Teoria educacional que defende que os povos
dominados do Sul devem resistir às perspectivas dos
seus colonizadores históricos e atuais. Devem eles
lançar mão da construção de suas próprias
epistemologias, descritas com as epistemologias do Sul,
produzindo-as e disseminando-as com vigor. E o que
são as epistemologias do Sul? São a expressão cultural
dos povos subalternizados, que operam em oposição às
epistemologias do Norte, dos colonizadores. O
principal teórico defensor da edificação de tais
epistemologias do Sul preconiza que suas elaborações
devem ancorar-se “nas experiências de resistência de
todos os grupos sociais que têm sido sistematicamente
vítimas de injustiças, da opressão e da destruição
causadas pelo capitalismo, pelo colonialismo e pelo
patriarcado”. Todo conhecimento válido produzido
pelos colonizadores fugiria ao escopo epistemológico
dos grupos sociais aqui referidos, a menos que fosse
submetido a uma ação desmonumentalizadora.
Defende-se, portanto, um novo campo de produção de
saberes, que valoriza as tradições e os saberes
provenientes das suas lutas sociais. Tal campo de
produção e validação do conhecimento, sob o ponto de
vista desta teoria, é conhecido como: