Questões de Concurso Comentadas para prefeitura de antônio dias - mg

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Q2779649 Português

Talvez haja maturação, lhe dizem, mas ainda não é maturidade.” A palavra destacada pode ser substituída por todas as abaixo, SEM prejuízo de sentido, EXCETO:

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Q2779648 Português

As palavras “adorar”, “forro” e “Esaú” são, respectivamente:

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Q2779647 Português

E os “profetas atuais”, o que estão prevendo?” A palavra destacada possui:

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Q2779643 Português

Assinale a alternativa em que a palavra destacada é um SUBSTANTIVO.

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Q2779642 Português

Das palavras abaixo assinale a alternativa em que uma das palavras NÃO é paroxítona.

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Q2779634 Português

A CASA MATERNA


Há, desde a entrada, um sentimento de tempo na casa materna. As grades do portão têm uma velha ferrugem e o trinco se oculta num lugar que só a mão filial conhece. O jardim pequeno parece mais verde e úmido que os demais, com suas palmas, tinhorões e samambaias que a mão filial, fiel a um gesto de infância, desfolha ao longo da haste.

É sempre quieta a casa materna, mesmo aos domingos, quando as mãos filiais se pousam sobre a mesa farta do almoço, repetindo uma antiga imagem. Há um tradicional silêncio em suas salas e um dorido repouso em suas poltronas. O assoalho encerado, sobre o qual ainda escorrega o fantasma da cachorrinha preta, guarda as mesmas manchas e o mesmo taco solto de outras primaveras. As coisas vivem como em prece, nos mesmos lugares onde as situaram as mãos maternas quando eram moças e lisas. Rostos irmãos se olham dos porta-retratos, a se amarem e compreenderem mudamente. O piano fechado, com uma longa tira de flanela sobre as teclas, repete ainda passadas valsas, de quando as mãos maternas careciam sonhar.

A casa materna é o espelho de outras, em pequenas coisas que o olhar filial admirava ao tempo em que tudo era belo: o licoreiro magro, a bandeja triste, o absurdo bibelô. E tem um corredor à escuta, de cujo teto à noite pende uma luz morta, com negras aberturas para quartos cheios de sombra. Na estante junto à escada há um Tesouro da juventude com o dorso puído de tato e de tempo. Foi ali que o olhar filial primeiro viu a forma gráfica de algo que passaria a ser para ele a forma suprema da beleza: o verso.

Na escada há o degrau que estala e anuncia aos ouvidos maternos a presença dos passos filiais. Pois a casa materna se divide em dois mundos: o térreo, onde se processa a vida presente, e o de cima, onde vive a memória. Embaixo há sempre coisas fabulosas na geladeira e no armário da copa: roquefort amassado, ovos frescos, mangas-espadas, untuosas compotas, bolos de chocolate, biscoitos de araruta – pois não há lugar mais propício do que a casa materna para uma boa ceia noturna. E porque é uma casa velha, há sempre uma barata que aparece e é morta com uma repugnância que vem de longe. Em cima ficam os guardados antigos, os livros que lembram a infância, o pequeno oratório em frente ao qual ninguém, a não ser a figura materna sabe por que, queima às vezes uma vela votiva. E a cama onde a figura paterna repousava de sua agitação diurna. Hoje, vazia.

A imagem paterna persiste no interior da casa materna. Seu violão dorme encostado junto à vitrola. Seu corpo como que se marca ainda na velha poltrona da sala e como que se pode ouvir ainda o brando ronco de sua sesta dominical. Ausente para sempre da casa materna, a figura paterna parece mergulhá-la docemente na eternidade, enquanto as mãos maternas se fazem mais lentas e as mãos filiais mais unidas em torno à grande mesa, onde já agora vibram também vozes infantis.


(Vinícius de Moraes)

Os dois mundos a que se refere o texto é:

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Q2740277 Português

Metendo a tesoura


Ganhei de minha filha uma calça jeans realmente irada. Tão irada, que já veio rasgada, esfolada, remendada. Coisa da moda. Da moda de hoje. Talvez de ontem, coisa que começou nos anos 60.

Rubem Braga dizia que ele era do tempo em que geladeira era branca e telefone era preto. Com efeito, houve um tempo, algo entre o Mesozoico e o Paleolítico superior, em que todos os automóveis eram pretos e as etiquetas sociais eram outras. Mas ganhei esse jeans iradíssimo, surradíssimo e, contraditoriamente, novo. Lembrei-me de quando fui lecionar na Califórnia nos anos 60 (ah! Os anos 60! “those were the days, my friend, I thouught they’ll never end”) (que quer dizer – aqueles foram os dias, meu amigo, pensei que eles nunca fossem terminar) e no primeiro dia de aula causou-me surpresa ver os estudantes de bermuda na aula, mas uma bermuda toda desfiada, meio rasgada. Meninos e meninas meio molambentos, até descalços, e não eram mendigos, eram jovens californianos ricos, cheios de dentes e brilho nos olhos e na pele, falando alto e achando que o mundo era deles. E quase era. Mas muitos deles foram morrer no Vietnã.

Mas eu via aqueles garotos em plena emergência da ideologia hippie, e pensava: eles brincam de pobre porque são ricos, vai ver que nunca viram um, por isto, estão se fantasiando assim. Enfim, fazia parte da revolução de costumes, inverter papeis, subverter o sistema.

Mas o fato é que ganhei aquele jeans. Não era tão degenerado como um que vi o Ronaldinho, numa foto, usando, rasgado de propósito no joelho e que ele botou para ir a uma festa, como se estivesse de fraque. Examinei o meu jeans e dentro, costurado, havia não sei quantas etiquetas dizendo que veio do México com sofisticadas instruções de como lavar o valioso traste. Quer dizer, a moda é do “trash”, mas a gente tem que, mesmo assim, ter cuidado para não estragar o estragado. Então, o experimentei. E ficou ótimo. Cintura baixa, “muderno”. Meio esfolado, com desgaste e talhos aqui e ali.

Terei coragem? Não fica ridículo num coroa? Mas há muito que aceito, aliás, obedeço sugestões de vestuários das filhas e da mulher. Me olhei no espelho e voltei a ter 27 ou 17 anos talvez.

Mas estava sobrando quatro ou cindo dedos de pano na bainha. Tem uma loja ali na esquina que faz bainha, me lembram. Mas aí, o grande paradoxo: como e por que levar para fazer bainha num jeans desmazelado? Que hipocrisia é essa? Estou tendo de ler notícias sobre o Severino*, estou tendo que enfrentar tiroteios na Linha Vermelha. Guerra é guerra, uai! Na véspera, uma amiga disse que a filha compra roupas e, quando estão meio grandes, mete a tesoura na sobrante bainha, forçando até para que o tecido desfiasse.

Houve um tempo em que o telefone e a geladeira eram pretos e quem tivesse um fiapo na roupa morria de vergonha. Agora saímos para mostrar a descostura, o avesso, a etiqueta do fabricante, o rasgão.


Ou seja, como nas bienais, o rascunho virou obra de arte.


Affonso Romano de Sant’Anna


* Severino – Político pernambucano. Foi presidente da Câmara dos Deputados entre fevereiro e setembro de 2005, quando renunciou.

“ah! Os anos 60!”. O sinal de pontuação usado nesse trecho expressa:

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Q2740240 Enfermagem

Podemos AFIRMAR que constitui uma condição favorável para o aparecimento de surto de febre amarela silvestre:

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Q2740238 Enfermagem

A transmissão do Trypanossoma cruzi para o ser humano pode ocorrer de diferentes maneiras de acordo com a Organização Pan-americana da Saúde, sendo CORRETO afirmar que ocorre das seguintes formas:

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Q2740236 Enfermagem

Sobre o ciclo de vida do Schistosoma mansoni é INCORRETO afirmar:

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Q2740234 Enfermagem

O agente de combate a endemias é fundamental no desenvolvimento de ações como educação em saúde, mobilização comunitária com a finalidade de prevenção e combate a endemias. No que compete ao agente de combate a endemias no caso de controle da dengue podemos afirmar, EXCETO:

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Q2740231 Enfermagem

A expansão da dengue no Brasil ocorreu devido às condições favoráveis que o vetor encontrou com o crescimento das cidades, condições precárias oportunas para a formação de criadouros do vetor, com circulação facilitada do vírus pela movimentação das pessoas nos diferentes estados brasileiros. Sobre esta doença é correto afirmar, EXCETO.

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Q2740230 Enfermagem

A transmissão da doença se faz pelo consumo de água e alimentos contaminados pelo Vibrio Cholerae.

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Q2740229 Enfermagem

Sobre a cólera, doença de interesse para a saúde pública, é correto afirmar, EXCETO:

Alternativas
Q2740228 Enfermagem

Numere a segunda coluna de acordo com a primeira e assinale a resposta CORRETA.


I. Notificação de inúmeras mortes por uma doença que ultrapassa as fronteiras de uma nação, podendo espalhar-se por mais de um continente.

II. Ocorrência em uma comunidade ou região de casos de uma mesma doença ultrapassando a incidência esperada.

III. Ocorrência de determinada doença que acomete sistematicamente populações em espaços característicos e determinados, no decorrer de um longo período (temporariamente ilimitada) mantendo uma incidência relativamente constante.

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Q2740223 Enfermagem

A tendência de expansão da área de risco para a febre amarela no Brasil suscitou a adoção de novas estratégias de vigilância, prevenção e controle. Dentre estas, foram definidos três períodos epidemiológicos distintos para priorizar ações. Sobre estes diferentes momentos é correto afirmar, EXCETO:

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Q2740221 Enfermagem

Agente etiológico da febre amarela:

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Q2740219 Enfermagem

No trabalho de combate à dengue, Zika vírus e chikungunia existem várias estratégias consideradas muito importantes para que se consiga o controle da proliferação do mosquito transmissor da doença. A aplicação de inseticidas por meio do “fumacê” constitui o melhor método para combater o Aedes Aegypti na seguinte fase:

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Q2740212 Enfermagem

Doença originária do Egito, de veiculação hídrica, tem como um dos sintomas a presença de sangue na urina, recebe popularmente o nome de barriga d’água.

Alternativas
Q2740211 Enfermagem

Sobre o Aedes Aegypti é correto afirmar, EXCETO.

Alternativas
Respostas
1: D
2: C
3: B
4: A
5: C
6: A
7: B
8: A
9: A
10: A
11: A
12: C
13: C
14: C
15: D
16: A
17: D
18: C
19: B
20: C