Questões de Concurso

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Q2744635 Português

Leia o texto a seguir, a fim de resolver as questões de 1 a 4:


DIGA NÃO AOS LIVROS


Tenho saudades do tempo em que ainda não havia aprendido a ler. A vida era tão mais leve, entre brincadeiras à sombra dos laranjais. Não precisava ficar debruçado sobre cartilhas e cadernos, horas sem conta, espremendo o cérebro (é verdade que ainda bem pequeno) para descobrir o que aquela professora meio megera, meio bruxa, queria que eu fizesse com letras e números.

Mal sabia eu o quanto ainda era um paraíso aquele conjunto de palavras meio desordenado e sem sentido! O Ivo que via a uva, o macaco matuto comendo mamão e o papai que passava pomada na panela eram companheiros numa amizade sem conflitos nas páginas coloridas da cartilha, com uma graça forçada, igual ao sorriso amarelo que damos após uma gafe monumental. Mas o Ivo, o macaco e o papai se davam muito bem, porque não precisavam ter coesão nem coerência, palavrinhas infernais que aprendi a pronunciar mais tarde nas aulas de redação. E que nunca soube muito bem para que serviam...

Hoje, após muita reflexão e experiência, concluo que as atividades de ler e escrever deveriam ser banidas do currículo das escolas. Afinal, se as estatísticas sobre o assunto e todas as provas de leitura e língua a que se submetem os alunos brasileiros sempre acabam em números mínimos e vergonhosos, por que insistir nisso? Veja bem: os governantes não ignoram as pesquisas sobre os problemas da cidade ou sobre o valor do salário mínimo quando elas dão resultados irrisórios? Então... Vamos fazer o mesmo com a leitura e a escrita. Ah, e também com a matemática (por sinal, dispensável depois que inventaram a calculadora!).

Acho que os estudantes ficariam muito mais contentes se não precisassem ler. Principalmente se fosse para adquirir o tal de conhecimento sobre o mundo. Acho desnecessário saber sobre o mundo. Acho que nunca vou sair da minha cidade: para que me serviria o mundo? Se for para saber sobre a história, também dispenso a leitura. Nada tenho a ver com gente antiga e com acontecimentos já terminados. A vida começa hoje, e toda a história começa e termina comigo.

Se for para aprender sobre mim mesmo, como os professores insistem em dizer quando falam da leitura da literatura, continua dispensando. Já me conheço o suficiente: todos os meus gostos e preferências eu já conheço. Se tenho alguma dúvida, ela é resolvida no meu grupo. Porque o que meus amigos e eu decidimos, todos adotamos. Não tenho nada a esconder. Afinal, querer um carrão, uma casa bonita, férias na praia e um carrinho cheio no supermercado todos querem. E não precisam de estudo para isso. Podem conseguir com um pouco de sorte na loteria. Claro que fica mais fácil se o sujeito dá a sorte de virar cantor, ou se aprender a jogar futebol com alguma qualidade. Aí, então, analfabetismo vira charme, diferencial, pitoresco.

Dizem que devo ler para, ao menos, saber do que se passa na cidade, pertinho de mim. Para que me serve saber das notícias? Elas acontecem sem minha participação. E vão continuar acontecendo. Só me interessa o resultado do futebol. O resto é preocupação que não preciso ter.

Nem sei por que continuo indo à escola. Meus pais dizem que é para que eu tenha uma vida melhor que a deles. De que adianta? Eles estudaram mais que eu e, no entanto, dão um duro danado para sustentar a família. Se estudar é tão importante, por quê é que os outros desvalorizam o trabalho dos que passaram vários anos estudando e lendo um monte de textos?

Outro dia fiquei sabendo que um ex-colega de escola conseguiu emprego numa livraria. É esquisito como tem gente que põe dinheiro nesse tipo de comércio. Passei lá nessa loja por acaso e entrei para falar com o cara. É verdade que tinha uns livros bonitos nas prateleiras... Parecia coisa de muito luxo e importância. Abri um deles e li um pedaço de uma página. Não entendi nada: algumas palavras eu conhecia, mas as frases não faziam sentido para mim. Achei um desperdício de papel e tinta: de que serve um livro se as pessoas não conseguem entender o que lêem? O colega falou que isso era porque eu não sabia ler. “Como não?”, respondi. “Tenho até diploma que diz que fui alfabetizado!” Aí ele me disse uma coisa que me deixou muito impressionado. “Pior analfabeto é o que aprendeu a ler e não lê!” Me senti ofendido. Mas, dentro de mim, reconheci que ele estava certo. Mas eu não estava ali para dar a ele o gostinho do acerto. Saí da livraria de cabeça erguida, dizendo que livro que não se entende é coisa mais que inútil. E livraria é lugar de gente que não tem, ou que não sabe, o que fazer na vida. Melhor que livro são os games. Melhor que os games, só o rock. Melhor que eles é a azaração. Ler para quê?

A experiência acumulada sobre os malefícios da leitura em meus anos de vida me deram a idéia de criar um movimento de alerta para meus amigos, e até para os inimigos. Eles estão indo na conversa dos mais velhos. Ficam na dúvida e começam a pensar que a leitura e o estudo podem lhes trazer benefícios futuros. Vou criar uma associação dos inimigos da leitura que terá como palavra de ordem “Abaixo os livros!” Tenho certeza de que muitos virão se unir a mim. Penso que só assim acabaremos com essa farsa de civilização, história e cultura.

O que vale mesmo é a azaração. O resto é silêncio. Palha.


(COSTA, Marta Morais da. Mapa do mundo: crônicas sobre leitura. Belo Horizonte: Leitura, 2006.)

O texto de Marta Morais da Costa é uma crônica. É da característica da crônica a comunicação com o leitor, a linguagem acessível e informal. Para comunicar bem por meio desses e de outros elementos que se misturam numa crônica, ela tem o status de exercer várias funções. Por isso, escolha a opção incorreta da função da linguagem do trecho em destaque:

Alternativas
Q2744634 Português

Leia o texto a seguir, a fim de resolver as questões de 1 a 4:


DIGA NÃO AOS LIVROS


Tenho saudades do tempo em que ainda não havia aprendido a ler. A vida era tão mais leve, entre brincadeiras à sombra dos laranjais. Não precisava ficar debruçado sobre cartilhas e cadernos, horas sem conta, espremendo o cérebro (é verdade que ainda bem pequeno) para descobrir o que aquela professora meio megera, meio bruxa, queria que eu fizesse com letras e números.

Mal sabia eu o quanto ainda era um paraíso aquele conjunto de palavras meio desordenado e sem sentido! O Ivo que via a uva, o macaco matuto comendo mamão e o papai que passava pomada na panela eram companheiros numa amizade sem conflitos nas páginas coloridas da cartilha, com uma graça forçada, igual ao sorriso amarelo que damos após uma gafe monumental. Mas o Ivo, o macaco e o papai se davam muito bem, porque não precisavam ter coesão nem coerência, palavrinhas infernais que aprendi a pronunciar mais tarde nas aulas de redação. E que nunca soube muito bem para que serviam...

Hoje, após muita reflexão e experiência, concluo que as atividades de ler e escrever deveriam ser banidas do currículo das escolas. Afinal, se as estatísticas sobre o assunto e todas as provas de leitura e língua a que se submetem os alunos brasileiros sempre acabam em números mínimos e vergonhosos, por que insistir nisso? Veja bem: os governantes não ignoram as pesquisas sobre os problemas da cidade ou sobre o valor do salário mínimo quando elas dão resultados irrisórios? Então... Vamos fazer o mesmo com a leitura e a escrita. Ah, e também com a matemática (por sinal, dispensável depois que inventaram a calculadora!).

Acho que os estudantes ficariam muito mais contentes se não precisassem ler. Principalmente se fosse para adquirir o tal de conhecimento sobre o mundo. Acho desnecessário saber sobre o mundo. Acho que nunca vou sair da minha cidade: para que me serviria o mundo? Se for para saber sobre a história, também dispenso a leitura. Nada tenho a ver com gente antiga e com acontecimentos já terminados. A vida começa hoje, e toda a história começa e termina comigo.

Se for para aprender sobre mim mesmo, como os professores insistem em dizer quando falam da leitura da literatura, continua dispensando. Já me conheço o suficiente: todos os meus gostos e preferências eu já conheço. Se tenho alguma dúvida, ela é resolvida no meu grupo. Porque o que meus amigos e eu decidimos, todos adotamos. Não tenho nada a esconder. Afinal, querer um carrão, uma casa bonita, férias na praia e um carrinho cheio no supermercado todos querem. E não precisam de estudo para isso. Podem conseguir com um pouco de sorte na loteria. Claro que fica mais fácil se o sujeito dá a sorte de virar cantor, ou se aprender a jogar futebol com alguma qualidade. Aí, então, analfabetismo vira charme, diferencial, pitoresco.

Dizem que devo ler para, ao menos, saber do que se passa na cidade, pertinho de mim. Para que me serve saber das notícias? Elas acontecem sem minha participação. E vão continuar acontecendo. Só me interessa o resultado do futebol. O resto é preocupação que não preciso ter.

Nem sei por que continuo indo à escola. Meus pais dizem que é para que eu tenha uma vida melhor que a deles. De que adianta? Eles estudaram mais que eu e, no entanto, dão um duro danado para sustentar a família. Se estudar é tão importante, por quê é que os outros desvalorizam o trabalho dos que passaram vários anos estudando e lendo um monte de textos?

Outro dia fiquei sabendo que um ex-colega de escola conseguiu emprego numa livraria. É esquisito como tem gente que põe dinheiro nesse tipo de comércio. Passei lá nessa loja por acaso e entrei para falar com o cara. É verdade que tinha uns livros bonitos nas prateleiras... Parecia coisa de muito luxo e importância. Abri um deles e li um pedaço de uma página. Não entendi nada: algumas palavras eu conhecia, mas as frases não faziam sentido para mim. Achei um desperdício de papel e tinta: de que serve um livro se as pessoas não conseguem entender o que lêem? O colega falou que isso era porque eu não sabia ler. “Como não?”, respondi. “Tenho até diploma que diz que fui alfabetizado!” Aí ele me disse uma coisa que me deixou muito impressionado. “Pior analfabeto é o que aprendeu a ler e não lê!” Me senti ofendido. Mas, dentro de mim, reconheci que ele estava certo. Mas eu não estava ali para dar a ele o gostinho do acerto. Saí da livraria de cabeça erguida, dizendo que livro que não se entende é coisa mais que inútil. E livraria é lugar de gente que não tem, ou que não sabe, o que fazer na vida. Melhor que livro são os games. Melhor que os games, só o rock. Melhor que eles é a azaração. Ler para quê?

A experiência acumulada sobre os malefícios da leitura em meus anos de vida me deram a idéia de criar um movimento de alerta para meus amigos, e até para os inimigos. Eles estão indo na conversa dos mais velhos. Ficam na dúvida e começam a pensar que a leitura e o estudo podem lhes trazer benefícios futuros. Vou criar uma associação dos inimigos da leitura que terá como palavra de ordem “Abaixo os livros!” Tenho certeza de que muitos virão se unir a mim. Penso que só assim acabaremos com essa farsa de civilização, história e cultura.

O que vale mesmo é a azaração. O resto é silêncio. Palha.


(COSTA, Marta Morais da. Mapa do mundo: crônicas sobre leitura. Belo Horizonte: Leitura, 2006.)

De acordo com o Novo Acordo Ortográfico em vigor no Brasil, identifique a opção que destaca e explica a regra adequadamente:

Alternativas
Q2744504 Arquitetura de Software

Sobre Engenharia de Requisitos, no desenvolvimento de software, assinale a afirmativa INCORRETA.

Alternativas
Q2744502 Arquitetura de Software

Acerca dos métodos de desenvolvimento de software, assinale a afirmativa INCORRETA.

Alternativas
Q2744501 Arquitetura de Software

Sobre engenharia de requisitos, pode-se afirmar:


I - Define prioridade, identifica e analisa riscos associados a cada requisito.

II - Examina a especificação para garantir que todos os requisitos do software tenham sido declarados de modo não ambíguo.

III - Identifica requisitos e desenvolve tabelas de rastreamento.


Essas afirmativas estão, respectivamente, alinhadas à:

Alternativas
Q2744500 Arquitetura de Software

Considere as três tabelas em um banco de dados relacional:


_____ Cliente (IdCliente, nome),

_____ Endereco (IdEndereco, IdCliente, logradouro) e

_____ Telefone (IdTelefone, IdCliente, numero)


em que o atributo IdCliente é chave primária em Cliente e chave estrangeira em Endereco e Telefone. Assinale a alternativa que apresenta a consulta em SQL padrão que retorna o nome, logradouro e o número de telefone dos clientes.

Alternativas
Q2744499 Arquitetura de Software

Em relação a testes, analise as afirmativas abaixo.


I - Teste caixa-branca refere-se a testes que são conduzidos na interface do software.

II - Teste de caixa-preta examina algum aspecto fundamental do sistema, pouco se preocupando com a estrutura lógica interna do software.

III - Teste de unidade (ou teste unitário) é uma técnica sistemática para construir a arquitetura do software, enquanto, ao mesmo tempo, conduz testes para descobrir erros associados às interfaces.


Está correto o que se afirma em

Alternativas
Q2744498 Arquitetura de Software

Uma das mudanças no novo Guia do Scrum, desenvolvido e mantido por Ken Schwaber e Jeff Sutherland, publicado em 2016, adiciona valores que complementam os pilares já estabelecidos. Assinale a alternativa que apresenta somente valores

Alternativas
Q2744497 Arquitetura de Software

Conforme o Guia de Gerenciamento de Projetos PMBOK, 5.ª Edição, os processos “Definir as atividades” e “Sequenciar as atividades” fazem parte de qual grupo de processos?

Alternativas
Q2744496 Arquitetura de Software

Acerca da linguagem Java, analise o método foo descrito abaixo:


_____ private int foo (int a) {

________ if (a == 1) {

___________ return a;

________ }

________ return 1 + a * foo (--a) ;

______ }


Caso esse método seja corretamente invocado, passando o valor 3 por parâmetro, o retorno para o seu invocador será:

Alternativas
Q2744495 Arquitetura de Software

A respeito da linguagem PHP, analise as afirmativas.


I - Roda do lado do servidor.

II - Pode ser utilizada para o desenvolvimento de aplicações desktop.

III - Possui tipagem dinâmica.

IV - É fortemente tipada.


Está correto o que se afirma em

Alternativas
Q2744494 Noções de Informática

A respeito do IPv4 e IPv6, analise as afirmativas abaixo.


I - O IPv6 possui suporte obrigatório do IPSec.

II - O tamanho (em bits) do endereço IPv6 é menor do que o do IPv4.

III - Houve a inclusão do campo opção no cabeçalho IPv6.

IV - No IPv6, o conceito de broadcast entrou em desuso.


Está correto o que se afirma em

Alternativas
Q2744493 Arquitetura de Software

João e José, Analistas de Tecnologia da Informação, porém de campi geograficamente distantes, desejam trocar informações sigilosas por meio da Internet. Para tal, resolveram fazer uso da criptografia de chaves assimétricas utilizando um algoritmo seguro e com chave suficientemente grande. Nesse contexto, para garantir o devido sigilo, quando João enviar uma mensagem para José, deve criptografá-la utilizando a

Alternativas
Q2744492 Noções de Informática

O firewall, se corretamente configurado, é um importante elemento de segurança em redes de computadores. Acerca do firewall, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Q2744491 Arquitetura de Software

João, Analista de Tecnologia da Informação do IFMT, precisa configurar um roteador wireless na rede do Instituto. Tal roteador é compatível com os padrões WEP, WPA e WPA2. Nesse caso, visando manter maior segurança, João deve configurar o padrão:

Alternativas
Q2744490 Noções de Informática

O HTTP 1.1 (HyperText Transfer Protocol) é um protocolo da camada de aplicação largamente utilizado na Web. É correto afirmar que o HTTP é um protocolo:

Alternativas
Q2744489 Arquitetura de Software

Acerca da topologia de redes de computadores, analise as afirmativas.


I - A topologia lógica da rede deve ser igual à topologia física.

II - Na topologia anel, os hosts estão todos diretamente ligados entre si.

III - Na topologia estrela, se ocorrer uma falha no nodo central, toda a rede pode ficar fora do ar.

IV - Uma das desvantagens de redes totalmente ligadas é o seu elevado custo para implantação.


Está correto o que se afirma em

Alternativas
Q2744488 Arquitetura de Software

No sistema operacional Linux, é possível configurar a montagem automática de uma partição durante a inicialização do sistema, ajustando-se as configurações no arquivo

Alternativas
Q2744487 Arquitetura de Software

A respeito de sistemas de arquivo, analise as afirmativas.


I - O sistema de diretório hierárquico é o mais simples e eficiente sistema de diretório, sendo muitas vezes chamado de diretório-raiz, pois nele existe apenas um diretório contendo todos os arquivos.

II - Em sistemas de arquivos estilo Unix, para se controlar quais blocos de disco pertencem a quais arquivos, associa-se a cada arquivo uma estrutura de dados chamada i-node, a qual relaciona os atributos e os endereços em discos dos blocos de arquivo.

III - O NTFS, ext3 e ReiserFS são exemplos de sistemas de arquivos que utilizam journaling.


Está correto o que se afirma em

Alternativas
Q2744486 Noções de Informática

A respeito do PCI Express, pode-se afirmar:

Alternativas
Respostas
8981: B
8982: E
8983: B
8984: C
8985: B
8986: A
8987: D
8988: B
8989: D
8990: B
8991: A
8992: A
8993: A
8994: C
8995: D
8996: A
8997: C
8998: D
8999: D
9000: B