Questões de Concurso
Para fcm
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A primeira versão do Código Matemático Unificado para a Língua Portuguesa foi feita pelo CAP de São Paulo em 1996, sendo revisada e preparada uma segunda edição pela Fundação Dorina Nowill, em 1998. Baseado nesse código, responda as questões de 31 a 40.
O símbolo “pertence a“ é representado no Sistema Braille pelos pontos
A primeira versão do Código Matemático Unificado para a Língua Portuguesa foi feita pelo CAP de São Paulo em 1996, sendo revisada e preparada uma segunda edição pela Fundação Dorina Nowill, em 1998. Baseado nesse código, responda as questões de 31 a 40.
Alguns sinais podem utilizar mais de uma cela braille, como é o caso do sinal de radical. Esse sinal é representado pelos pontos
A primeira versão do Código Matemático Unificado para a Língua Portuguesa foi feita pelo CAP de São Paulo em 1996, sendo revisada e preparada uma segunda edição pela Fundação Dorina Nowill, em 1998. Baseado nesse código, responda as questões de 31 a 40.
Faça a associação das colunas tendo em vista os seguintes sinais de agrupamentos.
COLUNA I
( 1 ) abre colchetes
( 2 ) abre chaves
( 3 ) abre barras
( 4 ) abre parênteses
( 5 ) abre parênteses auxiliares
COLUNA I
( ) pontos 1,2,6
( ) pontos 1,2,3,5,6
( ) pontos 2,6
( ) pontos 4,5,6
( ) pontos 5-1,2,3
A sequência correta é
A primeira versão do Código Matemático Unificado para a Língua Portuguesa foi feita pelo CAP de São Paulo em 1996, sendo revisada e preparada uma segunda edição pela Fundação Dorina Nowill, em 1998. Baseado nesse código, responda as questões de 31 a 40.
Dentre os símbolos de operações matemáticas fundamentais e as relações numéricas elementares, descritos abaixo, a representação correta é:
A primeira versão do Código Matemático Unificado para a Língua Portuguesa foi feita pelo CAP de São Paulo em 1996, sendo revisada e preparada uma segunda edição pela Fundação Dorina Nowill, em 1998. Baseado nesse código, responda as questões de 31 a 40.
Para utilização e para aplicação do presente Código Matemático, NÃO se considera:
A primeira versão do Código Matemático Unificado para a Língua Portuguesa foi feita pelo CAP de São Paulo em 1996, sendo revisada e preparada uma segunda edição pela Fundação Dorina Nowill, em 1998. Baseado nesse código, responda as questões de 31 a 40.
Consta nesse código que
A figura abaixo apresenta uma imagem de uma planilha do Microsoft Excel.
Ao selecionar as células A1 e A2, clicar na alça de preenchimento, no canto inferior direito, e arrastar para baixo até a célula A6, mantendo a tecla Ctrl pressionada. O conteúdo das células A3, A4, A5 e A6 serão, respectivamente,
Para elaboração do orçamento de uma obra, é necessário ter conhecimento geral dos itens que o compõem. Num orçamento,
O cimento Portland é normatizado e existem diversos tipos no mercado.
O cimento Portland,
Será executado o serviço de pintura nas salas de aula do IF Sudeste. Sabe-se que a obra da instituição possui 800 m2 de paredes e com uma estimativa de 50 horas para concluir o serviço por 2 (dois) pintores. Considerando essa mesma produtividade e dispondo agora de 5 (cinco) pintores, a quantidade total de horas a ser consumida para pintar 4.000 m2 de paredes é
Conforme se observa na foto histórica de locação de curvas de nível (Figura 1), o desnível pode ser obtido por duas réguas (uma vertical e outra horizontal), podendo a horizontal ser materializada com o auxílio de um nível de pedreiro ou de um nível de mangueira.
Fonte: Sítio: http://www.riopomba.ifsudestemg.edu.br/portal/node/16.
Considerando que o terreno possua um desnível de 1,80 metros, para uma distância total da régua horizontal de 6,00 metros, a inclinação desse terreno é igual a
Um dos prédios do Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais - Campus Juiz de Fora, MG, possui um comprimento de 40 metros, representado em um desenho arquitetônico por 20 cm.
Fonte: Google Earth (2016).
A escala desta representação é
Em relação à sinalização tátil e visual, utilizadas na norma NBR 9050 – Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos, tem-se que
Atualmente, no mercado de engenharia civil, existem modelos de janelas com variados tipos de abertura, conforme figura abaixo.
A correlação correta dos modelos de A a J com as afirmativas é:
Entre os materiais empregados para revestimento das áreas molhadas, destaca-se o azulejo.
Analise as afirmativas abaixo em relação ao uso construtivo dos azulejos de modo geral e marque (V) para verdadeiro ou (F) para falso.
( )As maneiras mais comuns de assentamento são: junta a prumo, em diagonal e em amarração.
( )No assentamento do azulejo com argamassa industrializada ou rodada na obra, espalha-se este material sobre o emboço com desempenadeira de aço e depois coloca-se o azulejo sobre o mesmo.
( )O assentamento do azulejo deverá ser feito de cima para baixo e sempre depois da colocação do piso.
( ) O rejuntamento deverá ser feito após o assentamento dos azulejos, para não prejudicar a secagem da argamassa de assentamento e permitir aderência deste material entre as frestas dos azulejos já assentados.
A sequência correta é
No cálculo da capacidade de volume de caixas d´água superior e inferior de uma edificação, considere os seguintes dados: consumo per/capita de 150 litros/dia, reserva para 4 dias de consumo pleno, uma ocupação prevista de 80 pessoas, sendo que 40% do volume de água são armazenados no reservatório superior. Desconsiderando a reserva técnica de incêndio, o volume de água a ser armazenamento, em m3, no reservatório inferior, é
INSTRUÇÃO: Considere o texto 3, a seguir, para responder às questões 11 a 15.
Texto 3
Ciência e o sentido da vida
Marcelo Gleiser
[1º§]Outro dia, estava dando uma palestra, quando alguém me fez "aquela" pergunta: professor, por que o senhor é cientista? Respondi que não podia ser outra coisa, que considerava um privilégio poder dedicar minha vida ao ensino e à pesquisa. Mas o que de fato está por trás dessa profissão, ao menos para mim, é uma oportunidade única para criarmos algo de novo, algo que nos diferencie do resto.
[2º§]A ciência oferece uma oportunidade para que possamos nos engajar com o "mistério", como Einstein chamava nossa atração pelo desconhecido: "A emoção mais significativa que podemos sentir é o mistério. Ela é o berço da verdadeira arte e da ciência. Quem não a conhece e não é mais capaz de se maravilhar, está mais morto do que vivo, como uma vela que se apagou".
[3º§]Einstein pôs as artes e as ciências sobre o mesmo patamar, frutos que são da criatividade humana. Para ele, nossas criações são produto desse questionamento incessante sobre quem somos e sobre o mundo à nossa volta.
[4º§]A ciência abre portas para o desconhecido, para o que nos foge aos sentidos. Aquilo que não vemos ou ouvimos é tão real quanto o que percebemos. Usamos instrumentos variados para amplificar nossa percepção da realidade, mesmo sabendo que nossa visão será sempre limitada: qualquer microscópio, telescópio ou detector tem alcance e precisão determinados pelo estado da tecnologia.
[5º§]É claro que um telescópio do século 19 não pode competir com os telescópios mais avançados de hoje. Com isso, o que captamos da realidade depende de forma essencial daquilo que nossos instrumentos nos permitem ver. Esse fato tem uma consequência importante: o que captamos do mundo depende das tecnologias que usamos. Ou seja, com o avanço delas, muda, muitas vezes, nossa visão de mundo.
[6º§]Um exemplo que já usei aqui é o microscópio. A visão da vida antes e depois da invenção do microscópio mudou completamente. O instrumento, inventado ao fim do século 17, permitiu que víssemos criaturas invisíveis aos olhos. Com isso, novas perguntas sobre a natureza da vida puderam ser feitas – perguntas que, antes da invenção do microscópio, não eram nem vislumbradas.
[7º§]Esta é uma lição importante, que elaboro no livro "Ilha do Conhecimento": o conhecimento não evolui linearmente; cresce de forma imprevisível, interagindo com as tecnologias que temos ao nosso dispor. Portanto, o mistério que nos cerca, e que tanto fascinava Einstein, estará sempre à nossa volta: não há como decifrá-lo por completo. Isso dá uma conotação única à ciência. Sendo um caminho para o conhecimento, ela nos oferece uma oportunidade de estar sempre buscando, e crescendo com a busca.
[8º§]O sentido da vida é dar sentido à vida. Não existe, ou deve existir, um fim. Pense num alpinista. Ele se prepara para subir o pico que vê à sua frente e, depois de muito esforço, consegue. De lá de cima, pode fazer duas coisas: se dar por satisfeito e descer, ou olhar em torno e ver todos os picos que ainda não escalou.
[9º§]A busca pelo conhecimento científico é assim: uma escalada por todos os picos que podemos encontrar. E quando conquistarmos todos eles, basta olhar para cima, e continuar nossa busca no espaço.
Fonte: Jornal Folha de São Paulo, 12/10/2014. Texto adaptado.
Dentre os pronomes grifados nas sentenças a seguir, houve uma ocorrência de O ou A como equivalente a um pronome demonstrativo em:
INSTRUÇÃO: Considere o texto 3, a seguir, para responder às questões 11 a 15.
Texto 3
Ciência e o sentido da vida
Marcelo Gleiser
[1º§]Outro dia, estava dando uma palestra, quando alguém me fez "aquela" pergunta: professor, por que o senhor é cientista? Respondi que não podia ser outra coisa, que considerava um privilégio poder dedicar minha vida ao ensino e à pesquisa. Mas o que de fato está por trás dessa profissão, ao menos para mim, é uma oportunidade única para criarmos algo de novo, algo que nos diferencie do resto.
[2º§]A ciência oferece uma oportunidade para que possamos nos engajar com o "mistério", como Einstein chamava nossa atração pelo desconhecido: "A emoção mais significativa que podemos sentir é o mistério. Ela é o berço da verdadeira arte e da ciência. Quem não a conhece e não é mais capaz de se maravilhar, está mais morto do que vivo, como uma vela que se apagou".
[3º§]Einstein pôs as artes e as ciências sobre o mesmo patamar, frutos que são da criatividade humana. Para ele, nossas criações são produto desse questionamento incessante sobre quem somos e sobre o mundo à nossa volta.
[4º§]A ciência abre portas para o desconhecido, para o que nos foge aos sentidos. Aquilo que não vemos ou ouvimos é tão real quanto o que percebemos. Usamos instrumentos variados para amplificar nossa percepção da realidade, mesmo sabendo que nossa visão será sempre limitada: qualquer microscópio, telescópio ou detector tem alcance e precisão determinados pelo estado da tecnologia.
[5º§]É claro que um telescópio do século 19 não pode competir com os telescópios mais avançados de hoje. Com isso, o que captamos da realidade depende de forma essencial daquilo que nossos instrumentos nos permitem ver. Esse fato tem uma consequência importante: o que captamos do mundo depende das tecnologias que usamos. Ou seja, com o avanço delas, muda, muitas vezes, nossa visão de mundo.
[6º§]Um exemplo que já usei aqui é o microscópio. A visão da vida antes e depois da invenção do microscópio mudou completamente. O instrumento, inventado ao fim do século 17, permitiu que víssemos criaturas invisíveis aos olhos. Com isso, novas perguntas sobre a natureza da vida puderam ser feitas – perguntas que, antes da invenção do microscópio, não eram nem vislumbradas.
[7º§]Esta é uma lição importante, que elaboro no livro "Ilha do Conhecimento": o conhecimento não evolui linearmente; cresce de forma imprevisível, interagindo com as tecnologias que temos ao nosso dispor. Portanto, o mistério que nos cerca, e que tanto fascinava Einstein, estará sempre à nossa volta: não há como decifrá-lo por completo. Isso dá uma conotação única à ciência. Sendo um caminho para o conhecimento, ela nos oferece uma oportunidade de estar sempre buscando, e crescendo com a busca.
[8º§]O sentido da vida é dar sentido à vida. Não existe, ou deve existir, um fim. Pense num alpinista. Ele se prepara para subir o pico que vê à sua frente e, depois de muito esforço, consegue. De lá de cima, pode fazer duas coisas: se dar por satisfeito e descer, ou olhar em torno e ver todos os picos que ainda não escalou.
[9º§]A busca pelo conhecimento científico é assim: uma escalada por todos os picos que podemos encontrar. E quando conquistarmos todos eles, basta olhar para cima, e continuar nossa busca no espaço.
Fonte: Jornal Folha de São Paulo, 12/10/2014. Texto adaptado.
NÃO é uma estratégia argumentativa utilizada no texto 3 o uso de
INSTRUÇÃO: Considere o texto 3, a seguir, para responder às questões 11 a 15.
Texto 3
Ciência e o sentido da vida
Marcelo Gleiser
[1º§]Outro dia, estava dando uma palestra, quando alguém me fez "aquela" pergunta: professor, por que o senhor é cientista? Respondi que não podia ser outra coisa, que considerava um privilégio poder dedicar minha vida ao ensino e à pesquisa. Mas o que de fato está por trás dessa profissão, ao menos para mim, é uma oportunidade única para criarmos algo de novo, algo que nos diferencie do resto.
[2º§]A ciência oferece uma oportunidade para que possamos nos engajar com o "mistério", como Einstein chamava nossa atração pelo desconhecido: "A emoção mais significativa que podemos sentir é o mistério. Ela é o berço da verdadeira arte e da ciência. Quem não a conhece e não é mais capaz de se maravilhar, está mais morto do que vivo, como uma vela que se apagou".
[3º§]Einstein pôs as artes e as ciências sobre o mesmo patamar, frutos que são da criatividade humana. Para ele, nossas criações são produto desse questionamento incessante sobre quem somos e sobre o mundo à nossa volta.
[4º§]A ciência abre portas para o desconhecido, para o que nos foge aos sentidos. Aquilo que não vemos ou ouvimos é tão real quanto o que percebemos. Usamos instrumentos variados para amplificar nossa percepção da realidade, mesmo sabendo que nossa visão será sempre limitada: qualquer microscópio, telescópio ou detector tem alcance e precisão determinados pelo estado da tecnologia.
[5º§]É claro que um telescópio do século 19 não pode competir com os telescópios mais avançados de hoje. Com isso, o que captamos da realidade depende de forma essencial daquilo que nossos instrumentos nos permitem ver. Esse fato tem uma consequência importante: o que captamos do mundo depende das tecnologias que usamos. Ou seja, com o avanço delas, muda, muitas vezes, nossa visão de mundo.
[6º§]Um exemplo que já usei aqui é o microscópio. A visão da vida antes e depois da invenção do microscópio mudou completamente. O instrumento, inventado ao fim do século 17, permitiu que víssemos criaturas invisíveis aos olhos. Com isso, novas perguntas sobre a natureza da vida puderam ser feitas – perguntas que, antes da invenção do microscópio, não eram nem vislumbradas.
[7º§]Esta é uma lição importante, que elaboro no livro "Ilha do Conhecimento": o conhecimento não evolui linearmente; cresce de forma imprevisível, interagindo com as tecnologias que temos ao nosso dispor. Portanto, o mistério que nos cerca, e que tanto fascinava Einstein, estará sempre à nossa volta: não há como decifrá-lo por completo. Isso dá uma conotação única à ciência. Sendo um caminho para o conhecimento, ela nos oferece uma oportunidade de estar sempre buscando, e crescendo com a busca.
[8º§]O sentido da vida é dar sentido à vida. Não existe, ou deve existir, um fim. Pense num alpinista. Ele se prepara para subir o pico que vê à sua frente e, depois de muito esforço, consegue. De lá de cima, pode fazer duas coisas: se dar por satisfeito e descer, ou olhar em torno e ver todos os picos que ainda não escalou.
[9º§]A busca pelo conhecimento científico é assim: uma escalada por todos os picos que podemos encontrar. E quando conquistarmos todos eles, basta olhar para cima, e continuar nossa busca no espaço.
Fonte: Jornal Folha de São Paulo, 12/10/2014. Texto adaptado.
De acordo com o texto 3, a ciência
INSTRUÇÃO: Considere os textos 1 e 2 para responder à questão 10.
Texto 1
A arte de envelhecer
Dráuzio Varella
[1º§]Achei que estava bem na foto. Magro, olhar vivo, rindo com os amigos na praia. Quase não havia cabelos brancos entre os poucos que sobreviviam. Comparada ao homem de hoje, era a fotografia de um jovem. Tinha 50 anos naquela época, entretanto, idade em que me considerava bem distante da juventude. Se me for dado o privilégio de chegar aos 90 em pleno domínio da razão, é possível que uma imagem de agora me cause impressão semelhante.
[2º§]O envelhecimento é sombra que nos acompanha desde a concepção: o feto de seis meses é muito mais velho do que o embrião de cinco dias. Lidar com a inexorabilidade desse processo exige uma habilidade na qual nós somos inigualáveis: a adaptação. Não há animal capaz de criar soluções diante da adversidade como nós, de sobreviver em nichos ecológicos que vão do calor tropical às geleiras do Ártico.
[3º§]Da mesma forma como ensaiamos os primeiros passos por imitação, temos de aprender a ser adolescentes, adultos e a ficar cada vez mais velhos. A adolescência é um fenômeno moderno. Nossos ancestrais passavam da infância à vida adulta sem estágios intermediários. Nas comunidades agrárias, o menino de sete anos trabalhava na roça e as meninas cuidavam dos afazeres domésticos antes de chegar a essa idade.
[4º§]A figura do adolescente que mora com os pais até os 30 anos, sem abrir mão do direito de reclamar da comida à mesa e da camisa mal passada, surgiu nas sociedades industrializadas depois da Segunda Guerra Mundial. Bem mais cedo, nossos avós tinham filhos para criar.
[5º§]A exaltação da juventude como o período áureo da existência humana é um mito das sociedades ocidentais. Confinar aos jovens a publicidade dos bens de consumo, exaltar a estética, os costumes e os padrões de comportamento característicos dessa faixa etária tem o efeito perverso de insinuar que o declínio começa assim que essa fase se aproxima do fim.
[6º§]A ideia de envelhecer aflige mulheres e homens modernos, muito mais do que afligia nossos antepassados. Sócrates tomou cicuta aos 70 anos, Cícero foi assassinado aos 63, Matusalém sabe-se lá quantos anos teve, mas seus contemporâneos gregos, romanos ou judeus viviam em média 30 anos. No início do século 20, a expectativa de vida ao nascer nos países da Europa mais desenvolvida não passava dos 40 anos.
[7º§]A mortalidade infantil era altíssima; epidemias de peste negra, varíola, malária, febre amarela, gripe e tuberculose dizimavam populações inteiras. Nossos ancestrais viveram num mundo devastado por guerras, enfermidades infecciosas, escravidão, dores sem analgesia e a onipresença da mais temível das criaturas. Que sentido haveria em pensar na velhice quando a probabilidade de morrer jovem era tão alta? Seria como hoje preocupar-nos com a vida aos cem anos de idade, que pouquíssimos conhecerão.
[8º§]Os que estão vivos agora têm boa chance de passar dos 80. Se assim for, é preciso sabedoria para aceitar que nossos atributos se modificam com o passar dos anos. Que nenhuma cirurgia devolverá aos 60 o rosto que tínhamos aos 18, mas que envelhecer não é sinônimo de decadência física para aqueles que se movimentam, não fumam, comem com parcimônia, exercitam a cognição e continuam atentos às transformações do mundo.
[9º§]Considerar a vida um vale de lágrimas no qual submergimos de corpo e alma ao deixar a juventude é torná-la experiência medíocre. Julgar, aos 80 anos, que os melhores foram aqueles dos 15 aos 25 é não levar em conta que a memória é editora autoritária, capaz de suprimir por conta própria as experiências traumáticas e relegar ao esquecimento inseguranças, medos, desilusões afetivas, riscos desnecessários e as burradas que fizemos nessa época. Nada mais ofensivo para o velho do que dizer que ele tem "cabeça de jovem". É considerá-lo mais inadequado do que o rapaz de 20 anos que se comporta como criança de dez.
[10º§]Ainda que maldigamos o envelhecimento, é ele que nos traz a aceitação das ambiguidades, das diferenças, do contraditório e abre espaço para uma diversidade de experiências com as quais nem sonhávamos anteriormente.
Fonte: Jornal Folha de São Paulo, 23/01/2016. Texto adaptado.
TEXTO 2
Charge de Caco Galhardo – Jornal Folha de São Paulo, 21/03/2011
A visão crítica sobre envelhecer, presente nessa charge,