Questões de Concurso
Para funrio
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TEXTO III
O poeta
O poeta não gosta de
palavras: escreve para se ver livre delas.
A palavra
torna o poeta
pequeno e sem invenção.
Quando,
sobre o abismo da morte,
o poeta escreve terra,
na palavra ele se apaga
e suja a página de areia.
Quando escreve sangue
o poeta sangra
e a única veia que lhe dói
é aquela que ele não sente.
Com raiva,
o poeta inicia a escrita
como um rio desflorando o chão.
Cada palavra é um vidro em que se corta.
O poeta não quer escrever.
Apenas ser escrito.
Escrever, talvez,
apenas enquanto dorme.
COUTO, Mia. Vagas e lumes. Lisboa: Editorial Caminho, 2014.
A leitura é o processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de compreensão e interpretação do texto, a partir de seus objetivos, de seu conhecimento de mundo.
Se, ao interpretar os primeiros versos do poema, um leitor afirmar que as palavras aprisionam o poeta, a estratégia usada nessa leitura foi uma
TEXTO III
O poeta
O poeta não gosta de
palavras: escreve para se ver livre delas.
A palavra
torna o poeta
pequeno e sem invenção.
Quando,
sobre o abismo da morte,
o poeta escreve terra,
na palavra ele se apaga
e suja a página de areia.
Quando escreve sangue
o poeta sangra
e a única veia que lhe dói
é aquela que ele não sente.
Com raiva,
o poeta inicia a escrita
como um rio desflorando o chão.
Cada palavra é um vidro em que se corta.
O poeta não quer escrever.
Apenas ser escrito.
Escrever, talvez,
apenas enquanto dorme.
COUTO, Mia. Vagas e lumes. Lisboa: Editorial Caminho, 2014.
Sobre o emprego da conjunção e, nos versos “A palavra/ torna o poeta/pequeno e sem invenção”, é correto afirmar que esse conectivo coordena os núcleos do
TEXTO III
O poeta
O poeta não gosta de
palavras: escreve para se ver livre delas.
A palavra
torna o poeta
pequeno e sem invenção.
Quando,
sobre o abismo da morte,
o poeta escreve terra,
na palavra ele se apaga
e suja a página de areia.
Quando escreve sangue
o poeta sangra
e a única veia que lhe dói
é aquela que ele não sente.
Com raiva,
o poeta inicia a escrita
como um rio desflorando o chão.
Cada palavra é um vidro em que se corta.
O poeta não quer escrever.
Apenas ser escrito.
Escrever, talvez,
apenas enquanto dorme.
COUTO, Mia. Vagas e lumes. Lisboa: Editorial Caminho, 2014.
Nesse poema de Mia Couto, entre o poeta e a palavra, é estabelecida uma relação de
TEXTO III
O poeta
O poeta não gosta de
palavras: escreve para se ver livre delas.
A palavra
torna o poeta
pequeno e sem invenção.
Quando,
sobre o abismo da morte,
o poeta escreve terra,
na palavra ele se apaga
e suja a página de areia.
Quando escreve sangue
o poeta sangra
e a única veia que lhe dói
é aquela que ele não sente.
Com raiva,
o poeta inicia a escrita
como um rio desflorando o chão.
Cada palavra é um vidro em que se corta.
O poeta não quer escrever.
Apenas ser escrito.
Escrever, talvez,
apenas enquanto dorme.
COUTO, Mia. Vagas e lumes. Lisboa: Editorial Caminho, 2014.
Nos versos [...] e a única veia que lhe dói / é aquela que ele não sente., há uma figura denominada
TEXTO III
O poeta
O poeta não gosta de
palavras: escreve para se ver livre delas.
A palavra
torna o poeta
pequeno e sem invenção.
Quando,
sobre o abismo da morte,
o poeta escreve terra,
na palavra ele se apaga
e suja a página de areia.
Quando escreve sangue
o poeta sangra
e a única veia que lhe dói
é aquela que ele não sente.
Com raiva,
o poeta inicia a escrita
como um rio desflorando o chão.
Cada palavra é um vidro em que se corta.
O poeta não quer escrever.
Apenas ser escrito.
Escrever, talvez,
apenas enquanto dorme.
COUTO, Mia. Vagas e lumes. Lisboa: Editorial Caminho, 2014.
Considerando-se as funções da linguagem, ao se discorrer sobre o fazer do poeta, dentre os elementos adotados na construção do texto, empregou-se a