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O tempo da delicadeza
A paixão terminou, o amor é uma lembrança irresgatável, mas ainda há tanta presença e ternura...
Abraços podem durar um tempo enorme. A gente se inclina na direção do outro, cheio de sentimentos conturbados, e ele nos segura com força, como se tentasse comunicar alguma coisa. É possível sentir um coração batendo contra o outro, perceber no peito a outra respiração. Tantas coisas estão contidas nesse gesto, tanta ternura, tanta dúvida. Amor. Quando o abraço se desfaz, fica um sorriso indeciso, uma expressão incompleta nos olhos, o movimento de um corpo que se afasta e parece dizer adeus.
Como todo mundo, tenho sentimentos ambivalentes sobre relacionamentos que acabam. São momentos tristes, terrivelmente tristes. Mas, ao fim e ao cabo, inevitáveis. A gente não pode passar a vida preso a coisas que já não respiram. Mesmo cheios de dúvidas e ainda repletos de carinho, em algum momento é preciso romper, andar, recomeçar. O abraço que não quer terminar é lindo, mas abre uma porta para lugar nenhum. É necessário sair dele para ser de novo uma pessoa inteira – e ter a chance, adiante, de estar inteiro em outro abraço.
Esses momentos de ruptura são essenciais em nossa vida. As separações, assim como os encontros, nos definem – inclusive por que costumam levar um tempo enorme. A gente passa um ano juntos, apaixonados, e podemos levar o dobro nos separando de verdade, fazendo a ruptura das almas. Separar dois corpos é fácil, mas como se faz para tirar o outro de dentro de si?
Com todos os problemas e dificuldades, gosto de pensar nesse período de sentimentos estendidos como o tempo da delicadeza. (Obrigado, Chico Buarque, por esta e tantas outras coisas.) A paixão terminou, o amor é uma lembrança irresgatável, mas ainda há presença e ternura. Enormes. A raiva ficou para trás. A frustração gastou-se. O ciúme raspa as unhas nas paredes do porão, lá embaixo, mas a cada dia incomoda menos. Os sentimentos dolorosos – quase todos – deram lugar a uma sensação agridoce de cumplicidade. Ainda não é possível desejar que ela ou ele seja feliz em outra companhia, mas esse dia chegará, um dia.
Acredito – enfim – que é possível deixar de amar amando. O afastamento pode ser feito com ódio, mas fica uma ferida imensa, dura de cicatrizar. Podemos cortar as pontes repentinamente, com medo de um sofrimento duradouro, mas isso vai nos assombrar no futuro, na hora de amar de novo. Enfim, há diferentes maneiras de deixar de amar. Eu acho possível – e louvável – sair da intimidade do outro com um sorriso nos lábios e lágrimas nos olhos. Sair, mas ficar feliz em vê-lo, contente de ouvi-la, ainda ter vontade de contar a essa pessoa que nos conhece tão bem tudo que aconteceu na semana passada, mas escolhendo não contar – por pudor, e porque, afinal, já não cabe.
Sou capaz de antecipar o olhar de descrédito do leitor e da leitora. Não é assim que funciona, ele ou ela dirá. Se os sentimentos são bons, as pessoas não se separam. Mas isso não é verdade. As pessoas rompem cheias de bons sentimentos, transbordando deles, a ponto de não saber o que fazer com tudo aquilo. Exceto as exceções, exceto os traumas e barbaridades, a gente não deixa de querer de uma hora para outra. A paixão acaba, é certo. O amor, aquele de querer ficar colado para sempre, também acaba. Mas há sentimentos lindos que ainda ligam ex-casais. Tão lindos que entalam na garganta, que temos vontade de abraçar e não largar. Lembra?
Pois então, respeitemos os nossos sentimentos delicados. As relações terminam, mas isso não é o fim dos afetos. Não há que ter vergonha de gostar da ex que você mesmo deixou, não há problema em pensar com carinho (e sem raiva) naquele desgraçado que não quis continuar. Dentro de nós há tanta coisa ruim que não deveríamos resistir quando se manifesta uma doçura. Melhor abraçá-la bem forte, acolhê-la como um amor que estivesse de volta. Apenas para uma visita, mas, ainda assim, bem-vindo. (Ivan Lins.
Disponível em: http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/ivan-martins/noticia/2016/06/o-tempo-da-delicadeza.html.)
Na tirinha anterior, verificamos um exemplo extremo de uma chefia sem escrúpulos, mas que pode e deve ser avaliada sob a ótica da ética profissional. Nos dias atuais, já não há mais espaço para atos mesquinhos, prepotência, assédio, arrogância e outras características aceitas no passado, contornadas de forma míope, por gerentes mais interessados nos resultados que em pessoas, ignorando o mal gerado para o clima organizacional que, como todo mal, escoa em minutos a confiança e a sinergia que demandaram dias ou meses para conquistar.
O comportamento antiético do presidente e vice-presidente desta empresa poderia ser caracterizado como
Constitui direito do homem à moradia adequada e direito a um ambiente equilibrado. As ocupações urbanas nas margens dos rios ferem o direito à moradia adequada. Diante disso, analise as afirmativas a seguir.
I. A ocupação irregular nas margens dos rios pode gerar danos ambientais, problemas de bem-estar e compromete a saúde, principalmente das populações vulneráveis.
II. Os rios nas cidades são geralmente áreas pouco valorizadas, inclusive sendo vistos, muitas vezes, apenas como um esgoto a céu aberto.
III. A ocupação das margens dos rios é um problema ao mesmo tempo social, ambiental e político, pois envolve planejamento urbano, políticas públicas de moradia e gestão dos recursos hídricos.
Sobre as ocupações nas margens dos rios, estão corretas as afirmativas
1. Conservação. 2. Denúncia. 3. Ciência. 4. Arte.
( ) A fotografia de natureza tem ocupado lugar de prestígio em galerias, museus, edificações, do simples deleite visual à ampliação dos sentidos que levam o homem ao encontro da beleza e da verdade. ( ) Imagens de impacto que causam forte comoção e sensibilização da opinião pública, levando a ações nas esferas públicas e privadas.
( ) A fotografia é um instrumento de conhecimento que desperta admiração, amor, mobilização da sociedade e engajamento em causas ecológicas, tendo relação direta com a preservação dos habitats naturais.
( ) O registro fotográfico da fauna e da flora é fundamental para o conhecimento científico, a identificação das espécies, os estudos sobre o comportamento animal, a anatomia, os relatórios de impactos ambientais, a ilustração científica. A sequência está correta em
Sobre itens de hardware de computadores, analise as afirmativas a seguir.
I. O monitor de vídeo é um dispositivo de saída que tem a função de enviar ao usuário as informações impressas na tela.
II. O teclado e o mouse são considerados dispositivos de saída, pois ambos permitem a inserção de dados no computador.
III. A memória ROM é uma memória volátil que é utilizada para armazenar dados importantes de configuração do computador.
Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)