Questões de Concurso Comentadas para prefeitura de vila velha - es

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Q1165737 História

“A Mesopotâmia - vale fluvial do Eufrates e do Tigre - pode ser dividida em duas partes, respectivamente a noroeste e a sudeste do ponto em que os dois rios mais se aproximam um do outro: a Alta Mesopotâmia, mais montanhosa, e a Baixa Mesopotâmia, imediatamente ao norte do golfo Pérsico, região extremamente plana.

Enquanto o povoamento da Alta Mesopotâmia deu-se desde tempos pré-históricos muito antigos, a Baixa Mesopotâmia - potencialmente fértil, mas pouco adequada à agricultura primitiva de chuva - não parece ter sido ocupada em caráter permanente antes do V milênio a.C.”

(CARDOSO, Ciro Flamarion. As sociedades do Antigo Oriente Próximo. São Paulo: Ática, 1995, p.


Acerca das civilizações que floresceram na região da Mesopotâmia, a assertiva INCORRETA é:

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Q1165736 História

“A cidade-Estado clássica parece ter sido criada paralelamente pelos gregos e pelos etruscos e/ou romanos. No caso destes últimos, a influência grega foi inegável, embora difícil de avaliar ou medir. No entanto, apesar de traços comuns, o desenvolvimento da cidade-Estado grega e o da etrusco-romana, mesmo admitindo a grande heterogeneidade de evoluções perceptível também na própria Grécia, mostram desde o início fortes especificidades que autorizam a suposição, não de uma simples difusão, mas de uma criação paralela”

(CARDOSO, C. A Cidade. Rio de Janeiro: Editora Ática, 1987, p. 7)


Sobre a importância da Cidade-Estado na antiguidade clássica podemos afirmar que:

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Q1165735 História

“Método histórico, método filosófico, método crítico: belos utensílios de precisão. Honram os seus inventores e as gerações que os usaram, que os receberam dos seus antecessores e os aperfeiçoaram, utilizando-os. Mas saber manejá-los, gostar de os manejar — isso não chega para fazer o historiador. Só é digno desse belo nome aquele que se lança totalmente na vida, com o sentimento de que ao mergulhar nela, ao penetrar-se de humanidade presente, decuplica as suas forças de investigação, os seus poderes de ressurreição do passado. De um passado; que detém e que, em troca, lhe restitui o sentido secreto dos destinos humanos”.

(FEBVRE, L. Combates pela história. Lisboa: Editorial Presença, 1989, pp. 49-50).


Peter Burke define a “Escola dos Annales” como uma revolução francesa da historiografia. Constituem elementos dessa revolução:

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Q1165734 História

“Classe e não classes, por razões cujo exame constitui um dos objetivos deste livro. Evidentemente, há uma diferença. ‘Classes trabalhadoras’ é um termo descritivo, tão esclarecedor quanto evasivo. Reúne vagamente um amontoado de fenômenos descontínuos. Ali estavam alfaiates e acolá tecelãos, e juntos constituem as classes trabalhadoras.

Por classe, entendo um fenômeno histórico, que unifica uma série de acontecimentos díspares e aparentemente desconectados, tanto na matéria-prima da experiência como na consciência. Ressalto que é um fenômeno histórico. Não vejo a classe como uma “estrutura”, nem mesmo como uma ‘categoria’, mas como algo que ocorre efetivamente (e cuja ocorrência pode ser demonstrada) nas relações humanas”.

(THOMPSON, E. P. A Formação da classe operária inglesa. Vol I. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987, p. 9)


A nova história social inglesa é um marco na historiografia contemporânea, e podemos considerar uma das suas principais contribuições:

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Q1165273 Português

Por que a educação moderna criou adultos

que se comportam como bebês 


      Os alunos do 3º ano de uma das melhores escolas de ensino médio dos Estados Unidos, a Wellesley High School, em Massachusetts, estavam reunidos, numa tarde ensolarada no mês passado, para o momento mais especial de sua vida escolar, a formatura. Com seus chapéus e becas coloridos e pais orgulhosos na plateia, todos se preparavam para ouvir o discurso do professor de inglês David McCullough Jr. Esperavam, como sempre nessas ocasiões, uma ode a seus feitos acadêmicos, esportivos e sociais. O que ouviram do professor, porém, pode ser resumido em quatro palavras: vocês não são especiais. (...) “Ao contrário do que seus troféus de futebol e seus boletins sugerem, vocês não são especiais”, disse McCullough logo no começo. “Adultos ocupados mimam vocês, os beijam, os confortam, os ensinam, os treinam, os ouvem, os aconselham, os encorajam, os consolam e os encorajam de novo. (...) Mas não tenham a ideia errada de que vocês são especiais. Porque vocês não são.”

      O que aconteceu nos dias seguintes deixou McCullough atônito. Ao chegar para trabalhar na segunda-feira, notou que havia o dobro da quantidade de e-mails que costumava receber em sua caixa postal. Paravam na rua para cumprimentálo. Seu telefone não parava de tocar. Dezenas de repórteres de jornais, revistas, TV e rádio queriam entrevistá-lo. Todos queriam saber mais sobre o professor que teve a coragem de esclarecer que seus alunos não eram o centro do universo. Sem querer, ele tocara num tema que a sociedade estava louca para discutir – mas não tinha coragem. Menos de uma semana depois, McCullough fez a primeira aparição na TV. Teve de explicar que não menosprezava seus jovens alunos, mas julgava necessário alertá-los. “Em 26 anos ensinando adolescentes, pude ver como eles crescem cercados por adultos que os tratam como preciosidades”, disse ele a ÉPOCA. “Mas, para se dar bem daqui para a frente, eles precisam saber que agora estão todos na mesma linha, que nenhum é mais importante que o outro.”

      A reação ao discurso do professor McCullough pode parecer apenas mais um desses fenômenos de histeria americanos. Mas a verdade é que ele tocou numa questão que incomoda pais, educadores e empresas no mundo inteiro – a existência de adolescentes e jovens adultos que têm uma percepção totalmente irrealista de si mesmos e de seus talentos. Esses jovens cresceram ouvindo de seus pais e professores que tudo o que faziam era especial e desenvolveram uma autoestima tão exagerada que não conseguem lidar com as frustrações do mundo real. (...)

      Em português, inglês ou chinês, esses filhos incensados desde o berço formam a turma do “eu me acho”. Porque se acham mesmo. Eles se acham os melhores alunos (se tiram uma nota ruim, é o professor que não os entende). Eles se acham os mais competentes no trabalho (se recebem críticas, é porque o chefe tem inveja do frescor de seu talento). (...)

      Você conhece alguém assim em seu trabalho ou em sua turma de amigos? Boa parte deles, no Brasil e no resto do mundo, foi bem-educada, teve acesso aos melhores colégios, fala outras línguas e, claro, é ligada em tecnologia e competente em seu uso. São bons, é fato. Mas se acham mais do que ótimos.

Camila Guimarães e Luiza Karam in Revista Época 13/07/2012

Observe a frase “Com seus CHAPÉUS e becas” e assinale a opção em que o substantivo destacado também foi corretamente empregado no plural.
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Respostas
481: D
482: B
483: B
484: A
485: C