Questões de Concurso
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Com cultura riquíssima e diversificada, povos africanos foram obrigados à diáspora pela escravidão. O Brasil foi um dos países que mais recebeu os escravizados africanos, os quais sempre procuraram se libertar. Os quilombos foram uma das formas de resistência que tiveram em Palmares seu exemplo mais vigoroso.
O projeto de independência do Brasil, vitorioso há duzentos anos, uniu todas as elites econômicas e políticas locais, pois nenhuma delas advogava a favor da emancipação com a implantação da República ou seguia o exemplo das colônias espanholas.
A Revolução dos Cravos (1974), que pôs fim a mais de cinquenta anos de fascismo em Portugal, paradoxalmente, enrijeceu o colonialismo luso em África, retardando ao máximo a independência de suas colônias, como Moçambique, Angola, Guiné-Bissau e Cabo Verde.
O declínio europeu após a Segunda Guerra Mundial, além de testemunhar a emergência de uma ordem internacional bipolarizada, fortaleceu a luta pelas independências asiáticas e, sobretudo, africanas; entre 1960 e 1962, especialmente, a maioria absoluta das antigas colônias na África havia conquistado sua emancipação política.
O Brasil integrou-se ao espírito da Guerra Fria no governo do marechal Eurico Gaspar Dutra: o registro do Partido Comunista foi cancelado, os mandatos de seus parlamentares foram cassados e foram rompidas as relações diplomáticas com a União Soviética.
A escalada que fez o Japão tornar-se potência mundial em poucas décadas teve início com a Era Meiji, a partir de 1868. Seguiram-se importantes vitórias militares japonesas contra a Rússia, na Primeira Guerra Mundial, e contra os Estados Unidos, em 1945.
No campo internacional, as décadas seguintes ao fim da Segunda Guerra foram marcadas pela disputa entre Estados Unidos e União Soviética, com vistas à hegemonia mundial; tratava-se da chamada Guerra Fria, um quadro de elevada tensão gerado pelo confronto ideológico, militar, estratégico e político entre as duas superpotências.
A Era Vargas (1930-1945) coincidiu com um período da história mundial em que o liberalismo cedeu lugar a regimes de força, quando não totalitários, a exemplo dos diversos fascismos.
A vitória de Getúlio Vargas nas eleições diretas de 1930 sacramentou o colapso da Primeira República e iniciou uma nova fase do regime republicano brasileiro.
O cenário de instabilidade dos anos 1920, com revoltas militares e a decretação do estado de sítio, denunciava o crescente esgotamento da República Velha.
A expressão “política do café com leite” remete ao predomínio de dois estados — São Paulo e Minas — na condução da economia e da política do Brasil na Primeira República.
Na economia, as décadas iniciais do regime republicano brasileiro, no período que se estende até 1930, foram marcadas pela elevada taxa de industrialização e pelo declínio acentuado da agricultura.
O século XX protagonizou duas guerras mundiais, sendo a primeira delas basicamente europeia; na segunda, a conflagração envolveu quase todos os continentes. País periférico, o Brasil optou por delas não participar.
A ideia de um Brasil branco, católico, escravocrata, cultural e economicamente vinculado à Europa foi um projeto ideologicamente construído após a independência. Nessa perspectiva, negros e indígenas foram invisibilizados pela história oficial quanto ao seu papel na formação do País.
Importante alvo da atuação do colonialismo europeu desde a Idade Moderna, a África teve sua imagem profundamente distorcida pelo Ocidente. O imperialismo desenvolveu a ideia da homogeneidade africana, desconhecendo as diferenças e as singularidades étnicas, culturais, linguísticas e religiosas de povos distintos. A fixação arbitrária das fronteiras coloniais levou a graves problemas quando das independências e da consequente criação de Estados nacionais no continente.
Formalmente transformada em colônia britânica no século XIX, a Índia absorveu instituições políticas ocidentais, mas, ao conquistar a independência, logo após a Segunda Guerra Mundial, adotou o presidencialismo republicano e afastou-se do modelo ocidental de democracia.
A China, o Império do Meio, era a maior potência mundial até os anos finais do século XVIII, tendo produzido diversos inventos que foram utilizados mundo afora; seu declínio, gerado pelo isolamento a que se impôs, coincidiu com o início da Revolução Industrial inglesa, a qual possibilitou a crescente hegemonia econômica mundial pelo Ocidente.
O tema do racismo permanece presente na agenda política brasileira contemporânea, o que confirma a advertência, feita há mais de um século por Joaquim Nabuco, de que o peso da escravidão permaneceria por muito tempo pairando sobre o Brasil.
O Império brasileiro, no século XIX, foi sustentado pela escravidão; a Lei Áurea, de 1888, oficializou a abolição, mas não criou os mecanismos necessários à inserção dos antigos escravos africanos e seus descendentes na sociedade como cidadãos.
A transferência do Estado português em 1808, determinada pelas circunstâncias europeias do período, retardou as condições para a independência do Brasil, a começar pela abertura dos portos, que inviabilizou aos agroexportadores brasileiros maior margem de ganhos no mercado internacional.