoridades sul-coreanas e chinesas declararam que o tremor claramente teve uma origem artificial, possivelmente provocada por uma explosão nuclear. Disponível em http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/01/coreia-do-norte-diz-ter-feito-teste-debomba-de-hidrogenio-bem-sucedido.html O texto apresenta uma real situação geopolítica que envolve as Coreias desde a sua separação na década de 60. Que consequência política poderão causar esses testes nucleares à comunidade internacional? 
Alternativas
Respostas
4761: B
4762: D
4763: C
4764: E
4765: A
4766: E
4767: E
4768: A
4769: D
4770: C
4771: D
4772: E
4773: A
4774: B
4775: E
4776: B
4777: A
4778: B
4779: D
4780: C