Questões de Concurso Para ibam

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Q2746639 Noções de Informática

Um gráfico de linhas do Microsoft Excel 2010, é um tipo de gráfico recomendado para:

Alternativas
Q2746638 Noções de Informática

No Microsoft Excel 2010, o comando Orientação, presente na guia Página Inicial da Faixa de Opções, permite ao usuário:

Alternativas
Q2746637 Noções de Informática

Para exibir estatísticas sobre um documento do Microsoft Word 2010, como número de páginas, palavras e caracteres, o usuário pode utilizar qual comando da Faixa de Opções?

Alternativas
Q2746636 Português

Leia os parágrafos abaixo.


I. Mais um trecho da Avenida Siqueira Campos (Canal 4), em Santos, foi interditada _ nesta segunda-feira (7) para obras de pavimentação. Desta vez, na pista praia/porto, entre as avenidas Bartolomeu de Gusmão e Epitácio Pessoa. De acordo com a Prefeitura, é o último trecho da via, nesse sentido, a receber novo asfalto, como parte da obra de construção da ciclovia do Canal 4.

II. Nesta segunda-feira (7), operários começam a retirar o asfalto antigo e dos paralelepípedos que estão por baixo. Na sequência, será escavado 40 cm para preparação da ase que receberá a pavimentação.

III. Por conta da intervensão o trânsito fica bloqueado pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), até as 18 horas do dia 16. Durante as obras, os motoristas podem utilizar como rota alternativa a Avenida Conselheiro Nébias.


Texto extraído do site de "A Tribuna.com.br", disponível em [http://www.atribuna.eom.br/noticias/noticias-detalhe/santos/novo-trecho-do-canal-4-e-interditado-para-pavimentacao/ ?cHash=c0a3c645df13b2632cdb1e9362dcbd25], consultado em 9/3/16.


Em cada um dos parágrafos do texto foi realizada uma alteração, de modo que, em cada um deles passou a constar um desajustamento no que tange ao padrão culto de nossa língua. Tais desvios foram corretamente apontados em qual alternativa?

Alternativas
Q2746635 Português

O texto a seguir será utilizado para responder as questões 5 a 9.


São Paulo, de tão obscura, nasceu até escondida. O espaço onde se assentaria mantinha-se não só invisível, aos olhos dos que chegavam do mar, como protegido por essa muralha compacta, impressionante, que é a serra do Mar. Euclides da Cunha, em Os sertões, descreveu-a como "dilatado muro de arrimo, sustentando as formações sedimentárias do interior". Não se compreenderá a história de São Paulo sem antes atentar para a serra do Mar. Vista de baixo, ela como que veda o horizonte, ou tranca a paisagem. Põe um ponto final à terra, como a querer esconder algum outro mundo, protegê-lo, proibi-lo. Os paulistas estão hoje tão acostumados a ela que mal se importam com sua silhueta majestosa, guardiã entre o mar e a terra, degrau de acesso ao Planalto de onde se desenvolverão as lonjuras do interior do Brasil. Galgá-la, hoje, pelo menos quando não é fim de feriado, e retornar a São Paulo resulta nos maiores congestionamentos do Brasil, se não do Hemisfério Sul, é tão simples quanto subir o lance de escada de um sobrado para ganhar o andar de cima. Servem a esse propósito duas das melhores estradas brasileiras, as vias Anchieta e Imigrantes, significativamente apelidadas com nomes evocativos de dois momentos cruciais do fluxo entre os dois lados - o primitivo, da época dos primeiros povoamentos do Planalto, e aquele que, na passagem do século XIX para o XX, transformou a região num aglomerado de gente vinda de diferentes partes do mundo.


Trecho do livro "A Capital da Solidão", Roberto Pompeu de Toledo, Editora Objetiva.

" ... como a querer esconder algum outro mundo, protegê-lo".


O pronome oblíquo do excerto foi empregado em consonância com o que prescreve a norma culta da língua portuguesa. O mesmo não pode se dizer daquele utilizado na sentença apresentada em qual alternativa?

Alternativas
Q2746634 Português

O texto a seguir será utilizado para responder as questões 5 a 9.


São Paulo, de tão obscura, nasceu até escondida. O espaço onde se assentaria mantinha-se não só invisível, aos olhos dos que chegavam do mar, como protegido por essa muralha compacta, impressionante, que é a serra do Mar. Euclides da Cunha, em Os sertões, descreveu-a como "dilatado muro de arrimo, sustentando as formações sedimentárias do interior". Não se compreenderá a história de São Paulo sem antes atentar para a serra do Mar. Vista de baixo, ela como que veda o horizonte, ou tranca a paisagem. Põe um ponto final à terra, como a querer esconder algum outro mundo, protegê-lo, proibi-lo. Os paulistas estão hoje tão acostumados a ela que mal se importam com sua silhueta majestosa, guardiã entre o mar e a terra, degrau de acesso ao Planalto de onde se desenvolverão as lonjuras do interior do Brasil. Galgá-la, hoje, pelo menos quando não é fim de feriado, e retornar a São Paulo resulta nos maiores congestionamentos do Brasil, se não do Hemisfério Sul, é tão simples quanto subir o lance de escada de um sobrado para ganhar o andar de cima. Servem a esse propósito duas das melhores estradas brasileiras, as vias Anchieta e Imigrantes, significativamente apelidadas com nomes evocativos de dois momentos cruciais do fluxo entre os dois lados - o primitivo, da época dos primeiros povoamentos do Planalto, e aquele que, na passagem do século XIX para o XX, transformou a região num aglomerado de gente vinda de diferentes partes do mundo.


Trecho do livro "A Capital da Solidão", Roberto Pompeu de Toledo, Editora Objetiva.

As opções linguísticas e textuais escolhidas para a construção do texto nos permitem concluir que ele:

Alternativas
Q2746633 Português

O texto a seguir será utilizado para responder as questões 5 a 9.


São Paulo, de tão obscura, nasceu até escondida. O espaço onde se assentaria mantinha-se não só invisível, aos olhos dos que chegavam do mar, como protegido por essa muralha compacta, impressionante, que é a serra do Mar. Euclides da Cunha, em Os sertões, descreveu-a como "dilatado muro de arrimo, sustentando as formações sedimentárias do interior". Não se compreenderá a história de São Paulo sem antes atentar para a serra do Mar. Vista de baixo, ela como que veda o horizonte, ou tranca a paisagem. Põe um ponto final à terra, como a querer esconder algum outro mundo, protegê-lo, proibi-lo. Os paulistas estão hoje tão acostumados a ela que mal se importam com sua silhueta majestosa, guardiã entre o mar e a terra, degrau de acesso ao Planalto de onde se desenvolverão as lonjuras do interior do Brasil. Galgá-la, hoje, pelo menos quando não é fim de feriado, e retornar a São Paulo resulta nos maiores congestionamentos do Brasil, se não do Hemisfério Sul, é tão simples quanto subir o lance de escada de um sobrado para ganhar o andar de cima. Servem a esse propósito duas das melhores estradas brasileiras, as vias Anchieta e Imigrantes, significativamente apelidadas com nomes evocativos de dois momentos cruciais do fluxo entre os dois lados - o primitivo, da época dos primeiros povoamentos do Planalto, e aquele que, na passagem do século XIX para o XX, transformou a região num aglomerado de gente vinda de diferentes partes do mundo.


Trecho do livro "A Capital da Solidão", Roberto Pompeu de Toledo, Editora Objetiva.

Analise as assertivas seguintes.


I. A história de São Paulo está intrinsecamente vinculada à da Serra do Mar

II. Euclides da Cunha, em "Os Sertões", endossa a tese de que a Serra do Mar foi o grande entrave que dificultou, durante séculos, o avanço para o interior paulista.

III. "Vista de baixo, ela como que veda o horizonte, ou trança a paisagem" - no segmento transcrito, podemos afirmar que há ao menos dois verbos utilizados em sentido figurado.

IV. Roberto Pompeu de Toledo pondera que a via Anchieta, uma das melhores estradas brasileiras, segundo ele, recebeu esse nome como forma de homenagear a passagem do século XIX para XX e os homens que transformam o solo paulista no que hoje se tornou - um aglomerado de gente.


É possível inferir-se da leitura do texto o que se afirmou em:

Alternativas
Q2746632 Português

O texto a seguir será utilizado para responder as questões 5 a 9.


São Paulo, de tão obscura, nasceu até escondida. O espaço onde se assentaria mantinha-se não só invisível, aos olhos dos que chegavam do mar, como protegido por essa muralha compacta, impressionante, que é a serra do Mar. Euclides da Cunha, em Os sertões, descreveu-a como "dilatado muro de arrimo, sustentando as formações sedimentárias do interior". Não se compreenderá a história de São Paulo sem antes atentar para a serra do Mar. Vista de baixo, ela como que veda o horizonte, ou tranca a paisagem. Põe um ponto final à terra, como a querer esconder algum outro mundo, protegê-lo, proibi-lo. Os paulistas estão hoje tão acostumados a ela que mal se importam com sua silhueta majestosa, guardiã entre o mar e a terra, degrau de acesso ao Planalto de onde se desenvolverão as lonjuras do interior do Brasil. Galgá-la, hoje, pelo menos quando não é fim de feriado, e retornar a São Paulo resulta nos maiores congestionamentos do Brasil, se não do Hemisfério Sul, é tão simples quanto subir o lance de escada de um sobrado para ganhar o andar de cima. Servem a esse propósito duas das melhores estradas brasileiras, as vias Anchieta e Imigrantes, significativamente apelidadas com nomes evocativos de dois momentos cruciais do fluxo entre os dois lados - o primitivo, da época dos primeiros povoamentos do Planalto, e aquele que, na passagem do século XIX para o XX, transformou a região num aglomerado de gente vinda de diferentes partes do mundo.


Trecho do livro "A Capital da Solidão", Roberto Pompeu de Toledo, Editora Objetiva.

" ... retornar a São Paulo resulta nos maiores congestionamentos do Brasil".


A regência do verbo sublinhado repete-se naquele presente no excerto de qual alternativa?

Alternativas
Q2746631 Português

O texto a seguir será utilizado para responder as questões 5 a 9.


São Paulo, de tão obscura, nasceu até escondida. O espaço onde se assentaria mantinha-se não só invisível, aos olhos dos que chegavam do mar, como protegido por essa muralha compacta, impressionante, que é a serra do Mar. Euclides da Cunha, em Os sertões, descreveu-a como "dilatado muro de arrimo, sustentando as formações sedimentárias do interior". Não se compreenderá a história de São Paulo sem antes atentar para a serra do Mar. Vista de baixo, ela como que veda o horizonte, ou tranca a paisagem. Põe um ponto final à terra, como a querer esconder algum outro mundo, protegê-lo, proibi-lo. Os paulistas estão hoje tão acostumados a ela que mal se importam com sua silhueta majestosa, guardiã entre o mar e a terra, degrau de acesso ao Planalto de onde se desenvolverão as lonjuras do interior do Brasil. Galgá-la, hoje, pelo menos quando não é fim de feriado, e retornar a São Paulo resulta nos maiores congestionamentos do Brasil, se não do Hemisfério Sul, é tão simples quanto subir o lance de escada de um sobrado para ganhar o andar de cima. Servem a esse propósito duas das melhores estradas brasileiras, as vias Anchieta e Imigrantes, significativamente apelidadas com nomes evocativos de dois momentos cruciais do fluxo entre os dois lados - o primitivo, da época dos primeiros povoamentos do Planalto, e aquele que, na passagem do século XIX para o XX, transformou a região num aglomerado de gente vinda de diferentes partes do mundo.


Trecho do livro "A Capital da Solidão", Roberto Pompeu de Toledo, Editora Objetiva.

"São Paulo, de tão obscura, nasceu até escondida".


O vocábulo enfatizado, semanticamente, equivale ao em destaque de qual alternativa?

Alternativas
Q2746630 Português

O EVANGELHO DA CRIAÇÃO


Peço desculpas ao leitor desde já por cometer o pecado (se não capital, ao menos venial) de misturar ciência e religião nesta coluna, mas me parece inevitável fazê-lo depois da última semana. Afinal de contas, por incrível que pareça, um dos resumos mais completos e fáceis para entender o que os cientistas descobriram sobre a atual crise ambiental foi feito por um papa.

Irônico? Só parcialmente. Para começo de conversa, as caricaturas históricas sobre a suposta guerra incessante da Igreja Católica contra a ciência (com os personagens de sempre, como Giordano Bruno e Galileu no elenco) não resistem a um exame mais aprofundado. Não é mera coincidência que tanto o pai da genética moderna quanto um dos artífices da teoria do Big Bang tenham sido sacerdotes. E bons assessores científicos nunca faltaram aos papas. A Pontifícia Academia de Ciências, sediada no Vaticano, tem raízes tão antigas quanto o próprio Galileu e tem gente como o físico Stephen Hawking (ateu, assim como vários outros membros) em seus quadros atuais.

Portanto, não surpreende que Francisco seja capaz de explicar os riscos da mudança climática, da acidificação dos oceanos ou da perda de biodiversidade em sua mais nova encíclica, "Laudato Si". A verdadeira força da carta papal, no entanto, talvez venha de seus trechos menos comentados, justamente aqueles que são capazes de chegar aonde a ciência não alcança.

De fato, existem virtudes especificamente científicas, honestidade intelectual, a disposição desapiedada de seguir os fatos até onde eles nos levarem, a humildade de reconhecer que quase todo conhecimento sobre o mundo é provisório. O que a ciência não consegue fazer, no entanto, é construir uma bússola moral, um "norte" para noções de certo e errado exclusivamente baseado em fatos e na razão. Para isso, é preciso decidir quais são os valores centrais da vida.

Nesse ponto, "Laudato Si" é um esforço magnífico de interpretar a tradição judaico-cristã de um jeito mais generoso e menos predatório. Francisco começa com o Gênesis e seus dois relatos da criação do mundo (sim, são dois relatos diferentes, e o papa reconhece essa diferença).

A argumentação do pontífice argentino demonstra que, mais do que relatos factuais sobre um Adão e uma Eva históricos, essas narrativas que abrem a Bíblia propõem uma visão harmônica do relacionamento entre o homem e o resto das formas de vida e abordam as consequências desastrosas que surgem quando essa harmonia (bem como a harmonia entre o homem e Deus) é destruída.

É óbvio que é questão da fé aceitar que a ordem e a complexidade da vida, produzidas pela evolução, também testemunham o amor divino. Mas quem abraça essa visão dificilmente ficará indiferente ao apelo de Francisco pela dignidade de todos os seres vivos. Como na parábola de Jesus, é de minúsculas sementes de mostarda que às vezes brotam as maiores mudanças.


Compilado de artigo de Reinaldo José Lopes, Jornal Folha de São Paulo, edição de 21/6/15.

No excerto abaixo, propositadamente, introduziram-se algumas alterações de modo que ele passou a não estar em consonância com os preceitos da norma culta de nossa língua. Assinale a alternativa em que o referido trecho foi reescrito com as alterações pertinentes.


Muita gente costuma dizer que o cotidiano dos advogados acaba por produzir neles certo seticismo com a "natureza humana", na medida em que eles vêem famílias se destruir por conta de inventários, empregados proceçarem patrões generosos ou cônjujes virarem inimigos mortais após anos de vida gratificante e de juras de amor trocadas no calor do leito. Esse seticismo ou sinismo seria um vício profissional de comportamento decorrente do acúmulo de "evidênsias" contra a fé na natureza humana.


Luiz Felipe Pondé - Pragmatismo da fé - jornal Folha de são Paulo, edição de 11/1/2016.

Alternativas
Q2746629 Português

O EVANGELHO DA CRIAÇÃO


Peço desculpas ao leitor desde já por cometer o pecado (se não capital, ao menos venial) de misturar ciência e religião nesta coluna, mas me parece inevitável fazê-lo depois da última semana. Afinal de contas, por incrível que pareça, um dos resumos mais completos e fáceis para entender o que os cientistas descobriram sobre a atual crise ambiental foi feito por um papa.

Irônico? Só parcialmente. Para começo de conversa, as caricaturas históricas sobre a suposta guerra incessante da Igreja Católica contra a ciência (com os personagens de sempre, como Giordano Bruno e Galileu no elenco) não resistem a um exame mais aprofundado. Não é mera coincidência que tanto o pai da genética moderna quanto um dos artífices da teoria do Big Bang tenham sido sacerdotes. E bons assessores científicos nunca faltaram aos papas. A Pontifícia Academia de Ciências, sediada no Vaticano, tem raízes tão antigas quanto o próprio Galileu e tem gente como o físico Stephen Hawking (ateu, assim como vários outros membros) em seus quadros atuais.

Portanto, não surpreende que Francisco seja capaz de explicar os riscos da mudança climática, da acidificação dos oceanos ou da perda de biodiversidade em sua mais nova encíclica, "Laudato Si". A verdadeira força da carta papal, no entanto, talvez venha de seus trechos menos comentados, justamente aqueles que são capazes de chegar aonde a ciência não alcança.

De fato, existem virtudes especificamente científicas, honestidade intelectual, a disposição desapiedada de seguir os fatos até onde eles nos levarem, a humildade de reconhecer que quase todo conhecimento sobre o mundo é provisório. O que a ciência não consegue fazer, no entanto, é construir uma bússola moral, um "norte" para noções de certo e errado exclusivamente baseado em fatos e na razão. Para isso, é preciso decidir quais são os valores centrais da vida.

Nesse ponto, "Laudato Si" é um esforço magnífico de interpretar a tradição judaico-cristã de um jeito mais generoso e menos predatório. Francisco começa com o Gênesis e seus dois relatos da criação do mundo (sim, são dois relatos diferentes, e o papa reconhece essa diferença).

A argumentação do pontífice argentino demonstra que, mais do que relatos factuais sobre um Adão e uma Eva históricos, essas narrativas que abrem a Bíblia propõem uma visão harmônica do relacionamento entre o homem e o resto das formas de vida e abordam as consequências desastrosas que surgem quando essa harmonia (bem como a harmonia entre o homem e Deus) é destruída.

É óbvio que é questão da fé aceitar que a ordem e a complexidade da vida, produzidas pela evolução, também testemunham o amor divino. Mas quem abraça essa visão dificilmente ficará indiferente ao apelo de Francisco pela dignidade de todos os seres vivos. Como na parábola de Jesus, é de minúsculas sementes de mostarda que às vezes brotam as maiores mudanças.


Compilado de artigo de Reinaldo José Lopes, Jornal Folha de São Paulo, edição de 21/6/15.

Analise as proposições abaixo.


I. Reinaldo José Lopes avalia que a real força da encíclica Laudato Si, do Papa Francisco, reside no fato de ela tratar dos riscos da mudança climática, da perda da biodiversidade e da acidificação dos oceanos lastreando-se tão somente nos aspectos científicos do tema, sem ponderar aspectos teológicos ou dogmáticos.

II. Ainda sobre a carta papal abordada no item I, nela se reconhece outro esforço magnífico: o fato de apontar a tradição judaico-cristã como a principal responsável por transmutar o homem num ser basicamente predatório - e, para ratificar tal constatação, o autor se vale dos dois relatos constantes no Gênesis.

III. " ... é de minúsculas sementes de mostarda que, às vezes, brotam as maiores mudanças" - o autor vale-se dessa parábola, no último parágrafo do seu texto, para abonar a argumentação do pontífice argentino no sentido de que os relatos sobre Adão e Eva, que abrem a Bíblia, serem comprovadamente factuais.


São ilações possíveis do texto o que se afirmou em:

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Q2746628 Português

O EVANGELHO DA CRIAÇÃO


Peço desculpas ao leitor desde já por cometer o pecado (se não capital, ao menos venial) de misturar ciência e religião nesta coluna, mas me parece inevitável fazê-lo depois da última semana. Afinal de contas, por incrível que pareça, um dos resumos mais completos e fáceis para entender o que os cientistas descobriram sobre a atual crise ambiental foi feito por um papa.

Irônico? Só parcialmente. Para começo de conversa, as caricaturas históricas sobre a suposta guerra incessante da Igreja Católica contra a ciência (com os personagens de sempre, como Giordano Bruno e Galileu no elenco) não resistem a um exame mais aprofundado. Não é mera coincidência que tanto o pai da genética moderna quanto um dos artífices da teoria do Big Bang tenham sido sacerdotes. E bons assessores científicos nunca faltaram aos papas. A Pontifícia Academia de Ciências, sediada no Vaticano, tem raízes tão antigas quanto o próprio Galileu e tem gente como o físico Stephen Hawking (ateu, assim como vários outros membros) em seus quadros atuais.

Portanto, não surpreende que Francisco seja capaz de explicar os riscos da mudança climática, da acidificação dos oceanos ou da perda de biodiversidade em sua mais nova encíclica, "Laudato Si". A verdadeira força da carta papal, no entanto, talvez venha de seus trechos menos comentados, justamente aqueles que são capazes de chegar aonde a ciência não alcança.

De fato, existem virtudes especificamente científicas, honestidade intelectual, a disposição desapiedada de seguir os fatos até onde eles nos levarem, a humildade de reconhecer que quase todo conhecimento sobre o mundo é provisório. O que a ciência não consegue fazer, no entanto, é construir uma bússola moral, um "norte" para noções de certo e errado exclusivamente baseado em fatos e na razão. Para isso, é preciso decidir quais são os valores centrais da vida.

Nesse ponto, "Laudato Si" é um esforço magnífico de interpretar a tradição judaico-cristã de um jeito mais generoso e menos predatório. Francisco começa com o Gênesis e seus dois relatos da criação do mundo (sim, são dois relatos diferentes, e o papa reconhece essa diferença).

A argumentação do pontífice argentino demonstra que, mais do que relatos factuais sobre um Adão e uma Eva históricos, essas narrativas que abrem a Bíblia propõem uma visão harmônica do relacionamento entre o homem e o resto das formas de vida e abordam as consequências desastrosas que surgem quando essa harmonia (bem como a harmonia entre o homem e Deus) é destruída.

É óbvio que é questão da fé aceitar que a ordem e a complexidade da vida, produzidas pela evolução, também testemunham o amor divino. Mas quem abraça essa visão dificilmente ficará indiferente ao apelo de Francisco pela dignidade de todos os seres vivos. Como na parábola de Jesus, é de minúsculas sementes de mostarda que às vezes brotam as maiores mudanças.


Compilado de artigo de Reinaldo José Lopes, Jornal Folha de São Paulo, edição de 21/6/15.

O autor avalia que a suposta guerra incessante dá Igreja Católica com a ciência não resiste a um exame mais aprofundado, pois:

Alternativas
Q2746627 Português

O EVANGELHO DA CRIAÇÃO


Peço desculpas ao leitor desde já por cometer o pecado (se não capital, ao menos venial) de misturar ciência e religião nesta coluna, mas me parece inevitável fazê-lo depois da última semana. Afinal de contas, por incrível que pareça, um dos resumos mais completos e fáceis para entender o que os cientistas descobriram sobre a atual crise ambiental foi feito por um papa.

Irônico? Só parcialmente. Para começo de conversa, as caricaturas históricas sobre a suposta guerra incessante da Igreja Católica contra a ciência (com os personagens de sempre, como Giordano Bruno e Galileu no elenco) não resistem a um exame mais aprofundado. Não é mera coincidência que tanto o pai da genética moderna quanto um dos artífices da teoria do Big Bang tenham sido sacerdotes. E bons assessores científicos nunca faltaram aos papas. A Pontifícia Academia de Ciências, sediada no Vaticano, tem raízes tão antigas quanto o próprio Galileu e tem gente como o físico Stephen Hawking (ateu, assim como vários outros membros) em seus quadros atuais.

Portanto, não surpreende que Francisco seja capaz de explicar os riscos da mudança climática, da acidificação dos oceanos ou da perda de biodiversidade em sua mais nova encíclica, "Laudato Si". A verdadeira força da carta papal, no entanto, talvez venha de seus trechos menos comentados, justamente aqueles que são capazes de chegar aonde a ciência não alcança.

De fato, existem virtudes especificamente científicas, honestidade intelectual, a disposição desapiedada de seguir os fatos até onde eles nos levarem, a humildade de reconhecer que quase todo conhecimento sobre o mundo é provisório. O que a ciência não consegue fazer, no entanto, é construir uma bússola moral, um "norte" para noções de certo e errado exclusivamente baseado em fatos e na razão. Para isso, é preciso decidir quais são os valores centrais da vida.

Nesse ponto, "Laudato Si" é um esforço magnífico de interpretar a tradição judaico-cristã de um jeito mais generoso e menos predatório. Francisco começa com o Gênesis e seus dois relatos da criação do mundo (sim, são dois relatos diferentes, e o papa reconhece essa diferença).

A argumentação do pontífice argentino demonstra que, mais do que relatos factuais sobre um Adão e uma Eva históricos, essas narrativas que abrem a Bíblia propõem uma visão harmônica do relacionamento entre o homem e o resto das formas de vida e abordam as consequências desastrosas que surgem quando essa harmonia (bem como a harmonia entre o homem e Deus) é destruída.

É óbvio que é questão da fé aceitar que a ordem e a complexidade da vida, produzidas pela evolução, também testemunham o amor divino. Mas quem abraça essa visão dificilmente ficará indiferente ao apelo de Francisco pela dignidade de todos os seres vivos. Como na parábola de Jesus, é de minúsculas sementes de mostarda que às vezes brotam as maiores mudanças.


Compilado de artigo de Reinaldo José Lopes, Jornal Folha de São Paulo, edição de 21/6/15.

"Peço desculpas ao leitor desde já por cometer o pecado (se não capital, ao menos venial)".


Mantém-se o sentido original do texto se substituirmos o trecho sublinhado por:

Alternativas
Q2273836 Noções de Informática
No Mozila Firefox, ao manter a tecla "Ctrl" pressionada e clicar, com o mouse, sobre uma aba arrastando-a para a direita, o que ocorrerá?
Alternativas
Q2273835 Noções de Informática

Considerando os componentes básicos da Faixa de Opções do Microsoft Word 2016, tem-se que:

I. cada uma das Guias representa uma área de atividade e, em cada uma delas, os comandos são reunidos por grupos.

II. cada guia tem vários grupos que mostram os itens relacionados em conjunto.

III. um comando é um botão, uma caixa para inserir informações ou um menu.

Alternativas
Q2273834 Noções de Informática
O Microsoft Excel 2016 disponibiliza uma variedade de funções pré-definidas que efetuam uma série de cálculos ou outras ações relacionadas às planilhas. O software somente entende como função aquela digitação que inicia com qual caractere?
Alternativas
Q2273833 Noções de Informática
No Microsoft Excel 2016, caso queira inserir, rastrear e personalizar funções e cálculos você deve acessar qual das Guias abaixo?
Alternativas
Q2273832 Noções de Informática
Ainda tratando do Microsoft Word 2016, caso se deseje abrir a guia Revisar para usar a verificação ortográfica, definir idiomas de revisão e para controlar e revisar as alterações no seu documento, deve-se pressionar no teclado:
Alternativas
Q2273831 Noções de Informática
Em um documento do Microsoft Word 2016, caso se deseje mudar a cor da fonte, deve-se acessar o Grupo Fonte que se localiza  em qual Guia?
Alternativas
Q2273830 Noções de Informática
Não é um exemplo de navegador de Internet:
Alternativas
Respostas
161: D
162: B
163: A
164: C
165: D
166: C
167: B
168: A
169: A
170: B
171: D
172: C
173: D
174: A
175: D
176: A
177: D
178: A
179: C
180: D